Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - VIDAS SECAS


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Rê_2021 27/11/2022

Eu só penso na Baleia
Impressionante a leitura narrada em 3° pessoa, mas em alguns capítulos temos a impressão de que é narrada pelos próprios personagens, uma vez que cada capítulo se refere a um deles. Achei a ideia fantástica, apesar da leitura difícil. Mas ela também aborda um problema atual e de longa data - uma família humilde, sem estudo, buscando condições melhores para si. A obra também retrata uma sociedade abusiva diante do poder que lhe confere e faz disso oportunidade de "pisar" naqueles que não têm conhecimento sobre seus direitos e estudos. Isso, infelizmente, ainda é recorrente no nosso país. Leitura sensacional, uma obra de arte da literatura brasileira.
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Caio 17/11/2022

Temos aqui a história de uma família nordestina lutando para sobreviver. Eles são retratados de modo bastante animalizado. A figura mais humanizada é a cachorra, Baleia. Aos poucos, porém, eles vão se humanizando, num processo bastante doloroso, expondo a humilhação e os bloqueios impostos aos simples.

O texto é seco e bruto com as vidas que retrata. Nas personagens, enxergamos o que há de desumano em nós e o que pode se humanizar, também, na mediação do sonho e da esperança.

Percorremos, com isso, a aridez da vida e da linguagem que tão bem a traduz. As vidas secas se fazem presentes e contundentes nas dores a um só tempo individuais e universais. Nas filigranas de relações brutas, porém, emerge a humanidade naquilo que possui de essencial.
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Marcus.Santana 22/10/2022

Clássico nacional.
Trata-se de uma obra-prima nacional incontornável, cuja leitura educa para a vida. Romance publicado em 1938 retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca.

Assim que me deparei com essa obra o título me levou a pensar que, mais que água, há algo muito profundo que se ausentava nas vidas dos personagens que estava para conhecer no decorrer da obra. Em Vidas Secas, Graciliano Ramos apresenta a introspectiva família sem sobrenome ? Fabiano (o pai), Sinhá Vitória (a mãe) e Baleia (a cachorra); os filhos são apenas: o mais novo e o mais velho.

O estilo seco de Graciliano Ramos, que se expressa principalmente por meio do uso econômico dos adjetivos, parece transmitir a aridez do ambiente e seus efeitos sobre as pessoas que ali estão.

Essa estratégia faz com que o leitor não se prenda aos personagens, mas à situação de miserabilidade deles. Cada ser que habita o espaço dessa narrativa tem um primitivismo linguístico diametralmente posicionado para lançar o efeito do não dito.

O mais doloroso dos momentos foi o destino de Baleia. A cachorrinha fiel teve sua sina delimitada pela conjuntura da terra batida. Para entenderem melhor, só entrando na casa de taipa e sentando na cama de vara que não agradava em nada Sinhá Vitória. Vidas Secas vai lhe inundar!

Este é um romance em que a humanidade e a vida, ou o que resta delas, pulsam de maneira quase sem igual, justamente por estarem a todo o momento sob o signo da morte e da destruição. Resgatar a humanidade de tantas camadas de escombros entulhados pela opressão, pela barbárie, pela morte inscrita na natureza e nas relações sociais, é tarefa que compete apenas aos gênios de singular sensibilidade. Graciliano é um desses grandes.

O clássico texto dispensa comentários. A edição está muito bonita. A capa é tem tiras douradas que combinam muito bem com o restante do projeto gráfico. O papel do miolo é mais espesso e as páginas amareladas. Achei funcional e elegante a opção por margens largas tanto em cima quanto dos lados no texto, o que deixa a leitura bem agradável. Páginas temáticas ilustradas para cada capítulo e fac-símiles dos originais ao longo do livro o deixam com uma opção muito boa pra quem quer comprar algo que vai ficar lindo na estante depois de uma leitura confortável.
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Laura 10/09/2022

Obra significativa pra cultura literária brasileira. Retrata de forma fiel a luta dos retirantes no século xx. A exploração e a arbitrariedade por parte de alguns personagens, infelizmente, ainda são presentes na sociedade atual.
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Ana 28/08/2022

É triste de tão real. A sensação que fica no final é de uma história inacabada. Resta a esperança de que os personagens tenham algo melhor pela frente...
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Rayza.Figueiredo 26/08/2022

Vidas Secas de Esperança
tanta crítica social que nem sei por onde começar;
a princípio, a família de Fabiano enfrenta as dificuldades da seca, da falta de chuva; fome, miséria, desilusão, quando encontram uma fazenda abandonada e começam a sonhar com uma vida melhor, logo chega alguém e reclama a fazenda, tomando posse como patrão e deixando a familia como empregados;
um emprego semelhante à escravidão, sem direito a carta de alforria.
são muitas às críticas quanto a falta de educação: como são enganados e passados para trás as pessoas sem estudo;
a polícia que ao invés de ajudar e proteger, abusa do poder e da violência contra os mais fracos e necessitados;
o ponto mais triste do livro, é a morte da cachorra Baleia, que era considerada parte da família como se fosse gente; tão semelhantes aos animais, são aqueles que vivem na miséria;
achei interessantíssimo que os diálogos acontecem apenas na cabeça dos personagens, inclusive o ponto de vista da cachorrinha;
e quando ela está morrendo, mesmo em agonia, dor e sofrimento, só consegue sonhar com preás e com o sorriso alegre de seu dono, mesmo sendo este quem lhe causou dor.
os animais perdoam, os humanos guardam rancor.
Emilia.Reis 28/08/2022minha estante
ahh como é triste ??


Rayza.Figueiredo 28/08/2022minha estante
muito ??




Kivia Raquel 04/08/2022

Um clássico em traje de festa
Essa é uma obra que, definitivamente, não necessita de defesa. Uma obra não se torna um clássico por acaso.

  Mergulhar tão profundamente em uma história que narra a realidade sofrida do sertanejo brasileiro (de ontem e de hoje), não permite que o leitor mais sensível passe ileso.

  Conhecer as agruras da vida de Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e especialmente da cachorra Baleia é mergulhar nas entranhas daquele Brasil profundo descrito por Graciliano Ramos e ainda tão real. 

  Gostaria de fazer uma ressalva especial para esta edição primorosa da Editora Record, lançada por ocasião dos 80 anos da publicação original. Ela conta com um apanhado da vida e obra do autor, prefácio escrito por Benjamim Abdala Júnior, posfácio por Hermenegildo Bastos, além de inúmeras fotos do manuscrito original. É uma obra de arte.
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Suzana Mendonça 03/07/2022

Clássico da literatura brasileira
Clássico da literatura brasileira que conta a história de uma família de retirantes no Nordeste em busca de melhores condições de vida no formato de contos dedicados a cada personagem. O ponto alto do livro certamente são os momentos focados na cadela da família, Baleia.

A edição comemorativa de 80 anos do lançamento da obra é extremamente agradável aos olhos, com diagramação amigável e detalhes de trechos escritos à mão por Graciliano Ramos.
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Ester 01/07/2022

Vidas Secas
Vidas Secas é um livro muito atual, mesmo que publicado em 1938. É um retrato sobre a realidade de muitos brasileiros que sobrevivem no sertão, enfrentando a fome, pobreza e tantos outros desafios. Me senti cativada por uma personagem em específico, a cachorra Baleia, pois a sua presença na narrativa é essencial e traz uma leveza na obra, além de reflexões que a aproximam de uma pessoa. O pessimismo e otimismo dos personagens vai alternando conforme o livro, e achei isso muito bem construído.
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Gi Olivia 14/06/2022

Vidas Secas, especial 70 anos
Primeiro que essas fotografias passam uma segunda história misturada com a história do Fabiano e Sinha Vitória, são incríveis
A forma como esse cotidiano do sertão e passado, as associações feitas entre o homem e o animal e como o Fabiano é tratado pelo patrão,pelo soldado e a forma como ele mesmo se vê na sociedade é de uma simplicidade verdadeira e real.
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Pri 20/03/2022

Vidas Secas
Considerada a obra mais famosa do autor Graciliano Ramos, Vidas Secas retrata o drama de uma família nordestina, que deixa a sua terra em busca de melhores condições de vida, como os personagens Fabiano, Sinha Vitória, o irmão mais novo e o mais velho, além da cachorra Baleia. Uma leitura forte e atual.
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Brê 06/03/2022

Um livro atemporal que todo mundo deveria se dar a chance de ler! Graciliano foi impecável ao retratar a situação de muitas famílias no nordeste!
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Sofia.Ornellas 14/02/2022

Peregrinos por causa da seca
Esse livro tocou meu coração por várias coisas. Me identifiquei com Fabiano em relação a dificuldades de se expressar. No final, ele não era um rapaz ruim, mas era um homem sem um ensino bom. O livro mostra a história de uma família, mas com o foco principal em um casal, lidando com a seca. Lidando com o hábito de peregrinar pelas terras fugindo da seca.
É uma história de tocar o coração.
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