Não me abandone jamais

Não me abandone jamais Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


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Steph.Mostav 19/02/2022

Nostalgia e melancolia
"É como passar diante de um espelho pelo qual passamos todos os dias de nossas vidas e de repente perceber que ele reflete outra coisa, uma coisa estranha e perturbadora."

Não me abandone jamais é uma distopia sem muitos dos elementos com que nos acostumamos a caracterizar esse gênero e, para mim, foi isto que fez do livro bastante distinto e interessante. Acompanhamos a narração em primeira pessoa de Kath, já na idade adulta, resgatando as memórias de sua infância, adolescência e juventude. No início do texto, mesmo que ela já tenha algumas das respostas que a confundem desde criança, ela não nos repassa essas informações e vamos descobrindo aos poucos, assim como ela descobriu, como funciona o sistema a que ela esteve inserida desde o início. Não há pressa nem interesse em explicar como o mundo chegou nesse estado, como os demais lidam com ele ou quem são aqueles que tentaram mudá-lo. O que importa para a história se restringe ao que importa para Kath, que são suas lembranças e seus relacionamentos com Tommy e Ruth. Tudo que prova para ela mesma que tudo que ela viveu, experimentou, aprendeu, criou e sofreu fazem dela humana como todos os outros, ainda que desde o início saibamos que os alunos daquela escola sejam diferentes dos demais por algum motivo. Aqui, mais relevante que uma revolução ou explicações detalhadas sobre o funcionamento desde universo distópico, é o processo de resgate melancólico e nostálgico que por si mesmo comprova que a vida de Kath e seus colegas vale tanto quanto as outras e que os sofrimentos pelos quais eles passam são injustos.
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Let_almeida 15/06/2023

Perda da inocência em meio à busca por se encontrar
Engraçado, quando estava pesquisando sobre o livro, achei que seria bem mais triste do que foi, mas na verdade é tão triste quanto a realidade de viver. A melancolia das decepções e esperanças perdidas é uma parte integral dessa obra, sendo o pedaço de ficção mais real que já li. Sim, você pode querer colocar culpas e papéis de herói/vilão nos personagens, mas é muito mais do que isso; é uma visão super bem feita da complexidade de cada pessoa e do mundo em geral. Não cabe a nós definir a experiência do outro, apenas tentar compreender que possamos ser diferentes. Acho até um pouco contraprodutivo avaliar essa leitura com estrelas, porque é tão avaliável quanto a vida em si? linda e vulnerável.
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Gabriel 02/03/2022

Edição de 2015 (capa prateada) tira completamente a emoção de juntar peças
A orelha da frente do livro simplesmente conta a trama que você supostamente deveria juntar ao longo da leitura (sugestão da própria sinopse atrás do livro). Erro grotesco da edição. Nem o filme deixa assim tão óbvio.
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bia :) 07/07/2022

obra para a redação da uerj
A uerj nunca decepciona em questão de escolha de obras para a prova, quero dizer, pelo menos nas duas últimas provas que fiz os livros eram muito bons. Sendo assim, fui na sede de uma narrativa que fosse ao nível de 1984, por exemplo, que tivessem problemáticas muito visíveis e fáceis de explorar.
Entretanto, devo dizer, não é nada do que eu esperava. Na verdade, ouso dizer que, apesar de uma boa escrita e uma história muito explorável, eu não consegui entender qual era a intenção do autor no fim das contas. O fim é vago, não tem muitas explicações, assim como todo o livro, tudo acontece lentamente e no fim eu só consigo perguntar: "Tá, mas e aí?"
Toda essa história de doações e clones foi muito mal explicada, na minha opinião, é tudo muito subjetivo, as coisas são deixadas no âmbito do implícito, meio que como se fosse pra tomarmos nossas próprias conclusões a respeito, não sei. Eles foram criados com um propósito, tinham uma vida destinada e não podiam fazer nada a respeito, Hailsham era um local que, dentre todos os outros, ainda era bom pra eles, mas no fim de tudo não adiantava de nada, o futuro deles era o mesmo, fosse qual fosse a caminho até lá. Beleza, eu entendo o ar filosófico que isso tem e até acredito que seja um bom meio utilizar esse livro para discutir sobre direitos humanos visto que eles comentam muitas vezes sobre "ser" ou "não serem" seres humanos normais e também o fato de terem escondido muito deles durante toda a vida, mas, sinceramente, achei uma escolha sem graça para o vestibular. Definitivamente não é um livro que eu leria por vontade de própria - o que me pouparia da decepção - mas também não é abominável nem nada do tipo. É uma leitura sem graça, no mínimo, tediosa. Não dá aquela sensação de querer sempre ler mais, é tudo meio estático, mesmo quando eles criam tensões e conflitos, tudo soou a mesma chatice.
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_bbrcam 31/05/2023

Fez um "boom" na minha cabeça
Achei genial a abordagem do autor, muito interessante. O plot twist no final então me deixou lelé. Uma leitura maravilhosa!!
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Raphs 13/05/2020

Término
Mais um livro que eu termino e fica um vazio; alguns livros terminam para mim com um gosto de quero mais porem esse não, esse terminou mesmo e ai que fica o vazio, não da para ser preenchido...
Ele é um livro feliz e ao mesmo tempo triste, você ri e sofre junto com os personagens, você vai sentir emoção r vai se apegar aos personagens.

Você demora um pouco para entender a passada do livro, parece que nada acontece, até que entende aonde o livro quer te levar...

Começamos sem nenhuma informação do universo a nossa volta e isso é normal, você não vai entender nada até um certo período do livro porem com um tempo o autor vai explicando algumas coisas e quando você percebe já entendeu tudo(ou quase)...

Como disse é um livro alegre e não é, especificamente para mim ele foi triste, mas é questão do meu momento atual.

Aproveite ;)
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Marina 07/11/2022

Abandonável
Os capítulos são muito grandes, mas depois de alguns o costume vence e a leitura fica mais rápida, pela minha sorte. Começou o livro e eu estava curiosa sobre como as coisas iriam decorrer, mas a cada página parecia que a história girava em círculos constantemente sem nada realmente instigante e novo.

A construção de humanidade nos clones realmente é um ponto positivo, talvez o único. Todo o resto é bem monótono, pelo menos ao meu ponto de vista. Um livro de 344 páginas que se fosse de 200 e pouco teria o mesmo efeito e me roubaria muito menos tempo.
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SSandes 08/06/2020

História longa e incoerente, faltou explicações e foi nítido a enrolação do autor, diversas vezes encontrei algo como "não vou falar sobre isso agora"; "antes de falar sobre X, preciso explicar o que acontceu antes" e por ai vai....
A maioria dos personagens eram chatos, a excessão é Tommy, vontade de por ele num potinho ?
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Paula @contrapontodaleitura 14/06/2020

Não me abandone jamais...
É difícil colocar este livro dentro de um só gênero. Drama, mistério, ficção científica, romance? Encontramos todos estes elementos e muito mais na história que a protagonista Kathy vai nos contar. No presente ela está com mais de trinta anos, no final da carreira de cuidadora. Mas para entender quem ela é, ou o que ela é, e o que exatamente ela faz, precisamos voltar no tempo, começando pela sua infância em um internato peculiar cheio de segredos, chamado Hailsham, passando por todas as etapas do seu desenvolvimento.

Ao seu lado temos seus amigos Ruth e Tommy, que juntos criam um laço de amizade que permeia toda a narrativa. Pode-se dizer que a amizade é um dos grandes pontos da história. Como conhecemos as pessoas que chamamos verdadeiramente de amigos, até onde essa relação pode chegar, e como o tempo e o crescimento atuam na modificação da estrutura de uma amizade.

Do outro lado temos individualmente cada um tentando encontrar o seu lugar em um mundo que parece já ter determinado o futuro de cada um. Refletimos como a inocência é importante na infância, e é a base para que possamos aprender e crescer, pois se já sabemos onde vamos chegar, a jornada perde a sua motivação, a razão de aproveitar o presente e as descobertas, e perde aquilo que faz a vida se movimentar em frente, rumo ao eterno desconhecido. Também, com a passagem da infância para a vida adulta, vemos a crueldade do mundo em que vivemos e como cada um escolhe um caminho para enfrentá-lo.

No final temos todas as revelações dos mistérios que permeiam o livro, o que abre ainda mais discussões sociais e filosóficas sobre a existência humana, e nos deixa com o coração na mão. Vencedor do prêmio Nobel de literatura, é relato tocante sobre a vida, amizade, crescimento e encontrar o seu lugar no
mundo. É o tipo de livro com várias camadas, sujeito a diversas interpretações, e que continua a engrandecer após o término da leitura.

*Para mais resenhas e conteúdo literário siga no instagram: @contrapontodaleitura
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Mari 10/11/2022

fui ler pela recomendação da UERJ, mas o jeito que fiquei envolvida na história é absurdo. Eu amo muito essa ideia de mostrar a realidade das coisas e o quão impotentes nós somos em relação à grandiosidade dos acontecimentos. Todo o conceito desse livro me agradou muito, a relação dos personagens também foi abordada de maneira muito interessante (que vez ou outra me estressou mas é sobre isso)
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Fernanda Sales 07/05/2021

Diferenciado
Adorei essa obra, que é a primeira que leio do autor, achei a história diferenciada e instigante. Vale 4/5 sem dúvida.
Pretendo ler mais livros deste autor que tanto me surpreendeu.
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Gisele @li_trelando 13/05/2021

O silêncio que precede o esporro
Quando termina e a gente se propõe a refletir a fundo sobre tudo que leu, é que percebemos como esse livro te impactou.
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