Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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agapetae 18/07/2023

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Escrito como ode à juventude, conflito do velho e do novo. Após o tempo escorrer pelo dedos, somos colocados de frente de um jovem, seja esse saudável ou não, e assim percebemos o nosso envelhecimento. Talvez sentimos até mesmo inveja. Dias passam, as horas não se mantém, a Morte é inevitável.
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Derso 09/05/2023

Beleza e Contemplação
Toda vez que me deparo com um autor prolifico, tendo a ler os livros menores em tamanho destes antes de escalar uma montanha, algumas vezes isso não é possível se tratamos de um autor de uma única obra cujo volume já nos indica o tempo que iremos dedicar. Não é o caso de Thomas Mann, sua prolificidade deixou a nós leitores um bom acervo a ser explorado em que podemos escolher por onde começar.

Em “a morte em Veneza”, lemos a estória de Gustav von Aschenbach, um escritor idoso que está passando por uma crise criativa. Num dia, decide viajar pra Veneza e lá se apaixona platonicamente por um adolescente de 14 anos com o nome de Tadzio.

O enredo é simples, em termos de estória não há o que ser acrescentado para não correr o risco de spoiler, mas quem se atentar ao título já vai saber seu desfecho, a graça mesmo está nas discussões que o autor levanta e na forma do texto... O título já merece uma atenção especial, algumas traduções (como a edição que li) trazem o título sem o “a”, olhando o título original e pesquisando sobre o assunto fui informado que o título carrega um artigo masculino “der”, mas nem sempre haverá uma correspondência desse artigo da língua alemã para a língua portuguesa brasileira, isso significa que nem sempre o que é masculino em alemão será masculino em português brasileiro, isso permite que apontemos nomes de pessoas, estações do ano, mês, etc. Isso faz todo sentido, na novela, estamos nos referindo a morte, pois no ano de escrita, Veneza estava enfrentando um surto de cólera vitimando nativos e turistas, então temos um personagem que está indo a Veneza, e com quem ele vai se encontrar? O que significa que logo de cara Thomas Mann deixa claro o tom melancólico e reflexivo que vai adotar na narrativa, quando a tradução não compõe essa característica, acaba passando a impressão errônea de um romance policial em que há uma fatalidade à ser investigada.

O texto é narrado em terceira pessoa, mas notamos como que Thomas Mann dá um enfoque apenas no Aschenbach, como se fosse uma entidade a par dos pensamentos e emoções do protagonista atento a qualquer movimento brusco, o autor testemunha suas atitudes e as registra para que o leitor julgue por si as ações do personagem. Aschenbach fica obcecado com a beleza de Tadzio, chega á segui-lo, sabe onde o jovem vai estar e em qual horário estará. Olhando com um olhar contemporâneo, ficamos incomodados com tal atitude e de fato temos vontade de proteger Tadzio, afinal, ele está perto de um possível predador, não podemos descartar essa possibilidade, pois a pedofilia é uma discussão recorrente quando se fala na obra de Mann. Nos atendo ao tema, ele incita uma reflexão sobre a beleza artística, o autor concebe o protagonista com uma beleza apolínea, adepto da harmonia, ordem e disciplina; Veneza é dionísica, embora bela, cheiral mal e está contaminada por uma epidemia; já Tadzio é platônico, pois está sendo contemplado.

O livro tem parágrafos longos, isso pode assustar o leitor, mas aproveite cada palavra constantes nessas linhas, vemos ali a habilidade narrativa que Mann possuía, a erudição até dificulta avançarmos na leitura, mas não é nada de outro mundo, quando compreendemos o que está dito temos a oportunidade de apreciar a escrita do autor. Justamente nos parágrafos longo que reside as qualidades do texto, como a sabedoria de usar símbolos pra compor sua obra sempre lembrando ao leitor da forma como vai dirigir a narrativa sem interrompê-la, como os constantes prenúncios de morte que encontramos em vários trechos.

No final, ficamos com a impressão de que Mann mostrou do que ele é capaz e o que sua habilidade ainda faria, estou louco pra ler mias.

Precisei de ajuda pra escrever essa resenha, eis o que consultei:

INSTITUTO LING texto de Camila Salvá

NICOLAS NEVES do canal LAS HOJAS Y OTRAS HOJAS

BIBLIOTECA JOSÉ DE ALENCAR UFRJ texto de Victor da Hora e Edgard Corteletti

A EPIDEMIA DE CÓLERA EM “A MORTE EM VENEZA” DE THOMAS MANN de Denise Rocha

VER VENEZA E MORRER: BELEZA E DECADENCIA SOB OS ASPECTOS NARRATIVOS DE MORTE EM VENEZA DE THOMAS MANN de Wélica Cristina Duarte de Oliveira
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Thiago Wallace 19/04/2023

Beleza e desejo/Morte e a decadência
Em alguns momentos a leitura é um pouco cansativa, mas ainda assim vale muito a pena ler.

No livro, a história se passa em Veneza onde vemos um escritor alemão, Aschenbach, que se depara com um jovem adolescente e de imediato se encanta com a sua beleza, tornando-se logo em seguida uma obsessão. A medida que essa obsessão se intensifica, Aschenbach acaba negligenciando sua vida pessoal levando a uma tragédia.

Morte em Veneza aborda como a busca pela beleza e desejo pode levar a autodestruição. A obsessão de Aschenbach pelo jovem é um exemplo disso, e o desfecho do livro mostra que a busca pela perfeição e pela beleza pode ter consequências trágicas.

O livro também sugere que a morte é algo inevitável na vida e que a decadência e a corrupção é algo natural do ciclo da existência humana.
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Catharina 29/03/2023

Obsessão
Um escritor cansado e sem criatividade para sua nova obra decide dar um tempo de tudo para viajar para Veneza, onde encontra um belo garoto jovem que chama sua atenção por conta de suas atitudes despreocupadas de adolescente que admiravam-no pois sempre fora um homem muito rígido consigo mesmo. Essa admiração rapidamente vira uma obsessão doentia que começa a inspira-lo a escrever novamente, mas a história não fica por aí - ele começa a seguir o garoto na rua, ir na missa para vê-lo, ir na praia, no restaurante? fazia tudo que podia. A escrita é repetitiva e a história seria muito melhor se fosse um conto.
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Bruno B. 26/01/2023

O SURPREENDENTE CAMINHO DA DESCOBERTA
Confesso que o livro me surpreendeu de uma forma absolutamente positiva. Foi uma distância considerável entre o que eu esperava encontrar e o que eu realmente encontrei.
Uma história, curta em páginas, mas muito profunda e atual em seu tamanho. Traz temáticas impressionantemente atuais como, sexualidade, pandemia e um governo negacionista. Em certos momentos eu vi no texto o Brasil de hoje. O que só evidencia ainda mais a genialidade de Thomas Mann, um autor além de seu tempo.
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Marcelo 26/12/2022

Resenha disponível no Booksgram @cellobooks ?
Um dos livros mais conhecidos de Thomas Mann, Morte em Veneza chocou na época do seu lançamento por ser uma novela que aborda a homossexualidade de seu protagonista, o escritor Gustav Aschenbach descrita na paixão que este sente pelo jovem Tadizio. Mas conforme a escrita avança, essa questão mostra-se secundária à análise da obra, uma vez que nem sequer houve contato físico entre os dois personagens, estando o amor de Aschenbach por Tadzio no âmbito da idealização. A verdadeira atração de Gustav mostra-se ser pela beleza e perfeição do menino, o que fica evidente para o leitor, dentre outros motivos, na medida em que Tadzio é apresentado como ?o belo?.

Assim como nos demais livros do autor, Thomas Mann apresenta uma escrita complexa, profunda e densa. Em contraponto, o enredo é praticamente inexistente: um homem de meia-idade viaja até Veneza, apaixona-se platonicamente por um jovem rapaz polaco extremamente atraente. Apesar dos sinais de uma epidemia de cólera, que é ocultada pelas autoridades para não prejudicar o turismo, mas que lhe é revelada por um agente de viagens britânico, Aschenbach permanece em Veneza, sacrificando sua dignidade e bem-estar pela experiência imediata da beleza corporificada por Tadzio. Aschenbach fica em Veneza e vê os hóspedes e moradores deixarem a cidade, e morre sem sequer ter trocado uma palavra com Tizio, apenas pela paixão platônica pela beleza e juventude do jovem Tadzio.

É uma leitura que, apesar de curta, é densa e exige atenção, pois cada personagem, cada cena, cada acontecimento nas obras de Mann apresentam um mundo de possibilidades. Apesar disso, vale a leitura como primeiro contato com a obra de Thomas Mann.
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Maria.Eduarda 24/11/2022

Morte em Veneza
Sempre me perturbou a obsessão que Dante tinha por Beatriz (a divina comédia) ou a suposta "paixão" de Julieta e Romeu (romeu e julieta), e agora acrescentarei o "amor" não correspondido de Gustav von Aschennach com Tadzio (morte em veneza). Nunca entendi como uma pessoa pode ficar obcecada por outra só de vela na rua. Talvez seja por isso que eu tenha tido tanta dificuldade em enteder a história desse livro.

Morte em veneza possuí apenas 94 paginas, das quais são divididas em 5 capítulo. Contudo, não se engane! O livro é extremamente cansativo de se ler. A narrativa, que ocorre em terceira pessoa, divaga tanto no decorrer das linhas que se torna quase impossivel entender o que está acontecendo. Porém, se ignorarmos esses fatos a construção dos personagens é incrivel e a loucura obsessiva deles fica bem evidente a medida que você ler.
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miguel 18/11/2022

um dos livros mais tristes que já li, com certeza. o desenvolvimento inicial foi bem chato e lento mas quando o tadzio apareceu a história começou a andar. queria que o thomas tivesse desenvolvido mais as cenas com o tadzio, mas era tudo tão rápido que logo cortava pra uma reflexão. final lindo e triste, me deixou com o coração na mão... recomendo muito pra quem já leu me chame pelo seu nome!!!
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natalia 04/11/2022

morte em Veneza
goste do livro, fazia muito tempo que não lia nenhum livro e para me reabituar a ler, comecei com um livro pequeno
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thexanny 26/10/2022

A morte em Veneza
Peguei esse livro na biblioteca, não havia lido a sinopse e só vi de que se tratava quando cheguei em casa. Esse foi o primeiro contato que eu tive com a escrita do Thomas Mann. Eu não achei a escrita simples, reli três vezes o livro e mesmo assim eu sei que não absorvi todas as camadas e interpretações. É um livro que não parece grande coisa à primeira vista, mas conforme você vai lendo, descobre que ele não é nada superficial.
Será muito interessante reler esse livro daqui a alguns anos. Acho que vou compreender muito mais do que agora. Por o livro abordar citações filosóficas, eu fiquei meio perdida. Vi uma resenha onde era recomendado ler "Fedro" de Platão, antes de ler o livro, não acho que seja necessário, mas com certeza é importante ter uma ideia do que é a beleza platônica e o que é o Dionisíaco e Apolíneo em Nietzsche.

Foi uma leitura que alargou o meu pensamento, no sentido de me mostrar percepções que até então eram desconhecidas. Como eu disse, é um livro que tem várias camadas e, consequentemente, diversas interpretações. Porém, algo que ficou bem claro para mim, é que precisamos do equilíbrio entre o Dionísio e o Apolo. Para Platão, o belo é o ideal da perfeição e só pode ser contemplado em sua essência por meio de um processo de evolução filosófica e cognitiva do indivíduo por meio da razão, e isso proporcionaria conhecer a verdade harmônica do cosmo. Pois, segundo Platão a beleza não pode ser definida, já que está no mundo inteligível, ou seja, é inalcançável. O que podemos, no entanto, é ter uma noção maior ou menor do que a beleza é, ou seja, Tadzio representaria a beleza e por meio dele Aschenbach chegaria a um equilíbrio que o levaria ao mundo inteligível.

O amor por definição é o desejo por algo que falta. E o amor é um dos caminhos onde podemos alcançar o conhecimento verdadeiro das coisas. Só quando Aschenbach contempla vai para Veneza e lá se permite amar, ele entende o que é o amor e consequentemente alcança o conhecimento verdadeiro das coisas. Porém ele comete um erro ao deixar para trás sua moral e rotina, se deixando levar pelo Eros e se perdendo. Quando decidimos acreditar ou seguir algo passamos por tentações e precisamos vencê-las. Aschenbach estava passando por um teste, porém não conseguiu encontrar o equilíbrio. O resultado disso foi sua morte.

Essa foi minha interpretação, como eu disse, sou leiga em filosofia e não espero ter feito uma interpretação filosófica. Só não queria deixar esse livro passar em branco sem falar nada sobre. Acredito que dizer minha opinião será proveitoso de alguma forma, nem que seja para alguém vir discordar.

P.S: Odeio o fato dessa edição e em muitas outras estar "Morte em Veneza" e não "A morte em Veneza", pois isso é um fator importante, além de que o original tem o pronome no começo.
Isaac.Maciel 14/12/2023minha estante
5 estrelas pro seu comentário. Gratidão ?




mysway 24/09/2022

Pois é
Li esse livro a muito tempo, só porque achei linda a capa. Tenho minhas opiniões sobre a obra e sobre o filme (que acabou com a vida do protagonista), mas ainda sim acho a escrita profunda e bonita, entendo a mensagem por traz, mas nunca leria de novo justamente por ter me sentido incomodada do início ao fim.
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Lucas1429 31/08/2022

O extravasamento da arte (e do amor)
Tecida em menos de 100 páginas, esta novela sublima o óbvio que permeia qualquer ser humano, a sufocante sentimentalização ao ver-nos afetados de amor – Gustav von Aschenbach sente a manifestação irrefreada sob a estonteante paisagem mediterrânea, sofre pela beleza idealizada num lugar que também materializa a rara beleza. Tema caro ao artista, ele próprio um, a sua discursiva custa refletir sobre as predisposições do mundo; para Thomas Mann, racionalmente são incutidos paralelos geracionais, estéticos, literários, históricos. Eis um estudo societário acrônico.

Vivendo em Munique, laureado em excelência por seu trabalho literário e em meia idade, o escritor Aschenbach permite-se, em inquietude, desapegar-se do cotidiano, sendo tão metódico, e partir para além da Alemanha. Propenso a permanecer na Europa, em desdenho externo personificado no típico cidadão do velho continente, aporta em Veneza, cidade italiana que corriqueiramente o recebe em estações intercaladas. Logo, sua identidade se esvai ao confrontar Tadzio, um jovem polonês hospedado no mesmo hotel, que perturbará sua confiança e o reduzirá à metáfora da decadência.

Ele restitui no garoto a exaltação do belo ao compará-lo em vestígios das personificações gregas, do inalcançável e insuperável. Sua paixão platônica lhe sugere denominá-lo um Goethe moderno, fadado também à tragédia. Proveniente disto, sua decadência se instala no instante recaído os olhos no rapaz; sua tragicidade será deflorada por aspectos filosóficos interpostos por Mann em diversos parágrafos que se constituem em diversas leituras, apresentadas diante das muitas interpretações presumidas. O suposto contexto queer é outra das alegorias ajeitadas para intuir ao leitor uma tentativa canônica de não restrição temática, tanto o afeto de Aschenbach pode direcionar ao romântico quanto ao que a compleição física de Tadzio repercute no deslumbrado.

Enquanto um homem de juízo austero, genioso e intelectualizado, também resvala em si aspectos exprimidos do espírito machista, para ele, o homem detém a completa referência superior às fragilidades humanas, diferente das mulheres: porém, é ele quem, no fim, de opulência profissional, suprime ao desatino dos desejos íntimos. Não só, de se defrontar diante da síntese oposta que se veem a juventude e a velhice, o fútil e o imprescindível, o clássico e o moderno. Mann, representante contemporâneo, discorre as mazelas interiorizadas e extirpadas pela grande roda sistêmica social, a burguesia que se apropria da incoerência postural decaída e se restringe dela, numa subalternidade ao que é fresco, na supervalorização do novo – mesmo este limitado.

Por fim, seria inegável Mann não consumar seu talento de modo intencional num dos modelos artísticos mais expositivos, a literatura. Se na conclusão extinguir o personagem é a solução para seu protagonista em sofrimento, ainda sua morte será eternizada (morte que atinge o aforisma simbólico do título, não apenas físico, mas de sua apreensão infundada). A memória de Aschenbach, na extravagância do amor e do seu legado perante a discutida fixação pessoal e mental, eterniza-se na arte. Morre no enredo, relega sua jornada fatídica pelo impossível para sempre.

"Mesmo sob o prisma pessoal, a arte é uma vida elevada. Ela traz uma felicidade mais profunda e um desgaste mais acelerado. Grava no rosto de seu servidor os traços de aventuras imaginárias e espirituais, e com o tempo, mesmo no caso de uma vida exterior de uma placidez monástica, provoca uma perversão, um refinamento, um cansaço e uma excitação dos nervos, que mesmo uma vida cheia de paixões e prazeres desvairados dificilmente poderia produzir." Página 19.
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larissaplath 27/08/2022

no primeiro momento em que vi o livro pensei que se tratava de um livro de mistério, assassinato, me enganei muito. É uma leitura em que se tem que prestar muita atenção
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Joao.Carlos 07/08/2022

Homossexualismo inconfesso de um escritor.
É o retrato da paixão lasciva e tardia de um escritor renomado.
Sentindo-se estressado pelo ofício e futilidade de suas glórias intelectuais parte de ferias para Veneza.
A cidade vive uma espécie de covid 19 embrionário, em fase de negação dos efeitos exponenciais que carrega.
Lá ele associa a beleza física de um adolescente com seu conceito pessoal de beleza e arte. Seduzido pela imagem deixa-se arrastar pela paixão e despreza toda carga moral que acumulou. Decai ao ridículo do comportamento que a sociedade da época descriminava.
No desassossego de sua incontida paixão, jamais troca uma palavra com o objeto de seu amor. O rapaz tem que retornar para sua patria e no último instante, sem despedidas, o protagonista, já contagiado pela peste, cai morto.
Uma tragédia anunciada no início quando o barqueiro que o conduz ao hotel foge sem cobrar, porem avisa-lhe que " terá que pagar de alguma forma".
Uma história interessante para quem busca explicações e exemplos de amor platônico, um tanto sem graça, sem ação e sem diálogos.
Eu não apreciei.
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