giovanna | @theuniverse_bookshelf 26/02/2021A dor de perder alguém em forma de livro IG: @theuniverse_bookshelf
Carver carrega a culpa pela morte de seus três melhores amigos, Mars, Eli e Blake, que sofreram um acidente de carro logo depois de receberam uma mensagem de texto do garoto. Acusado por um juiz poderoso como o responsável pelo acidente, Carver encontra apoio junto a algumas pessoas, incluindo a avó de Blake, que pede sua ajuda para organizar um "dia de despedida" para o neto. Logo as outras famílias pedem o mesmo, mas Carver não tem certeza se isso será capaz de deixá-los em paz com as suas perdas.
Este foi o primeiro livro do autor que li, e apesar de também ter favoritado "Juntos Somos Eternos", "Dias de Despedida" é o meu preferido dentre os dois. Inclusive, venho ensaiando desde o final do ano passado para fazer essa resenha, porque acho muito difícil falar sobre um livro que gostei tanto e que só enxerguei aspectos positivos. De forma bem resumida, minha opinião é: maravilhoso, leiam leiam leiam! Então vou tentar destrinchar um pouquinho mais dos motivos que me fazem recomendar este livro.
"Na maioria das vezes, a gente não guarda as pessoas que ama no coração porque elas nos salvaram de um afogamento ou nos tiraram de uma casa em chamas. Quase sempre, nós as guardamos no coração porque, em um milhão de formas serenas e perfeitas, elas nos salvaram da solidão." - p.272
Como mencionei na resenha de "Juntos Somos Eternos", o Jeff aborda assuntos pesados com uma sensibilidade muito grande, e isso não é diferente aqui. Carver, Eli, Mars e Blake, os melhores amigos conhecidos como "a trupe do molho", estudavam na Academia de Artes de Nashville, cada um com planos bem delineados para o futuro. O acidente ocorre enquanto Mars dirigia o carro, com Eli e Blake dentro, a 110km/h, e foi para seu celular que Carver mandou uma mensagem, até que o veículo colide contra um caminhão.
A partir disso, é fácil perceber porque Carver se responsabiliza pelo que aconteceu, mesmo que não fosse ele ao volante, e esse é um dos pontos que fazem o leitor se prender à trama: é possível se colocar no lugar de Carver, mas também no das famílias, e você vivencia o luto, a perda, e até a culpa junto ao protagonista.
"[...] O universo e o destino são cruéis e aleatórios. As coisas acontecem por inúmeros motivos. Acontecem sem motivo nenhum. Carregar nas costas o fardo dos caprichos do universo é demais pra qualquer pessoa. E não é justo com você." - p. 372
Essa obra nos mostra, de uma forma um tanto dolorosa, que não temos controle sobre tudo o que ocorre nas nossas vidas, e nos faz querer aproveitar de forma intensa os momentos com quem gostamos, antes que seja tarde demais.
5⭐/❤️