A Grande Solidão

A Grande Solidão Kristin Hannah




Resenhas - A Grande Solidão


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Lulu 15/04/2024

Do gelado ao quente do amor
Esse livro é pura sensibilidade! Até pra tratar dos assuntos mais terríveis, a autora consegue fazer com delicadeza.
A ambientação é tão boa que me senti mesmo no Alasca kkkk tudo nesse livro é mágica?
A natureza, o amor entre mãe e filha, a cumplicidade que pode existir em uma comunidade, a dor e o alívio de decisões difíceis. ???
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Larissagris 10/04/2024

A GRANDE SOLIDÃO (KRISTIN HANNAH)
A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que enganamos a nós mesmos." - Jean-Jacques Rousseau (Pág. 8)

Às vezes, no entanto, sobretudo em dias como aquele, Leni sentia medo. Era como se sua família estivesse se equilibrando à beira de um altíssimo penhasco que podia desmoronar a qualquer segundo, desabar como as casas que caíam nas encostas instáveis e encharcadas de Seattle. (Pág. 15)

[...] você não deixa de amar uma pessoa quando ela está machucada. Você fica mais forte para que ela possa se apoiar em você. (Pág. 16)

Pelo amor de Deus, estamos em 1974. Eu tenho um emprego. Ganho dinheiro. E uma mulher não pode ter um cartão de crédito sem a assinatura de um homem. O mundo é dos homens, filhota. (Pág. 28)

- Bom, você precisa ser durona aqui, Cora Allbright. Por você e pela sua filha. Não pode apenas confiar no homem. Precisa ser capaz de salvar a si mesma e a essa sua linda menina. (Pág. 44)

Sabem o que falam sobre encontrar um bom homem: Deus disse que eles estariam em todas as esquinas do mundo, então fez a Terra redonda. (Pág. 57)

Não queria alimentar falsas esperanças. Ter as esperanças frustradas era pior do que não ter nenhuma. (Pág. 77)

O Alasca é assim. Invernos longos e bebidas demais podem levar um homem a fazer coisas loucas. (Pág. 103)

- É assustador como as pessoas simplesmente param de amar você, sabia? (Pág. 114)

Ele lhe ensinou algo novo sobre amizade: ela recomeçava exatamente do ponto em que havia parado, como se não tivessem ficado um momento separados. (Pág. 121)

Alguns medos você tem que carregar sozinho. (143)

Ela viu como a morte impactava as pessoas, viu a expressão vidrada em seus olhos, a forma como balançavam a cabeça e como suas frases se interrompiam, como se eles não conseguissem decidir se o silêncio ou as palavras iam libertá-los da tristeza. (Pág. 156)

A morte fazia você chorar, enchia você de tristeza, mas, nos seus melhores livros, havia paz também, redenção, uma sensação de história terminando como deveria. Ela viu que na vida real não era assim. Era tristeza rasgando você por dentro, mudando como você via o mundo. (Pág. 156)

A mãe era como a linha de uma pipa. Se a pessoa não era segura por ela com firmeza, podia simplesmente flutuar para longe, se perder em algum lugar em meio às nuvens. (Pág. 156)

Leni de repente viu como a esperança podia quebrar alguém, como era uma isca reluzente para os incautos. O que acontecia se você esperasse muito pelo melhor e obtivesse o pior? Era melhor não ter nenhuma esperança, se preparar? Não era sempre essa a lição de seu pai, se preparar para o pior? (Pág. 161)

Essa era uma péssima situação que ela nunca tinha imaginado. Perder a calma, sim. Um punho? Sangue? Não... Você devia se sentir em segurança em sua própria casa, com seus pais. Eles deveriam protegê-lo dos perigos externos. (Pág. 164)

A mãe queria que Leni olhasse para o outro lado com a mesma facilidade que ela. Perdoar mesmo quando as desculpas oferecidas eram tão finas quanto linha de pesca e tão frágeis quanto uma promessa de melhorar. (Pág. 166)

Durante todo esse tempo o pai ensinara a Leni como o mundo exterior era perigoso. A verdade era que o maior perigo de todos estava dentro de sua própria casa. (Pág. 166)

Ali estava ela: a triste verdade. A mãe o amava demais para deixá-lo. Mesmo agora, com o rosto roxo e inchado. (Pág. 169)

Eles estavam aprisionados pelo meio ambiente e pelas finanças, mas sobretudo pelo amor doentio e distorcido que unia seus pais. (Pág. 207)

A mãe nunca deixaria o pai, e Leni nunca deixaria a mãe. E o pai nunca as deixaria partir. Nesse nó terrível e tóxico que era sua família, não havia escapatória para nenhum deles. (Pág. 207)

Os adultos apenas olhavam para o mundo e viam o que queriam ver, pensavam o que queriam pensar? As evidências e a experiência não significavam nada? (Pág. 209)

Às vezes é preciso retroceder para avançar. Essa verdade eles conheciam, por mais jovens que fossem. Mas havia outra verdade, uma que eles evitavam, uma da qual tentavam proteger um ao outro. Às vezes era perigoso voltar. (Pág. 259)

Ela precisava de Matthew, mas não para salvá-la, completá-la ou reinventá-la. Seu amor por ele era a emoção mais nítida e forte que já havia sentido. Era como abrir os olhos ou crescer, perceber que você tinha dentro de si mesma a capacidade de amar assim. Para sempre. Por todo o tempo. Ou por todo o tempo que você tivesse. (Pág. 344)

Amor e medo. As forças mais destrutivas da Terra. O medo a virara do avesso; o amor a tornara estúpida. (Pág. 362)

Leni era sua estrela-guia. Sabia que isso parecia estúpido, infantil e romântico, e que as pessoas iam dizer que ele era jovem demais para saber dessas coisas, mas não era. Quando sua mãe morria, você crescia. (Pág. 369)

No silêncio, Leni se perguntou se uma pessoa podia mesmo salvar outra ou se era o tipo de coisa que você tinha que fazer sozinho. (Pág. 411)

Era assim que as mudanças aconteciam, supôs: no silêncio de coisas não ditas e verdades não reconhecidas. (Pág. 413)

Você acha que sabe o que significa selvagem. É uma palavra que você usou a vida toda - para descrever um animal, uma criança indisciplinada. No Alasca, você aprende o que selvagem realmente significa. (Pág. 441)

- O amor não desbota ou morre, filhota. As pessoas dizem que sim, mas isso não acontece. Se você o ama agora, vai amá-lo daqui a dez anos ou daqui a quarenta. De maneira diferente, talvez, uma versão esmaecida, mas ele é parte de você agora. E você é parte dele. (Pág. 442)

Havia escolhas das quais você não se recuperava; tinha idade suficiente para saber disso. (Pág. 447)

Você não pode se forçar a amar, imagino, e também não pode se forçar a deixar de amar. (Pág. 460)

Minha mãe estava errada em relação a muitas coisas, mas ela estava certa sobre a durabilidade do amor. Ele permanece. Contra todas as probabilidades, diante do ódio, ele permanece. (Pág. 503)

Se você aprendeu alguma coisa com sua mãe e com o que aconteceu, é que a vida e a lei são duras com as mulheres. Às vezes fazer a coisa certa não ajuda em nada. (Pág. 503)

Alguém certa vez me disse que o Alasca não criava caráter; ele o revelava. (Pág. 551)

Local: Kaneq, Alasca
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Camila1856 09/04/2024

Alasca, a Grande Solidão
Um pai que fora prisioneiro de guerra no Vietnã parte para o Alasca, junto com a família, para recomeçar. A construção lenta, com descrição de paisagens e locais específicos do Alasca, também, torna-o um personagem na trama, sendo um ser deslumbrante, selvagem e imprevisível. Um ser que influencia e acentua de forma intensa a dinâmica dessa família.

Gostei muito de pesquisar sobre os locais do Alasca citados no google e pude me conectar ainda mais a eatória. Locais como a Península de Kenai, Kenaq e Homer Spit. Recomendo fazer o mesmo! Uma informação que desconhecia: o Alasca foi invadido pelos japoneses na 2 guerra Mundial

Um livro sobre violência doméstica, alcoolismo e seus impactos numa família. Pude entender e sentir um pouco da depedência e co-dependência de mulheres que permanecem nessa situação.

Os últimos 80% do livro me decepcionaram - a partir do momento em que há o retorno para Seatle. Achei um pouco corrido o desenrolar e não gostei da ideia de alguns desfechos.
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Mirelle Souza 07/04/2024

Mais uma história emocionante
E como sempre, Kristin Hannah com sua escrita cativante e envolvente, que sempre emociona com histórias fictícias mas tão reais, sobre família, convivência, vi0lênc!a doméstica, perdão, superação, e a luta pela sobrevivência entre mãe e filha. Uma história que retrata a realidade de muitas famílias, porém em um cenário no Alasca que ao mesmo tempo que é lindo, também é assustador.

Eu não canso de falar sobre a sensibilidade que a autora retrata suas obras, é tão palpável que consegue nos transportar para o universo de seus personagens e sentir as suas dores. O retrato de muitas mulheres, as dores, inseguranças e arrependimentos, e principalmente o medo, ficar e enfrentar, ou arriscar sair em busca de uma nova vida.

Os acontecimentos são lentos, o que pode não agradar a todos os leitores, mas consegue me conquistar por ver de uma forma natural e no tempo certo. O foco da história é a vida desses personagens, e torci para ter um romance e momentos de alegria, em meio a tantas tragédias e tristezas. E no fim aquele momento que você não consegue largar, até ler a última página, e esperar o final feliz!
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Karin 05/04/2024

Adorei aprender mais sobre a realidade da vida no Alasca através de uma família quebrada de muitas maneiras imersa em dois que vai afetar a vida de todos de forma irreparável.
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Rossana 03/04/2024

Um livro para não esquecer!
Uma história que mexe com os nossos sentimentos, principalmente, se você é mulher.

Toda a trama se passa no Alasca, e conta a história de Leni, uma jovem garota que, juntamente com seus pais, se mudam para aquele lugar hostil e perigoso, em busca de tranquilidade e uma nova vida.
No entanto, as coisas não saem como desejavam.

Além dos perigos que envolvem o lugar, frio intenso e rigoroso, animais selvagens e ambiente implacável e isolado, Leni e a sua mãe ainda têm que lidar com o humor inconstante e perigoso do seu pai, um ex-combatente e ex-prisioneiro de guerra do Vietnã, um homem violento e traumatizado, que se torna uma ameaça constante à estabilidade e segurança da família.

Uma leitura emocionante, impactante, angustiante, delirante e que nos faz refletir sobre sonhos, amor, resiliência e a nossa capacidade de lidar com tudo isso e com os desafios que a vida nos propõe.

A autora conquistou meu coração e a minha admiração com seu modo de escrever e de descrever. Maravilhosa!
Com toda certeza, buscarei outros livros dela para minha biblioteca minha vida.

Vale muito ? ? ? ? ?

Recomendo muito!
Rossana 04/04/2024minha estante
Gostaria de editar e corrigir algumas palavras. O corretor é um intrometido.


Mari.Vasconcelos 05/04/2024minha estante
Qnd puder, leia O Rouxinol, também da KH.
É maravilhoso!




leobalarin 26/03/2024

TUDO
Totalmente surpreendido por esse livro, não esperava nada e recebi tudo!
Conhecemos uma família que se muda para o Alasca e esse lugar quase que inóspito faz com que a vida deles mude completamente.
Leni é uma adolescente que sempre se sentiu deslocada na escola e em fazer amizades, e seu pai Ernt que passa com um grande trauma após voltar da guerra do Vietnã e junto a sua esposa, Cora, decidem mudar e Ernt ganha um terreno em uma cidade do Alasca como herança de um amigo e com isso temos o pontapé para a história.
Leni passa a amar a vida nesse lugar e ali conhece seu primeiro amigo e consequentemente se torna sua primeira paixão, Matthew que faz com que essa nova vida seja mais especial, porém nem tudo são flores e a família recebe ajuda de todos os moradores, pois se mostram ser totalmente solicitos, justamente por saberem como é difícil viver no inverno rigoroso.
Tem moradores ali que fazem a diferença, mas cito 3 que na minha opinião são os que se destacam no enredo, Marge Gorda, Tom (pai de Matthew) e Earl Maluco que possuem impacto também na vida dos personagens.
O grande ponto que faz as coisas acontecerem também é a amizade de Ernt e Eerl que basicamente não aceitam que Tom quer fazer a cidade crescer, tanto com turismo quanto trazendo coisas básicas como eletricidade, por exemplo. Pelo fato de Tom ser pai de Matthew, Ernt proíbe Leni de se encontrar com ele que passa a fazer isso escondida e ali se apaixona ainda mais por ele.
Justamente por na história Ernt ser um homem que veio de um trauma de um pós guerra, ele é agressivo com Cora e Leni (gatilho de violência doméstica) e a autora mostra de forma bem crua a forma com que Leni tenta abrir o olho da mãe para eles fugirem, Leni quer fazer faculdade, mas o pai tenta não apoiar entre muitos absurdos (sem spoiler, mas tem absurdos que esse cara faz com elas).
E um grande desastre acontece e afasta Matthew de Leni e obriga Cora e ela irem para uma nova vida, quando Leni descobre estar grávida.
Enfim, muitos outros acontecimentos e sem dúvidas um dos livros favoritos do ano.
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Maiara122 24/03/2024

Achei uma leitura muito forte e que traz muitas reflexões. Estava querendo ler este há tempos, mas nunca sentia que era a hora, e tava certa, em outros momentos talvez não apreciasse tanto esse livro.
Gostei muito da escrita, da ambientação e dos personagens. Acompanhar as dificuldades e crescimento da Leni foi ao mesmo tempo agoniante e bonito. Algumas partes do livro me estressaram muito, talvez por ficar repetitivo demais, e eu sei que a questão de violência doméstica e os traumas, são assim mesmo. Mas em determinada parte do livro tava cansativo. Achei que do meio pro final teve muitas reviravoltas e algumas coisas que poderiam ter sido resolvidas de outra forma, mas enfim. De qualquer forma gostei muito! E achei o romance da Leni e do Matthew muito lindo. Foi uma boa leitura.
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Sarah 24/03/2024

Inesquecível
Esse livro foi uma surpresa pra mim, com uma ambientação excelente, reviravoltas em todos os capítulos e um livro nada indicado para pessoas com emocional sensível.

O livro se passa no Alasca e conta a história de um casal e uma filha chamada Leni que passam por INÚMEROS desafios e problemas familiares.

Simplesmente inesquecível, é um livro cheio de reflexões
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Paula.Zeferino 22/03/2024

Um livro carregado de dor e tristeza, mas a vida é assim, nem boa ou ruim, apenas selvagem... Ótimo livro, mas cheio de gatilhos, é necessário estômago.
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Sara.Pasetto 18/03/2024

NÃO ERA O QUE EU ESPERVA
Já tinha lido outros livros da Kristian, achei que teria mais conteúdo histórico, igual aos outros, ou mais conteúdo e menos romance, metade do livro é bem arrastado e repetitivo.
Acho que se prolonga demais descrevendo o local, tentando nos colocar lá mas é cansativo pois eu não conheço as flores que ela comenta tanto, o formato da praia, e tudo o mais, ao invés de partir para o importante, e a segunda parte corre depressa e com muita informação seguida da outra.
A parte da violência doméstica me irritou bastante por ser repetitiva mas infelizmente é assim na vida real.
Achei também com muita tristeza, sem momentos de alegria, o que acaba deixando o leitor deprimido no final.
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Bibiana21 16/03/2024

Um livro ok
Espera muito mais. Estava com muita vontade de ler Kristin Hannah e resolvi começar por A Grande Solidão. A história é legal, a mãe é um pouco irritante por ser permissiva de mais, o pai é insuportável e Leni e Matthew são agradáveis. O modo como a autora descreve o ambiente é também muito interessante. Senti em vários momentos que eu estava no Alasca, mas, para minha frustração, tirando esses pontos razoavelmente interessantes, não tem absolutamente nada de mais nesse livro. Nada de interessante ou instigante a ponto de o colocar na minha lista de livros favoritos. Para mim foi só mais um livro facilmente esquecível, infelizmente.
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letscia 05/03/2024

38 (2024) meu alasca, por letícia m. 5 de março de 2024
"O Alasca não é sobre quem vocês eram quando tomaram esse rumo. É sobre quem você se torna."
Avaliar este livro é uma tarefa difícil, minha opinião oscila entre o amor e o ódio. Se não tivesse comprado o livro físico, provavelmente não teria chegado ao fim. A trama é profunda e os personagens cativantes, já a narrativa é predominantemente dolorosa e cruel, embora a perspectiva de Leni, como uma criança, adicione uma leveza à história.
A abordagem do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) no livro não me agradou muito, pareceu bastante estereotipada. Por outro lado, a violência doméstica foi retratada com mais profundidade e cuidado, contextualizando a situação das mulheres perante a lei nos anos 70. Minha única objeção é que a conclusão dessa violência poderia ter sido escrita de forma mais realista, era possível tornar a narrativa mais verossímil do que foi.
O enredo pareceu um tanto forçado em alguns momentos, como antes dito. A sucessão de eventos negativos não pareceu natural, remetendo mais a uma novela mexicana ou a um livro de fantasia infantil do que a um romance sobre uma família estadunidense. A imersão na história se perdeu devido ao excesso de drama.
O desfecho em si foi abrupto demais, apressado, com uma enxurrada de informações na última página que deixaram a sensação de que tudo acabou repentinamente. O último capítulo poderia ter sido mais desenvolvido.
Não farei uma análise mais detalhada acerca do enredo, até por ser complicado apontar o que gostei. Os personagens eram interessantes, talvez tenha sido esse o grande ponto positivo. A ambientação foi bem construída, mas a tendência da autora em descrever cada detalhe, por menor que seja, não me agradou. As relações entre os personagens foram bem desenvolvidas, de forma que "quebrava o gelo" dessa história tão pesada e fria. Não recomendaria o livro para qualquer leitor que esteja à beira de uma ressaca literária. É uma boa obra, se você ignorar todos os detalhes sórdidos e as partes chatinhas, mas não é um livro que eu teria em minha estante. Resumindo, é bom mas mediano. Um romance de formação sobre sobrevivência, amadurecimento, família e suas partes nada belas, família e suas partes esplêndidas, mudança, inflexibilidade, medo, coragem e acima de tudo um livro sobre como o amor muda tudo. Aquecendo até mesmo a casa mais fria no inverno do Alasca.
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Carina64 04/03/2024

"O Alasca não é sobre quem vocês eram quando tomaram esse rumo. É sobre quem você se torna."
Alasca, 1974. Mais uma mudança na vida dos Allbrights. Ernt Allbright, um ex combatente da Guerra do Vietnã que convive com seus próprios demônios e nutre um amor doentio pela esposa; Cora Allbright, esposa de Ernt, que recebe esse amor distorcido e faz todo o possível para trazer o Ernt de antes do Vietnã de volta. E no meio desse nó, Leonora Allbright, ou só Leni, de apenas treze anos, mas com uma inteligência a ponto de entender o grande erro que existe na relação dos pais. Toda a família de mudança em direção ao Alasca, para tomar posse de uma terra que foi dada a Ernt por um amigo já falecido, mais um entre as várias vítimas da guerra.

A partir daí os anos passam e a narrativa se desenrola, enquanto acompanhamos uma história de amor e medo em um Alasca em expansão. Um amor que não se resume apenas a um amor de casal, mas o amor de uma mãe pela filha; de pessoas pelo seu povo e do povo pela sua terra. E um medo que surge como consequência dos perigos de um selavgem mundo exterior, mas que não é nada comparado ao medo do perigo que existe dentro de sua própria casa.

O início do livro pode ser um pouco lento e sem rumo aparente, e apesar de aos poucos você passar a entender minimamente para onde a história está indo, a autora ainda te surpreende várias e várias vezes. Se eu fosse destacar o que mais me deixou apaixonada por esse livro seria a relação de cumplicidade entre todos os moradores de Kaneq. Enquanto eu lia eu sentia que por mais ruim que a situação estivesse, tanto Leni como Cora, poderiam sempre contar com o apoio das pessoas da cidade. O acolhimento que eles dão para qualquer novo habitante ainda não familiarizado com o frio do Alasca, para que essas pessoas possam sobreviver ao inverno, é o tipo de coisa que está em falta em muitas famílias. Nesse sentido, a Marge é uma MÃE nesse livro e Tom é um PAI, meus protegidos.

Outro destaque seria para relação entre Leni e a mãe, que pra mim se sobressaiu em relação a todas as outras. Tinha momentos que eu sentia raiva da Cora, tentava me policiar algumas vezes, mas outras era inevitável. A forma que ela podava a vida da Leni só pra continuar nutrindo e satisfazendo um amor que machucava as duas o tempo todo me irritava. Mas me calou no final, porque no momento em que a filha mais precisou da sua ajuda, a querida não pensou duas vezes antes de fazer o que tinha que fazer.

Quanto a uma outra relação que surge ao longo da narrativa, eu não estava mesmo esperando, mas amei mesmo assim. E de uns 85% até o final do livro foi a maior causa dos meus soluços e lágrimas. A Kristin Hannah realmente sabe entregar um drama, e eu tenho certeza que isso só vai deixar essa história ainda mais marcada na minha mente e no meu coração.


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Maria.eloisa 27/02/2024

A grande solidão
Acho que nunca li algo tão profundo, como esse livro, o fato que a protagonista passou por momentos difíceis e perturbadores por conta do próprio pai, tudo seria diferente caso não fosse traumatizado na época, mas com isso podemos ver a realidade das esposas de soldados sequestrados, as sequelas acabam deixando loucos, mas a protagonista aguentou tudo, tudo mesmo, a história dela me comoveu, além do lado de conhecer um estado que nunca tive interesse, o Alasca, o grande fator foi o quão ele deixou ela mais forte para enfrentar os obstáculos da vida.
Sei que pode ficar confuso mas essa é a minha sincera opinião. Amei esse livro
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