Uma confissão

Uma confissão Leon Tolstói




Resenhas - Uma confissão


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Ebenézer 06/07/2020

A existência humana é complexa, ambígua e traumática muitas vezes.
É inescapável: todos os humanos estamos sob a instabilidade existencial que nos acompanha e cujo ápice se manifesta na maturidade individual, variando sua intensidade.
Daí, então, nossos embates e lutas no enfrentamento das conhecidas crises existenciais.
Se não conseguimos compreender plenamente o sentido da vida, à mercê das circunstâncias nos movemos e tateamos para entender minimamente o que é imponderável.
?Uma Confissão?, de Tolstoi, é uma narrativa em primeira pessoa na qual o autor dá livre expressão aos seus mais recônditos sentimentos na tentativa de se reconhecer como sujeito capaz de transpor o vale sombrio da crise existencial da maturidade que se instala com respeito à fé religiosa e tudo a ela relacionado.
Assim, a narrativa se adensa e expõe as perguntas sensíveis de caráter religioso que afligem o autor que se propõe a investigar esses questionamentos vitais que transcendem a mera existência terrena.
Embora seja uma narrativa de breve leitura, cada aspecto abordado enseja longas reflexões.
O autor faz como que um balanço da sua existência à luz dos princípios religiosos até então concebidos e os considera insatisfatórios e insuficientes para responder aos questionamentos existenciais suscitados.
Na sequência da narrativa o autor consegue recuperar o seu ponto de equilíbrio quando compara a própria vida com as pessoas trabalhadoras que pertencem ao extrato social inferior as quais não manifestam tais aflições. Diante desse quadro comparativo de realidades o autor emerge dessa crise mais assertivo, mais crítico e mais seletivo, e assim com mais argumentos para discernir mentiras e verdades dentro da religião que abraçou e nela permaneceu.
Uma confissão é, portanto, uma narrativa forte porque faz emergir os elementos que fundamentam as grandes questões da vida humana diante das quais o homem já em estado de civilização e conscientização avançados se impõe, mesmo sofrendo, para assim prosseguir a sua breve caminhada terrena.
Li, gostei e recomendo muito.
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Anelise 06/05/2020

Muitas leituras me aparecem "do nada" e se mostram tão sintonizadas com a vida, que só aceito os "tempos certos das coisas". Esse livro tão antigo, profundo e eterno, surgiu - no tempo de agora - como um verdadeiro presente.
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Afranio.Cunha 26/07/2020

Complicado
Literatura Russa não é fácil, não trata temas triviais (em sua maioria), nesse contexto Tostói é um escritor denso. Esse livro é pequeno, mas para mim foi difícil continuar e chegar ao fim. Não sei se pelas perguntas por ele destacadas no livro e das quais eu não as pergunto mais; pois a pergunta: Qual o sentido da vida? Já é uma pergunta sem sentido pra mim há muito tempo. Tostói se martiriza com isso e encontra a resposta onde ela sempre esteve, na simplicidade das coisas e dos fatos. Foi difícil, mas conclui. Para mim valeu a experiência, mas pese bem se vale a pena confrontar certas questões que para alguns pode não está bem resolvidas.
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Dilso 12/08/2020

Verdadeiro
Um livro que vale a pena ler e, talvez, se encontrar nele.
A confissão de Tolstói, me colocou na situação do próprio autor. Por vezes eu me via exatamente como ele, e entendo por muito do que ele passou.
Na nossa vida como cristãos, por vezes surgem muitas dúvidas, mas nem sempre temos coragem de correr atrás das respostas.
Em 'Uma Confissão' podemos encontrar o caminho para essas respostas.
Enfim, uma ótima leitura!
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Me chamam de João 16/08/2020

Uma vida transparente.
Segundo livro que leio do Liev Tolstói(O primeiro foi "Padre Sérgio") e tenho a mesma sensação do primeiro livro, uma sensação de ter estado imerso no livro e naquilo que o autor queria passar. Simplesmente fantástico!

Embora seja um livro escrito no século XIX na Rússia, ou seja, um contexto distante aparentemente, mas devido a clareza com que Tolstói descreve os seus conflitos e questionamentos sobre sua existência e sobre a vida e o seu sentido, a o livro se torna muito gostoso.

Umas das coisas que mais me chamam a atenção nesta autobiografia, é a transparência que ele possui ao expor os seus sentimentos e os seus desejos suicidas.

Ao mesmo tempo, ele é muito transparente também ao abordar as suas dúvidas com relação a Deus e aqueles que dizem o seguir. Ele nos mostra a realidade de uma vida que mesmo depois de compreender a existência de um Deus pessoal, ele ainda continua enfrentando conflitos.

Excelente obra!
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almeidalewis 02/05/2020

Um clássico de espiritualidade
Os questionamentos de tostoy Apesar do tempo são atemporais...
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Rodrigo.Santana 14/01/2018

Emocionante
Ahhhh... Que prazer foi iniciar e terminar a leitura desta obra do russo Liev Tolstói. Poderia dizer que as emoções ficaram a flor da pele quando me deparei com o dramático relato do autor sobre sua perda do sentido da vida e sua jornada em direção ao reencontro, consigo mesmo e com a vida, por meio da fé.

Na leitura, você irá ficar frente a frente com alguém que constantemente é assediado pelo desejo do suicídio e ao mesmo tempo, mesmo em seu mais profundo ser, desejoso de encontrar ajuda no Deus de sua tradição. Igualmente a todos os de seu ciclo intelectual, buscou saída no auto-aperfeiçoamento, no saber científico experimental e especulativo, e em nenhuma delas logrou êxito.

Buscou na tradição sua redenção,porém não foi muito bem sucedido. Até que ao olhar para o camponês humilde, ao deixar de observar as classes dominantes " cristã ", conseguiu a partir daí, resignificar os motivos de sua vida e existência. Tolstói encontrou na fé e não na razão pura, o caminho para viver.

Não querendo ser dramático ou exagerado, mas neste momento acredito que dificilmemte um livro, com excessão da bíblia, conseguirá superar todos os sabores que essa obra me proporcionou ao longo dos 3 dias de leitura. Foram 128 páginas de incontestável prazer na leitura.

Eu recomendo a você que passa por algum tipo de crise existencial, a você que por conta dos pesados caminhos da vida, tem tido o desejo de dar cabo de sua própria vida. O livro não possui qualquer tipo de poder sobrenatural, mas poderá servir de alento e exemplo para sua caminhada de redenção e reencontro.
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Carol 29/05/2020

A angústia de Tolstói é palpável e atemporal, o interessante do livro é acompanhar a transformação e retrocesso nas situações da vida. A leitura é pesada em alguns momentos, onde o próprio escritor oscila em pensamentos suicidas e crises existenciais, tentando encontrar um sentido para sua vida. Trechos que me chamaram atenção:
"na época, eu apenas desconfiava e, como qualquer louco, apenas chamava todos os outros de loucos, menos a mim mesmo."
"Minha pergunta, aquela que, aos cinquenta anos de idade, me levou à beira do suicídio, era a mais simples que se abriga na alma de todos os homens, desde a criança tola até o velho sábio - uma pergunta sem a qual a vida é impossível, como eu estava comprovando, na prática. A pergunta consiste nisto: "O que vai ser daquilo que faço hoje, daquilo que vou fazer amanhã - o que vai ser de toda a minha vida?".
"Eu mesmo não sabia o que queria: tinha medo da vida, desejava me livrar dela e, no entanto, ainda esperava dela alguma coisa."
"A essência de qualquer fé consiste em que ela dá a vida um sentido que a morte não destrói."
"Minha vida parou. Eu podia respirar, comer, beber, dormir, porque não podia ficar sem respirar, sem comer, sem beber, sem dormir; mas não existia vida, porque não existiam desejos cuja satisfação eu considerasse razoável. Se eu desejava algo, sabia de antemão que, satisfizesse ou não meu desejo, aquilo não daria em nada."

Apesar de ser uma autobiografia o livro me prendeu e me trouxe reflexões profundas, me deu um nó na garganta em vários momentos... enfim, com certeza vou ler as outras obras do autor.
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Jak 22/04/2020

Crise existencial
Neste pequeno livro Tolstói narra a crise existencial que o oprimiu a partir dos seus 50 anos. Sua luta por meio da razão, de encontrar sentido em sua vida e na vida da humanidade como um todo. Com repetidos pensamentos suicidas no decorrer dos anos o escritor buscava encontrar alguma esperança através da filosofia e posteriormente da religião estudando e inquirindoo seu círculo social. Seu desligamento com essas pessoas e a Igreja Ortodoxa é inevitável e ele explica que tipo de sentido encontrou observando a vida das pessoas simples, pobres e trabalhadoras.
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Luciana 01/05/2018

Pesado, mas uma grande obra!
Os livros escritos por Tolstói são sempre incríveis, mas este em especial é pesado e muito denso...Fala da sua busca por uma crença e a luta por se manter vivo, diante do desejo diário de se matar!
É um livro para se ler em bons dias, pois é um tanto depressivo, mas ainda assim, uma excelente obra!
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Eduardo Ogalves 18/02/2020

Sinopse
Minha vida parou. Eu podia respirar, comer, beber, dormir, porque não podia ficar sem respirar, sem comer, sem beber, sem dormir; mas não existia vida, porque não existiam desejos cuja satisfação eu considerasse razoável. Se eu desejava algo, sabia de antemão que, satisfizesse ou não meu desejo, aquilo não daria em nada. Liev Tolstói Uma confissão registra a intensa crise de fé de Tolstói quando, em 1879, já tendo escrito duas das mais aclamadas obras da literatura universal, Guerra e Paz e Anna Kariênina, ele se questiona sobre o sentido da vida e é confrontado com sentimentos suicidas. A narrativa de sua crise e a busca por respostas estão apresentadas, de maneira autêntica e não menos comovente, em tradução exemplar de Rubens Figueiredo.

Sobre o Autor

Liev Nikolayevich Tolstói nasceu em 9 de setembro de 1828, em Yasnaia Poliana, na Rússia, emorreu em 20 de novembro de 1910. Considerado um dos maiores escritores de todos os tempos, presenteou a humanidade com grandes obras da literatura universal.

Fonte : Amazon
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Liliane 18/12/2020

Um texto originalmente escrito para servir como introdução a uma obra posterior, acabou ganhando vida própria. O livro é um passeio pela história de um renomado escritor em seu processo de busca pelo sentido da vida, onde conhecemos suas dúvidas, temores, pensamentos suicidas, pesquisas profundas, observações, até a tão esperada resposta.
Rica e encantadora narrativa com ilustrações filosóficas.
Quem nunca se perguntou qual o sentido da vida? Aí eu te pergunto: É possível viver sem se sentir vivo? E vc, vive ou apenas sobrevive?
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Lukinhas 07/01/2021

Quando Tolstói quis suicidar-se...
Como tantos de seus personagens, Tolstói estava obcecado pela morte e buscava, a todo custo, dar algum sentido à vida.
 ?A fé é o sentido da vida humana, graças ao qual o homem não se destrói e vive. [...] a essência de qualquer fé consiste que ela dá à vida um sentido que a morte não destrói?.
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rafa_._cardoso 17/05/2024

Rico com crise de meia idade
O livro é uma autobiografia de Tolstói, publicada em 1882. Na obra ele relata sua crise existencial e sua busca por um sentido para a vida diante do inevitável fim de todos.

Tolstói busca por diferentes partes a sua tão sonhada resposta, indo da filosofia à ciência, passando por diferentes denominações religiosas, mas não encontra uma resposta que seja satisfatória. 

A resposta encontrada por Tolstói pode não agradar a todos. 

Partes do livro soam um pouco esquisitas, porque é um aristocrata falando que a fé simples das pessoas comuns, que, apesar de uma vida sofrida, mantêm uma crença irracional na vida é que felizes são elas por não terem essas preocupações.
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