A Pérola Que Rompeu a Concha

A Pérola Que Rompeu a Concha Nadia Hashimi




Resenhas - Arqueiro


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Mandy 15/07/2022

A pérola que rompeu a concha
Livros sobre o Afeganistão sempre são dolorosos de ler, pelo menos pra mim, e com esse não foi diferente.

foi uma leitura intensa, triste, mas enriquecedora. mais do que indico.
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*Si* 11/07/2022

De cortar o coração...
Uma história tão triste... Confesso que lá pela metade acreditei que me faltaria estômago para seguir na leitura. Uma escrita primorosa, uma dose de poesia que não ameniza a dor de mergulhar na história das mulheres do Afeganistão.
Rahima é filha de pais viciados em ópio, para conseguir estudar ela assume uma identidade masculina, um costume aceito pela sociedade, bacha posh, assim ela experimenta toda liberdade de ser menino. Até que aos 13 anos é entregue em casamento junto com outras duas irmãs. Uma vida difícil, um marido violento, outras esposas, uma sogra cruel. Rahima se ocupa de sobreviver como for possível, inspirada pela história de sua trisavó, Shekiba, contada por sua tia. Assim, as histórias se entrelaçam, uma no início do século XX, a outra já no regime do Talibã. É de cortar o coração. Mas, vale a reflexão do quanto ainda somos livres, apesar de toda violência patriarcal.
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haylla.with.an.h 09/07/2022

Dor, sofrimento e uma dose de esperança
"As pessoas que são atingidas pela tragédia uma, duas vezes, estão fadadas a sofrer outra vez. O destino acha mais fácil refazer o próprio caminho".

O livro vai intercalando a história entre as duas personagens principais como narradoras: Rahima, no presente e Shekiba, no passado. As duas compartilham além do mesmo sangue, histórias muito parecidas; apesar de estarem separadas por décadas de vivência.

A história começa nos ambientando a realidade de uma parte das famílias afegãs, e aos poucos vamos nos adaptando. Mesmo esperando que algo de ruim ocorra, nada nos prepara para o que virá a seguir. Logo nos apegamos as personagens, femininas apenas. Não que sejam perfeitas, mas elas são extremamente complexas e muito humanas; além de infinitamente fortes e corajosas. É fácil sentir empatia e desejar que tudo fosse diferente...

Além de muito bem construída , existe uma linearidade. Faz com que o leitor esteja sempre atento e ansiando pelos próximos acontecimentos, mesmo que sejam devastadores. Você se pega torcendo para que tudo dê certo. Quando parece que está tudo perdido uma luz surge no fim do túnel, e às vezes quando parecia que ia ficar tudo bem; somos atingidos por um choque de realidade.

Não é uma leitura fácil, é cheia de gatilhos (violência, abuso, morte, ameaça, tortura); principalmente para as mulheres. Porém, acredito que todos devem ler obras desse tipo. O mundo precisa se atentar ao que ocorre à essas pessoas. É preciso iluminar e encarar as mazelas da humanidade, e não fingir que não existem!

Impressiona que essa seja a estreia da autora, ela merece todo sucesso e reconhecimento. É preciso dar voz para esses escritores e seus escritos. A respeito das protagonistas, depois de muita dor e sofrimento há uma dose de esperança. Rahima e Shekiba, vocês são pérolas que romperam a concha...
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Denise195 03/07/2022

Uma história forte contada com delicadeza. Uma fresta por onde podemos ver como as mulheres ainda têm um longo caminho até o respeito que merecem.
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Rosália Salvatore 25/06/2022

Esse é o tipo de livro que tinha tudo pra ser um dos meus favoritos, criei muitas expectativas em cima dele, principalmente ao ver algumas das resenhas que estão aqui.

Gostei demais de acompanhar as duas protagonistas, eu me via torcendo pelas duas, querendo que elas conseguissem se verem livres de tudo o que estavam sendo obrigadas a passar, e embora elas fossem rebeldes a sua maneira, tenham lutado da forma como puderem, eu esperava que houvesse mais.

É um livro bem longo, em alguns momentos a história fica lenta, então eu ansiosava por mais reviravoltas, oportunidades de mais coisas acontecendo na vida das personagens e não foi o que aconteceu, o que não é demérito do livro, ele segue uma linha bem mais condizente com a vida real, o problema foi eu ter posto expectativas demais em cima de coisas que em momento nenhum o livro me prometeu.
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Andreia Pi 20/06/2022

Inesperado
Em meio a tanto sofrimento e dificuldades que as mulheres afegãs passam, ler esse livro é abrir os olhos para uma realidade bem diferente. Vale a leitura.
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Maih Lima 18/06/2022

Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
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Lauren / Biblioteca de Lilith 16/06/2022

Tentando romper a concha
Muitas vezes pode ser difícil compreender outra cultura, perceber uma realidade social diversa da nossa. Não por suas particularidades e diversidades (o que pode ser belo e enriquecedor de se admirar), mas por alguns casos de opressões que não nos parecem aceitáveis ? como é o caso aqui neste enredo. São diversas questões que ficam dando voltas na nossa mente. Mas o que é possível constatar é o tamanho do absurdo quando mulheres são vistas como mercadoria, como pessoas sem poder de escolha ou sem vontade própria. É angustiante e desesperador ver a violência como algo comum no cotidiano, ou a falta de afeto e empatia ser algo aceitável, quando mulheres se tornam apenas seu trabalho reprodutivo e doméstico, e não são vistas como sujeitos em sua totalidade.


Muitas discussões sobre gênero são trazidas à tona nesta história, muitos debates podem ser feitos a partir deste assunto e das referências aqui costuradas na trama, mas acredito ser importante amadurecer a percepção e tudo que nos é contado aos poucos. É uma história difícil, principalmente porque sabemos que ela é inspirada por fatos reais e quando estamos lendo sobre o sofrimento destas personagens, sabemos que é possível que outras mulheres do outro lado do mundo possam estar de fato vivenciados tudo isso em suas realidades. É dolorido. Nos sentimos impotentes. Mas ainda assim, tentamos nutrir esperança por dias melhores para as mulheres ao redor do mundo.

"Percebi que esse era seu escape. A mente ia aonde o corpo não podia. "

? Queria ver os lugares que ela vira. Porém, queria mais do que ela teve também. Eu não queria ser um fantoche como ela fora, passada de mão em mão. Desejava ser mais ousada. Fazer meu nasib, não deixar que ele fosse definido pelos outros e entregue a mim já pronto. Mas, pelo que minha mãe sempre dissera, eu não sabia se era possível?.

? Até onde eu tinha visto, Zamurad não fizera nada que vários outros parlamentares também não tivessem feito. Assim como os homens, levantará a mão e pedira para falar. Mas dava pra perceber que muitas pessoas não estavam interessadas em ouvir o que tinha a dizer. Diversos homens reviraram os olhos ou fizeram um movimento com a mão para mostrar que estavam irritados com o fato de ela pedir a palavra.
- Ela expõe suas ideias em demasia. As pessoas não querem ouvi-la o tempo todo?.

?- seu marido é muitas coisas, mas não estúpido. Ele não quer que você veja o que acontece no resto do país, o que as outras mulheres estão fazendo. Nos canais de televisão agora há muitos programas com cantoras e repórteres do sexo feminino. Até homens que defendem mulheres. Consegue imaginar? Como você se sentiria se visse mulheres como essas todos os dias? Ele precisa mantê-la com uma venda nos olhos?.
Fiquei irritada ao perceber como nossas coleiras eram apertadas, mesmo tão longe de Abdul Khaliq. Era como se eu fosse enterrada em um buraco, cada dia mais fundo, até mal poder enxergar a luz."

"Assim é a vida para as meninas. Uma filha não pertence de fato a seus pais. Uma filha pertence aos outros."
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Karol Rodrigues 13/06/2022

"Canalhas. Não conseguem lidar com uma mulher que tenha voz própria."
Uma história forte, marcante, triste e incrivelmente envolvente.
Me surpreendeu muito.

"Eles podem não saber quem colocou a bomba lá, mas todos sabemos o porquê. Ela é uma mulher. Eles não querem ouvi-la".
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Henrique_ 09/06/2022

A triste realidade de mulheres afegãs
Ótimo livro. Pude aprender mais de um país pouco compreendido por nós ocidentais e, apesar de ter sentido revolta ao ler muitas passagens, sobretudo as que retratavam injustiças e violências gratuitas, a autora expõe com sobriedade diversos problemas de seu país de origem, o Afeganistão. A diferença de tratamento entre homens e mulheres, casamento infantil, os senhores da guerra, instabilidade política, drogas e corrupção são temas tratados nesta ficção que reverbera na vida real. Recomendo a todos que queiram conhecer a triste realidade de mulheres afegãs.
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katinha 07/06/2022

Amei, amei, forte e reflexivo
Resenha: "A pérola que rompeu a concha" - Nadia Hashimi ?

"A água do mar implora à pérola que rompa sua concha"

Rahima é uma jovem afegã que luta para sobreviver aos costumes e a um governo opressor que determina que as mulheres são menos que nada.
Ela e suas irmãs são obrigadas a ficar em casa, sem poder estudar, pois apenas os filhos homens podem se dar a esse luxo.

Mas uma família sem um filho homem é uma vergonha, e a única salvação para que seu pai viciado em ópio deixe-as saírem para ajudar a família é reviver uma tradição transformando uma das filhas em uma Bacha posh (menina que se transforma em menino).

Rahima, a escolhida, vai viver um tempo como Bacha Posh, mas, quando chega na puberdade é hora de parar com fingimento e se casar.

"Canalhas. Não conseguem lidar com uma mulher que tenha voz própria."

Entristecida com o seu destino de se casar aos 13 anos, Rahima conhece a história de Shekiba, sua trisavó que viveu como Bacha Posh, no palácio do Rei. Quanto mais ouve sua tia, Khala Shaima, contar sobre as aventuras de Shekiba, mais ela tem esperanças de que o seu Nasib (destino) não se resume somente a sofrer sendo a quarta esposa do senhor da guerra.

[? #OPINIÃODAKAH?]

Me envolvi muito nessa história, houve partes em que foi inevitável o nó na garganta, porque é um livro forte, com acontecimentos marcantes e tristes, por serem reais. Eu gosto muito de aprender sobre o costume de outros países, talvez por isso me apaixonei nesse livro.

Apesar de todo o sofrimento que as mulheres no Talibã passam marcarem a nossa alma, tanto a história de Rahima, quanto a de Shekiba são impressionantes. Mesmo desvalorizadas e reprimidas, elas são guerreiras e não medem esforços para mudar o rumo da vida a qual foram destinadas.

Não é um livro lindo, não tem romance, mas é muito necessário.
Nos faz refletir sobre a realidade, sobre como somos abençoadas pela liberdade que temos.

Simplesmente amei!
Recomendo muuuiitoo!
#resenhadodesequilibrio ???

#EuLeioArqueiro @editoraarqueiro
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Giselle Abreu 13/05/2022

Maravilhoso!
A autora foi excelente na montagem das duas personagens, com um enredo que se interliga do começo ao fim. Além de uma história muito bem amarrada, o final é muito bom!!
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@estantedamarcia 25/04/2022

Que livro! Nos mostra uma cultura onde o controle social é muito forte.
Onde uma criança do sexo feminino, pode passar a ser por menino para ajudar a sua família, caso não tenha meninos.
Uma cultura onde a violência contra as mulheres é recorrente.
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Erika Santos 20/04/2022

É uma leitura impactante. Sem dúvidas. Retrata mulheres sofredoras mais que são guerreiras. Fui lançada em um mundo totalmente oposto ao que conheço.
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Christine.Catta 18/04/2022

Um realidade nao tao distante de nós
Achei difícil enganchar o começo com nomes de personagens um pouco complicado. Mas pouco a pouco o livro fica cada vez mais envolvente! Triste por acompanhar a realidade dessas mulheres... em uma sociedade patriarcal machista e preconceituosa.
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