Morte em Veneza

Morte em Veneza Thomas Mann




Resenhas - Morte em Veneza


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jon 23/09/2019

Simplesmente um dos livros mais perfeitos que já li. Mann constrói a atmosfera da obra já sabendo o que vai acontecer no final, deixando o livro ainda mais interessante e impulsionando o leitor a descobrir o que há por trás da grande paixão que Aschenbach nutre por Tadzio. Também, em alguns momentos, algumas discussões filosóficas da narrativa (como referência à Fedro, de Sócrates) deixa o leitor ávido pela experiência de querer ter conhecimento do amor "puro" e a beleza "divina" dos seres humanos. Totalmente incrível.
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Wenderson 02/03/2019

Razoavel.
Nesse livro vêmos como o amor/paixão deixar as pessoas idiotas e até impulsivas. Gostei. Mas n é algo q leria de novo.
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CamomilaRosa 25/02/2019

Escrita poética e profunda
Este foi o primeiro livro que li de Thomas Mann e confesso que fiquei encantada com sua escrita.
Esta novela, que se passa no começo do século XX, retrata um breve momento na vida de Gustv Von Aschenbach, que após ter uma visão inspiradora em um cemitério de Munique, decide de repente viajar para Veneza.
Abaixo um trecho logo na página 8, onde ele, um escritor, revela algo que eu concordo plenamente.
"Para ele, viajar - pelo menos desde que pudera dispor de meios para usufruir bel-prazer as vantagens do tráfego internacional - não significava nada além de uma medida higiênica, que era preciso adotar de tempos em tempos a contragosto."
O autor revela, como se fosse spoiler, que algo sombrio ou muito ruim poderia acontecer, devido as descrições e fatos bizarros que acontecem com o seu personagem. Em seu hotel, Aschenbach se encanta com a aparência extremamente bela de um jovem polonês e o persegue como um stalker.
A partir daí seria spoiler da minha parte contar mais alguma coisa.
O livro não é tão surpreendente no final, devido a tudo que estava premeditado. Mas, confesso que precisei ler duas vezes para ter certeza do desfecho.
Fiquei com vontade de pegar outro livro de Thomas Mann na sequencia, pois sua escrita perfeita e descritiva é viciante, e por várias vezes poética.
Um excelente livro!
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Rafael Moura 08/01/2019

Um livro de devaneios e paixões
Morte em Veneza é o primeiro livro que leio do escritor Thomas Mann, e posso dizer que é um livro cativante, pra quem gosta de clássicos.
Acompanhamos a sina de Gustav von Aschenbach, escritor metódico e disciplinado que, após um estranho encontro em sua cidade, resolve viajar e tirar umas férias, ainda que a contragosto. Após alguns infortúnios, ele chega à cidade de Veneza, onde encontra - e se apaixona - por um belo jovem polonês.
O ponto alto do filme são os monólogos que o narrador apresenta na cabeça do personagem principal. De cunho obviamente biográfico, somos apresentados a diversas questões sobre artes, o papel do artista no mundo, o processo criativo e as paixões que enebriam o artista. Amores platônicos, romantismo, lógica versus sentimentos, tudo isso é discutido de forma agradável, enquanto vemos o lógico e disciplinado Gustavo ser arrebatado por seus sentimentos.
Belas descrições dos personagens e paisagens compõem o cenário. Os diálogos são muito poucos, ainda que convincentes, e a história é apenas uma ferramenta, não um fim em si, o que pode desagradar.
Em alguns pontos, me lembrou o Dostoiévski, guardadas as devidas proporções.
Um bom livro, que marca pelas ideias mais do que pela história em si.
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Jaguatirica 24/10/2018

Paixão desesperada e busca incessante
Uma história breve, envolvente, triste, que incomoda a todo instante, mas não nos permite larga-la. Nos será contado, em terceira pessoa, o fascínio do escritor Gustav von Aschenbach e seu declínio ao apaixonar-se platonicamente pelo jovem Tadzio. O "platonismo", aliás, será tema recorrente, além das diversas referências ligadas à mitologia grega.
Aschenbach é um escritor renomado, que trabalhou duro a vida inteira, sem se permitir descanso ou lazer. Não teve juventude. Não experimentou prazeres externos. Se dedicou apenas à escrita e à poesia. Mas quando envelheceu, e já alcançara um patamar de reconhecimento gigantesco, sonho de qualquer artista, Aschenbach se vê sem inspiração, travado na mesmice. Ele escreve sobre o belo, mas deseja mais. Deseja encontrar uma inspiração inédita.
Após algumas complicações ele está em Veneza e lá se depara com Tadzio. Para o homem, que carecia de inspiração, aquele moço carregava toda a beleza que nunca conseguira reproduzir em palavras; carregava a força da juventude e vigor que ele mesmo não tivera. Ali estava, segundo ele, o próprio Eros, o Belo, o Caos, a personificação de toda arte e beleza existente. O deus, o tudo. E Aschenbach rui aos poucos nessa paixão desesperadora. É capaz dos cenários mais ridículos para perseguir o Belo. O Narcisismo, o Ego e da busca de sentidos. Se seu ardor o consumia, então ele deixava-se queimar. O homem encontrara em Tadzio a perfeição que nunca tivera e a graça que sempre lhe foi privada desde a infância, devido a rotina de trabalho duro. Lembrando que, por diversas vezes, ele compara sua aparência velha ao do rapaz, jovial, como se sofresse pela decadência que o tempo lhe causou e lamentasse a própria feiura. Também pareceu sentir uma leve satisfação quando contemplou a saúde frágil do jovem. "Ele não chegará à velhice". Dizia isso como que tivesse medo de ser "superado" até mesmo nisso, na idade. Ego ferido? Talvez.

"Assim, o escritor perturbado não tinha outro pensamento ou desejo a não ser perseguir sem descanso o objeto que o inflamava, sonhar com ele em sua ausência e, à maneira dos amantes, dirigir palavras de ternura até mesmo à sua simples sombra."

Mas tudo tem um preço, e o fim da história me pegou de surpresa. Foi abrupto, embora não inesperado. Livro lindo. História para se extrair os mais diversos temas.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 15/07/2018

Rebuscado e prolixo, Thomas Mann é considerado um escritor difícil, porém, é inegável sua genialidade, premiada com o Nobel de Literatura.

Publicada em 1912, essa novela é um bom passaporte para conhecê-lo. Com cerca de cem páginas, ela gira em torno da forte atração que um famoso escritor, Gustave Aschenbach, desenvolve por um belo jovem, Tadzio, enquanto está se recuperando de uma estafa em Veneza.

Apesar da simplicidade do enredo, sua leitura permite diversas interpretações. A mais frequente, concerne ao conteúdo homoerótico. Nas páginas finais, o protagonista chega a evocar um pretenso diálogo à maneira socrática para justificar seu desejo, aliás, esse é um dos trechos mais conhecidos do autor.

Outra interpretação possível trata dos dilemas filosóficos de Aschenbach sob a influência do pensamento apolíneo-dionisíaco de Nietzsche, de quem Mann era confesso admirador. No entanto, o desenrolar dos acontecimentos também aponta para a decadência e morte, dois temas constantes em seus livros. Aliás, como o próprio título indica, a novela é o canto do cisne do protagonista em sua jornada rumo ao autoconhecimento.

Dois pontos merecem destaque: a preciosa descrição da cidade e o caráter autobiográfico da narrativa. Mann, filho de uma brasileira, escreveu a novela enquanto estava em Veneza e Tadzio foi inspirado numa pessoa real, hospedada no mesmo hotel que ele.

Não deixe de assistir ao filme homônimo, realizado em 1971 e dirigido por Luchino Visconti. Com pequenas diferenças, Aschenbach é músico, além de muito bem realizado, a trilha sonora de Gustav Mahler cai sob medida.
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Edna 31/01/2018

Dualidade
Tonio Kroeger é filho de um burguês, consul, a mãe é uma brasileira bem liberal que cultua mais os sentimentos e os valores humanos, o Pai cobra muito de Tonio que vive sonhando com suas poesias mas admira o ser humano na pessoa dos outros colegas,, sonha com uma vida totalmente diferente do que sente daí a guerra muito grande que ele vive, se apaixona pelo amigo, idealiza e se ve punindo os próprios sentimentos critica em seu íntimo o apoio paternal e concorda com a repressão do pai.
A história embora curta, relata todo esse conflito e ele vive sem chão, faz muitas viagens, muda o cenário, mas a não aceitação dos próprios sentimentos o faz tão incerto.
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3/5
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Morte em Veneza
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Novamente um conflito interior, coloca a narrativa em uma paixão que Aschenbach por Tadzio, um garoto com uma beleza que encanta nosso personagem que é um escritor sonhador e se sente tão atraído que desenvolve um reciprocidade inexistente.
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As duas obras narram o comportamento dos personagens com fatos que indicam serem auto-biográficos por toda essa paixão avassaladora que nutre e tão dificil de se fornar ao mesmo tempo a briga interior pela não aceitação do próprio eu.

3/5
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Carlos Nunes 24/01/2018

Um livro enganador
Escolhi conhecer Thomas Mann por um livro pequeno e fácil, escolhi A Morte em Veneza e... fui enganado! Como pode um livro tão pequeno ser tão profundo e conter tanta beleza em sua escrita? A história, em si, é quase inexistente. Mas a narrativa é tão bela e envolvente que em nenhum momento me senti entediado na leitura. Mas é um livro verdadeiramente enganador: praticamente em cada parágrafo existem diferentes interpretações e sentimentos, dependendo de quem lê. Uma leitura maravilhosa e surpreendente. Livro fantástico!
Ana 09/07/2018minha estante
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Marli.Ramires 16/08/2019minha estante
Não são todos que entendem!!!! Já entendo antes de ler pois acompanhei uma resenha ótima da professora Carmen Lúcia no YouTube. Agora quero ler.


Carlos Nunes 16/08/2019minha estante
Pura verdade, Marli! Te convido para assistir meu video a respeito (logicamente nem próximo da profundidade da profª Carmen - claro): https://youtu.be/Og8YrJ4tO6E


Marli.Ramires 19/08/2019minha estante
Com prazer Carlos!


Marcos Nandi 18/09/2019minha estante
O final me surpreendeu




Maitê 20/11/2017

Uma novela curta, que tive dificuldades em ler devido ao seu conteúdo perturbador e ao seu ritmo lento, por diversas vezes tive certeza que haveria um ataque, até por meados da historia, imaginava Tazio uma criança de 5 anos no máximo, até que percebi que ele era mais velho, mas isso não aliviou em nada a leitura.
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Emanuel Xampy Fontinhas 03/08/2017

É a história da paixão do escritor Gustav von Aschenbach pela beleza e de como esta paixão o levou à ruína. O livro é escrito de uma maneira sucinta, porém rica em figuras de estilo. O enredo é deveras simples e gira em torno de Gustav e Tadzio, sua paixão platônica. Tais personagens são bem delineados, mas o que chama a atenção é ver a cidade de Veneza como personagem tão importante e fio condutor de toda a trama.
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Lucas 22/05/2017

O título chamativo de Morte em Veneza pode transparecer a ideia de que a obra tratar-se-á sobre a morte de algum indivíduo e instigar o leitor a descobrir de quem será a morte. Essa pelo menos foi a minha imagem que tinha do livro. Porém, ao longo da leitura percebe-se a morte em si não será o foco do autor, mas diversos temas que serão minuciosamente explorados (mas não de forma prolixa) como a beleza, arte, filosofia, literatura, etc.
A cena na qual o Gustav se depara pela primeira vez com o belo Tadzio é rica em detalhes e em menções a figuras históricas e mitológicas (como Narcisso). Além disso, chega-se até mesmo a citar os diálogos entre Sócrates e seu discípulo Fedro a respeito do conceito de beleza.
Vê-se também que a cidade de Veneza é em si um organismo vivo que reflete em muitos episódios o temperamento das personagens e chega até mesmo a adoecer, exalando odores fétidos com o clima ficando mais nublado e fechado.
Morte em Veneza é uma dessas obras que requer mais de uma leitura afim de conseguir extrair mais e mais a mensagem que o autor deseja passar, assim como para captar a beleza e grandiosidade da escrita.
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Rafaele 18/05/2017

Quando a gente tem um crush
Esse livro é hilário! Existe uma linguagem rebuscada e muito cheia de referências que a maioria dos leitores não vai pegar de livros e poemas antigos nas reflexões do narrador (eu mesma não peguei, mas é claro pela narrativa), mas no fundo essa história é: Gustav, um escritor de seus 60/60 anos, é tomado por um desejo de viajar e quando viaja encontra Tadziu, um adolescente de uns 13/14 (visto que o próprio Gustav diz que ele não tem nem pelo no suvaco ainda!) e começa a nutrir um amor platônico pela beleza dele - o que o leva a continuar na cidade, seguir o menino por toda Veneza, acompanhar os hábitos dele e ignorar o risco de uma epidemia! Pra mim é como aquela sua amiga que tem um crush e não sabe quando é a hora de parar. Hahaha Hilario! Não se fala sobre beijos ou desejos sexuais do narrador em relação ao jovem (graças) e aos poucos Gustav, pra atrair a atenção de Tadziu, começa a se transformar, comicamente, em algo que ele mesmo repudia - um velho que tenta aparentar ser jovem. Muito bom.
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