Nany 06/02/2024O conto da aia tem como enredo principal a República de Gilead, sendo uma distopia "teocrática". Não nos é revelado muito sobre esse governo, mas vamos descobrindo que esta nova república foi um dia os Estados Unidos. Entretanto, as pessoas não possuíam mais liberdade, e essa era uma palavra proibida. Não existem mais universidades, esportes de entretenimento, advogados, pois ninguém possui mais o direito à defesa; quem é considerado criminoso é morto e pendurado no muro.
As mulheres são as grandes vítimas, sendo submetidas a trabalhos ou tornando-se Aias, passando por um rigoroso doutrinamento antes de serem encaminhadas a uma casa de um dos comandantes.
Inicialmente, não sabemos o que cada comandante faz nessa distopia. Porém, juntamente com suas esposas, realizam um ritual para que o comandante tenha relações com a Aia designada a ele, para que ela lhe gere filhos, já que sua esposa é estéril.
Offred é a personagem pela qual temos o ponto de vista, e ela nos revela pequenos vislumbres de sua antiga vida com seu marido e sua filha. Vamos obtendo algumas informações a partir de sua perspectiva.
O que achei:
Conhecia muito pouco do enredo do livro antes de lê-lo. Estava com altas expectativas na leitura, porém fui ficando um pouco frustrada. O livro não revela muito sobre a República de Gilead; há pequenos vislumbres de como era a vida e pequenos relatos de indícios de que as coisas estavam ficando estranhas. Vemos Offred em seus dias de sobrevivência. Senti que pouca informação nos foi dada; não há aprofundamento, nem mesmo sobre Gilead durante o enredo. Não senti que ela estava angustiada com a separação da filha; o foco é mais no marido. Não consegui me envolver com a história nem com os personagens. Não que o livro não seja bom, mas não me cativou. Gostei mais da leitura de outro livro da autora, Margaret Atwood, percebi que ela tem em seus livros uma narrativa lenta e arrastada, e no final deixa o ápice.