kleyson 06/02/2021
Lembre-se
Assim como Confissões, de Agostinho de Hípona, temos aqui Uma - incrível - Confissão, de Liev Tolstói.
Camus afirma que "só existe um problema filosófico realmente importante: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder a questão fundamental da filosofia". Nesta obra, Tolstói relata sua busca por esta resposta, o sentido da vida, frente aos suas centenas de desejos de cometer suicídio.
"A antiga ilusão da alegria da vida, que sufocava o horror do dragão, já não me ilude. Por mais que me digam: não somos capazes de entender o sentido da vida, não pense, viva ? não consigo fazer isso, porque já fiz isso antes, por muito tempo. Agora, não consigo deixar de ver os dias e as noites, que correm e me levam para a morte. É só isso que vejo, porque só isso é a verdade. Todo o resto é mentira". É... acho que o esclarecimento de Camus de que a vida não tem sentido e a aceitação disto, não convenceria ele kkkk. ?Existe, em minha vida, algum sentido que não seria aniquilado pela morte que me aguarda de modo inevitável??.
Tolstói relata seus conflitos existenciais lado a lado com sua busca por Deus, que ele diz não ter sido um raciocínio, mas um sentimento, pois essa busca vinha não de seus pensamentos, mas do coração do ele. Um emaranhado sentimento de medo, de abandono e solidão, em meio a tudo que me é estranho, mas também de esperança por alguma ajuda.
"Basta conhecer Deus para que eu viva; basta esquecer, não acreditar em Deus, que começo a morrer. Conhecer Deus e viver é a mesma coisa. Deus é vida.?