bealiz :) 18/04/2021
Fofura, Horror, tristeza e traumas. Fui tapeada tbm
Eu me senti tanto como uma jornalista investigativa, quanto uma amiga próxima de Becca. Fui me afeiçoando aos poucos às protagonistas e doía ver o que tinham vivido. Alternando entre o passado e o presente, Charlie Donlea construiu uma narrativa eletrizante, com requintes de horror e que pode tapear bem os leitores.
No dia 17 de fevereiro de 2012 a jovem estudante de direito Becca Eckersley é brutalmente assassinada em sua bela casa de viagens, na pequena cidade de Summit Lake. Filha de um advogado de prestígio, o caso de Becca acaba por chamar a atenção da mídia. A investigação, que se dá de maneira conturbada, passará a contar informalmente com a participação de Kelsey Castle, uma jornalista investigativa passando por um momento delicado. Afastada de casa e de colegas, Castle se imerge completamente no caso Eckersley, encontrando nele muito mais do que uma história de horror.
Foi bastante interessante adotar a perspectiva de uma jornalista e não de uma/um detetive durante a investigação: era fascinante ver como Castle encontrava pequenos caminhos e fazia deles grandes trilhas. Os personagens secundários também foram bem construídos e foram de grande valia à obra: seja de maneira cativante, ou voltada ao recolhimento e análise de evidências. Esta se deu de maneira bastante intrigante, com relatos incômodos e revoltantes.
Donlea me colocou, realmente dentro na história: me fez passear pelo campus de uma universidade, conhecer pessoas e me afeiçoar a uma que, desde quando li a sinopse do livro, já sabia estar morta. Ele a trouxe mais perto, cutucando feridas de Kelsey, e de leitores.
Algo que eu não gostei foi o descuido com algumas partes da investigação, especialmente de cenas relacionadas ao crime, o que deixou a história um pouco menos realista. Contudo, creio que isso não chegue perto de tirar o brilho da obra.
Enfim, adorei. Depois me contem se vcs já leram e se gostaram também =)