Em Águas Sombrias

Em Águas Sombrias Paula Hawkins




Resenhas - Em Águas Sombrias


768 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |


Mari 09/05/2017

"Nel Abott já vinha brincando com fogo - era obcecada pelo rio e seus segredos, e esse tipo de obsessão nunca acaba bem."
A Garota no Trem foi um livro que me envolveu demais. Por isso, quando Em Águas Sombrias foi anunciado, Ansiedade passou a ser meu nome do meio. Graças ao Grupo Editorial Record - que me enviou um exemplar do livro de surpresa - pude ler o livro antes do lançamento mundial e ele conseguiu me deixar acordada durante toda uma madrugada, me fez sonhar com a trama e ainda deixou frases marcadas na minha memória. Acho que, só por isso, já dei para perceber como foi uma ótima leitura, não?

"Há quem diga que essas mulheres deixaram algo de si na água, outros, que a água retém parte do poder de cada uma, pois desde então tem atraído para suas margens as desventuradas, as desesperadas, as infelizes, as perdidas. Elas vêm aqui para nadar com suas irmãs." p. 45

Beckford é uma cidade na Inglaterra cercada por um extenso rio. Um trecho dele, em especial, sempre despertou o interesse de Danielle Abott e o receio de grande parte da população. Isso porque o local, que fica logo abaixo de um penhasco, é chamado de Poço dos Afogamentos, uma vez que muitas mulheres foram encontradas mortas ali ao longo dos séculos. Nel então passa sua curiosidade para o papel e começa a escrever um livro sobre o rio, a cidade e seus habitantes, até que ela se torna uma das mulheres do rio.

"O rio pode voltar ao passado, trazer coisas à tona e cuspi-las na margem diante dos olhos de todos, mas as pessoas não podem." p. 95

Paula Hawkins é uma autora e tanto. A Garota no Trem possui uma premissa intrigante, porém ela consegue ir muito além. Já em seu novo lançamento, Em Águas Sombrias, ela já deixa claro na curta sinopse que algo simples pode ser uma coisa muito grandiosa e vai ainda mais além. Sua escrita parece ainda mais madura e sua narrativa, seja em primeira ou terceira pessoa, se mostra ainda mais envolvente. Os capítulos são curtos, te fazem querer virar mais e mais páginas e os 14 pontos de vista diferentes tornam a história ainda mais interessante.

"— Não há momento melhor que o presente — disse ele." p. 145

Alguns personagens se abrem mais facilmente para os leitores, enquanto outros nos farão analisar as barreiras que os cercam antes de tentar quebrá-las. A autora faz de tudo para que você não confie em ninguém, principalmente porque acabamos nos dando conta de que nenhum personagem é apenas o que mostra ou o que outra pessoa vê dele. A dúvida é inevitável, mas o envolvimento é certo. Cada um dos personagens, da sua maneira, irá acrescentar algo para o enredo e se verá envolvido com pelo menos um dos mistérios que surgem ao longo da trama. Sem falar que suas vidas acabam sendo ligadas de uma forma ou de outra, então é impossível não se ver empolgado com todo o vinculo.

Entre os personagens que se destacam estão Jules, Lena, Louise, Erin, Sean, Josh e Nickie. Jules é uma mulher receosa e confusa, Lena é uma jovem rebelde, forte e leal, Erin é uma policial relaxada porém atenta, Sean é um homem estranho e cheio de segredos e fraquesas, Josh é um menino que parece mais novo por conta do medo e Nickie é uma mulher especial e poderosa que traz toda uma novidade e curiosidade para a trama. Isso porque ela é uma médium. Nickie conversa com mortos, escuta o rio e acaba reprimida, sem tanta oportunidade de se mostrar. Ou, talvez, ela mesma não queira isso por ter seus próprios motivos...

"Às vezes, mulheres encrenqueiras cuidam umas das outras." p. 170

A dedicatória do livro vai "para todas as encrenqueiras". Os desejos e as motivações das mulheres ao longo dos séculos acabam sendo abordador por Paula Hawkins. A questão de serem apenas mulheres que aparecem no rio, que são assassinadas ali ou se suicidam naquele local... o que será que todas elas – com vidas, idades e atitudes diferentes – poderiam ter em comum? A autora nos leva até o século XVII, nos faz pensar sobre os avanços e as dificuldades das mulheres que querem se impor, que querem seguir seus desejos e alcançar um lugar de destaque. Talvez muitas pessoas não entendam o diferencial disso ou o propósito de Hawkins, contudo espero que isso não aconteça tanto. Ela vai desde esposas maltradas pelos maridos até mulheres determinadas que causam medo por serem exatamente quem elas gostariam de ser, passando por mulheres que se relacionam com homens mais velhos, mulheres traídas que não culpam seus maridos por seus atos, amantes que se sentem bem com suas posições e etc.

Temos também toda a questão da investigação da morte de Nel. Jules, sua irmã, está segura de que ela não se jogou, ao mesmo tempo em que sua filha afirma que o desejo da mãe foi realizado e Nickie vai contra tudo e contra todos afirmando que tudo isso é muito mais complexo do que as pessoas se permitem acreditar. Acabamos sendo envolvidos na morte de Katie – uma jovem que teve o mesmo destino de Nel anterorimente – também e, de repente, é como se fizéssemos parte do elenco, como se fossemos moradores de Beckford. Será que eles teriam motivos para acabar com seu projeto, com sua vida? Será que ela estava desvendando segredos demais?

Pensei em dar 4,5 estrelas para o livro porque acredito que a autora poderia ter se aprofundado um pouquinho mais na realidade de Nickie (falando sobre seu dom, sua irmã, seus conhecimentos...) e nas verdades de Erin e Hellen – duas personagens que, apesar de tudo, ainda parecem incógnitas para mim. Também seria ótimo poder encontrar mais de Libby no início da história, assim como conhecer os motivos para que Nel não desistisse de sua irmã, que tanto quis evitá-la durante tantos anos. Mantive as 5 estrelas porque não é como se esses pontos fazessem falta ou atrapalhasse o desenrolar, pelo contrário, são assuntos/personagens que charam minha atenção e eu gostaria de saber mais.

Em Águas Sombrias é um thriller repleto de personagens bem construídos, de desconfiança e de sofrimento. Paula Hawkins te faz ficar acordado sem querer parar a leitura e lembra do perigo de guardar sentimentos e palavras apenas para si. A vontade que tenho agora é de visitar Beckford, procurar a casa do moinho, passar pela casa dos Ward, pisar na lama do rio e até nadar nele. Sem dúvidas uma leitura eletrizante, misteriosa e viciante.

site: http://www.magialiteraria.net/2017/05/resenha-em-aguas-sombrias-paula-hawkins.html
Grace 10/05/2017minha estante
Ler sua resenha me fez querer ler o livro !!


Grace 10/05/2017minha estante
Sua resenha me fez querer ler o livro!


Vitor.Leal 21/05/2017minha estante
Melhor resenha que li sobre o livro. Parabéns !




Lucas.Aguiar 02/07/2022

Muito bom
Livro muito bem escrito, desenvolvido e finalizado. A autora consegue amarrar a trama muito bem, com bastante mistério, intrigas e plots. De leitura rápida e instigante, você não consegue parar de ler até descobrir a verdade, que é um pouco imprevisível.
comentários(0)comente



WillZoka 10/06/2021

Para cada corpo que abriga essas Águas Sombrias
Jamais conseguiremos fugir
Onde as superfícies mais calma abrigam os maiores temores
E as menores esperanças
As vezes fugir, é a escolha mais inteligente.

Existem lugares que permanecem em nossa memória, marcados em nós por muito tempo, antigas casas onde crescemos e passamos boa parte da vida com nossa família, o chão que abriga os dias em que aprendemos a andar, a porta que tem nossas marcas do crescimento, o quintal que possui um pouco de nosso sangue quando nos machucamos, o quarto que lembra do jogo escondido e do primeiro beijo em um amigo ou amiga, as paredes que possuem os livros e as músicas ouvidas até tarde da noite. Praças marcadas pelas rodas da primeira bicicleta enquanto aprendemos a andar na companhia de nossa avó e caímos rindo pela vergonha e afastando a dor, bosques, estações, pontes, praias, ruas, becos, infinidades de lugares que nos transformam fazendo parte da nossa constante, eterna e assustadora mudança.
Na história de “Em águas sombrias” acompanhamos um rio que cruza a cidade de Beckford, tal rio já conhecido pela sua história antiga e seu poço dos afogamentos, que pelo que o nome sugere existe uma enorme quantidade de pessoas que perderam, ou tiraram a própria vida, em sua esmagadora maioria mulheres, desde a época em que as pessoas achavam justo condena-las por bruxaria, até os momentos atuais onde ocorre uma das histórias mais brilhantes, melancólicas e mais bem escritas.
Paula Hawkins já havia me surpreendido com seu romance de estreia “A Garota no Trem”, uma história que consegue trazer personagens assustadoramente vivos e um mistério desesperador. Em seu segundo livro as coisas tomam um rumo tão profundo e tão sombrio ao assumir uma pitada de momentos sobrenaturais. Começando pela apresentação da história onde narra Libby, uma garota sendo afogada de uma forma sádica pela população local acusada de bruxaria, em uma época onde as mulheres haviam conquistado alguma liberdade e conhecimento sobre ciência, biologia e herbalismo, e tal conhecimento foi visto como uma ameaça. Neste ponto já percebemos que as terras onde se passará a história já possui um teor macabro e uma tendência a crueldade.
“Nos poucos dias que antecederam sua morte, Nel ligou para a irmã, mas Jules, como sempre, não atendeu seu telefonema. Agora Nel está morta. Dizem que ela se suicidou. E Jules foi obrigada a voltar ao único lugar do qual achou que havia escapado para sempre.
Pouco tempo antes uma adolescente foi encontrada no rio da mesma forma que Nel. Essas mortes causam uma perturbação na cidade e trazendo à tona segredos há muito submersos”
A narrativa varia de duas maneiras, a primeira é que temos dez personagens narrando seu ponto de vista e suas relações com o lago, Nel, e os incidentes passados e atuais e cada narrativa irá variar entre primeira e terceira pessoa, o que a primeira vista, pode parecer confuso e difícil de se entender quem é quem até se acostumar. Confesso que no meu primeiro contato com o livro não entendi a abordagem e o achei um pouco entediante. Porém, quando estava realmente preparado para ler e disposto a entender sua singularidade – não só necessária para o desenrolar da história e seu mistério, deixando tudo mais angustiante e eletrizante, mas também única, mostrando o talento da autora – cai de cabeça e me dispus a entender o desenrolar da trama em apenas dois dias.
O brilho da obra está em como a história é contada, diferentes pontos de vista oferecem diferentes interpretações e visões de todos os acontecimentos da história, estar em contato com tantos personagens (inclusive os que não merecem a atenção de um capitulo para si) é como mergulhar no próprio rio, nos deparamos com diversos mal entendidos, mentiras, reviravoltas, traumas, e o que mais me assusta, o passado e o arrependimento dos personagens e em como isso os afeta no presente.
Teremos também em alguns momentos os rascunhos do livro que Nel estava escrevendo intitulado “O Poço dos Afogamentos.” Onde ela buscava contar a histórias de todas as mulheres que tiveram seu encontro com a morte naquele rio.
Quando você entende que uma pequena atitude sua causou um enorme estrago e influenciou o rumo de diversas vidas, como continuar sem se culpar? Você indiretamente tira a vida de pessoas e escolhe seu destino sem mesmo se dar conta disso. Quando me dei conta de como essa linha eterna corria entre cada personagem tudo ficou assustadoramente claro, como essa história é bem amarrada e capaz de despertar um lado seu que o faz pensar sobre o tempo e como se culpar tanto ou culpar os outros é irrelevante, não torna tudo melhor nem traz alivio ou calma a essas aguas profundas. Cada escolha sua gerará um destino diferente a sua volta, as vezes maior do que se espera.
Existem lugares que marcam as pessoas as transformando e moldando como uma escultura de barro, e existem pessoas que marcam lugares, os machucam, os impregnam de mentiras, histórias, contos e os destroem, os reconfiguram e atribuem algo “humano” ao inumano, o que me faz perguntar o que realmente define algo, ou alguém. As pessoas ruins transformaram o lago em algo ruim? Ou temos uma presença “sobrenatural” que desperta coisas ruins nas pessoas, torna suas características mais tendenciosas a maldade.
O lago de Beckford não é só um personagem no livro, é uma criatura viva, perigosa e encantadora, mentirosa e bela, esconde tantas mentiras e maus entendidos como cada personagem que o toca, todos sofrem influencias de suas aguas seja quando nadam, bebem ou passam ao menos por perto, sentem algo a mais ou a menos depois de conhecerem seu poder. O destino sempre será o mesmo tanto para os que o admiram e os que o temem, se depararem com seu reflexo e serem tragados para sua escuridão sem fim das aguas sombrias.

comentários(0)comente



Keth 20/04/2021

no começo é legal, gostei bastante. mas lá pro meio do livro fica muito cansativo, demorei muuuuuito pra ler porque simplesmente não tinha vontade de pegar o livro.
comentários(0)comente



Ivan Leite 13/06/2021

Em Águas Profundas Paula Hawkins
?Alguns segredos são capazes de arrastar você para o fundo?

Uma mãe aparece morta no rio que atravessa a cidade. Pouco tempo antes, uma adolescente vulnerável teve o mesmo destino. Embora não sejam as primeiras mulheres perdidas para estas águas escuras, suas mortes causam uma perturbação no rio e em sua história, dragando dele segredos há muito submersos.

Cuidado com superfícies muito calmas - nunca se sabe o que pode haver embaixo delas.

Boa leitura... boa viagem...
@biblioteca.giratoria
@ cult.artes
comentários(0)comente



alice.rafaelpan 24/07/2017

Deixou a Desejar
O livro foi dividido em quatro partes. A primeira parte achei confusa pelo grande número de pontos de vista e só comecei a me familiarizar com todas as personagens a partir da Parte 2. A história tinha tudo para ser empolgante, no entanto, não consegue passar a emoção pretendida, embora haja uma interessante mistura de investigação policial com um fundo de sobrenatural. O final foi fraco, deixando alguns acontecimentos sem explicação.
comentários(0)comente



marcy.castro 31/08/2022

sobre as netas das bruxas que deveriam ter sido queimadas.
achei um pouco clichê, pra falar a verdade. o que não é exatamente ruim! clichês são clichês por algum motivo: porque eles funcionam. mas aqui o suspense construído ao longo do livro não se equipara ao final. tem algumas reviravoltas interessantes, com certeza, mas no geral é mais do mesmo. é bom, mas não é excelente.
comentários(0)comente



Maria.Rafaela 27/03/2021

Acho que a autora enrolou bem. Mas estava bem visível os acontecimentos antes mesmo de serem revelados. Gostei da leitura, mas faltou algo.
Teve pontas soltas que não se resolveram, coisinhas mínimas.
comentários(0)comente



KelenDZ 03/09/2022

O início do livro é muito misterioso, quase macabro, mas com o desenrolar da história se vai entendendo...
No início foi um pouco confusa a leitura, já que a história é contada sob o ponto de vista de vários personagens, e leva um tempo até se acostumar aos nomes e quem são.
Jules e Sean eram dois sequelados, pelas vivências que tiveram na infância.
Final imprevisível.
comentários(0)comente



Evelyn 26/04/2018

Demora um pouco para desenvolver...
O livro é daqueles que pega no tranco... No começo há pouca vontade de continuar a ler, pois a história demora a desenvolver, fora que a quantidade de personagens que contam a trama tonam, ao menos pra mim, um pouco difícil compreender os fatos, pq com pelo menos dez personagens relatando, eu sempre me perco no "quem é quem". Mas a partir da segunda parte do livro ele se torna bem interessante e a história surpreende. E quando acha que já sabe tudo que poderia saber: lá vem uma surpresa.
comentários(0)comente



Gigio 30/03/2020

Muito, mas muito bom
Cheguei ao livro por acaso e só resolvi ler pq gostei muito do filme ?A garota no Trem?, baseado no livro homônimo da mesma autora.
O livro é daqueles que você não consegue largar. O enredo é bem complexo com muitos personagens, a maior parte deles com segredos que só vão se revelando aos poucos.
Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



Matheus.Mesquita 30/03/2020

Em Águas Sombrias - Minha resenha
O livro em si é bom, mas confunde um pouco no começo da leitura por retratar todo o acontecido pela perspectiva de vários personagens, como eu não sou bom com nome, me perdi um pouco. A história aborda alguns pontos que eu achei interessante, como a culpa de uma traição ser sempre da amante e não do marido infiel.

Em muitos momentos a autora aguçou com maestria a minha curiosidade de querer saber o motivo das mortes nas águas sombrias, com isso eu acabei criando uma expectativa enorme e me me dei mal, pois o final foi um encerramento compreensível, mas não era o que eu queria kkkk. A última linha era para ter causado um espanto em mim, mas a minha sensação foi que não precisava terminar daquela maneira, acho que ter deixando como estava me faria crer mais no que havia ocorrido.

Mas gostei do Livro :D

site: https://www.blog.matheusmesquita.com.br/post/resenha-em-%C3%A1guas-sombrias
comentários(0)comente



Patricia.Olazar 17/05/2020

Em águas Sombrias
Paula Hawkins me surpreende de novo! Escritora de mão cheia, uma história de tirar o fôlego.
Manu 17/05/2020minha estante
Muito bom. Gostei mais até do que A garota no trem.




Maju Deolindo 30/08/2022

Esperava outra coisa
Um verdadeiro qualquer coisa, 127 pontos de vistas diferentes q vc se perde no role e no fim eu não me importava com ninguém. A premissa é muito boa, mas só isso não se sustenta. Eu só queria saber se as mortes eram causadas algo místico ou se era alguém.
comentários(0)comente



Bella 31/08/2022

Surpreendente!
Nossa adorei esse final. me pegou desprevenida!! A leitura não foi tão fácil como outros livros da autora, as vezes achava cansativo, mas como os capítulos não são muito longos, era fácil ler, parar e retornar depois. O fato do formato da escrita abordar uma personagem principal em cada capítulo também ajuda a dar dinamismo para o livro. Gostei demais do final!!
comentários(0)comente



768 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR