Resenhas - Flores para Algernon

Kalene Magalhães 24/02/2021

O que te torna humano?!
Não estava preparada para o final desse livro, deve ser esse o motivo de estar escrevendo essa resenha com o rosto enchado e molhado de lágrimas.
Não consigo expressa os sentimentos que tive lendo esse livro, tão cruel e revelador.
Acompalhar a trajetóriade Charlie em sua busca por inteligência e se tornar "humano" para os outros, só mostra o tanto que, às vezes, a ignorância é uma benção, mesmo o conhecimento sendo necessário.
Nem devia tá escrevendo a resenha agora, mas sei que talvez não conseguiria voltar para escrever depois.
Só leiam ,vocês não vão se arrepender!

Deise 23/02/2021

Quero um ratinho para colocar o nome de Algernon ?.
Que livro maravilhoso! Ele despertou vários sentimentos e reflexões em mim, por isso considero ele como meu preferido. Foi muito angustiante ver o Charlie sofrer. O ser humano é uma mísera mesmo. Antes de Charlie fazer a cirurgia riam dele, zombavam, humilhavam... e mesmo após a cirurgia quando estava super inteligente as pessoas desprezaram ele. Chorei com tanto sofrimento, principalmente o que a própria família fez com ele. Como uma mãe faz isso com o próprio filho? Norma me irritou demais, que menininha mimada e estúpida. Enfim, é uma leitura muito reflexiva, te faz pensar muito sobre várias coisas. Recomendo demais!

"Inteligência e educação sem doses de afeto humano não valem droga nenhuma."

"Até um homem de mente fraca quer ser como os outros homens. Uma criança pode não saber como se alimentar, ou o que comer, mas ela conhece a fome."

"- Eles me mudaram, fizeram uma cirurgia em mim e me deixaram diferente, do jeito que você sempre quis que eu fosse. Você não leu sobre isso nos jornais? Um novo experimento científico que muda sua capacidade para inteligência, e eu fui o primeiro em que o testaram. Você não consegue entender? Por que está me olhando desse jeito? Sou inteligente agora, mais inteligente que Norma, ou tio Herman ou Matt. Sei coisas que até professores universitários não sabem. Fale comigo! Você pode ficar orgulhosa de mim e contar tudo para os vizinhos. Não precisa mais me esconder no porão quando tiver visita. Só fale comigo. Conte-me coisas, do jeito que fazia quando eu era um garotinho, é só o que quero. Não vou machucar você. Não odeio você. Mas tenho que saber sobre mim mesmo, para me entender antes que seja tarde demais. Você não entende? Eu não consigo ser uma pessoa completa se não puder me entender, e você é a única pessoa no mundo que pode me ajudar agora. Deixe-me entrar e sentar por um instante."

Barbara.Borba 29/06/2020

Sem palavras...
Leitura que todos deveriam fazer, me prendeu do começo ao fim e me fez refletir sobre muita coisa, as lágrimas vieram sem pena.
O que gostei bastante no livro é que ele é escrito em forma de um relatório, então o personagem tá sempre atualizando com sua linha de pensamento e sua maneira de escrita, como no início ele tem o QI baixo, tem alguns erros de escrita, mas que não interferiram em nenhum momento para minha compreensão, acho até que seja necessário para que possamos realmente entrar na história.

Sem dúvidas o melhor livro que li esse ano e com certeza está no meu top 3 dos melhores livros que já li.

ThayAvalon 06/03/2022

É uma historia de partir o coração.
Uma "ficção científica" porém é só um pano de fundo para o real tema, usando aqui de cientistas que estão trabalhando em uma ciência por meio de uma intervenção cirúrgica, que pode fazer com que pessoas tenham seus QI aumentados. Estes cientistas já vem a bastante tempo fazendo experiências com ratinhos de laboratório, e o Algernon do título é um destes, e ele é o ratinho mais inteligente .Então, pra que a teoria deles de certo eles precisam de uma pessoa, um humano para passar por essa cirurgia, que é o narrador desta história, o Charlie Gordon, que nos conta por meio de relatórios de progresso, antes e depois da cirurgia.
Charlie tem um QI de 70, portanto ele tem um atraso cognitivo. Então no primeiro momento ele escreve esses progresso do jeito que ele sabe, sem pontuação etc.. até ele começar a escrever corretamente logo após a cirurgia. Ele passa por vários testes com o ratinho, e muita vezes o ratinho ganha dele, então você consegue ver um dúplice aqui, mas não aquele dúplice de competitividade mas de coerência espelhamento, pois o Charlie ve no Algernon a possibilidade de ficar inteligente, logo se o rato está assim depois da cirurgia ele também ficará, mas até o momento em que Algernon começa a entrar em remissão. No início da leitura os cientistas afirmam que há a possibilidade disto acontecer.
Só que cada dia ele vai ficando mais inteligente, e vai relembrando tudo sobre seu passado, e descobre que passa bulling na escola, na familia, com a própria mãe que sente vergonha dele. Que ele tem uma irmã, que nasceu "normal" e resolve se desfazer dele pois tem medo que ele abuse de alguma forma da irmãzinha, ela agride ele muito fisicamente, mentalmente, ele achava que quando as outras pessoas riam dele , era porque ele era engraçado, mas na realidade é porque ele na palavra do livro era RETARDADO, então ele vai tomando noção de tudo isso. A busca dele pela inteligência para conseguir amigos , e o amor da mãe.
Só que veja bem, ele vai ficando cada vez mais inteligente e começa a ultrapassar o QI de todos ao redor, os cientistas, as pessoas que gostavam dele, e isso acaba chateando essas pessoas que nutriam algum tipo de carinho por ele. E o desespero, conforme a remissão do ratinho irá acontecer com ele, o desespero para se apegar em algo, e a ultima mensagem dele, nos mostra que alguma coisa sobrou de memória mas que ocasionalmente ele também vai se esquecer disso, mas o q eu mais achei interessante que quando ele vai em busca da sua mãe ele descobre que ela tem Alzheimer. E tudo fica muito claro, ou quase isso. É muito triste, muito doloroso, é um ciclo , e termina com o Charlie estando do mesmo jeito que ele estava antes.

Luan 11/04/2022

? Flores para Algernon | Daniel Keyes
Ficção | Fic-Científica | 288 pág.

Qual é o preço de adquirir conhecimento? Sejamos franco. Pense, reflita e análise um pouco isso.

Na religião judaica e cristã, adquirir conhecimento lembra a célebre expulsão de Adão e Eva do paraíso, como consta na Torá e no livro de Gênesis na Bíblia.

Na antiga Grécia, adquirir conhecimento eleva o cidadão a patamares maiores de intelectualidade e posição política, se destacando dos demais, e isso, pendurou (e ainda pendura) há muito tempo no ocidente e oriente.

Ainda na Grécia, adquirir conhecimento era sair de uma caverna de ilusões e achismo para mundo sensato e inteligível, como disse Platão sobre o mito da caverna.

Considero justo dizer que, não, não é pecaminoso buscar conhecimento, pois somente este método alcança a clareza da verdade ? e como Jesus disse ?Buscai a VERDADE; e ela vós libertará.? Então como podes refutar isto, tamanho contradição? enfim, deixo esta discussão para depois...

Em relação ao livro, pude experimentar ao máximo a sutileza da obra e sua aventura. Sutileza esta que mais verdadeira originalidade passa apresentar logo no início, com nosso protagonista ainda sem o "upgrade" de conhecimento artificial.

E sua aventura bastante fiel a temática da obra, deixando óbvia ligação com a filosofia de Freud mesmo não sendo aprofundada, mas estando ali em relação aos sonhos e pesadelos do nosso protagonista.

Contudo, baita livro para aprofundar e analisar mais a fundo, para pessoas assim como eu, que ama ficção científica, vale a pena.

Leo 20/09/2020

Preconceitos e bullying
Não posso classificar essa leitura como nada além de dolorosa. Você torce pelo Charlie e se sente um idiota por fazê-lo. Aí você volta a torcer para que ele encontre felicidade em todos os "estágios" da sua vida e aí você se dá conta que o labirinto de Algernon tem muitos significados; é real para o rato, é uma medida de comparação para Charlie, por fim a métrica passa a ser mais que isso e que a corrida para encontrar algo nunca acaba, mesmo depois que o seu destino é selado. E você continua torcendo por Charlie, depois de tudo e percebe que você, leitor, também entrou num labirinto. Sem um caminho correto, apenas, caminhos que ao chegar ao fim, te fazem percorrê-lo novamente. E você se pergunta se está certo querer que Charlie alcance o que ele sempre buscou ou se sua busca sempre foi para agradar aos outros, impedindo que ele fosse realmente ele. Enfim, doloroso.
Mesmo desconfortável, as reflexões dessa leitura valem cada minuto. Recomendado!

Iolanda 21/04/2021

Este livro, das leituras que fiz este ano, é sem dúvida o melhor. Entrou para a minha lista de livros favoritos da vida.
Acompanhamos a história do protagonista Charlie, um homem na casa dos 30 anos que tem um Q.I de 68. Ele participa de um experimento cientifico que promete aumentar seu Q.I e mudar sua vida. O livro é escrito na forma de relatório que Charlie precisa escrever para que os cientistas envolvidos nesta experiência, possa acompanhar sua evolução. O que acompanhamos então são os relatos de Charlie antes e pós procedimento cientifico.
Conhecemos um Charlie que tem dificuldades de escrita e vamos com ele, compreendendo as mudanças que ocorrem no seu Q.I e na sua vida.
A leitura me fez refletir sobre diversos pontos que, por vezes, não acho importante e me levou a reflexão em tantos outros pontos que me perdi em pensamentos, muitas vezes, durante a leitura.
É o tipo de livro que temos vontade de devorar, mas quando está próximo do final, traz o sofrimento por estar terminando.
Terminei a leitura em prantos e enquanto escrevo aqui, as memórias do livro, me emocionam a ponto de ter olhos lacrimejando.
Como escrevi antes, entrou para a lista do meus livros favoritos e indicados para todos os que conheço. É uma experiência única e que desejo que a maioria dos leitores possam passar por ela.

Nico 18/06/2022

nao leiam esse livro voce sai com depressao profunda
"? Estão exigindo muito de você. Está confuso. Você quer ser um adulto, mas ainda há um garotinho aí dentro. Sozinho e assustado."


um livro TRISTE MUITO TRISTE chegou o fim antes de eu perceber já tava desabando de chorar, não esperava mesmo que fosse acabar assim.

desde o início o charlie mostra que tem muita vontade de aprender e ser inteligente (por mais difícil que fosse por conta da sua deficiência intelectual), e a sua maior motivação é que ele queria que as pessoas gostassem dele, queria fazer amigos e achava que ficar esperto era a chave para isso.
e acho que isso foi o que mais me deixou triste, ele fez tudo pra conseguir amigos e não se sentir mais só, e no fim mesmo virando um gênio não adiantou, todos continuaram evitando ele ? apesar de no fim as pessoas da padaria serem gentis com ele? ele interpretou como se todos estiverem com pena dele, mas pra mim não pareceu isso.

foi muito legal ver a mudança dele com a escrita e a forma de pensar, acho que isso e o fim acontecendo a mesma coisa foram as coisas que mais gostei no livro (corta pro fim eu me acabando de chorar muito na vibe "essa festa virou um enterro").

algumas coisas me incomodaram, tipo, usarem tanto a palavra "retardado" (no começo até pensei se essa era mesmo o nome certo de tanto que usavam no meio de coisas formais, mas aí me lembraram que não é e esse é um termo capacitista), o charlie ficar tão obsecado com sexo e com conseguir transar com a a todo custo, sei os motivos dele e que tudo gira em volta do trauma que a mãe horrorosa dele gerou, mas mesmo assim me incomodou. (e ainda tem a parte dele ficar espiando a mulher lá tomando banho tipo??).

gostei do desfecho com a irmã dele, foi uma coisa que eu não esperava. queria que eles tivessem tido mais tempo juntos, será que ela vai visitar ele agora?

eu pensei mesmo que o algernon ia morrer e por isso o título do livro. meu coração ficou todo espatifado tem caquinho pra todo lado até agora, espero que alguém esteja deixando flores pro algernon. e espero que o charlie não esqueça como ler e escrever. e que faça amigos lá na warren.

Caio Dantas Cabral 11/03/2021

um dos livros mais sensíveis, delicado e lindo que já li.
o livro é apresentado sob a visão de um personagem com retardamento mental, e que se ao ser submetido por um teste clínico, tem seu QI elevado.

dessa forma, a gente tem uma perspectiva de uma pessoa que foi uma vida inteira vítima de preconceito, agressões e exclusão social.

é uma narrativa que dá uma lição de empatia e moral no leitor, pois ao passo que charlie vai se tornando mais inteligente, ele passa a rever e refletir sobre as suas relações sociais sob uma nova visão, e assim passa a entender o quanto era maltratado e menosprezado.

o livro traz discussões extremamente necessárias sobre essas questões de pessoas com retardamento mental, e ao fim, deixa o leitor extremamente desidratado ao apresentar um final de partir o coração. o meu foi.

é uma leitura que indico a todos, em especial para profissionais da área da educação, psicologia e serviço social.

Mayara 04/05/2023

Charlie sempre foi uma PESSOA !
O livro retrata a vida de Charlie Gordon, um adulto com um QI de 70 Que vive como se fosse uma criança, Gordon sempre teve o sonho de ser inteligente pois acreditava que assim teria mais amigos, então passa por uma cirurgia que o permite de fato ser inteligente, em um dado momento até mesmo ultrapassa o QI dos próprios cientistas, mas com a sua inteligência repentina, também vem algumas outras coisas que Charlie não está familiarizado como sentimentos, sexualidade, percepção de quem são seus amigos ou o que acontece ao seu redor, Charlie agora sabia diferenciar o que era uma piada e quando Ele mesmo era e Servia de piada para os outros.
O livro arrancou tanta lágrima minha que eu nem sabia que tinha ( obviamente o favoritei) me devastou por dentro, porque ele me fez perceber tanta coisa, me preocupar com o futuro incerto ? enfim, quantas vezes não acabamos tratando uma pessoa com algum tipo de deficiência como senão fosse pessoas reais ? Com sentimentos ? Medos? Sonhos? Pq costumamos rotular tudo e todos ? Por que somos cruéis ? Por que fingimos se importar quando na verdade não ligamos ? De quanto QI é necessário para que enxerguemos pessoas ao invés de bobos da corte ? ? Charlie experimentou os dois mundos, mas receio que em nenhum dos dois tenha realmente se encontrado ????

João Victor 27/01/2021

Primeiro livro que eu choro igual um doido
Meu Deus o que dizer desse livro?? Nunca tinha lido uma história do ponto de vista de uma pessoa com deficiência e garanto que o autor faz isso de uma forma muito boa, você realmente se sente na pele do Charlie, fica triste quando as pessoas humilham ele e alegre quando alguém é legal com ele. Não costumo chorar quando estou lendo mas nesse livro não deu pra segurar. Pfvr leiam Flores pra Algernon o mais rápido possível!

Tatta 20/06/2020

essa crítica será difícil de formular...

foi feita uma adaptação cinematográfica chamada ?dois mundos de charlie?, título condizente ao enredo.

senti sua personalidade de Q.I. baixo bem mais profunda e interessante do que a intelectual.

Alan kleber 16/02/2021

Belo e triste ao mesmo tempo.
As últimas páginas desse livro são uma das coisas mais lindas, tristes e humanas que já li na vida.

Júlia.Siqueira 11/08/2021

"O caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou."
É muito difícil falar sobre esse livro, faltam palavras para descrevê-lo. Foi doloroso ver a maldade que cercava Charlie e, principalmente, como ele queria se tornar inteligente para ter amigos.

"Se você é intelijente você podi ter muitos amigos para conversar e você nunca fica solitário sosinho o tempo todo."

Acompanhar todo o desenvolvimento de Charlie foi incrível, mas com toda certeza o seu declínio foi devastador.

Harbs_lo 21/07/2021

Maravilhoso!!!
Cada vez que eu pegava pra continuar a ler tornava meu dia triste e me dava vontade de me matar.
Recomendo, 4 estrela