Andre.Pithon 07/04/2023
Bingo de Fantasia e Sci-fi 2023
Casa 5.3: Druidas
Após um primeiro livro não muito marcante, e um segundo com faíscas de excelência, Bernard Cornwell termina sua trilogia com mais do mesmo. Este livro fecha algumas pontas soltas, mas não constrói narrativas novas, uma história que se perde de linha em linha em uma necessidade desesperada de fechar tudo, mas sem encontrar força emocional nos momentos que a mereciam.
Conflitos que deveriam ter um final marcado e poderoso, como entre Derfel e Lancelote, Aelle, ou principalmente Nimue, passam com pouco peso narrativo, enquanto mais e mais conflito repetitivos se acumulam nos enormes capítulos. Nada nunca é ruim, nada tampouco é excelente. O livro se arrasta nos pântanos do ok, do agradável o suficiente, sem conseguir marcar os sacrifícios de sua jornada com impacto narrativo.
A conclusão da história fecha todas as suas linhas, mas nem o passado (a história dentro da história), nem a linha presente, chegam em algum grande momento conclusivo que justifica a trilogia. O segundo livro foi definitivamente o meu favorito, que mais torceu a história em direções interessantes, mas após o grande drama Guinevere-Lancelote, não restou muito de interessante para o terceiro livro se sustentar, trabalhando com fios remanescentes, que se amarram, mas ehhhh
Terminar a leitura pareceu um ato burocrático, o amarrar os pontos, sem necessariamente ter história digna do contar. A conclusão de Merlin e Nimue era aquilo com maior potencial, mas a antagonista não se faz presente tempo o suficiente na história para marcar durante este livro, desperdiçando toda a construção dos primeiros livros. Mordred, como antagonista, nunca é inesperado, cumpre seu papel, mas lhe falta personalidade além do caricato.
É uma conclusão que cumpre seu papel, mas não me empolga para voltar a ler Cornwell tão cedo.