Resenhas - Alguma Poesia

Belle Piai 15/04/2021

Carlos que amava poesia, poesia que amava o coração de Belle e Belle que chorava :)
Fiquei dias pensando no que escrever sobre Carlos, ao contrário de Poemas Escolhidos de Gregório de Matos, Alguma Poesia fluiu como uma luva para mim.
O modo como Drummond trata a poesia é um conforto, um zelo para o coração, ele conseguiu me emocionar de maneira boa e ruim inúmeras vezes!!!
"Neste país é proibido sonhar"

Maria Isa 03/07/2023

Ai ai, Drummond
Drummond originou a minha paixão por poesia.
Poemas relativamente simples, muitos com tons bem humorados (como "Papai Noel às avessas") e outros com um amor confuso pela cidade.

Pra mim, Drummond representa o que é ser brasileiro.
Que brasileiro não é meio gauche às vezes? Ou quem nunca viu uma pedra no meio do caminho atrapalhando a sua vida? Quem não teve a sensação de conhecer alguém de várias épocas?
Por fim, quem não escreveu o nome de um amor com a sopa de letrinhas?

Carlos, quando nasceste,
não veio um anjo torto
veio um anjo profeta
desses que sonham acordados
E disse: esse vai ser poeta

hmbelino 13/04/2021

Li depressa por conta do vestibular, mas o título que demonstra certa indiferença, não condiz nada com a grandiosidade do livro. Não seria alguma poesia, seria A poesia

Katielly 12/12/2021

Alguma poesia
Este comentário é um agradecimento. Todos os poemas do livro são incríveis. Jamais conseguiria expressar o que Drummond escreve em Alguma poesia. Esse mineiro é ousado e, profundamente, inteligente. A vida cotidiana e a existência humana são retratadas aqui de uma forma extremamente brilhante. Há o humor, a ironia, o amor? Há o humano. Li os poemas com sorriso no rosto. Como é bom te ler, Drummond.

O poema ?No meio do caminho? , acredito que seja conhecido por muitas pessoas. Já o li no ensino fundamental, médio e há pouco tempo li no superior. A leitura sempre causava estranhamento, é um poema polêmico, né? Mas, recentemente, escutei uma interpretação muito interessante do poema e o reli, neste livro, com isso na cabeça. A análise, que me chamou a atenção, foi feita por Gilberto Mendonça. Ele diz que Drummond fez no poema um túmulo para o filho que morreu depois de 30 minutos do seu nascimento. Ao invés de colocar a palavra perda ele coloca o túmulo do filho representado na palavra pedra: ?No meio do caminho tinha uma perda/tinha uma perda no meio do caminho/tinha uma perda/no meio do caminho tinha uma perda?. É impossível, lê-lo novamente, sem trocar as palavras.

A leitura é muito prazerosa. Os poemas que descrevem algumas cidades são maravilhosos, talvez os meus preferidos. O poema da lagoa foi uma identificação: ?Eu não vi o mar/Eu vi a lagoa. A lagoa, sim/ A lagoa é grande/ E calma também.? Não morar no litoral é saber apreciar a lagoa. Quando ele diz: ?No elevador penso na roça/ Na roça penso no elevador?, vem na mente a minha cidade - o interior -, e os tempos que morei na capital.

Enquanto lemos, nos pegamos pensando em tantas coisas e muitos sentimentos/reflexões sobre o nosso mundo ou sobre a nossa vida individual são despertados. A poesia tem o poder de fazer isso. Como diz Ferraz, assistimos em Alguma poesia um ponto alto da liberdade modernista e surpreendente habilidade (...) O poeta, esperto, sabe fazer de seu verso cambalhota. E seu verso sempre cai de pé. Então, deixo aqui o meu muito obrigada, Drummond.

Thiago548 31/07/2023

Não é tão bom quanto dizem
Eu iniciei a leitura esperando um livro muito bom e complexo, visto a fama do autor e sua forte presença na literatura brasileira, mas me decepcionei, o livro não é ruim, porém sabe aquele livro que você não se conecta? Poesia para mim é sobre sentimentos e abstrações de situações ou emoções que vivemos e na qual nos identificamos, este livro entretando não me emocionou, esperava mais.

Esther 18/01/2021

Gostei muito dos poemas! Modernismo é uma das escolas literárias mais interessantes! Mas me questiono se consegui pegar a essência da coisa...

paloma519 14/11/2020

meu primeiro Drummond
esse foi o primeiro contato que tive com a escrita de Drummond, sempre tive receio de ler algo dele, pois pensava que seria difícil de entender. mas devo dizer que isso era um equívoco! eu adorei a experiência, e como são poemas curtos, foi uma ótima porta de entrada para mim!

Ricardo.Borges 16/06/2023

De moderno a eterno
Livro de leitura rápida, mas com poesias lindas, que, muitas vezes eu reli para mergulhar nas mais profundas sensações que o autor sabiamente despertou. Apaixonante. Podia ler um livro destes por dia, todo dia.

Gabrielli 13/08/2020

Bela poesia modernista
Confesso que sou entusiasta é do romantismo, mas muitos poemas deste livro que inaugurou Carlos Drummond me fizeram rir da ironia que o autor tão bem utiliza. Meu preferido foi Balada do Amor Através das Idades.

Bia 28/03/2021

Alguma poesia
Gostei bastante desse livro, me surpreendi com o jeito que Drummond escreve. Tinha pesquisado sobre o livro e estilo do autor antes, e isso deixou a experiência ainda mais interessante. Teve algumas poesias que eu realmente amei demais, e outras que fazem mais sentido no contexto do autor.

"O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do sentido vão nega a presença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona,
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor."

"Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio ou terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, mas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho."

Gybak 06/08/2022

Cativante e instigadora
Alguma Poesia é uma obra prima. Cada poema cativa mais que o outro. Impossível não se identificar com o eu lírico. Ele é humano: não tem pretensões de ser perfeito tampouco de ser o mais desgraçado dos homens... Carlos Drummond de Andrade possui uma empatia em sua escrita que transparece em cada verso. Após ler Alguma Poesia, todos nos sentimos, assim como o eu lírico, um ser gauche na vida... entre desejos reprimidos, sentimentos de incompreensão para com o mundo, uma tristeza, uma nostalgia e um pesar para com os defeitos irremediáveis de tudo...

thaw 30/04/2021

Pra mim, de todas as burrices, a maior é suspirar pela Europa.
A Europa é uma cidade muito velha onde só fazem caso de dinheiro
(...)
Aqui ao menos a gente sabe que tudo é uma canalha só,
lê o seu jornal, mete a língua no governo,
queixa-se da vida (a vida está tão cara!)
e no fim dá certo.

Giovanna 07/05/2021

Poemas de Drummond
"Alguma Poesia" é uma obra obrigatória da Fuvest, mas li com prazer. Reunidos vários poemas de Drummond que me fez refletir sobre absolutamente tudo.
Ótima leitura que devorei em poucas horas. Um livro curto que desfrutei de longas reflexões.
Drummond é meu poeta preferido e "Alguma Poesia" confirmou isso com muita facilidade!

camillys 29/07/2021

eu amei esse livro, é tão divertido de ler e ver como ele brincou com toda essa proposta do modernismo.
eu acho sensacional os poemas curtinhos, falando de coisas que não eram pra ser importantes, foi incrível!!!

Nicole 28/11/2022

Surpreendente
Confesso que estava com um pouco de preguiça, por ser "dos clássicos" e obra obrigatória da FUVEST. Amo poesia e esse livro me surpreendeu. Tem características da época que me desagradaram, é claro, mas ainda assim me surpreendeu bastante. Recomendo!!