História do novo sobrenome

História do novo sobrenome Elena Ferrante




Resenhas -


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Dani do Book Galaxy 20/03/2020

A continuação de "A Amiga Genial", segundo livro da série Napolitana, só me deixou ainda mais apaixonada pela escrita da Elena Ferrante. Seu jeito com as palavras e de despertar em mim sentimentos extremamente variados é sem dúvida incrível.

A continuação da história de Lenu e Lila aprofunda ainda mais os sentimentos de ciúme, inveja e amor intenso que uma garota sente pela outra. De fato, durante a adolescência e início da vida adulta das duas amigas, nós somos apresentados aos sentimentos mais feios e distorcidos pela inveja. Confusos e turbulentos, esse sentimentos são despertados por uma amizade cuja natureza competitiva só se torna ainda mais acirrada quando as garotas se veem interessadas pelo mesmo rapaz.

A insegurança de Lenu a leva ser extremamente competitiva com todos em sua vida; se sentindo sempre rebaixada, inferior, ela busca incansavelmente a perfeição nos estudos, em ser a "menina boazinha" para seus parentes, vizinhos e colegas; mas sempre se sente diminuída e apagada em frente ao brilho natural de Lila. Essa percepção a machuca em seus relacionamentos e a faz achar que nunca é digna de nada, e que nem mesmo sua inteligência é o bastante para superar a melhor amiga.

De fato, Lenu achava que não era boa para ninguém porque não bastava a si mesma. Mesmo quando, em certa parte do romance, ela se afasta de Lila, que se tornou uma mulher casada e seguindo com a própria vida, Lenu carregava a sombra da amiga Lila onde quer fosse, fazendo-a tomar proporções gigantescas e irreais; em sua cabeça, em sua realidade, Lila estava sempre por trás de tudo.

Assim, durante a leitura, cheguei a me perguntar diversas vezes se nós, como leitores, podemos confiar na narrativa de Lenu. Afinal, a garota é tão enviesada por suas próprias inseguranças, sempre se sentindo diminuída em relação à Lila, que tal endeusamento da amiga pode ser algo totalmente desproporcional.

Mais uma vez, Elena Ferrante fala com crueza também sobre a maternidade e sobre o papel feminino em uma sociedade sobretudo patriarcal e ligada às aparências. Pouco importa se você está casada com um homem que lhe desrespeita, lhe trai e lhe machuca; o que importa é manter as aparências, andar sempre bem vestida e honrar seu marido em casa.

Tanto Lila quanto Lenu são protagonistas femininas extremamente fortes e ambíguas; em um momento, você as ama e, em outro, as julga e até odeia. Porém, por maior que seja a dualidade desses sentimentos, uma coisa é certa; a todo momento eu as compreendi. Eu as senti e absorvi como personagens, como amigas e como mulheres.

E é esse sentimento intenso de identificação e empatia, mesmo quando os sentimentos despertados não são cem por cento bons, que torna a narrativa de Elena Ferrante tão rica.
Italo Bernardo | @wesleyliterario 22/03/2020minha estante
Ferrante é minha religião




Amanda Bento 14/09/2020

Me tornei uma personagem da Ferrante. Entrei de cabeça nesse livro.
Querer falar da Ferrante é inútil. A escrita dessa mulher tem que ser experimentada, vivida. Esse livro conta mais da relação da Lenu e o novo sobrenome da Lila, com tudo o que isso acarreta na vida de ambas napolitanas. Em um determinado momento entrei tanto nessa história que acho que "desmarginalizei" assim como a Lila no primeiro livro, me tornei a Lenu. Que viagem para dentro desse universo, mas também para dentro de mim!
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Cris 08/05/2021

Que final!
Eu fiquei completamente chocada e passada com todo o livro, com as reviravoltas dele. E o final? Surpreendentemente! Já quero o terceiro!
Joseanny 08/05/2021minha estante
Eu com o final: ?????




Kah 25/11/2021

Genial
Elena Ferrante é, para mim, igual a uma cobra, te compelindo cada vez mais forte ao ponto de você se sentir tão envolvida com todas as histórias, sendo confidente de tantos segredos, sentimentos e verdades imundas que chegam a corroer o prazer de ler, principalmente após todo o período conturbado de Ischia, o qual considero como a desgraça da vida de Lila e Lenu, deixando somente a raiva por toda a miséria - miséria de toda forma tangível e intangível -, ela nos maltrata sem dó, igual Lila faz com todos, mas, tendo a certeza de Lenu de que todos devem apreciá-la, ela continua a história sem escrúpulos, e está certíssima.
Ademais, fiquei muito contente pelo caminho trilhado por Lenu, embora tenha desgostado demais da sua complacência e autocomplacência, e Lila chegou a dar dó, a imaginei como a um câncer, tal como este se alastra pelo corpo, ela o faz com a vida de todos, levando todo mundo pro brejo junto com ela, mas é impossível não gostar e até admirar a personagem.
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Rahrt 18/03/2021

"Me senti acorrentada a um pacto insuportável de amizade."
É difícil densenroscar os sentimentos na continuação de A Amiga Genial. A amizade de Lenu e Lila é tão real, tão palpável, preto no branco, altos e baixos, caos e calmaria.
A juventude de ambas é intensa e ainda que Lenu seja extremamente cansativa em alguns momentos, é uma narrativa incrível, muitíssimo bem marcada, nada permanece em aberto.
Elena Ferrante não perde a mão.
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Fernanda Taniz 15/07/2021

Quantas camadas, quantas vivências, mudança de perspectivas...
Reviravoltas que me deixaram mal, por um lado feliz com algumas situações e triste com outras. Eu senti que o retrato mostrado de uma forma descritiva sobre relacionamentos, estavam cheias de questões sociais bem mais profundas. Ao ponto de eu odiar personagens e entender quais os motivos para que elas chegaram na situação final. É uma obra bem diferente de tudo que li, parece lento, mas depois fica rápido e depois se transforma em algo totalmente inesperado. Ansiosa para ler o próximo livro.
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Suellen.Lopes 27/03/2021

Sinceramente acho difícil outro livro da série conseguir me surpreender e me apaixonar tanto como esse.
A escrita me empolgou tanto que engoli essas 470 páginas.
Eu me surpreendi com o tanto de coisa que aconteceu e queria saber as continuidades.
Amei e odiei e voltei a amar tantos personagens, pois conseguimos captar dentro desses personagens complexos e completos, nossos sentimentos e inseguranças.
A transição de mundos, a construção de um caráter em meio à julgamentos e expectativas de todas as partes.
Agora o que eu mais queria era alguém pra discutir esse livro.
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cintia gomes 20/06/2023

Entre a Cruz de Lenu e a Espada e Lila
Sinto que nunca sei escrever tão bem sobre aquilo que cabe bem no coração mas transcende a mente e não encontra espaço nas palavras. Quem sabe fazer isso de fato, é a própria Elena, mas vou elencar aqui alguns sentimentos sobre a tetralogia, como de praxe, mais um registro para mim do que qualquer outra coisa.

Admito que este segundo volume demorou a crescer sobre mim, mais em questão de enredo do que a escrita, diferente do primeiro, eu não me relacionava taanto assim com os cenários e algumas das questões levantadas, mas como sempre, se tratando de Elena Ferrante, a poeira levanta em algum momento e se torna redemoinho.

Vou dizer então, sobre o que mais me marcou na impressão da narrativa deste segundo volume que foi, justamente, como referencia o titulo, estar entre os dois espelhos em que se encontram as figuras de Lila e de Lenu, e, surpreendentemente, tender, muitas vezes, a identificação de um lado "antagônico", que na verdade é apenas complementar, de me ver em Lenuccia e em suas angustias, mais o que me via em Lila, e isso me surpreendeu, acima de tudo.

Não quero fazer muitas interjeições de coisas que jamais saberia discorrer sobre, só penso, só reajo, ao que Ferrante me diz. O título, no entanto, contrariando toda minha natureza nada sucinta, nada objetiva, acredito, reduz tudo que senti e gostaria de dizer por ora.

Ah sim! Fica pro fim, somente um comentário catartico que seria: Nino Sarratorre, pior demônio da Itália!
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Patresio.Camilo 13/06/2020

Mais intenso, mais adulto
Se você chegou até aqui, provavelmente já leu o primeiro livro.
Mas caso não tenha lido, volte e leia, pois está perdendo uma grande leitura (até tenho uma resenha sobre o volume 1).
O segundo livro começa exatamente onde terminou o primeiro. O fatídico casamento de Lila.
Não vou entrar muito nos detalhes, pois não conseguirei sem dar spoilers.
Mas acho muito interessante a forma que a personagem de Lenu vai tomando forma. Mostra-se importante e penso que será nos demais volumes.
Particularmente gostei muito da forma como a Lenu vai conduzindo seus atos.
Sinceramente tomei uma antipatia da Lila nos trechos em que ela trata sua mãe Nunzia como uma empregada, quando chegar a este ponto, espero que entendam a minha raiva.

Novamente tem de se elogiar a Ferrante pela forma primorosa que conduz a narrativa, com detalhes mas sem ser cansativa. E consegue inserir personagens secundários de forma cirúrgica e pontual.

Para constar, me pergunto se este livro não seria meio que autobiográfico, para aumentar ainda o mistério sobre a querida Elena Ferrante, já que a narradora também é uma Elena.

E merece elogio a edição da Biblioteca Azul, que muito bem acabada, material de qualidade, que ajuda bem na leitura.

Sinceramente, espero que gostem.

Fabi 13/06/2020minha estante
Li o primeiro tem um tempo e já quero muito ler esse! Saudades de Lila e lenu


Patresio.Camilo 13/06/2020minha estante
Fabi, vale muito a pena, já estou emendando o Terceiro volume....




spoiler visualizar
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Entre1 14/10/2023

História do Sobrenome
Uma história legal, continuando com os conflitos do primeiro, esse vem mais agitado que o primeiro e bem sofrido também, não gosto da Lenucia.
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duda maia 07/03/2023

Penso que a beleza é uma ilusão
Mais uma vez demorei a me prender, mas depois que ele te conquista é muito difícil largar. o especial dessa autora é a escrita, que é uma coisa sem pausa, constante, que fica te segurando a não parar de ler nunca.
muito interessante poder ver o amadurecimento das protagonistas e o paralelo constante que agora se tornou a vida das duas.
como sempre, o livro termina com uma bomba pra te deixar noites sem dormir até começar o próximo.
duda maia 07/03/2023minha estante
não tenho certeza nas estrelas, fico entre 3.5 e 4




rafaellafurlan 15/03/2021

personagens super bem elaboradas. representação crua e lindíssima da vida. te enche de emoções do começo ao fim. enredo que apesar de não ter nada de mais te envolve muitoooo. e pra fechar, um final pika. acho que uma das lições desse livro é que tudo passa, as tristezas e as alegrias, e muitas vezes o que você pensa com tanta certeza pode ser uma besteira para outra pessoa. leiam fml ???
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Bia Heckert 03/05/2021

história do novo sobrenome, mas qual?
eu estava obcecada, passava 80% do meu tempo falando sobre a tetralogia napolitana e nos outros 20% eu torcia pra que alguém falasse sobre pra eu poder falar mais... Elena Ferrante mais uma vez magnífica, a escrita parece mágica, flui demais! ansiosa pra ler o terceiro, essa mulher sempre puxa o gatilho do final pra te deixar nervosa pra ler a continuação AAA
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Ana :) 26/05/2017

Sobre a relação entre mulheres? Amizade feminina?
Tem me incomodado a fala de que a série Napolitana trata "com realismo e crueza a relação de amizade entre mulheres". Claro que existem situações que são familiares, mas Lila e Lenu são personagens um tanto específicas, num contexto mais específico ainda. Se alguém desejou minha morte (mais de uma vez), que eu me machucasse, me desse mal (de verdade) só pra ela poder ter cinco minutos de alegria, então essa pessoa não pode ser chamada de amiga minha. E nem eu posso dizer o mesmo caso me sinta mal toda vez que estou perto dela. A inveja, o ressentimento, a amargura que as personagens (sobretudo Lenu) sentem uma pela outra, nesse segundo livro, realmente ganham ares romanceados, pertencem àquele mundo que Ferrante criou, mesmo que nesse mundo abundem reflexos da nossa realidade.
Longe de dizer que não gostei do livro - mal consegui largá-lo - ou que questiono sua qualidade, mas me incomoda que tantos leitores estejam levando o slogan da obra ao pé da letra. Sobretudo porque isso reduz as protagonistas a "vilã" e "mocinha", sendo que são é sobreviventes (com mais ou menos recursos) num contexto precário e violento.
Sobre a relação entre mulheres? Amizade feminina? Não. Sobre mulheres que sentem, que sonham, que pensam, que ferem, choram, desistem, se reinventam. Enfim, que são gente.
Lilian 20/06/2017minha estante
Concordo! Isso também me incomoda muito! Essa é uma 'amizade' doente, um caso específico que tem sido frequentemente tratado como uma generalizaçao... Credo! rs...


Lara.Santos 09/07/2017minha estante
Muito boa sua análise, principalmente à conclusão. Acho também que não se trata da "amizade feminina", mas sim da complexa relação entre pessoas, seres humanos. A autora trara com muito realismo esses meandros, e é isso que nos choca e igualmente nos toca, nos aproxima da narrativa!




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