Clarice na Cabeceira

Clarice na Cabeceira Clarice Lispector




Resenhas - Clarice na cabeceira


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Roberto 13/12/2016

Clarice, minha linda! Vem, ni mim!
Clarice Lispector em estado puro, sendo ela mesma, dando-se com gratuidade, desistindo de sua animalidade, sendo um anjo e nos fazendo a caridade do prazer de penetrar na alma humana-animal.
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Janaina.Couvo 31/08/2016

Os encantos de Clarice Lispector
Ainda não tinha lido nada substancial da autora, então, resolvi ler este livro, e confesso que me apaixonei na primeira crônica! Como tudo que ela escreve é bastante reflexivo, nos leva a refletir, questionar. Ler esta seleção de crônicas, e ainda por cima sendo apresentada por pessoa de diferentes áreas, foi muito gratificante. Gostei do livro e me incentivou bastante para aprofundar mais minhas leituras sobre a produção de Clarice Lispector.
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Su 28/01/2016

Clarice na cabeceira é uma coletânea de vinte e dois contos escolhidos e comentados por leitores/escritores, atores, dramaturgos, cantores, jornalistas, entre outros.
Esse livro contem dois contos, que eu ainda não havia tido a oportunidade de ler. Falarei um pouco sobre eles.
“O relatório da coisa” é um conto sobre o tempo e também sobre um relógio Sveglia que conseguiu tirar o sono da autora.
“Você é todo magro. E nada lhe acontece. Mas é você que faz acontecerem as coisas. Me aconteça, Sveglia, me aconteça. Estou precisando de um determinado acontecimento sobre o qual não posso falar. E dá-me de volta o desejo, que é a mola da vida animal. Eu não te quero para mim. Não gosto de ser vigiada. E você é o olho único aberto sempre como olho solto no espaço. Você não me quer mal, mas também não me quer bem. Será que também eu estou ficando assim, sem sentimento de amor? Sou uma coisa? Sei que estou com pouca capacidade de amar. Minha capacidade de amar foi pisada demais, meu Deus. Só me resta um tio de desejo. Eu preciso que este se fortifique. Porque não é como você pensa, que só a morte importa. Viver, coisa que você não conhece porque é apodrecível — viver apodrecendo importa muito. Um viver seco: um viver o essencial.”
O conto “É pra lá que eu vou” nos fala um pouco sobre a extremidade do pensamento.
“Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei onde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim.
É para mim que vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? Ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois — depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio. Não sei sobre o que estou falando. Estou falando do nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.”
Das introduções escritas para os contos da Clarice, a que mais me tocou foi a de Carlos Maudez de Souza.
“Clarice era ainda muito pouco conhecida em Portugal. Atraído pelo nome da escritora e pelo título do livro, requisitei A maçã no escuro. Que obra extraordinária! Tão diferente e difícil e desafiadora. Veio-me, então, de imediato, o desejo de ler tudo o que a autora escrevera.
Não consigo precisar por que ordem fui devorando os livros de Clarice, mas sei que entre os primeiros que li, numa iniciática fase de deslumbramento, se encontrava justamente Laços de família, um dos mais belos volumes de contos da língua portuguesa.
...
Os seres são confrontados consigo mesmos no meio de circunstâncias tão insignificantes, que as consequências, por contraste, revelam um lugar espantoso: a boca de um cego ("Amor"), boca escura a abrir e a fechar, avoluma-se e devem imagem obsessiva e perturbante; e esse cão desconhecido de "O crime do professor de matemática" torna-se, no enterro, o símbolo da própria irresolução agigantada — "algo realmente impune e para sempre". Mansa e obscuramente ronda a ameaça: a todo o momento pode chegar a "crise". Contudo, o perigo de dissolução a que se veem expostas as personagens claricianas é, paradoxalmente, a mais funda energia desses seres. E não há apaziguamento possível porque não mais se poderá segurar a vida, mesmo no interior das células protetoras do núcleo familiar. A este respeito é bem expressivo o desfecho dado ao professor de matemática: "E como se não bastasse ainda, começou a descer as escarpas em direção ao seio de sua família.”

Esse livro nos mostra que Clarice Lispector mesmo depois de vários anos continua sendo a autora dos livros de cabeceira de várias pessoas. Afinal, como disse Guimarães Rosa “Clarice, eu não leio você para a literatura, mas para a vida.”.

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
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Dany 10/10/2015

Clarice na Cabeceira
O livro é uma reunião de vinte crônicas da Clarice que foram escolhidas por leitores, escritores e pessoas que a conheceram pessoalmente. As crônicas foram selecionadas de dois livros da escritora: A Descoberta do Mundo e Para não Esquecer.

Como a crônica é um relato mais pessoal, às vezes ela escreve sobre certas experiências, aqui tive o prazer em conhecer Clarice mais a fundo o que é incrível.
Cada um dos leitores/escritores que escolheram suas respectivas crônicas falou um pouquinho sobre ela, os que tiveram o prazer de conhecê-la pessoalmente então deixaram os relatos ainda mais interessantes. E mesmo os que não tiveram o prazer de conhecê-la em vida, relatam como foi à sensação de lê-la a primeira vez.

“Ler Clarice era como conhecer uma pessoa.” – Caetano Veloso pág.16

E eu acredito fielmente nisso.
Quando tive o prazer de assistir a primeira vez a uma entrevista dela foi uma sensação indescritível. É incrível como ela consegue responder a uma pergunta com tão poucas palavras, mas que te deixam conformada com a resposta embora você fique desejando e ansiando por mais.

Minha crônica preferida neste livro é Perfil de um ser Eleito:

“Mas sentir-se amado seria reconhecer-se a si mesmo no amor recebido, e aquele ser era amado como se fosse um outro ser.” – Clarice Lispector pág. 49
Ferreira Gullar fala sobre como a conheceu de uma forma tão simples que encanta. Sua primeira impressão ao vê-la foi: “achei-a linda e perturbadora.” E no decorrer de seu relato ele fala mais sobre os outros encontros que teve com ela. Pra mim foi o relato mais lindo.

A cada escrito seu, fico realmente convicta de que preciso ler todos os livros que ela escreveu:


“E na próxima encarnação vou ler meus livros como uma leitora comum e interessada, e não saberei que nesta encarnação fui eu que os escrevi.” – Clarice Lispector pág.91
É claro que teve cônicas das quais eu não gostei e assumo. Por exemplo, a crônica Brasília: esplendor, não gostei e por isso não conseguir ir adiante na leitura, li, li e me cansei porque não estava me agradando aquilo, por fim acabei pulando ela porque eu estava lendo apenas por ler e não ia entender nada porque não me dei o trabalho de presta atenção ao que estava lendo. Não me arrependo, até porque não queria ficar encalhada nesse livro e era justamente o que iria acontecer se não tivesse decidido não terminar de ler essa crônica.

Recomendo a leitura porque conhecer a Clarice pelos olhos de outras pessoas é encantador, é de uma forma meio trapaceiro de você a conhecer pessoalmente. Tão bom ouvir o quanto ela era espetacular e misteriosa, o quanto era admirada por ser exatamente como ela era sem tirar nem por.

Essa foi a segunda leitura que faço de obras dela – embora essa não seja exclusivamente apena dela.
Pretendo ler todos os livros dela, inclusive os infantis.

site: http://recolhendopalavras.blogspot.com.br/2015/08/resenha-clarice-na-cabeceira.html
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LeonairaMorgana 14/03/2015

Rápidas impressões sobre o Livro Clarice na cabeceira
Reune contos de vários livros de Clarice, que são previamente anunciados por autores, atores, artistas e etc.. é interessante pois os anunciadores dos contos sempre colocam seu ponto de vista explicando a razão da escolha do conto. Por fim, é sempre bom ler e reler qualquer coisa de Clarice
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Ana Carolina 06/08/2013

Resenha originalmente publicada no blog Palavra Sonhada
Clarice na cabeceira: crônicas é uma seleção de vinte crônicas da Clarice Lispector, cada uma escolhida e apresentada por um fã da autora. O livro foi organizado por Teresa Monteiro, doutora em Letras e autora da biografia de Clarice, Eu sou uma pergunta. É um complemento a Clarice na cabeceira: contos, também organizado por Teresa.
Cada um dos leitores convidados fez uma breve introdução à crônica selecionada, falando sobre suas experiências ao ler C.L., os motivos que o levaram a fazer essa escolha ou até mesmo momentos em que esteve com ela. Caetano Veloso, Lygia Fagundes Telles, Marília Pêra e Thalita Rebouças são alguns dos apresentadores de Clarice na cabeceira.
Este livro é uma experiência enriquecedora para os fãs da autora, já que contém relatos de outros leitores, facilitando a imersão na intensa e enigmática figura que é Clarice Lispector. Gostei muito!

site: http://palavrasonhada.blogspot.com.br/2013/08/clarice-na-cabeceira-cronicas-clarice.html
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Gabi 18/02/2012

é clarice lispector né? é bom mesmo se fosse muito ruim.
achei muito cansativo, e po mais que eu gostasse de alguns dos comentaristas, não tive paciencia pra ler o que eles diziam. Recomendo pra quem já em fã dela e já leu outros livros. FRASES DE TUMBLR/FACEBOOK NÃO CONTAM.
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Carol 29/11/2011

Conhecendo Clarice
Existem escritores que são fechados, ou pelo menos tão fechados quanto a profissão permite. Contam histórias que não se ligam diretamente às suas vidas, e eu arriscaria dizer que esses são maioria. Mas Clarice Lispector, não. Clarice é amiga de longa data do leitor. Seu intimismo chega a tal ponto que não se sabe o que é romance, o que é conto e o que é crônica. Em sua crônica Amor Imorredouro, publicado no Jornal do Brasil ainda como cronista iniciante, apenas sua quarta semana na nova profissão, ela admite que suas crônicas fogem ao gênero. “Ainda continuo um pouco sem jeito na minha nova função daquilo que não se pode chamar propriamente de crônica”, disse ela. E claro, é unânime que Clarice transcende gêneros. Mas, se por um lado suas publicações no jornal diferenciam-se expressivamente da forma, ordem cronológica e disposição dos fatos empregadas por seus colegas cronistas, por outro lado podemos considerar que crônica é um relato íntimo e pessoal sobre a vida do escritor, e aí Clarice é rainha. Se levarmos em conta tal definição, a maioria de seus contos seriam também crônicas e seus romances todos teriam tempero de crônica. Clarice é tão verdadeira que, na verdade, a crônica é apenas um caminho natural para o qual sua escrita flui.

Se basta um romance para o leitor se sentir amigo de Clarice, com a coletânea de crônicas Clarice na Cabeceira, é como se estivesse em uma longa conversa íntima com a amiga. Sua vida – e ah, como essa mulher sabia viver – se explicita conforme as páginas vão ficando para trás. Nessa coletânea, publicada pela Rocco, vinte pessoas, entre jornalistas, escritores e outros artistas, foram selecionados, por diversos motivos, para escolher sua crônica clariceana favorita. E também, antes de cada crônica, vem um apresentação escrita por aquele que a escolheu. Algumas apresentações são mais simplórias, mas algumas são muito interessantes para esta nossa missão de conhecer Clarice. Destaque para a de Lygia Fagundes Telles, muito significativa.

A contracapa do livro diz e não poderia estar mais correta: "Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, escreveu certa vez a autora. Clarice na Cabeceira é um convite para descobrirmos juntos."

(Mais em http://apesardalinguagem.wordpress.com/)
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Kamila 19/11/2011

Durante a leitura de “Clarice na Cabeceira” é bom ter em mente duas afirmações famosas sobre a escritora. Uma que foi dita por ela mesma: “escrevi livros que fizeram muitas pessoas me amar de longe”. A segunda foi falada por um outro grande escritor da literatura brasileira, João Guimarães Rosa: “Clarice, eu não leio você para a literatura, mas para a vida”. Tudo que a gente lê nesta obra, especialmente, é um verdadeiro tributo a estas duas afirmações.
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Lucas Quinamo 29/09/2011

Clarice...
Ler um conto (devo chamar de Crônica), uma crônica de Clarice é afundar no cotidiano, no cotidiano que é tão particular e ao mesmo tempo tão impessoal. Sua forma de escrever fascina, mas ao mesmo tempo é também maçante em alguns pontos, devo citar o conto Brasília, que de amordaça numa chatice sem fim, descrevendo o que Brasília é ou não, se ela seguisse o simplismo punk, ela poderia simplesmente dizer que Brasília é tudo e acabar em uma linha, ao invés de dizer tudo que Brasília é ou não é.

Bom, tirando esse conto em especial, os outros são bastante interessantes, mas o melhor é ler as introduções dos contos, escritas por amigos ou conhecidos de Clarice.

Vale a pena ler se você já tiver lido tudo que há de perfeito no mundo, caso contrário, vá correndo comprar Morro dos Ventos Uivantes, que eu digo, é melhor.
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Letícia 09/07/2011

22 contos que levo para a minha vida.
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Cíntia 12/06/2011

Um livro encantador para quem ainda não conhece as obras da Clarice, mas gosta do pouco que já leu, ou ouviu falar. Eu era apaixonada por frases da autora que lia em alguns sites que tinham sido extraídas de seus livros. Como não sabia por onde começar comprei esse livro para ver quais era suas obras que mais me despertavam interesse. Foi ótimo. Descobri que tudo que vem dela é fantástico. TEREI DE LER TODOS OS LIVROS QUE ELA PUBLICOU! Inclusive sua bibliografia! =)
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Raquel 10/01/2011

Quando vi pra vender "Clarice na cabeceira-cronicas" comprei logo. Tinha vontade de ler os livros desta escritora tão aclamada e vi que esta era a oportunidade de um primeiro contato.

No geral, eu gostei do livro. Algumas das cronicas escolhidas eu achei bem chatas e até que ela estivesse "viajando na maionese", escrevendo coisas sem sentido (a cronica sobre Brasilia é a pior delas!) mas as demais me agradaram muito. As duas primeiras já me fizeram adorar o jeito que ela escreve, bem humorado, com uma visão bem sensivel das situações/ da realidade.

Como amostra do trabalho dela, eu recomendo a leitura deste pequeno livro. Eu,com certeza, vou manter os livros dela na minha lista de leituras futuras!
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