Fernando.Lovato 17/07/2020
Final digno de saga. Deixa margens para interpretações diversas que foram muito bem exploradas tanto pelo autor como CDPK ao continuar a saga nos games.
Obs: A obra “Senhora do Lago” pode ser encontrada em 2 formatos: dividida em dois volumes ou em um volume único. Sejam espertos e não façam como eu, pois, infelizmente, comprei o volume 2 da obra julgando que era o volume único (estava 10 reais mais barato e pensei que estava fazendo um grande negócio, porém comprei metade da obra), tive que comprar posteriormente o volume 1. Enfim, paguei mais caro comprando os dois volumes separadamente do que se tivesse comprado o vol. Único. Façam as contas!
Trata-se de meia obra!
--> pontos positivos:
- a partir dos problemas representados na trama, existe a possibilidade de tirar N problemas filosóficos para se debater que ainda estão vigentes no mundo contemporâneo. Ex: xenofobia, opressão, construção de narrativas acerca dos fatos, sadismo, política.
- grande quantidade de plot twists.
- detalhes das descrições de personagens e ambientes
- grande cuidado do autor em diferenciar o que o leitor sabe do que o personagem sabe. O autor podia ignorar alguns fatos de como tal personagem descobriu tal coisa, porém justifica/expõe como o personagem aprendeu tais fatos. Ex: Zoltan Chivay não tinha como saber da existência da Angouleme (algo que poderia passar batido), porém o autor faz questão de fechar os “buracos” da trama.
- força o leitor a pensar e ligar os fatos para descobrir como tal personagem descobriu tal coisa.
--> Pontos negativos:
- uso excessivo de sentenças em outras línguas e que infelizmente não vêm traduzidas em notas de rodapé. Injuria ter que procurar no dicionário/celular o que significa uma expressão a cada duas páginas.
- Incoerência acerca da inteligência dos vilões. Em alguns momentos, os vilões são geniais. Depois, do nada cometem atos dignos de uma ameba. Ex: eu posso matar o “mocinho” com facilidade de longe, mas vou pertinho dele para sair na porrada. FACE PALM
- Protagonismo POWER. O protagonismo salva os personagens de uma série de males – se a mesma situação acontecesse com uma personagem descartável o mal teria acontecido. Exemplo: um atirador tem 97% de precisão. Se ele atira num protagonista erra o tiro; se atira num personagem descartável, acerta.