Anna 23/05/2012Resenha no www.pausaparaumcafe.com.brComeicei a ler as primeiras páginas e pensei: ” As autoras me imaginaram com 35 anos e fizeram a protagonista desse livro, não tem outra explicação!”
Como alguns ja sabem eu virei fã das autoras quando li o seu livro Quase Verdade que vocês pode conferir a Resenha do Quase Verdade Aqui!
O livro simplesmente tinha sido o melhor que li em 2011. Não contente com isso resolvi pedir a Editora para resenhar o segundo livro das autoras. Então que chegou o Ler, viver e amar. Demorei até um pouco para começar a ler, mas me encantei novamente.
Seu estilo é muito parecido com quase verdade. Sabe aquela máxima de não mexer em time que esta ganhando? Pois então, encontramos novamente uma mulher em seus 30 anos que se vê sozinha por alguma razão (nesse caso duas separações) e entra em conflito com seus pensamentos e escolhas.
Dora, a mulher quase decidida, com uma quase vida, mas, que com toda certeza é feliz quando esta com seus livros, ( ou quase feliz). Em algumas partes até meio chatinha.
O especial em Dora nesse livro é sua paixão pela literatura. Jornalista que largou a profissão para cuidar de seu pai e agora tenta recuperar seu antigo trabalho no Times passa seu tempo com seus clássicos e indo a livrarias. Mas o mais interessante sobre Dora é como ela lida com problemas ou com qualquer decepção. LENDO! Sim, simples assim. Dora tem porres literários. Ela mesma chama assim nos livros.
E em sua vida muitos desses duraram dias e dias, ela ão faz mais nada além de ler, ler e …. ler!
“Eu coleciono livros da mesma forma que minhas amigas compram bolsas de grife. Às vezes, só gosto de saber que os tenho e lê-los de fato não vem ao caso. Não que eu não termine lendo-os todos, um por um. Eu os leio. Mas o mero ato de comprá-los me deixa alegre – o mundo é mais promissor, mais satisfatório. É difícil explicar, mas eu me sinto, de alguma forma, mais otimista. A totalidade do ato simplesmente me faz feliz.”
Nós blogueiras literárias, amantes de literatura em alguns pontos nos identificamos com Dora, com sua paixão pelos livros, pelo bem que ela faz a ela. Mas também nos encontramos em um impasse. Da mesma forma que nos faz um bem danado, ele nos tira da realidade, nos leva a outro mundo, nos faz esquecer e não lembrar de como resolver os problemas de formas mais reais. Muitas vezes buscamos neles a explicação para muitos problemas.
O livro além de mostrar as indecisões da mente feminina em muitas partes, nos mostra com um apelo a relidade de uma vida cercada demais de só livros.
“E eu, como sempre, estava completamente desligada – uma habilidade que venho, desde então, aperfeiçoando para lidar com as decepções esmagadoras ou obstáculos incertos da vida.”
Okay, o livro parece ser ótimo, cativante, encantador, simplesmente magnífico, mas para por ai. Como vocês já sabem eu sou muito chata, é muito chata mesmo. E tem muitas coisas nesse livro que não gostei. A ideia é ótima, o enredo vai te cativando muito bem mas daí… é daí simplesmente vem umas explicações longas do passado de personagens pequenos na história que não dão vontade de ler, sim… tive vontade de pular algumas partes do estilo…. “O livro não precisava disso”. Partes que não influênciam em nada a sua leitura, mas tudo bem, esta ali, cansa, mas tem gente que gosta é gosto é gosto.
Sim, e aqui estava eu novamente encantada com o livro, pensando que era coisa da minha cabeça afinal… poderia ter coisas melhores né? Eram só algumas coisinhas pequenas como descrições desnecessárias quando de repente eu entro no meio de um romance de banca o.O
“Desenlacei as pernas da cintura dele e, de modo serviçal, deixei-o se deitar em cima de mim. Ele estava duro como rocha e fez com que eu descobrisse isso.
-Abra as algemas, Fred – pedi com um gemido. Eu quero que você me coma. Agora.
[...]
Ao me penetrar ele sussurrou:
-Quem diria que minha gatinha é uma putinha”
É… tenso. Sim eu sei. Entendo completamente que muitas pessoas gostam desse estilo de leitura mais “caliente”. Só que isso me fez se decepcionar um pouco com a leitura, esperava uma história diferente nesse ponto, e não uma parte tão “grosseira” no meio de um livro que estava me fazendo encarar a vida de uma forma diferente repleta de leitura e cultismo.Eu vi nessa hora Dora com uma maneira diferente depois disso, mas é não para somente por ai essas “cenas”.
Mas, não estou aqui para julgar ninguém, muito meno o estilo literários de vocês, mas tenho o dever de mostrar a verdade e os dois extremos do livro.
Gostei completamente da temática, da ideia passada pelas autoras, do que elas imaginaram e quiseram passar, mas o livro deixou a desejar em algumas partes. Me senti traída pelo que imaginei da leitura. Mas mesmo assim não me deixei influenciar só por esses pontos e me deixei conhecer mais de Dora e até a gostar dela.
Minha dica para vocês é … tenham cuidado e nem esperem demais. Expectativas demais sempre acabam com qualquer leitura.
Espero que tenham gostado da resenham.