Cris 27/12/2023Devastador“Era um homem pobre num sistema de justiça criminal que trata você melhor se você é rico e culpado do que se for pobre e inocente.” Pág. 10
A história deste livro é revoltante, angustiante e devastadora.
Anthony Ray Hinton, o autor deste livro, foi preso em 1985 por crimes que não cometeu.
Ele foi acusado de dois assassinatos no estado do Alabama, e por conta disso, foi condenado à pena de morte.
Ele era um homem negro e pobre em um lugar extremamente racista e devido a uma série de erros, incompetência e preconceito, foi condenado injustamente, ficando 30 anos no corredor da morte em uma prisão de segurança máxima.
Esta foi uma das histórias mais comoventes e chocantes que eu já li. A história deste homem é de cortar o coração. Chega a ser inacreditável tudo o que Anthony precisou enfrentar.
O livro é muito indigesto, as descrições são pesadíssimas, porém, também temos que reconhecer a força e fé deste homem, e como ele conseguiu suportar tudo ao longo destes 30 anos é realmente um milagre.
O livro traz muita reflexão sobre esta questão do sistema judiciário dos EUA e também do Brasil, quando fazemos um comparativo entre eles. E é impossível não se comover com a existência de tantos casos de pessoas condenadas indevidamente.
O filme “Just Mercy” (Luta por justiça, no Brasil), conta uma história do mesmo advogado que ajudou Anthony - Bryan Stevenson, que também ajudou a libertar um outro homem negro condenado injustamente. Também é uma história impressionante, inspirada em fatos, onde a história do Anthony é mostrada brevemente. Já tinha assistido quando foi lançado nos cinemas e revi depois de ler, recomendo muito também.
Comecei a ler o livro achando que não ia me agradar, por causa do discurso extremamente positivo e carregado de teor religioso que o autor adota após passar por tamanha provação, porém, terminei o livro em meio à lágrimas, e não encontro palavras suficientes pra recomendar esta história para todas as pessoas.
“Porque não há como saber o exato segundo em que sua vida muda para sempre. Só dá para começar a entender esse momento olhando para trás.” pág. 293
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