Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - VIDAS SECAS


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Yali 09/02/2022

Tragicamente atual
Vidas Secas é uma das mais lindas e tristes obras da literatura brasileira.
O ciclo de sofrimento que se repete numa pobreza que não termina é tão verdadeiro, tão real e, lamentavelmente, tão atual que chega a ser chocante.
Graciliano Ramos pintou e emoldurou com perfeição o quadro do sertanejo brasileiro e, por extensão, daqueles que têm a má sorte de nascerem pobres no Brasil. Esquecidos e abandonados desde o nascimento eles só têm o chão pra andar e o céu pra implorar.
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Everton.Paulo 11/01/2022

Espetáculo literário
Como é satisfatório fechar um livro e pensar: "que leitura fantástica ".
Na primeira vez que o li, há quase 20 anos, talvez não tenha ficado tão envolvido. Agora, mais maduro, me aventurei por essas páginas dessa edição comemorativa primorosa entre sorrisos e choros.
É uma história sobre a vida, mais particularmente sobre a vida de muitos sertanejos que ainda, à margem de tudo, buscam seu lugar. E o fazem com persistência, sempre motivados pelos seus sonhos e vontades. O capítulo da cachorra Baleia é um evento literário; tocante, poético e triste.
Assim, reli e corrigi uma injustiça.
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Nay 02/01/2022

Se aprendesse qualquer coisa, necessitaria aprender mais?
É incrível com uma obra consegue perdurar, e depois de tantos anos, continua prendendo a atenção do leitor. Vidas Secas é uma leitura dura, seca e ao mesmo tempo emocionante pois retrata bem o sofrimento do nordestino, e as suas lutas, sejam elas internas ou externas.
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Gabriel 01/11/2021

Mais do que uma história, uma DENÚNCIA social.
Esse livro é mais do que uma simples história, é uma denúncia social. Entristece ter que reafirmar que as denúncias estabelecidas aqui ainda perduraram na contemporaneidade. A falta do comprometimento governamental ao tratar as populações mais carentes social, marca a linha tênue entre atitudes racionais e irracionais que convergem durante toda a narrativa ? e é uma ressalva que torna explícita como a falta do investimento na educação universal, inferioriza pessoas que carecem apenas de oportunidades. Esse livro é lindo, é triste, é cruel, É REAL. E precisa ser lido para encarar a realidade de outrem para qual nós fechamos os olhos.
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queridasreticencias 24/10/2021

Secas
Vidas secas se trata de uma família que foge da seca, mas vai mto além disso. Elas fogem da vida que é seca, sem felicidades e com muita pobreza. A reflexão que nos vem ao ler é certa, ?tenho tanto, enquanto alguns só queriam um par de roupas ou uma cama? pensamos.
Os personagens cativantes e a escrita também seca, que não tem pena do leitor, mostra uma realidade cruel de muitos.
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Fabi 20/09/2021

Vidas Secas retrata a saga de uma família muito pobre, humilde, que luta para manter seu sustento, apesar de muitas adversidades. A história é narrada em terceira pessoa, mas como cada capítulo destaca um personagem, suas atitudes e pensamentos, vc acaba tendo a impressão, em alguns momentos, da história ser narrada pelos próprios personagens. Achei isso genial!
Entendo perfeitamente a importância desse livro para a literatura brasileira. Graciliano Ramos não poupou detalhes na sua narrativa, que retratou muito bem a crueldade pela qual muitos brasileiros passam. De um lado, temos personagens que sofrem por ignorância, por injustiças, por falta de oportunidades. E por outro lado, temos os personagens que se aproveitam de seu poder e sua influência sobre os outros mais humildes. Retrato de uma sociedade abusiva e injusta...
Para mim foi uma leitura muito difícil de fazer, justamente pela crueldade existente. Em muitos capítulos fiquei extremamente triste e comovida com as situações. Mas Vidas Secas se faz uma leitura muito necessária.
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Aline.Rosa 24/08/2021

Vidas secas
Vidas secas traz o drama (ainda muito atual) de uma família assolada pela seca nordestina. Alguns capítulos tiveram um ritmo de leitura muuuito lento, com palavras que fogem do meu cotidiano e uma escrita mais rústica, sertaneja. Sei lá, senti como se não estivesse entendendo a real intenção do autor. Por outro lado, em outros capítulos, a leitura se tornou completamente imersiva e me angustiava, chocava e me emocionava. Entendo que houve uma crítica muito importante e válida; coloquei a minha cabeça para refletir os tantos aspectos culturais e sociais apresentados no livro, percebendo o quanto somos egoístas.
A obra em si tem a sua importância e por isso é tão merecidamente aclamada, mas, apesar de ter me feito chorar horrores com o fatídico acontecimento envolvendo o "membro" mais querido da família (na minha opinião), não me tocou tanto como eu esperava que tocaria. Não sei se me faltou maturidade literária ou se houve algum fator na própria leitura que não me conquistou por inteira, o fato é que eu esperava mais.
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tguedes2 09/07/2021

[RELEITURA, Edição comemorativa 80 anos]
Que experiência inenarrável é ler Graciliano Ramos. Em "Vidas Secas" o autor transporta o leitor para dentro dos cenários e da vida de miséria de Fabiano e sua família. Tudo nesse livro é seco: a natureza, o cenário sócio-político e a própria narração. Graciliano não escreve enfeitado, não escreve de forma romanesca. A linguagem é seca, bruta, limitada, tal qual a dos seus personagens. Com isso, ele consegue nos transportar para aquele ambiente de forma magistral. Mesmo nesse texto seco e sem enfeite, a escrita de Graciliano é poderosa, causa sentimento através das situações. Afinal de contas, como não se compadecer com sinha Vitória que decreta que a única coisa que falta para sua felicidade é poder dormir em uma cama em pano de couro, em despeito daquela coberta de varas na qual efetivamente se deita com seu marido, cada um para um lado, porque no meio tem um nó que machuca as costas? Como não se emocionar com a brutalidade de Fabiano, com sua realidade de exploração e sofrimento, com sua dificuldade de se defender visto que não domina a fala? Como não se entristecer com a nossa querida cadela Baleia que, entre sua realidade de cochilar e ajudar o dono a manejar o gado, só queria um osso para roer, um preá, talvez? Como não empatizar com o menino mais novo e o menino mais velho, que na idade da curiosidade não conseguem fazer descobertas sobre o mundo naquela realidade limitada?
Graciliano abre e fecha o romance com a ida e vinda da seca, respectivamente, demonstrando o caráter cíclico dessa condição do sertão nordestino.
E finaliza: "O sertão continuaria a mandar gente para lá [para a cidade]. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinha Vitória e os dois meninos".
É um livro muito emocionante, extremamente real e denunciatório. Todo mundo deveria ler Vidas Secas.
Alê | @alexandrejjr 11/07/2021minha estante
Fui convencido.




Gabi 07/06/2021

Graciliano conseguiu escrever uma obra que oscila entre o desespero e a esperança.
O capítulo da Baleia é uma das coisas mais tristes e lindas que eu já li na minha vida.
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amanda.peixoto. 18/04/2021

Vidas secas que a água não consegue saciar
O livro retrata as condições penosas de uma família de retirantes sertanejos que nada possuem, que pouco almejam e que vivem a mercê de adversidades e injustiças. O pai, Fabiano, é um homem de poucas palavras, que se enxerga mais como bicho que ser humano. A mãe, sinhá Vitória, é forte, esperta, sonhadora e tem como maior ambição possuir uma cama de couro. Os filhos não são nomeados no romance, evidenciando a pouca pessoalidade destinada e são mencionados apenas como Menino mais novo e Menino mais velho.

A história inicia-se mostrando as agruras da seca, a caminhada sob o sol escaldante, a sede, a doença, a morte do papagaio de estimação para suprir a fome. Ao avistarem uma fazenda abandonada e uma nuvem trazendo esperança de chuva, decidem ali parar e estabelecer moradia. Junto com a chuva e o fim da seca, vem também o dono da fazenda que contrata Fabiano como vaqueiro e sem se compadecer, o explora e rouba o pouco que oferece como pagamento. A partir daí, vamos entrando nos capítulos nos aprofundando no psicológico dos personagens e vendo o nível de miséria e opressão que os silenciam e os isolam social e economicamente.

O papel do governo marcado por covardia e autoritarismo é representando na figura do soldado amarelo. Fabiano, mesmo não sabendo como expressar, sente essa opressão, questiona o motivo da situação dele e de tantos outros e carrega a angústia da sua incapacidade de reagir e solucionar.

Ao passo que a família é animalizada, a cachorrinha baleia é humanizada, sendo entre os personagens a que mais sente, pensa e melhor se comunica. O capítulo dedicado para ela é lindo e extremamente marcante e triste, daqueles que dá um apertinho no peito e enche os olhos d'água.

Essa leitura foi meu primeiro contato com Graciliano e achei interessante o seu estilo de escrita, sendo bem direto e usando palavras certeiras para retratar as muitas vidas secas, vítimas da desigualdade e ainda tão presentes em diversas representações.
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Ayumi.kimura 16/04/2021

Forte e verdadeiro
Um texto duro, que nos traz as grandes dificuldades do sertão nordestino que aborda o grau de desigualdades social, política regional, e um drama vivido por uma família bruta e não humanizada em um contexto natural e geográfico onde a seca e a miséria servem como fundo de enredo.
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eupoetizo 20/03/2021

Rascunho 03
Simplesmente perfeito. Um dos maiores escritores, uma das maiores obras de literatura. Você lê chorando.
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Jonathan.Queiroz 20/03/2021

Emocionante
Muito emocionante. Histórias que tratam do sertão e dos trabalhadores rurais sempre têm um poder maior sobre mim, pois penso nos meus pais, avós e demais ascendentes. Todos enfrentaram a seca e as dificuldades do trabalho no sertão nordestino. Então, ao ler a história de Fabiano e sinhá Vitória, eu posso muito bem imaginar os meus avós, que passaram por situações parecidas. Definitivamente é uma história que recomendo a qualquer pessoa, até porque ela é mais fluida de ler do que eu imaginava. E mesmo que você não curta alguns dos capítulos, o capítulo da Baleia vai te deixar no chão. Certeza.
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