Devoção

Devoção Patti Smith




Resenhas - Devoção


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IGuittis 04/03/2020

Essa foi a minha primeira experiência com essa autora, e posso dizer que fui surpreendida.
Esse é um conto, super curto, porém ele te prende e a reviravolta dele é realmente uma surpresa.
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Leticia Souto 03/02/2020

Não era bem o que eu esperava... foi melhor
Quando recebi o livro achei que fosse um pequeno explicativo ou guia de como funciona o processo criativo, e é, mas não da forma que eu imaginei.

Ela mostra seu processo de escrita sim e ainda o pequeno conto que veio de todo o processo. Foi bem interessante a jornada.
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Camille.Pezzino 09/01/2020

MÚLTIPLAS DEVOÇÕES
Devoção é uma palavra que se assimila ao devoto e nele faz sua morada. Devoção, em latim, significa “ação de se dedicar, voto com que alguém se dedica, se consagra, culto, maldição”.

Em Patti Smith, observamos múltiplas devoções, todas elas podem ser consideradas ora benção, ora maldição. Não existe somente um lado em que se escorar quando se pensa em ser devoto, entregar-se totalmente a alguém ou a alguma coisa. O ofício de escritor se vale do mesmo que uma religião, ele é, ao mesmo tempo, algo que alguém se dedica, algo que consagra, mas, ainda mais, é uma maldição. Ser escritor é também ser escravo da pena.

Ou da Musa.

Smith perfaz o caminho de sua escrita, da sua jornada como escritora, através de três pedaços, divididos em um número simbólico e profundo. O primeiro se chama Como a mente funciona: neste pedaço, autobiográfico e narrativo, Smith demonstra como o seu processo criativo se dá, como a sua mente se movimenta e faz as engrenagens girarem. Encontramos elementos comuns e caros a todos os escritores, mas também pequenos fragmentos de Patti Smith. Respectivamente, os acontecimentos e as situações ao entorno do escritor são primordiais para entender o mundo e transportá-los para o papel; em seguida, a autora se dedica a demonstrar como o diário, para ela, é vital.

Através das experiências e observações que faz do ambiente a volta, a cantora vai perfilando e encontrando o seu conto, retocando e remanejando-o aos poucos. Não é uma explicação padrão de como escrever ou como fazer uma história, dando passos e dicas para o escrever bem. Dessa maneira, adentrar o livro com essa perspectiva pode fazer com que grande parte do seu brilho se perca, o que não é recomendado. Essa é uma parte sobre a devoção de Patti Smith em relação à sua escrita e não um manual de como escrever.

A segunda parte, homônima ao título do livro, chama-se Devoção. Aqui, Patti Smith mostra o que as experiências biográficas resultaram no seu fazer poético, dedicando toda uma parte ao que aquelas referências e experiências fizeram com sua escrita e com a sua mente obliterada por ser Musa. Conhecemos, então, Eugênia. Uma menina brilhante, mas que, entre todas as coisas que era capaz de fazer, preferia a patinação artística.

QUER SABER MAIS? ACESSE EM: https://gctinteiro.com.br/resenha-110-multiplas-devocoes/

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regifreitas 26/11/2019

DEVOÇÃO (Devotion, 2017), de Patti Smith; tradução Caetano W. Galindo.

A obra é dividida em três momentos.

No primeiro, “Como a mente funciona”, Patti Smith, em uma viagem de trabalho à Paris, ao percorrer as ruas da cidade, ao mesmo tempo em que está realizando a leitura de uma biografia de Simone Weil, começa a anotar ideias e reflexões que lhe surgem, e que poderiam ser utilizadas futuramente, para a escrita de um novo conto.

Na segunda parte, “Devoção”, temos a versão final desse mesmo conto, concebido durante aquela viagem: a estória de uma jovem patinadora em uma jornada de autoconhecimento e busca de suas origens.

Finalmente, em “Um sonho não é um sonho”, Patti Smith narra a visita à casa de Alberto Camus, na cidade de Lourmarin. À convite da filha do escritor, lá ela se depara com o manuscrito original de O PRIMEIRO HOMEM, romance inacabado do Nobel de Literatura de 1957. É o mesmo manuscrito encontrado junto a Camus, no acidente automobilístico que lhe tirou a vida, em 1960.

Essa foi minha primeira experiência lendo Patti Smith, e não me impressionou muito não. Não sei se isso pode ser colocado na conta do excesso de expectativa. É um livro muito bem avaliado no Skoob, com resenhas que vão, em sua maioria, de muito boas a ótimas. Já comigo, não funcionou tão bem.

Sempre fui curioso em relação aos mecanismos internos de concepção de uma obra literária, nos impulsos que levam um autor a escrever, e isso é tratado bem superficialmente nesta obra. O relato da visita à casa de Camus é muito bonito, mas também é muito breve. E em relação ao conto: cheguei a realizar uma releitura após a primeira tentativa, mesmo assim não caiu no meu gosto.
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Lara 10/11/2019

Por que escrevemos?
?Porque não podemos somente viver.? Ou por devoção ao nosso passado, presente e futuro eu acho. Livro excelente! Vale ler e reler!
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Paulo Sousa 10/11/2019

devoção, de patti smith
Título lido: Devoção
Título original: Devotion
Autor: Patti Smith
Tradução: Caetano W. Galindo
Editora: Companhia das Letras
Lançamento: 2017
Esta edição: 2018
Páginas: 144
Classificação: 4/5
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"Por que alguém se sente compelido a escrever? A se isolar, a se envolver num casulo, no êxtase de sua solidão, malgrado as necessidades dos outros...
Precisamos escrever enfrentando miríades de lutas, como quem domestica um potro voluntarioso. Precisamos escrever, mas não sem um esforço consistente e não sem certa dose de sacrifício: para dar voz ao futuro, revisitar a infância e para dar rédea curta às loucuras e aos horrores da imaginação antes de oferecê-la a uma vibrante raça de leitores" (posição no kindle 862-867/82%).
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faz pouco tempo que li "só garotos", o livro em que a cantora patti smith delineia em um texto intenso e autobiográfico seu relacionamento com o artista plástico robert mappletorne, morto a alguns anos. mas foi exatamente em janeiro de 2018 que de fato me apaixonei pelos livros da autora de "horses", quando li o seu maravilhoso "linha m", outro relato intenso e apaixonado pelos cantos solitários e pelos cafés. o livro é tocante, patti nos leva consigo em idas e vindas pelo mundo, onde a acompanhamos em visitas a mausoléus de artistas e escritores, e somos brindados com tantas boas referências literárias. depois que li "linha m", por causa do livro, assisti e me emocionei com "the killing", uma série policial que foge um pouco do usual, na verdade o pano de fundo para o amor entre sara lindem e stephen holder e me propus a ler o "crônica do pássaro do corda", de murakami. ainda não cumpri o último, mas certamente patti smith não iria se debruçar sobre algo que não fosse bom.
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apesar de "só garotos" ser um livro bom, gostei muito mais de "linha m", principalmente porque ele mexe com coisas que são caras para mim. errante em algum lugar, visitar locais e mausoléus de escritores famosos, sentar num café num fim de tarde, caminhar por ruas frias sob um céu cinzento, acolher o silêncio convidativo para escrever alguma coisa, são coisas que gosto e sempre procuro fazer. em recente viagem à argentina, jamais esquecerei a minha visita ao mausoléu de evita perón, no famoso cemitério da recoleta, num dia lúgubre e chuvoso. lembro que, após silenciosas orações e reflexões sob a fina e fria chuva, saí dali literalmente de alma lavada para me aquecer num café ali próximo...
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e então me cai nas mãos o "devoção", um dos dois novos livros de patti smith lançados no brasil. um livro tão ou mais lindo que o "linha m": temática semelhante, uma vez mais patti faz um comovente relato desta vez sobre o ofício de escrever. misturando elementos sinestésicos, lugares e referências aos escritores patrick modiano, albert camus e simone weil, patti nos leva a paris, a cidade que melhor simboliza o ato de se isolar, se permitir olhar para dentro, caminhar pelas ruas clássicas e sob o turbilhão voluntarioso de emoções, escrever. o conto que faz parte do livro, é resultado dessa intempérie pessoal, uma história de amor, devoção, corrupção e entrega. devoção é belo, é trágico, é possível ver que uma ou outra lágrima pintou a brancura do papel onde a autora tentara organizar ideias e emoções. no final, um brinde, acompanhamos patti a uma visita à casa onde viveu o escritor argelino albert camus, onde a neta do grande escritor de "o estrangeiro" mostra a patti o manuscrito do último livro de camus. "as horas que passam nos devoram"...
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várias são as formas de devoção. mas patti smith, com este pequeno e avassalador livro, transcende em multiformas o ato de autodoação. vale muito!
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Bianca 03/08/2019

Conexão
Senti-me totalmente conectada com esta pequena obra que, de uma forma bem pessoal, trouxe uma grandeza significativa à minha vida.
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Hewe 26/06/2019

❝Não existem sinais que nos digam quem somos. Nada de estrelas nem cruzes, nem cifras no pulso. Nós somos quem somos. Seu presente vem apenas de você.❞
Uma compilação concisa e especial que consiste em três trabalhos que exploram o processo criativo do autor. Dois ensaios narrativos incluem a história homônima, um conto curto e agridoce de uma jovem refugiada estoniana chamada Eugênia que sonha com patinação artística.

No ensaio de abertura do livro, encontramos Patti embarcando em sua rotina diária, indo para seu café local para escrever. Ela se prepara para um voo para a França que sairá mais tarde naquela noite, lá ela participará de vários eventos relacionados a livros alinhados por sua editora. Para Patti, esta jornada é também uma oportunidade para revisitar alguns de seus locais históricos favoritos e se encontrar com os espíritos de seus ídolos. Enquanto vagueia pelas ruas de Paris, ela se lembra de momentos de uma viagem semelhante que fez com sua irmã quando jovem.

'Devoção' é a história de uma jovem consumida por uma paixão criativa, mas também é uma história de amor e abuso. Enquanto temas mais pesados ​​são abordados, fica evidente que a autora não se interessa muito em aprovar juízos morais, e prefere apenas evocar uma bela (embora complicada) história. À medida que a narrativa fictícia de 'Devoção' se desenrola, Patti fornece aos leitores pequenos insights sobre seu processo criativo, revelando fragmentos que foram apropriados das pessoas e lugares que ela encontra em suas jornadas.

'Devoção' é uma obrigação para os fãs de longa data da escrita de Patti Smith, e os devotos vão encontrar satisfação em pequenas referências que remetem às suas obras anteriores. Assim como sua voz, a natureza despretensiosa da escrita de Patti retém uma impressionante humildade e o respeito que ela ainda mantém por seus ídolos é notável.
Como um todo, esse livro é um lembrete de que você nunca é velho demais ou famoso demais para se inspirar em outras pessoas.

site: https://www.instagram.com/p/BxC2zweAmuO/
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 28/03/2019

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
"Devoção" é dividido em três partes. Na primeira, a autora relata uma de suas viagens à França e todos os elementos que foram servindo de inspiração para que ela escrevesse a segunda parte, que é um conto que dá nome à obra, e a terceira parte nos traz mais um pouco sobre a viagem e as reflexões da autora sobre o ato de escrever.

"Meu editor francês organizou uma semana de eventos literários que incluem conversas com jornalistas sobre escrita. Meu caderno permanece intocado. Uma escritora que não escreve preparando-se para ir falar com jornalistas sobre escrita. Que sabichona, eu me repreendo." (página 16)

Só pela sinopse, eu acreditava que Patti Smith falaria sobre o que lhe inspira e sobre sua rotina como escritora, mas ela faz algo além disso: ela nos mostra, nos deixa perceber, através do relato de sua viagem, como tudo foi servindo de inspiração para que uma história surgisse dentro dela. É impressionante como um filme que assistiu, um livro que estava lendo, uma apresentação de patinação que viu por acaso na TV, a observação das pessoas ao redor, as amoras que comeu antes de viajar, foram servindo de base para a trama do conto, e é delicioso ir encontrando essas referências ao longo da leitura de "Devoção".

"Todos tinham medo naquele tempo, mesmo depois do fim da guerra, mas eu era só uma criança sem medo de nada." (página 58)

Falando especificamente do conto, ele é protagonizado por uma garota que foi mandada pelos pais para viver com a tia em outro país por causa da guerra. Ela era apaixonada pela patinação e conheceria uma homem mais velho que prometeria ajudá-la a poder patinar sempre, não só nos meses em que o lago perto de casa estava congelado. Mas essa história, que conta com algumas cenas chocantes, teria um desenrolar angustiante e um desfecho trágico.

"- Eu não cheguei a conhecer meus pais. Eles foram deportados da Estônia na primavera, para um campo de trabalho na Sibéria.
- Por que motivo?
- Não é necessário haver um motivo para tratar as pessoas como gado." (página 79)

Acredito que seja uma daquelas narrativas que possa ter mais de uma interpretação, e a minha é a de uma história sobre a perda da inocência, os defeitos humanos, o afastamento do que mais se ama, sobre a solidão, a falta de uma família e de um país.

"E me ocorre que os jovens quando dormem parecem lindos, e os velhos, como eu, parecem mortos." (página 34)

Alguém aí já reviu um filme ou leu um livro e percebeu que a história não era exatamente como lembrava? Que parece que a nossa mente vai modificando nossa memória, e algumas lembranças não são tão precisas, algumas vezes até acrescentando coisas? Isso já aconteceu comigo, e é algo que a autora também comenta, uma das curiosidades da mente humana.

"Devoção" foi o meu primeiro contato com a escrita da autora e foi uma leitura que gostei muito, um livro que li em uma tarde mas que me acrescentou muito e me fez ficar encantada com a escrita maravilhosa da autora, me deixando empolgada para ler "Só garotos", outro livro que tenho da Patti Smith (que também é uma cantora sensacional, se ainda não ouviu nenhuma de suas músicas, está perdendo tempo!).

A edição tem um tamanho de bolso, com uma capa com itens que tem a ver com a história, páginas amareladas, boa revisão, algumas fotografias e diagramação com letras, margens e espaçamento de bom tamanho.

E essa foi minha experiência de leitura com "Devoção", uma leitura rápida mas muito marcante e inspiradora, que recomendo com certeza, especialmente para quem tem vontade de ser escrever.

site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com/2019/01/resenha-livro-devocao-patti-smith.html
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Mariana Dal Chico 16/02/2019

?Devoção? de Patti Smith foi meu primeiro contato com a artista como escritora. Há alguns anos conheço suas músicas que conquistaram meu coração, mas eu ainda não tinha parado para ler sua obra.
Tenho na estante ?Just Kids? desde 2015, não sei explicar o motivo dele estar ali há tanto tempo sem ser lido. Talvez seja porque depois que comprei, comecei a ver muitas indicações dele, em 2016 veio o ?Linha M?, em 2018 a TAG enviou o ?Só Garotos? para seus assinantes, junto com ?Devoção. Conforme a popularidade crescia, eu fui deixando ?Just Kids? de lado, acho que por medo de me decepcionar, já que tanta gente estava lendo e dizendo o quanto ele é maravilhoso.
Eis que num domingo ?Devoção? me chamou atenção na estante e mergulhei na leitura.
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O livro abre com um texto de não ficção, uma mistura de diário de viagem com relato do ofício de escritora. Fiquei encantada com a forma como Patti mescla passado, presente, indicação de leitura, passeio cultural e ainda permite que o leitor espie as entranhas das conexões artísticas.
Toda vez que leio diários de viagem, fico com vontade de fazer o mesmo, mas sempre que tenho a oportunidade, acabo esquecendo de colocar no papel os sentimentos daqueles momentos preciosos que estou vivendo.
Talvez se eu começar por cenas do meu quotidiano, acabo criando o hábito para transpor numa próxima viagem. Talvez eu não tenha mesmo o dom/dedicação da escrita.
Hoje, meus relatos de viagem são construídos uns dois meses após meu retorno e a partir das minhas lembranças guiadas por fotos.
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O conto de ficção é sobre uma jovem que precisou deixar seu país muito nova, se apaixonou pela patinação no gelo.
É uma história que criou em mim bastante desconforto, é algo cru, visceral, com um final muito bom.
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E para fechar, a autora compartilha como foi sua experiência de visitar a casa de Camus e ler o manuscrito em que ele trabalhava pouco antes de morrer.
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?(...) Sinto uma onda de nostalgia induzida pelo presente perfeito?.
Essa sou eu, quando me surpreendo maravilhada por um momento de felicidade que sei que sentirei saudades assim que virar a esquina.
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Gostei muito da leitura, as palavras de Patti Smith conversaram comigo, por vezes ela conseguiu transformar meus sentimentos em palavras. Agora não vejo a hora de tirar ?Just Kids? da estante!
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Instagram @maridalchico
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Dani Gazaniga 29/01/2019

Devoção
Devoção é um livro de bolso da autora Patti Smith que conheci através do clube de livros TAG e fiquei muito encantada, não apenas com suas histórias em si, mas também pelo conjunto de conteúdo apresentado. O livro relata a história de uma menina que aprendeu a se virar sozinha muito cedo. Tenho grande e especial carinho por esta obra, pois foi enviada exclusivamente pela TAG, como mimo do kit de março/2018, no qual a curadora maravilhosa, Nathália Polesso indicou a leitura da obra Só garotos, também de Patti Smith, que conta a linda história de amor e cumplicidade entre ela e seu marido, amigo e fiel escudeiro, Robert.
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LG 27/12/2018

Num pequeno livro que e muito delicado Patti traz o seu processo de criação de forma tao fluida e intima que podemos imaginar que estamos ao lado dela. O nome diz tudo sobre esse livro, Devoção, a tudo que esta a nossa volta como fonte de inspiração para escrever ou fazer qualquer tipo de arte.
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Cris 20/11/2018

Um conto e a arte de escrever
“E naquele momento me ocorreu que as pessoas que sonharam através dos tempos sonharam com gente de sua época. Os gregos antigos sonhavam com seus deuses. Emily Brontë, com as charnecas. E Cristo? Talvez ele não sonhasse e mesmo assim soubesse tudo que podia ser sonhado, cada combinação, até o fim dos tempos.” Pág. 38

Este livro é dividido em 3 partes.

A primeira parte, entitulada: Como a mente funciona, é autobiográfica. Patti nos conta um pouco de sua experiência sobre o processo de escrita.

A segunda parte é Devoção, mesmo título do livro e é uma espécie de conto. Esta foi a parte que mais gostei do livro. Nesta história, a protagonista Eugenia é uma jovem que sonha em ser patinadora. Seus pais foram deportados de seu país e ela foi viver com a tia. Anos depois, ela conhece um homem que promete ajudá-la a realizar seu sonho, mas depois de vários acontecimentos, a história se torna bem dramática. O final foi bem surpreendente para mim.

A terceira parte se chama: Um sonho não é um sonho.
Nesse capítulo, a autora volta a falar sobre a escrita.

Este livro é bem curtinho e rápido de ler. Ele veio junto com o livro “Só garotos” em uma das edições da Tag Curadoria. E eu gostei bastante da história que a autora criou. A escrita dela é bem poética e melancólica. Eu só não me empolguei muito com as partes autobiográicas.

“Todos nós gostaríamos de acreditar que viemos apenas de nós mesmos, que cada gesto é todo nosso. Mas então descobrimos que nosso lugar é na história e no destino de uma longa fileira de criaturas que também podem ter desejado ser livres.” pág. 104



site: http://instagram.com/li_numlivro
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Natália | @tracandolivros 12/10/2018

Marômenos
“Devoção” é um livro separado em duas partes. A parte inicial é sobre a viagem da autora na Itália, e os momentos que a inspiraram a escrever a história do conto, que é o que está na segunda parte do livro.

O processo criativo da autora é um tanto quanto abrangente, vários momentos e coisas que ela vê fazem com que ela monte os personagens em sua cabeça e vá passando para o papel aos poucos. Como a leitura da biografia de Simone Weil, a visita aos cafés e a apresentação de patinação no gelo. Assim, Patti montou sua protagonista, uma moça chamada Eugênia, que tem o sonho de ser uma patinadora no gelo, e quem tem a aparência física da Simone.
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❝Não existem sinais que nos digam quem somos. Nada de estrelas nem cruzes, nem cifras no pulso. Nós somos quem somos. Seu presente vem apenas de você.❞
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Eugênia teve os pais deportados de seu país, e por isso fugiu com a tia, ela cresceu e nunca mais viu seus pais. Agora com 16 anos ela já treinou muito sua patinação, sabe que leva jeito e que é talentosa.

Ao conhecer um homem que diz que pode leva-la à uma treinadora profissional, ela aceita e segue ele. Agora Eugênia terá a chance de seguir esse sonho, mas não é bem só isso que acontece.

O conto é muito dramático, e perturbador em vários pontos. Eu não consegui entender bem qual era o intuito dele, qual mensagem deveria passar. E acabei não me conectando com os personagens, então para mim ficou um conto bem sem sal.

O interessante do livro, para mim, foi apenas o processo criativo da autora, e o questionamento dela sobre “por que escrevemos?”.

site: https://www.instagram.com/p/Bk2rNmAnDul/?taken-by=tracandolivros
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leonardo camargo 30/09/2018

Da sua escrita, as flores crescem
“Por que escrevemos? (...) Porque não podemos somente viver”. Esta são as últimas frases do livro, onde Patti Smith encerra o que parece um exercício de entender a mente, o sonho e a devoção presentes na literatura. Sendo este o terceiro livro da autora, no qual tive contato, tive a bela surpresa de ver a inspiradora artista se arriscar na ficção.

“Devoção” nos coloca na intimidade de Patti Smith, de um jeito que já conhecemos em “M Train” e “Just kids”. Ela convida o leitor para suas viagens e atenta para todos os detalhes, perpassa pelo processo criativo dos escritores, ao buscar entender como a mente funciona. Junto à autora, recolhemos pedaços de memórias, cenas de filmes, a exuberância da natureza e os cafés ao redor do mundo.

O primeiro capítulo carrega ares de bastidores, daquilo que Patti Smith nos apresenta no capítulo “Devoção”. A trama gira em torno de dois personagens instigantes, sendo uma patinadora que nutre o seu sonho de patins treinando em um lago congelado, e o outro é o observador misterioso, um homem que se esconde atrás de suas relíquias e riquezas.

A narrativa, apesar de curta, é carregada de simbolismos, por meio dos lugares e objetos criados pela autora. O lago onde a personagem treina patinação parece acompanhar o desenvolvimento da história, tornando-se perfeito de início e destrutivo ao longo dos acontecimentos. Enquanto o observador usa um saquinho contento o disparador do rifle de um certo poeta, o que marca o seu destino na história.

Em seu encerramento, “Devoção” presenteia seus leitores com uma visita íntima a casa do escritor Albert Camus, onde só mesmo Patti Smith poderia nos transmitir tamanha energia e inspiração. Para todos aqueles que acreditam no poder da escrita, no prazer dos sentimentos lineares, o livro é um verdadeiro guia ao maravilhoso poder de criação.
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