O Mau Exemplo de Cameron Post

O Mau Exemplo de Cameron Post Emily M. Danforth




Resenhas -


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Coisas de Mineira 28/05/2018

“Mesmo que nunca tivessem me dito especificamente para não beijar uma garota, ninguém precisava fazer isso. Beijos eram coisas entre meninos e meninas: na nossa turma, na TV, nos filmes, no mundo - era assim que funcionava: meninos e meninas. Qualquer coisa diferente disso era estranho. E mesmo que eu já tivesse visto garotas da nossa idade cidade de mãos ou braços dados e talvez algumas delas até já tivessem treinado beijos umas com as outras, eu sabia que o que a gente fez no celeiro era diferente. Era era algo mais sério, adulto, como Irene falou. Não foi um beijo de treino. Não mesmo. Pelo menos eu achava que não. Mas não falei nada disso. Ela também sabia.”

Se assumir homossexual ainda é um grande passo em pleno século XXI, mas nos anos de 1990 era um tabu muito grande. Ainda mais quando se mora em uma cidade pequena, cheia de pessoas religiosas, como é o caso da personagem principal Cameron. Com os recentes discursos que tenho visto na sociedade, onde os gays ainda são marginalizados, e até mesmo o papo sobre a “cura” para o homossexualismo, eu não podia ter lido livro melhor. A resenha de hoje é sobre “O Mau Exemplo de Cameron Post” lançado este ano pela Harper Collins, e que indico muito a leitura.

Os pais de Cameron Post morreram em um acidente de carro, quando a menina tinha doze anos, fazendo com que a primeira coisa que ela sentisse com a notícia fosse alívio. Alívio porque horas antes de saber o que tinha acontecido ela estava beijando sua melhor amiga. Cam estava com vergonha do que seus pais fossem dizer se descobrissem o que ela tinha feito, mas como já não estavam vivos, não podiam descobrir não é? Mas com a morte deles, a menina se vê indo morar com sua tia que sempre está na igreja, e sua avó, que apesar de ser bem intencionada, é bastante antiquada.

Depois daquela notícia várias coisas mudaram para a garota. Algum tempo depois, ela conhece Coley Taylor, uma fazendeira que foi fazer o ensino médio na cidade e por quem Cam sente uma paixão muito grande. Mas Coley tem namorado, e alguns eventos acabam fazendo com que a tia de Cameron descobrisse sua homessexualidade e a enviasse para uma instituição cristã para “curar” / “consertar” o que está errado com a sua sobrinha.

Narrado de forma que envolve o leitor a cada segundo, o livro traz os sentimentos e pensamentos de Cameron Post sobre os diversos acontecimentos da sua vida, desde o seu primeiro beijo com sua melhor amiga. Abordando assuntos que hoje ainda, precisam ser debatidos com os jovens, adolescentes e até mesmo os adultos, como o uso de substâncias ilícitas, álcool, a sexualidade (tanto homo, como hétero) e os dramas que a adolescência traz.

“- A homossexualidade não existe - falou ela. - A homossexualidade é um mito perpetuado pelo chamado movimento dos direitos gays. - Ela espaçou cada palavra da frase seguinte: - Não existe identidade gay; isso não existe. Em vez disso, há apenas a mesma luta contra desejos e comportamentos pecaminosos que nós, como filhos de Deus, precisamos combater.”

“O Mau Exemplo de Cameron Post” é uma história que indico ser lida não apenas pelos jovens, mas também pelos mais velhos e conservadores que ainda acreditam que a questão da sexualidade é uma opção, que pode ser mudada de acordo com o desejo e a força de vontade de cada pessoa. Algo que era abordado como um problema nos anos de 1990, e ainda hoje ter a mesma abordagem é problemático para mim. O discurso de que é possível existir uma “cura”, é só mais uma maneira para a prática do abuso emocional que leva tantas pessoas a atos extremos, por medo e vergonha de si mesmo.

O livro não é uma leitura rápida, não é um romance onde tudo dá certo. Ele traz uma carga de mensagens muito grande sobre os sentimentos de diferentes pessoas que foram forçadas a estar em um lugar. Como Cameron diz, que são obrigadas dia a dia, a se odiar, a odiar quem são e o que fazem. A história pode ser uma ficção, mas o triste é que está mais perto da realidade do que eu gostaria.

A publicação foi dividida em três partes: “Verão de 1989”, “Ensino Médio 1991 - 1992” e “A Promessa de Deus 1992 - 1993”. A capa foi toda trabalhada em um desenho que inclui elementos da história como o arco-íris, o lago com um formato de um coração e a forma de duas meninas. Dentro da publicação existe alguns desenhos próprios da história, além de mostrar o folheto da instituição para qual Cameron é enviada. A palavra mau, sendo riscada do título deu um charme a mais para a obra, porque o que é dito como “mau” para alguns, para outros é algo completamente diferente.

Emily M. Danforth nasceu e cresceu em Miles City, Montana, cidade de Cam. Mestre em ficção pela Universidade de Montana e doutora em escrita criativa pela Universidade de Nebraska - Lincoln, “O Mau Exemplo de Cameron Post” é sua primeira publicação e teve como influência as próprias experiências da autora. Atualmente, Emily é professora assistente de inglês na Rhode Island College.

Nas minhas pesquisas sobre o livro e sobre a autora, acabei achando alguns links sobre o filme “The Miseducation of Cameron Post” que no IMDB tem a data de lançamento nos Estados Unidos para Agosto de 2018, e conta com um elenco de peso: Chloë Grace Moretz, Jennifer Ehle, Marin Ireland, Quinn Shephard, John Gallagher Jr., Sasha Lane e Owen Campbell. Apenas pela sinopse do filme, dá para perceber que algumas coisas foram mudadas em relação ao livro, e entendo isso, porque a publicação tem uma história muito densa, mas se eles mantiverem o foco principal da obra, tenho certeza que vai ser um grande sucesso e já quero muito assistir e poder entrar nessa história outra vez.

“Então, eu dei um beijo nela na mesma hora, antes que a gente tivesse mais tempo para falar sobre o assunto ou que a mãe dela nos chamasse para jantar. Não há nada que se possa saber sobre um beijo como aquele antes que aconteça. A coisa toda foi ação e reação, o jeito com que os lábios dela eram salgados e estavam com gosto de refrigerante. O jeito como fiquei meio tonta o tempo inteiro. Se a gente tivesse dado somente aquele beijo, então teria sido apenas um desafio, nada diferente do que já tínhamos feito antes. Mas depois, quando a gente se encostou contra os engradados e uma abelha ficou pairando sobre o refrigerante derramado, ela me beijou de novo. E, embora eu não a tivesse desafiado a fazer aquilo, fiquei feliz.”

Por: Ana Elisa Monteiro
Site: http://www.coisasdemineira.com/2018/05/resenha-o-mau-exemplo-de-cameron-post.html
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Silvana 02/07/2018

Cameron Post não tinha ideia de como ia contar certas coisas para seus pais, por isso a primeira coisa que ela pensa quando descobre que eles faleceram em um acidente de carro, é que não vai precisar ter "A conversa" com eles. Mas logo depois ela sente muita culpa porque com certeza seus pais morreram porque ela estava fazendo coisas muito erradas. No dia que seus pais faleceram ela havia acabado de furtar dois chicletes do supermercado e o pior, ela tinha beijado sua melhor amiga Irene Klauson depois de um desafio. Mas o que começou como um desafio despertou coisas em Cam que ela nunca tinha nem pensado. Culpada pelo o que aconteceu, sua reação é se afastar de Irene, que acaba indo estudar em outra escola e elas praticamente perdem o contato.

Depois disso a vida de Cam muda radicalmente já que sua tia Ruth e sua avô Post vem morar com ela. Sua avó é de boa, mas Ruth é ultraconservadora e decide que Cam vai mudar de igreja e começar a frequentar a Portões da Glória, onde Cam vai participar de um grupo de adolescentes e Cam até ganha uma bíblia voltada para sua idade, onde é claro ela corre pesquisar o assunto homossexualidade e fica ainda mais culpada pelo que aconteceu com Irene. Dois anos depois, no verão antes de Cam começar o ensino médio, ela participa da competição de natação e sua adversária direta é Lindsey Lloyd com quem ela aprende sobre parada gay e outras coisas. Não é tão intenso como foi com Irene, mas a deixa tão culpada quanto, cada vez que ouve o pastor Crawford condenando a "homo-sexo-alidade".

O verão termina, Lindsey vai embora e começa o ensino médio e com ele vem Coley Taylor. Coley veio de uma cidadezinha que não tinha ensino médio e logo que chega chama a atenção de Cam. Mas Coley mal fala com Cam até o dia em que ela e sua mãe começam a frequentar a Portões da Glória. Junto com o namorado perfeito de Coley. Só que isso não impede Cam de se aproximar de Coley e se apaixonar por ela. Mas Cam sabe que é algo só da parte dela, até o dia em que Coley toma a iniciativa e as coisas vão um pouco além do que Cam esperava. Porém Coley se arrepende do que aconteceu e conta tudo para o pastor Crawford, que então junto com sua tia Ruth decidem que está na hora de consertar Cam e ela vai parar em um centro de conversão, Promessa de Deus, que é uma espécie de escola cristã e centro de cura para adolescentes que estão se deixando levar pelo pecado, como é o caso de Cam.

“Mesmo que nunca tivessem me dito especificamente para não beijar uma garota, ninguém precisava fazer isso. Beijos eram coisas entre meninos e meninas: na nossa turma, na TV, nos filmes, no mundo - era assim que funcionava: meninos e meninas.”

Sempre que termino um livro vou até o skoob para anotar como lido e dar minha nota para ele. Mas esse foi bem dificil de dar a nota. Mudei ela umas três vezes até me decidir. Eu gostei muito da história, mas aquele final, não me conformo. Se a autora resolver escrever uma continuação, aumento minha nota, mas se for ficar daquele jeito, aberto como ficou, só posso dar uma nota 3/5. Eu não gosto de finais abertos, mas tolero quando é coerente com o que o autor escreveu até então. Mas da forma como a autora terminou esse livro, ficou não só dúvidas sobre o que aconteceu depois, mas ficou aquela sensação de que a leitura foi a toa, que toda a luta da Cameron foi em vão.

O livro não é um romance romântico, então não espere que a personagem vai se apaixonar, sofrer alguns percalços por ter se apaixonado por alguém do mesmo sexo e tudo terminar bem ou em tragédia para nos acabarmos de chorar no final. O livro não aborda exatamente esse tipo de coisa. Acho que a intenção da autora, que aliás o livro é baseado em suas próprias experiencias, foi mostrar como era ser homossexual naquela época, a culpa que a sociedade colocava contra quem tinha coragem e assumia que não gostava e nem sentia nada pelo sexo oposto. Se você acha que hoje em dia é dificil é porque nasceu depois dos anos 90, onde AIDS e homossexualidade eram quase sinônimos. E é nessa época que é ambientado o livro, que abrange o período entre 1989 até 1993.

Eu tenho 36, caminhando para 37, e lembro bem como eram as coisas. Era raro alguém se assumir por livre e espontânea vontade. Quando acontecia, era da forma como foi com a Cam, ainda não era usada a palavra homofobia, mas acho que as coisas eram ainda piores, principalmente para a pessoa que além de não ser aceita, também não se aceitava pela enorme culpa que vinha junto com o pacote. Além das doenças e do uso de drogas que eram associados a quem tinha coragem e se assumia. Não vou negar que as coisas não aconteciam assim, mas acho que em sua grande parte foi devido ao despreparo e a falta de informações que todos tinham porque como você ia perguntar para alguém sobre algo que você tinha que manter escondido?

A história é narrada em primeira pessoa pela Cam e é impossível não se afeiçoar a personagem. Ela é divertida, sincera, ingênua e infelizmente vive ao lado de pessoas completamente despreparadas para cuidar da situação. E é impossível não sofrer com seu sentimento de culpa. Dá vontade de entrar no livro e falar para ela que seus pais terem morrido não é culpa dela, que nada do que ela tivesse feito influenciaria no que aconteceu. E também dá vontade de dar uns tapas na tia Ruth, já que ela é uma hipócrita de marca maior já que acha que Cam ser homossexual é pecado, mas ela mesma dormir com o namorado antes do casamento está de boa. Vamos ler e obedecer só algumas partes da bíblia.

E falando em bíblia, aquele centro de recuperação é uma piada já que Cam tem mais acesso as drogas quando estava lá dentro do que do lado de fora. E como assim vamos curar uma garota gay deixando ela dormir no mesmo quarto que outra garota gay. É claro que isso ai dar super certo mesmo. E ainda nesse assunto, sou evangélica desde que nasci e desconheço esse Deus apresentado no livro. O Deus que eu amo, me ama de forma incondicional, não se eu fizer só as coisas que os outros acham "certas" e acima de tudo ele me deu o livre arbítrio, a escolha é minha. Por isso nem vou entrar nessa questão. Amor e respeito acima de tudo. Mas enfim, a resenha já está enorme e só antes de terminar quero falar dessa capa que achei linda e que combina perfeitamente com a história. Dito isso fica por sua conta e risco a leitura, se você não se incomoda com finais abertos como eu, vá fundo.

site: https://blogprefacio.blogspot.com/2018/06/resenha-o-mau-exemplo-de-cameron-post.html
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Liachristo 04/07/2018

Forte e tocante!
Quando recebi esse livro, não tinha a menor ideia do que esperar, já que nunca tinha lido nada da autora. O livro tem uma temática LGBT, algo que não tenho o costume de ler, mas a escrita da autora é fluida e acabou por me envolver.

Cameron é mais uma jovem como tantas outras por esse mundo afora que precisa se entender e se aceitar, para assim ter uma vida melhor. Suas inseguranças quanto a sua sexualidade é algo latente neste livro, e acompanhar todas as angústias, tristezas e falta de compreensão que a acompanham foi muito intenso e por muitas vezes doloroso.

O romance é dividido em três linhas de tempo, começando com a Cameron Post aos 12 anos morando em Montana, com seus pais e sua avó e tendo uma melhor amiga, a Irene. É o começo do verão, onde ela está descobrindo coisas sobre sua própria sexualidade que a fazem se sentir estranha, e que a faz perceber, não ser igual a outras meninas de sua idade e até este momento não vê nenhum problema com isto. As outras duas linhas de tempo vai nos mostrando seu amadurecimento, a perda de seus pais, os anos difíceis com sua tia e a parte que mais me incomodou, sua internação num centro de conversão, onde ela passará por fortes experiências.

Para ler a resenha completa, visite o Instagram do Doces Letras.

site: https://www.instagram.com/docesletras
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Maí­ra 28/09/2018

O mau exemplo de Cameron Post
Essa foi uma leitura que me deixou muito na dúvida do que eu estava achando, pois é uma premissa incrivelmente promissora, mas que acabou deixando a desejar em termos de realização. Comecemos, entretanto, com seus aspectos positivos. Situada entre 1989 e 1993, a história tem bastante referência às especificidades tecnológicas da época e faz um bom uso das referências cinematográficas da época e da relação de compensação que a personagem acaba criando com os filmes e com a locadora de vídeos local. Acredito que este é um aspecto que possa facilmente trazer leitores um pouco mais velhos, aqueles que viveram sua juventude nos anos 80 e 90, para um livro que, normalmente, seria lido apenas por uma geração mais nova.

Além disso, é muito interessante ver o modo como Cam se relaciona com a sociedade na qual se encontra e, especialmente, com as pessoas que ela eventualmente conhece que vieram de uma posição parecida com a sua: a de não se encaixarem nas expectativas de um certo tipo de fundamentalismo religioso, que faz com que jovens em formação lutem contra aspectos inerentes a quem eles são. Essa é uma das partes mais intensas e tocantes da leitura, o momento em que Cam é mandada para uma espécie de “Acampamento da Cura Gay”, pois nos apresenta não só o seu lado, mas o lado das pessoas que acreditam que há algo de errado em ser LGBT e ainda os modos diversos de lidar com aquela situação que cada personagem cria para si mesmos.

“A liderança irá erradicar rapidamente qualquer padrão de comportamento ou fala que promova ou celebre os chamados interesses ou maneirismos da cultura gay ou lésbica.”

No entanto, é justamente sobre esse ponto que recai uma das minhas críticas. Pois já sabemos, desde a sinopse do livro, que os pais de Cameron morrem, que ela acaba sendo criada pela tia e pela avó e que, em dado momento, sua atração por meninas é descoberta e ela é mandada para este acampamento. O problema é que tudo isso demora quase o livro todo para acontecer! E quando parece que vamos, finalmente, ter a chance de entrar mais em quem Cameron é, em tudo que ela vem sendo ensinada a esconder, ignorar e lutar contra, as coisas se resolvem rapidamente e o livro acaba.

Por conta disso, sinto que terminei a leitura gostando de Cam, querendo saber muito mais sobre seu futuro, ao mesmo tempo em que tive a sensação que a autora perdeu um tempo enorme, no início do livro, com cenas e situações totalmente dispensáveis e que acabam cansando um leitor que, por conta de uma sinopse que conta demais, já sabe exatamente onde a história vai chegar. Este é um livro que poderia ser incrivelmente poderoso, mas que, por falhas no campo da realização, acaba deixando a desejar.

Os capítulos demasiadamente longos também não ajudam muito nessa sensação de cansaço que temos ao longo, especialmente, da primeira parte do livro, mas essa é a única falha da diagramação. Embora não tenha uma tipografia muito grande, ela é confortável é suficiente e a capa, contra capa e lombada conversam muito bem com a história.

Mesmo com seus defeitos, acredito que algo do poder do que poderia ter sido se mantém e este acaba sendo uma leitura que vale, sim, a pena. Especialmente para quem nunca teve oportunidade de ler um romance jovem adulto protagonizado por um jovem lésbica em processo de se descobrir, tema bastante subexplorado na literatura, esta pode ser uma experiência bastante interessante.

site: http://resenhandosonhos.com/o-mau-exemplo-de-cameron-post-emily-m-danforth/
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Lu 05/02/2019

Capsula do Tempo
Sabe quando você senta pra refletir sobre seu passado e simplesmente tem vontade de voltar no tempo e mandar uma mensagem pra prevenir os próprios erros?
Bom, se eu pudesse voltar no tempo, eu daria esse livro para meu eu do passado.
O Mau Exemplo de Cameron Post retrata bem a vida de uma menina de uma cidade pequena que se descobre apaixonada por outras meninas. E você sabe o que dizem, a vida de uma pessoa gay começa depois dos 20 - quando você passa duas décadas tentando entender seus desejos e seus sentimentos. Cameron enfrenta os conflitos de qualquer adolescente ao mesmo em que ela sabe que não é qualquer adolescente que vai se sentir assim - ela é diferente. E ela não tem desejo nenhum de ser normal.
O livro foi um grande aprendizado sobre como os adultos se fecham demais pra entender como o mundo está mudando e como, às vezes, temos que fingir que concordamos com eles antes de amadurecer e encontrar força em famílias que, na verdade, nós que escolhemos: nossos amigos.
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carolina119 18/05/2020

o livro aborda muito religião, e homossexualidade. me senti muito pertubada em alguns momentos, me deu muito gatilho...
apesar de ter feito eu surtar de diversas formas diferentes, é legal e me prendeu desde o começo  (apesar de alguns capítulos ser pura enrolação e não acontecer literalmente nada) o livro é bom mas em compensação o final foi meio??? vi as resenhas por aqui, e já sabia que nao me surpreenderia com o final,porém esperei demais e acabei me decepcionando...
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Fabiana.S 16/02/2020

Para todos como Cameron Post.
A história mostra o desabrochar da adolescência de Cameron, entre os 12 aos 17 anos aproximadamente. Cameron perdeu os pais em um acidente de carro no início da adolescência, passando a morar com sua avó e tia após essa fatalidade.

Cameron passou parte de sua adolescência acreditando que a morte de seus pais foi um castigo Divino devido a sua sexualidade, e o que acredita ser seus malfeitos da época do falecimento dos pais.

Cameron Frequentava a igreja com sua tia, ouvindo constantemente trechos da bíblia sobre a abominação da homossexualidade, o que afirmava a sua culpa e senso de ser diferente.

Apesar da história se passar no início dos anos 90, o tema é bastante atual. Ainda hoje vemos o preconceito, a não aceitação da sexualidade, as vezes do próprio jovem que se sente diferente.

Através de minha profissão, acompanho de perto o sofrimento de alguns adolescentes homossexuais que por terem uma família fechada em seus valores, não apenas escondem sua sexualidade, com medo de uma conversa aberta, como tem horror de pensar que seus familiares podem descobrir em algum momento. Não se sentem amados e respeitados, fato esse que deixa marcas profundas, mesmo depois de mais maduros, com uma maior aceitação de si.

Não é necessário entrar no conteúdo dos acontecimentos para indicar essa preciosa leitura. Cameron e seus conflitos representa muitos adolescentes e jovens de hoje. Que essa bonita história seja lida não somente com os olhos mais também com o coração, e que através dela possamos compreender e respeitar o caminho e as singularidades de nossos companheiros de vida.
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Leyd 27/02/2020

Essa deveria ser uma história de uma adolescente qualquer sobre a maioridade; uma negociação constante à medida que o protagonista navega por uma estrada pavimentada com obstáculos relacionados à descoberta sexual e às lutas cotidianas de amigos e familiares. .

Mas para Cameron Post, uma garota de doze anos que vive em Miles City Montana, a vida infelizmente não é como é para outros adolescentes.
É diferente porque ela é lésbica. O romance conta sua história de descoberta, se apaixonando e lidando com suas emoções atormentadas e engarrafadas. .

Enquanto Cameron beijava uma garota pela primeira vez, no conforto de um loft de feno isolado numa noite de verão, seus pais sofrem um acidente na estrada estadual, caindo até a morte nas águas geladas do lago Shake. Mas, em vez de sentir uma tristeza avassaladora, Cameron sentiu conforto. Uma sensação de alívio por seus pais nunca precisarem saber o pecado que cometera.

O sentimento, no entanto, não durou, já que Cam teria que viver agora com sua tia Ruth, altamente conservadora, que acaba descobrindo sobre sua sexualidade e decide envia-la para ‘A Promessa de Deus’, um acampamento que se define por seu desdém pela homossexualidade ao abordar os chamados ‘’impulsos não naturais’’ dos adolescentes gays por meio da fé e da religião, o que altera a vida como Cameron a conhecia para sempre.

No geral, eu realmente gostei, acho que é uma história importante por muitas razões, mas há um grau de desconexão prolixa no livro que me impediu de realmente amá- lo.
Essa sensação vem de Cameron como personagem e como ela se apresenta ao mundo. Sua narrativa é extremamente detalhada e às vezes até emocionalmente desapegada, o que faz a história às vezes se perder em pequenos detalhes irrelevantes - tornando a experiência literária exaustiva. No entanto este é um romance realmente bem escrito, a prosa é segura de si e a história, depois de ser ‘’enxugada’’, é bem desenvolvida e excepcionalmente importante nos dias atuais.
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littlebird022 08/03/2020

esse livro é a minha própria bíblia gay
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Maygeek7 29/03/2020

O fim
Queria um pouco mais do fim. Não fiquei triste nem achei ruim, só que eu queria pelo menos mais um capítulo. Mas Okay.
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Alice 16/04/2020

leitura boa (mas cuidado com os gatilhos)
a leitura é boa e um pouco mais leve que o normal dos livros f/f. contém gatilhos sobre discurso de religião (e o abuso psicólogo que às vezes rola) e auto mutilação.
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dani 21/04/2020

Adorável! É delicioso e doloroso de ler toda a experiência de uma adolescente dos anos 80/90 descobrindo sua homossexualidade e sendo obrigada a não aceitar a si mesma. É um livro cheio de detalhes, as vezes até mesmo desnecessários, mas se faz com isso muito próxima ao personagem da Cameron.
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Annie Braz 20/04/2024

É um bom livro, gostei como por ser mais um livro de como foi se descobrir ao invés de ser um romance ( nada contra ). Em alguns momentos eu dei uma leve desanimada mas do meio para o final o pique voltou.
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Esther 29/04/2020

Livro/Filme
Olha, o filme só começa depois do meio do livro, se isso te interessar.
Gostei bastante do livro. Gostei de ela escrever bastante sobre a infância da menina.
Não sei se teria tantas meninas lésbicas/bi experimentabdo nos anos 80, em uma cidade pequena e de Montana ainda.
Pode ser que a vida sem internet seja assim mesmo, não sei...
O final está devendo mesmo. Parece que ela cansou de escrever, já que o livro é bem grandinho.
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