Nando 29/05/2013
Erudito, mas infantil
Há tanto elogio pra esse livro, inclusive de quem me indicou, que chego a recear opinar, mas também não é para tanto: minha opinião é branda, mas não pedestálica (se essa palavra não existia existe agora). Gostei do livro, é leve, uma linguagem boa, capítulos curtos, o que me dá a impressão de ler mais rápido e com ótimas citações. Mas a história em si é clicherosa (outra palavra) e infantil: "não existe coincidências", "otimismo isso", "amor aquilo" e esse tipo de coisa ultimamente tem me passado ao largo pelo espírito. Ou seja, o livro é muito bom, mas eu é que sou muito chato para histórias de amor e otimismo. Fora isso, a linguagem utilizada pelo autor é clara, ao mesmo tempo em que traz muitas citações de arte erudita (seja música, literatura, teatro ), filosofia, ciência etc. Isso me agradou muito. Também gostei dos personagens com ar de doidos-sábios que de certa forma nos surpreende a cada encontro do narrador-personagem com eles. O livro revela que o autor tem muito potencial, mas que pode melhorar bastante no que se refere à história...