spoiler visualizarJaine.Rosa 19/11/2019
Não é que Tilda tinha razão?!?
A sensação que tive deste livro foi simplesmente de vazio!
Estou sem entender como esse livro pode ter sido escrito pela Kinsella,mas vamos aos comentários...
Para mim ela tentou trabalhar muito cada personagem dessa estória, e acabou pecando nisso, não consegui me conectar com os dois protagonistas principais. Sylvie, Dan, as gêmeas do casal, a mãe e pai de Syl, a suas colegas de trabalho, sua chefe, os vizinhos gays, a vizinha Tilda e Toby, Mary e amigos de Dan,etc...enfim, eles acabam nao sendo personagens que criamos uma grande afinidade e empatia.E se perdeu muito tentando trazer um toque de sexo em momentos intímos do casal, deixou mais vulgar, mas no sentido que nem eu sei explicar.-espero que entendam eheh-
Vamos do principio, um casal onde tudo é maravilhoso, tudo são flores vai a uma consulta para avaliar sua saúde, e tem uma boa notícia (ou não tão boa assim) que irão provavelmente viver mais de 100 anos, então fazem as contas que teriam então 68 anos de casados acaso esse casamento durasse, começam então a surtar com a ideia, Syl pensa em estratégias para fazer essa união durar esses anos todos, uma de suas ideias é começarem a surpreender um ao outro, para sair da rotina do dia a dia.
Syl e Dan são um casal totalmente independente, cuidam juntos das filhas, os dois trabalham para sustentar a casa e etc, tem uma rotina de muitos casais incriveis modernos que conhecemos na vida real, porém essas surpresas acabam começando mal e terminando pior ainda.
Tilda a sempre cumplice, amiga de unha e carne de Syl no início parece um pouco dependente e aquelas pessoas chatas, porém é a MELHOR PERSONAGEM DO LIVRO, sempre com suas piadas e teorias engraçadas com aquela pitada de Kinsella.
Dan acaba deixando uns furos e sua amada esposa e muito desconfiada começa a investigar o que ele tanto tenta esconder, isso a deixa mais possessiva ainda, se tornando insuportável, até suspeitar de uma traição.. Enquanto Dan só tentava varrer toda sujeira da família dela para de baixo do tapete.
Syl ao decorrer da estória vai amadurecendo e mudando radicalmente, depois de alguns baques que acabou descobrindo e caiu na realidade, porém fica muito para o final, se seu marido tivesse lhe contado antes o que escondia, creio que esse drama/suspense chato -por causa da personagem- seria evitado deixando o livro melhor.
Porém o livro trás reflexões interessante... Vocês já pararam para pensar se vivem ou sobrevivem? Se vivemos naquela rotina todos dias no automático...Se nossas ações impactam na vida dos outros? Que mentiras e omissões são realmente o problema de qualquer relacionamento... Em quanto tempo temos de vida?... Em como deixamos de demonstrar algo nos preocupando conosco?... Em como um "bom pai" pode ser "um péssimo marido"/"péssimo sogro"/pessoa horrível"... Em como amizade e sair da sona de conforto nos faz sentir vivos... Em como família é relativo, enfim..."
Para mim é um livro que realmente não gostei, o início é maravilhoso, porém decaí demais, ao meu ver não é o mesmo nível de Kinsella que já li anteriormente.
Sinceramente não recomendo esse livro, porém abaixo algumas das melhores frases divertidas que tirei do mesmo:
" A vida já nos presenteia com uma quantidade suficiente de imprevistos. Para que buscar mais? Isso não vai acabar bem."
"Ah vida conjugal . Você não leu advertências sobre efeitos colaterais? Pode causar dor de cabeça, ansiedade, oscilação de humor, insônia ou sensação generalizada de que quer esfaquear alguma coisa."
" Se amar é fácil, então você não está amando direito."
" Se a vida é como uma caixa de bombons, então casar-se é escolher um dos bombons e dizer 'É isso, pronto' e fechar a tampa. Quando você faz votos o que está basicamente dizendo é ' Isso é tudo que eu quero, para sempre' Esse único sabor. Mesmo que estrague. Humm. Não posso nem mesmo ver outros sabores, lá-lá-lá. E pode ser seu sabor favorito. E pode ser que você o ame de verdade. Mas você consegue evitar olhar as vezes para o crocante com mel e pensar.... Hummmm?"