Resenhas - Devoção

Gabriela 29/09/2018

Este livro foi o mimo da caixa da TAG de março/18 e, assim como o livro do mês, ele também foi escrito por Patti Smith. O visual deste livro-mimo foi a única coisa de que gostei no kit de março, pois realmente combinou com o conteúdo.

Este livro é dividido em três partes. A primeira é "Como a mente funciona" e é um trecho autobiográfico em que a autora nos conta o que ela estava fazendo quando "bateu" a inspiração para o conto Devoção. No caso, ela estava na França cumprindo alguns compromissos profissionais. Foi interessante constatar, junto com a autora, como o cotidiano vai se "infiltrando" na mente e depois se transformando em novas ideias durante o processo criativo de um escritor.

A segunda parte é o conto que dá nome ao livro. Eu gostei e fiquei interessada em acompanhar o destino de Eugenia, uma garota que ama patinar e um dia percebe que tem um admirador misterioso. Como eu queria saber mais sobre a personagem, o conto, por ser algo mais curto, não saciou meu desejo de conhecer melhor a personagem, mas contos são assim mesmo. Minha verdadeira frustração foi com essa coisa de final mais aberto, eu gosto mesmo é de livro que coloca todos os pingos nos is. =P

Já a terceira parte, "Um sonho não é um sonho", achei desnecessária. Enquanto a primeira parte trata mais das inspirações para o conto, a terceira parte não trata de algo realmente relacionado ao conto, então ficou meio desconectado do conto que o leitor tem acabado de ler. Francamente, pouco me interessa que Patti Smith foi convidada para a casa onde Albert Camus viveu e que teve a oportunidade de estar com um manuscrito dele.

Enfim, foi um livro bom, melhor do que o livro do mês mesmo, mas ainda assim não fez a caixa da TAG de março valer a pena realmente.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com/

Daniel 14/09/2018

Uma ou duas?
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2018/09/devocao-devotion-de-patti-smith-resenha.html

Raphael 06/09/2018

Esse livro é melhor que o livro principal dela que veio no Kit da TAG

Alê 26/07/2018

Patti é pra vida inteira
Quando soube que a TAG havia lançado o Devoção, fiquei em estado de choque. Fã da patti smith escritora, sempre me surpreendo com a capacidade dela de nos encantar nem que seja com tão pouco, como nesse livro de pouco mais de 100 pags.
VOCÊ TEM QUE LER ISSO, vc tem que ler todos os livros da Patti.
E isso não é uma ordem, mas um conselho pra você leva pra vida inteira.

Sanoli 10/07/2018

http://surteipostei.blogspot.com/2018/07/devocao.html
http://surteipostei.blogspot.com/2018/07/devocao.html

site: http://surteipostei.blogspot.com/2018/07/devocao.html

Pudima 19/05/2018

Sobre "Devoção".
Intenso, complexo, cheio de sentimentos. Eu ainda não estou sabendo lidar com esse livro.
Foi uma viagem. Consegui mergulhar na escrita da autora e permitir que ela me inundasse. Quase consegui experimentar as sensações e vivências descritas. Intenso e de tirar o fôlego.
E sobre o conto que deu seu nome ao livro, lembrei quase que instantaneamente de um trecho do filme "O Segredo dos Seus Olhos", onde se diz que se pode mudar tudo, menos uma paixão.
Até que ponto nós chegamos para defender nossa paixão? O que somos capazes de fazer, o quanto nos permitimos submeter por ela?
"As horas que passam nos devoram", e esse livro me atordoa. E me devora, e tonteia. "Por que escrevemos? Irrompe um coro. - Porque não podemos somente viver". E, dito isso, por quê vivemos?
Paz, amor e bem.

Gláucia 01/05/2018

Devoção - Patti Smith
Pequeno presente da tag, veio acompanhando o Só Garotos da autora e divide-se em 3 partes.
A primeira (Como a Mente Funciona) é interessante pois fala de algo que sempre fico curiosa em saber: como vem para os escritores a ideia de uma obra, de onde surge a inspiração e como é o processo de desenvolvimento de uma ideia. E nessa parte temos exatamente isso: durante uma viagem a Paris Patti vai acumulando ideias a partir de coisas corriqueiras acontecendo durante seu trajeto; objetos, cenas observadas, conversas entreouvidas de estranhos, paisagens, comidas, etc. Acredito que nem o autor perceba mas está tudo lá e as peças vão se encaixando até formar um quadro. Nada se perde.
A segunda parte (Devoção) é o conto em si. Eugênia é uma garota que se vê obrigada e fugir de seu país (Estônia) deixando seus pais. No novo país ela descobre na neve sua grande paixão, mais que isso, sua razão de ser: a patinação artística. Um homem mais velho, percebendo essa inclinação passa a usar isso em seu proveito. Amei o conto, especialmente o desfecho que achei perfeito.
A terceira parte (Um Sonho Não é um Sonho) é maravilhosa. Durante essa mesma viagem Patti recebe um convite de Catherine, filha de Albert Camus a visitar sua propriedade, a mesma em que ele viveu seus últimos anos, casa comprada com o dinheiro que ele ganhou do Nobel. Lá ela tem acesso ao manuscrito no qual ele estava trabalhando quando se acidentou de forma fatal e imagina como foram seus últimos momentos, o que ele teria pensado. É lindo como ela conseguiu nos passar a sensação de conexão que teve com o autor naquele momento...

Victor Vale 30/04/2018

Entre seus pensamentos sobre os motivos de escrever floresce uma triste história de violência, amor incondicional e o custo da liberdade... A história da patinadora me pegou de surpresa.

Aletheia (@almaletrada) 22/04/2018

Em DEVOÇÂO, a autora nos leva a refletir sobre o processo de escrita e como as ideias se tornam um fluxo de consciência caótico e embaralhado. Patti nos carrega para sua experiência pessoal como escritora e as rotas traçadas para que tudo que está na mente seja devidamente equilibrado ao ser transferido para o papel.

?O livro certo pode servir como uma espécie de docente, dando o tom ou até alternando o rumo de uma viagem. ?

Ela descreve uma das viagens que fez a Paris e mostra toda a referência que ela utiliza para construir seus escritos. Passamos a conhecer ou revisitar autores, escritores, pensadores, artistas que serviram como base para a Patti Smith escritora/artista. Baudelaire, Camus, Humboldt, Voltaire, Weil, Saint-Exupéry, Goethe, Joyce, Nobokov, Victor Hugo, Picasso, Modiano, Brontë, Woolf, Proust, entre outros, são citados como bagagem cultural que Patti juntou ao longo da vida, agregando conteúdo à uma personalidade que já tinha uma tendências às artes.

Dentro desse universo que a autora faz parte, ela nos mostra como construir uma estória, de que forma começamos a adornar as ideias para que elas sejam coerentes e sigam uma lógica funcional. Dessa forma, participamos da concretização de uma de suas estórias.

Agora conhecemos uma garotinha aprisionada no seu mundo, primeiro pela guerra, depois pela irmã e por último por um homem que impõem um modo de vida que ela não quer, não sonhou e não concorda.. Ela quer liberdade, quer voar e quer fazer o que lhe faz feliz. Assim, ela traça objetivos para conseguir atingir seus sonhos sem interferência de ninguém. Patti podia estar relacionando o texto aos seus pensamentos e ideias aprisionadas. A partir do momento que ela se liberta, as ideias fluem e ela pode ?voar? figurada e literalmente.

A narrativa é lenta, um livro que precisa ser degustado e não devorado, como fazemos com algumas leituras que tem uma fluidez incrível. Com certeza merece uma releitura. É uma excelente forma de conhecermos a autora antes de lermos outras obras.

Bookdodia 11/04/2018

DEVOÇÃO
Sinceramente, achei bem chato. O primeiro capítulo, que se propõe a ser uma imersão no universo criativo da autora não cumpre o que promete, achei cansativa essa parte e até um pouco arrogante. No capítulo seguinte somos apresentados à história que, teoricamente seria consequência das vivências da autora no primeiro capítulo, até começou de uma forma interessante mas tive a impressão que para conectar a história com os fatos narrados no primeiro capítulo a autora simplesmente não conseguiu desenvolver a trama, acaba rápido e sem que tenhamos a possibilidade de nos envolver com os personagens.
Nem tenho muito o que dizer, porque realmente não gostei, não me envolvi.

Sayonnara 09/04/2018

Sensível, intenso e arrebatador.

Lilian 06/04/2018

Devoção à vocação
Ser devoto é confiar plenamente em outra pessoa, é acreditar que as pessoas ao nosso redor nos amam como somos. Eugênia experimentou essa devoção junto a seu tio, que era uma pessoa bondosa e que nada queria mudar nela a não ser fazê-la uma pessoa melhor e independente.
Foi esse ensinamento que a levou até Alexander que mostrou a ela um outro tipo de devoção, uma devoção forçada porém disfarçada de amor, onde tudo que ela queria ele lhe dava, mas ela não poderia se afastar dele.
E por isso a levou a conhecer Maria para, assim, realizar o sonho da menina de ser patinadora, porém esqueram de lhe contar que sua vida não poderia mais ser como ela queria: Filadélfia, a liberdade em pessoa.
Patti Smith nos faz entrar dentro de seus pensamentos ao mostrar como nasceu Eugênia em seu processo criativo de escrita, porém, ao mesmo tempo, nos ensina a solidão de reconhecer em sua personagem a própria escritora.

Leituras do Sam 29/03/2018

Não é legal não.
Fala, fala, na tentativa de introduzir o leitor no seu mundo criativo, mas não é interessante.

Amanda Moura 13/03/2018

A delicadeza do ato da escrita
A possibilidade de mergulhar no mundo criativo de Patti Smith e fazer uma viagem à inspiração com ela é única e tocante. A leitura é mais incisiva e prazerosa se você já conhece a autora e já se rendeu à sua escrita confessional e lírica. Me fez ter a certeza de que quero ler qualquer coisa que Patti Smith escreva, até suas listas de supermercado.

"Qual o sonho? Escrever algo bom, que fosse melhor do que eu sou, e que justificasse minhas tribulações e indiscrições. Oferecer prova, por meio de palavras reordenadas, de que Deus existe".