Wania Cris 14/11/2020Deus me dibre de viver 2020 quinze vezes...A primeira impressão que tive quando soube da sinopse foi "legal! Dá pra ver o mundo todo!". Só depois, durante a leitura, vi que o coitado do Harry vive sempre a mesma época cronológica, ele sempre nasce no mesmo ano, no mesmo lugar, com as mesmas raízes, daí pensei "tá é doido viver 2020 tantas vezes!". Enfim... um devaneio...
E o livro tem vários desses devaneios. Alguns, aparentemente, sem nada a ver com a estória, mas, todos mostrando como Harry August se tornou quem ele é, porque fez as escolhas que fez. Talvez até pudesse ter sido reduzido em algumas páginas, mas a leitura continuou agradável. Tendo vivido tantas vidas é natural que tantos personagens aparecessem e não aparecessem mais. São as vidas...
É uma boa leitura de ficção científica com viagem no tempo mostrada de uma forma diferente, não muito cimentada em conceitos científicos, aliás, nada embasada em teorias e teoremas. É assim porque sim. E esse é um ponto que incomoda... quem são os kalachakras, de onde veem, o que comem? Quando, no Globo Repórter, porque no livro nada disso se explica...
Uma boa experiência de leitura para quem quer ver o tema de viagem no tempo sem muita teoria da Física.