De amor tenho vivido

De amor tenho vivido Hilda Hilst




Resenhas - De Amor Tenho Vivido


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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

De amor tenho vivido, Hilda Hilst – Nota 9/10
Essa é a primeira resenha que faço de uma obra de poesia e confesso que enrolei um bom tempo para escrevê-la. Em primeiro lugar, eu não tenho o costume de ler poesia, então vinha me questionando como eu poderia falar de um assunto que tenho tão pouca intimidade? Mas essa questão foi logo superada, já que o @book.ster foi criado justamente com o objetivo de dividir a minha opinião como um leitor comum – leigo no ramo da literatura. Ou seja, se tenho dificuldades em ler poesia ou não desenvolvi bem esse hábito, também preciso compartilhar isso com vocês! Em segundo lugar, fiquei na dúvida de como faria essa resenha. Ora, como sintetizar minha opinião sobre uma coletânea com vários poemas em um pequeno espaço de texto. Lembrei que também faço isso com coletâneas de contos e nunca tive problemas. A dificuldade, portanto, estava na tarefa de escrever a minha experiência em ler poesia.

E antes de adentrar nos detalhes dessa obra de Hilda Hilst, já aviso: tem poemas que gostei muito, alguns que não mexeram comigo e outros que não consegui absorver tanto – ou, para falar a real, não entendi! E, na minha opinião, isso é totalmente normal. Poesia depende de uma interpretação muito mais subjetiva, o leitor tem que estar aberto para uma leitura menos “racional”. Se em um livro de outro gênero já temos diversas interpretações possíveis, em uma obra de poesia as possibilidades são ainda mais livres, sem que o leitor busque um certo ou errado. E foi isso que fiz em “De amor tenho vivido”. Comecei a ler sem a preocupação de buscar muitas explicações nos poemas. E, no final, fiquei bem surpreendido como gostei da experiência. Alguns poemas são tão impactantes e, ao mesmo tempo, tão sensíveis, que mereceram várias leituras... ou até pediam um certo tempo de reflexão. Essa seleção de poemas tem como objeto central o amor, em diversas formas e intensidades. A diversidade dos poemas é bem ampla, até porque foram escolhidos trabalhos escritos ao longo de toda carreira dessa gigante autora nacional (e homenageada da Flip desse ano)! Um livro curto e que pode ser uma boa opção para quem quer se aventurar mais no universo da poesia!

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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KKbarros82 26/12/2021

"Como se te perdesse, assim te quero.
Hilda Hilst escolheu, viver de amor, apesar de declamar: "Me fizeram de pedra/ quando eu queria/ ser feita de amor". Sua Antologia ilustrada representa este sentimento "de amor tenho vivido" e com ele os fardos que vem com ele: desilusão, perda e solidão, mas também a alegria, a devoção e o desejo ardente.

Tudo isto, você encontra em seus 50 poemas. É uma odisseia ao sentimento deslumbrante de amar: "Ama-me./ É tempo ainda./ Interroga-me./ E eu te direi que o nosso tempo é agora."

As consequências dessa intensa paixão não é esquecida pela poeta que faz da desilusão a contra parte de sua ode: "A rosa do amor/ perdi-a nas águas."

Mas ao perder-se em tristeza e amor, Hilda nos versos de "Cantares de perda e predileção" aponta: "Entre o teu ódio./ E o meu navegar/ Fico comigo." Com isso, a autora afirma que apesar do desamor prefere a si, pois amar-se é o caminho de retorno e cura.

As ilustrações da artista Ana Prata são deslocadas e desvinculadas com a lírica da Hilda e não conseguem conversar ente si, suas pinturas são apenas borrões de cores.

Apesar de tintas e pinceladas estranhas é uma edição de qualidade criada pela Companhia das Letras que vale a pena ter em sua coleção. Para iniciantes em poesia, Hilda não possui uma escrita fácil e leitores devem ter cautela em escolhê-la.

Porém, esta obra com apenas 50 poemas é ótima para pessoas que não tem costume de ler poesia, pois possui uma coleção de poemas curtos, rimados e relativamente fáceis de ler.

Nesta antologia estão os versos mais intensos que consagrou a poeta, sendo indispensável para o leitor compreender as múltiplas facetas da poeta que sofre de amor, porque de amor tem vivido.
Ana Maria 12/03/2022minha estante
Karina, nessa antologia incluíram o "Aflição de ser eu e não ser outra / Aflição de não ser amor, aquela / Que muitas filhas te deu, casou donzela"? Tô doida atrás de um volume com esse poema, mas não queria comprar o "Da poesia" agora.




Helena Gáti 08/01/2022

Digo com tranquilidade que essa reunião de poemas de Hilda se tornou uma das minhas favoritas da vida. Hilda em si já é fantástica e essa coletânea editada pela Cia das Letras e ilustrada por Ana Prata fez com que esse livro ficasse perfeito em inúmeros aspectos! Os 50 poemas, retirados do seu primeiro ao último livro de poesias conversam perfeitamente entre si e dão o tom e equilíbrio exato ao livro, como se fossem feitos para serem publicados juntos. Hilda escreve sobre amor em suas múltiplas formas e ganham o leitor a cada página! Encantador do início ao fim, o tipo de livro que você se pega voltando e relendo sempre!
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Ingryd25 03/03/2023

É um livro lindo
?De amor tenho vivido? é um livro com 50 poemas falando das múltiplas faces do amor.

A leitura flui bem, a autora consegue passar sentimentos nos versos, de um jeito que conseguimos senti-lós na alma.Terminei bem rapidinho e gostei bastante, quero ter outras experiências com essa autora.
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Camila.Nunes 29/06/2023

Poesia de Hilda Hilst
Poemas românticos da autora Hilda Hilst. Não sou a maior especialista em poesia e pode ser que por este motivo não tenha apreciado o suficiente de sua escrita. Com toque romântico e ao mesmo trágico tem como companhia ilustrações na mesma pegada.
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Mari Gil 15/06/2020

Os mais belos versos de amor...
Essa seleção é encantadora, pura, inspiradora e nos transporta até lembranças e sentimentos que já se passaram e também pelo sentir que ainda pulsa. Apaixonante, perfeito... Impossível definir com precisão!
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Flôr 10/04/2023

Bom
As vezes, não compreendia nada...
Mas outras vezes, encontrei tesouros que me trouxera insights, epifanias e a lembrança do quanto a poesia é necessária ?
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Marina 24/06/2021

A sensibilidade e a força nas palavras da Hilda é certeira. Não tenho costume de ler poemas, mas esse livro é maravilhoso, deslumbrante, tocante e incrível!!! Esteja preparado para sofrer.
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Aline 02/01/2022

Estou apaixonada
Me apaixonei por esse livro, me apaixonei pelos versos, me apaixonei pelas imagens? dá para sentir o amor em casa poema. Simplesmente lindo.
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mattar.giovanna 13/03/2024

Costuremos o infinito no peito.
Sonhos e desesperos. caminhos e descaminhos. inventar o amor como as crianças inventam a alegria.
esperança em tá com o outro.
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Ester448 22/02/2023

Bom
Foi um bom livro para primeiro contato. As ilustrações e as construções dos poemas foram realmente boas, um belo trabalho. Mas, por alguma razão, criei uma expectativa gigantesca encima da autora, então eu esperava algo excepcional, que abrisse ou quebrasse minha cabeça, mas não foi isso que encontrei, apesar disso foi um bom livro, a baixa avaliação tem mais haver com essa quebra de expectativa minha e experiência de leitura do que com a qualidade do livro em si.
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Pietra Galutty 28/10/2023

Os atravessamentos da obra de H. Hilst
Reler Hilda Hilst agora em nova edição, uma nova casa para antigos conhecidos, só me reforça aquilo que eu já tinha por certeza: ela é minha autora favorita da literatura nacional. E nesta mistura de paixão e profundo contentamento iniciei minha reconexão com a sua poesia.

Estamos aqui sempre a beira de dualismos: a expectativa do encontro e a convicção da despedida; a aspiração pela eternidade e o transitório como trágica certeza. Esta coletânea de 50 poemas, pouco volume se comparado à vasta produção da autora, ainda assim logra em fazer um bom compilado da obra romântica de Hilst -- de Presságio (1950) a Cantares do Sem Nome e de Partidas (1995).

Os solilóquios do amor não se eternizam
(18, roteiro do silêncio, p. 17)

Apesar do amor eternizado, da mágica aspereza, Hilst consagra a certeza de que o amor, por vezes, pode levar à solidão:

somos humanos e frágeis
mas antes de tudo, sós
(XX, balada do festival, p. 13)

Que o amor, por vezes, pode levar à inconformidade consigo e à expectativa por mudanças, quando muito se pretende manter o objeto do desejo pela eternidade:

Aflição de ser eu e não ser outra
(...)
aflição de ser água em meio à terra

(I, roteiro do silêncio, p. 21)

Como devemos amar? amar apenas é, em si mesmo, suficiente? Penso que deliberar amar seja a resposta quando a pergunta inicial se faz presente:

Amas, te sentindo invasor
e sorrindo
Ou te sentindo invadido
e pedindo amor
(4, roteiro do silêncio, p. 24)

Eu, ao meu objeto do amor, posso querer aquilo que não posso ter. Esta é a condição humana refletida no amor romântico:

A quem te procura, calas
a mim que pergunto, escondes
(...)
e buscas a quem nunca te procura.
(X, poemas malditos, gozosos e devotos, p. 29)

O amor é um ato irreparável em H. Hilst, posso tentar dele me esquivar mas a tentativa, por si só, já nasce falha. Como a chuva que cai após um dia ensolarado, o amor também tem consequências:

Amor tão grande
tão exaltado
Que se não morre
também não sabe viver calado
(...)
Tenho sofrido
porque de amor tenho vivido
(XI, trovas de muito amor para um amado senhor, p. 66)

Me fizeram de pedra
quando eu queria
ser feita de amor
(VI, presságio, p. 74)
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VictAria142 11/07/2023

"De amor tenho vivido" foi uma experiência íncrivel, a leitura super desenvolvida, ele te envolve com questões românticas, reflexivas e bonitas. Os desenhos que os livros mostram para a gente deixa a leitura muito mais vivida e relaxante. Apesar dele ter menos de 500 avaliações (eu o li para a mli2023) ele é um livro que eu super recomendo para pessoas que gostam de romance e etc... Além disso o livro também tem palavras difíceis, (que são as vezes providas por ser um poema) porém seus significados têm uma vida por trás. Eu acho muito curioso pois os poemas são compridos, não acabam em uma página entendem, são várias como se fosse uma história contada, vc se sente num palco contando as histórias e cada poema tem seus auges mesmo todos podendo se relacionar! Muito Bom!!
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suy 19/07/2020

"Aflição de ser eu e não ser outra.
(...) Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel
E a um só tempo múltipla e imóvel".
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