Leandro.Bonizi 19/12/2022
Este livro é um curso de 12 semanas para desbloquear o seu artista (que a autora define frequentemente com criança interior). Para cada semana há uma lista de tarefas, mas duas delas estão presentes em todas as semanas: as "páginas matinais", que consiste me pergar um caderno e escrever tudo que vier à mente até dar três páginas. Deverão ser escritas de manhã. E o "encontro com o artista", reservar duas horas por semana para alimentar seu artista interior, sua consciência criativa. É um momento só seu, então você deve ir sozinho. Exemplos de lugares para esse encontro: Uma longa caminhada pela natureza, uma ida solitária à praia para ver o pôr do sol ou o amanhecer... Acima de tudo, aprenda a ouvir o que sua criança artista tem a dizer durante e sobre essas expedições.
Há lições como deixar mensagens visíveis em seu quarto, fazer um conto de terror cujo vilão é quem te desmotivou a ser artista, etc. Exemplos de lição: escolha um totem criativo. Pode ser uma boneca, um bicho de pelúcia, uma estatueta, um brinquedo de corda. O importante é escolher algo que você sente vontade de proteger. Dê a seu totem um lugar de destaque. Honre-o ao não tripudiar sobre sua criança artista
O cérebro lógico é o nosso Censor. É um grande inimigo interior que reside do lado esquerdo do cérebro, que julga seu trabalho, e deve-se ter muito cuidado com o perfeccionismo que vêm dele. A obra não precisa sair perfeita de primeira, você pode ir a melhorando. O perfeccionismo é a recusa em se permitir seguir adiante. É um círculo vicioso – um sistema fechado, obsessivo, debilitante, que leva você a se fixar nos detalhes do que está escrevendo, pintando ou fazendo e assim, perder a visão do todo.
Julgar seus primeiros esforços artísticos chega a ser um abuso. Isso acontece de muitas maneiras: o trabalho de iniciante é comparado com obras-primas, é exposto a críticas prematuras, apresentado a amigos excessivamente críticos.
Refere-se aos definidos como "artista-sombra", pessoas com o dom de serem artistas que foram desencorajadas (pelos pais por exemplo) a tentarem, e o medo fundiu-se aos seus. Para muitas famílias, uma carreira nas artes está fora de sua realidade social e econômica: "A arte não vai pagar a conta de luz."
Muitas vezes, é a ousadia, e não o talento, que leva um artista a ocupar seu lugar no palco. Somos capazes de reconhecer a genialidade genuína, mas, se a pessoa for meramente um gênio da autopromoção, nosso ressentimento vai às alturas. Não é apenas inveja. É uma técnica de estagnação que nos incentiva a permanecer parados. Fazemos discursos para nós mesmos e para outras vítimas dispostas a nos dar ouvidos: 'Eu poderia até fazer melhor que ele se...'
É muito religiosa, e acredita que a critatividade é um ato de fé. Acredita que ser criativo é um processo natural e uma prática espiritual e que todas as pessoas têm o potencial de ser. Alguns exercícios são montar orações pedindo para sua arte fluir.
Fala de sincronicidade (de Carl Jung), que pode ser definido livremente como ocorrências fortuitas de eventos interconectados. Em diversas semanas, na checagem, pergunta se experimentamos-na em algum momento.
Para se tornar realmente imortal, uma obra de arte deve escapar de todos os limites humanos: a lógica e o senso comum irão apenas interferir.
O livro é lotado de citações das mais variadas pessoas, muitas dignas de postagens nas redes sociais.
No final do curso, a autora recomenda continuar fazendo as "páginas matinais" e o "encontro com o artista" durante três meses.
Julia Cameron é autora de mais de 40 livros, tanto de ficção como de não ficção. É romancista, dramaturga, compositora e porta. Participou de várias peçsa, filmes e programas de TV.
Não dizer sei se funcionou para mim, por isso não vou avaliar.