Resenhas - No fundo do poço

Nathalie.Murcia 16/06/2019

Uma protagonista forte e resiliente
Trata-se da continuação de Cidadã de Segunda Classe. Nesse volume, Ada, já sem o marido, e com as cinco crianças pequenas, se muda para um condomínio de apartamentos, no subúrbio londrino, em péssimas condições de higiene e salubridade ("o fundo do poço"), com a ajuda do Conselho Assistencial da cidade. Nessa nova moradia, Ada acaba se socializando com as vizinhas, cujas condições de vida são similares à dela, gerando um sentimento de solidariedade e acolhimento motivados pela pobreza e infortúnios em comum. Essas pessoas são conhecidas como "famílias-problema". Após engolir o orgulho, Ada é obrigada a abandonar o trabalho para cuidar dos filhos, e viver do seguro-desemprego. A exemplo do primeiro livro, a escrita de Buchi é ágil e prende o leitor, de forma que li em apenas dois dias. Contudo, achei o primeiro volume ainda mais interessante. Espero que no terceiro, a ser lançado em 2020, Ada finamente consiga dar a volta por cima e concretizar seus planos de terminar a faculdade e se tornar uma escritora de sucesso. Nesse segundo livro restou bem evidenciada a situação precária das mulheres com prole numerosa, dependentes exclusivamente dos benefícios sociais, sendo que a maioria não conta sequer com a ajuda do companheiro. A escritora também nos induz a refletir respeito da dependência que esses benefícios governamentais geram aos seus contemplados, assim como aborda a questão do alcoolismo, da violência doméstica e da falta de planejamento familiar, que afetam sobremaneira a camada mais baixa da população. Estou ansiosa pelo terceiro volume.
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Gisele567 07/02/2023

No fundo do poço
A obra " No fundo do poço" de Buchi Emecheta, narra a história de vida de Adah, a personagem principal que também protagoniza "O preço da noiva" e "Cidadã de segunda classe". No último livro da trilogia "No fundo do poço" Adah se depara com as dificuldades de viver em um país que adotou como seu, a Inglaterra, e também de criar seus filhos nessa cultura, sem ao menos terem conhecido a terra Natal de Adah, Nigéria. Exemplo de personagem forte, pensante e com resiliência na busca de uma vida melhor, uma mulher que tem seu preço como noiva, considerada de segunda classe e chega ao fundo do poço, para tentar sair e progredir.

Rafaella 18/01/2023

Quem disse a eles que o diabo era negro?
Esse é o segundo livro da Buchi que eu leio e eu estou amando a escrita da autora, pois mesmo como uma escrita mais simples ela consegue dar intensidade ao que está contando.
Esse livro mostra o quão importante é a vida em comunidade, pois quando se tem pouco, as pessoas acabam se tornando o bem mais precioso. Além de mostrar o quão difícil é a realidade de mulheres negras e mães solo, mostrando que mesmo sendo inteligentes e trabalhadoras, as vezes elas acabam sendo dependentes do sistema e de auxílios por falta de oportunidade.

Josue.Fagundes 21/04/2020

No fundo do poço
Esse livro é espetacular, recomendo ler primeiro Cidadã de Segunda Classe, da autora.

Andrea 18/11/2022

O que são famílias problema?
A continuação da saga de Adah me despertou muitos incômodos sobre a nossa forma de olhar para as pessoas que são assistidas por programas de assistência social. Achei muito tocante quando a personagem percebe que aquelas pessoas com quem se vê obrigada a conviver no residencial Pussy passam a ser seu suporte emocional, uma vez que está longe de sua família. Refleti sobre a importância da vida comunitária, das trocas afetivas e da ajuda mútua que vão sendo cada vez menos valorizadas em nome da privacidade e do apelo às conquistas individuais.
Esperava um desfecho diferente, mas acho que faz parte da ideia que a autora queria passar.
A vida de Adah é contada de forma bastante realista, sem espaço para reviravoltas românticas e idealizadas.

carol 07/08/2020

Extremamente sensível
Foi o primeiro livro que eu li da autora, seguindo a ordem em que foram escritos e não a ordem de publicação. Foi uma ótima decisão, porque eu me envolvi muito mais nesse do que em "Cidadã de segunda classe".

"No fundo do poço" me despertou muitos sentimentos e, no final, parecia que eu conhecia cada canto do lugar em que Buchi viveu. O forte do livro não são os grandes acontecimentos, mas sim como a escrita cativa o leitor pela construção de sentimentos, por meio de uma linguagem tão sensível e simples. A vivência da autora é muito dolorosa e, durante a leitura, as dificuldades são quase palpáveis. Terminei o livro querendo ler as outras obras dela.

Selennie 28/09/2020

Me pergunto o que alguém que não leu "cidadã de 2a classe" vai pensar da Adah.
O livro não é ruim, mas comparado ao anterior é bem insosso.

Livro da Mochila 20/03/2022

Adah no fundo do poço
Adah, a "cidadã de segunda classe", se divorcia e continua sua caminhada, agora com 5 filhos.
Por ironia do destino, descobre a 5ª gravidez assim que recebe sua carta de alforria.
Em no "No fundo do poço" , Adah descreve suas dificuldades e alegrias ao se mudar para o residencial que abriga as "famílias-problemas" dependentes do serviço social londrino.
Mas como sempre, nossa guerreira não se faz de vítima, passa a estudar, coloca seus filhos na escola, coloca como meta o futuro bem sucedido de cada criança que habita seu ser e o sonho de voltar à sua terra natal para morrer feliz e em paz.
Adah sai do "Fundo do Poço" , agora mora em um local limpo, confortável, mas nada acolhedor, pois o calor humano às vezes é raro nos bairros mais nobres...
"Cidadã de segunda classe" e "No fundo do poço" são histórias da vida de Buchi Emecheta, com alguns toques ficcionais, que me enchem de orgulho dessa mulher guerreira, que luta pelos seus e não desiste apesar dos percalços da vida.

site: https://instagram.com/livrodamochila

Giovanna 08/12/2020

Sororidade
Massa! Terminei o livro pensativa pois no final me veio a impressão de que o fundo do poço também é metafórico... enfim, muito bom! Muito legal ver a sororidade entre as mulheres, mesmo em ambientes tão inóspitos

Raysa Pinheiro 13/01/2022

Livro potente
O livro é a continuacao do "cidadã de segunda classe". A leitura é fluida e traz como temáticas a questão da migração, o feminismo e os problemas dos mais pobres na Inglaterra, em sua maioria migrantes, mulheres e mães abandonadas ou não por seus maridos. Eu amo o jeito que a Buchi Emecheta escreve.

Cris @cristinadaitx 28/12/2021

Uma mulher forte, que cria sozinha seus filhos, morando em um lugar que denominado "fundo do poço". Mas, sua luta para defender aqueles que ama não tem fim, e é através da educação que ela pretende mudar o seu destino. Mais uma vez, a autora me surpreende com uma história encantadora, com mais uma mulher forte e determinada, e que representa muitas outras mulheres que lutam por dignidade.

Thayná 25/02/2021

Dos livros da Buchi que já li, esse é o mais fraquinho. Não é tão impactante, apesar de bem escrito, além de ser a continuação do "Cidadã de segunda Classe" e, enquanto o primeiro livro traz uma tomada de consciência e percepção de identidade, esse traz uma Adah resignada novamente, além do final ser muito aberto. Acredito que pelo padrão dos outros livros da autora e da potência da primeira parte, esperava mais.

Faluz 13/05/2021

Vivendo - NO FUNDO DO POÇO
Alah é a mesma personagem de CIDAD˜A DE SEGUNDA CLASSE de Buchi Emecheta. Nesse livro temos a protagonista vivendo num abrigo de assistência social inglês em que "famílias problema" se instalam enquanto aguardam ajuda para conseguir um novo lugar para morar.
Sua luta para sobreviver, estudar, trabalhar e criar os filhos com orgulho e outros valores que os dignifique. Dificuldades em sobreviver, mas um caminho para superar.

Lisi 21/06/2021

A sequência de Cidadã de Segunda Classe é um relato um pouco mais arrastado, mais lento de se ler. Mas não por ser um livro ruim, mas sim pela densa história cheia de inseguranças, pobreza, sofrimento e um eterno sentimento de não pertencimento.

Como todos os outros livros de Buchi, esse é tão impactante quanto os outros.

Amanda 28/04/2024

No fundo do poço
Continuando a história de "Cidadã de segunda classe", agora a narrativa se passa em uma "vila" em que a protagonista passa a morar com seus filhos. A história retrata a dificuldade de tentar ser mãe solteira e pobre, em um local que as duas coisas são consideradas uma problema.