Ehkew 18/01/2023
Num primeiro momento a história parece totalmente superficial, mas conforme você vai lendo você percebe que não é só isso.
É realista e cruel ao apresentar a Liz, como alguém capaz de ser ruim, não apenas como vítima. O que evita a caracterização da pessoa apenas como o problema que ela tem, como se cada um dos personagens não tivessem personalidade e tomassem suas próprias decisões ou pensassem por si próprios.
Mostra a dualidade dos personagens, e a forma que cada um enfrenta as porcarias que acontecem com eles ou que eles fazem com outros. E também critica de forma sutil a cultura de deixar os adolescentes fazer o que quer, sem a atenção ou orientação devida capaz de impedir diversas situações do livro e diversos traumas e coisas prejudiciais a saúde física e mental dos próprios jovens. Já que nessa fase, fica-se vulnerável e totalmente influenciável embora como a Liz, sinta-se o dono do mundo.
Outra coisa que gostei foi o pensamento de que tudo pode recomeçar, embora alguns optem por não mudar as coisas.
E aparentemente os personagens representam etapas da melhora:
- o namorado da Liz: Reproduzir o ciclo e não sair do mesmo lugar, viver o problema.
- o Liam: perceber o problema.
- Kennie: não esconder
- Julia: pedir ajuda
-Liz: negação, autossabotagem, tentativa de lidar com o problema, erro e também recomeço.