As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Drighi 29/07/2021

Saramago foi um escritor que fez parte da minha grade de estudos na faculdade, mas por conta da "fama" que o autor tinha não me atrevi ler nenhuma de suas obras. No entanto, por conta do grupo de discussão literária que faço parte em minha cidade, As Intermitências da Morte foi escolhida pelo voto coletivo e senti-me, de certa forma, obrigado a ler.

Confesso que essa foi uma das obrigações mais prazerosas que já tive. Digo mais, num momento oportuno para ler sobre a morte quando ela bate às nossas portas todos os dias. José faz uma crítica às dois pilares da sociedade: religião, estado. Ele aborda de uma forma crítica a morte e como a ausência dela é a instauração de caos para as esferas citadas.

Percebe-se no decorrer da obra tanto o riso irônico quanto a comicidade como instrumentos de crítica mordaz a instituições sociais, políticas e religiosas do mundo contemporâneo. Exemplar, nesse sentido, é o diálogo entre o primeiro-ministro e o cardeal, o qual se dá
no início do relato, logo que se difunde a percepção de que ninguém mais morre no
país; eles conversam, por telefone, sobre as situações complicadas do Estado e da Igreja ante a ausência da morte.

Uma obra necessária e que recomendo a todos leitores. Termino, minha resenha, com o trecho a seguir:

“Houve uma nova pausa, que o primeiro- -ministro interrompeu, Estou quase a
chegar a casa, eminência, mas, se me dá licença, ainda gostaria de lhe pôr uma
breve questão, Diga, Que irá fazer a igreja se nunca mais ninguém morrer, Nunca mais é demasiado tempo, mesmo tratando-se da morte, senhor primeiro-ministro, Creio que não me respondeu, eminência, Devolvo-lhe a pergunta, que vai fazer o estado se nunca mais ninguém morrer, O estado tentará sobreviver, ainda que eu muito duvide de que o venha a conseguir, mas a igreja, A igreja, senhor primeiro-ministro, habituou-se de tal maneira às respostas eternas que não posso imaginá-la a dar outras, Ainda que a realidade as contradiga, Desde o princípio que nós não temos feito outra cousa que contradizer a realidade, e aqui estamos, Que irá dizer o papa, Se eu o fosse, perdoe-me deus a estulta vaidade de pensar-me tal, mandaria pôr imediatamente em circulação uma nova tese, a
da morte adiada, Sem mais explicações, À igreja nunca se lhe pediu que explicasse
fosse o que fosse, a nossa outra especialidade, além da balística, tem sido neutralizar, pela fé, o espírito curioso, Boas noites, eminência, até amanhã, Se deus quiser, senhor primeiro ministro, sempre se deus quiser, Tal como estão as cousas
neste momento, não parece que ele o possa evitar".
Meus Anos Em Livros 08/02/2022minha estante
Estou lendo atualmente e essa foi uma das passagens que eu marquei por ter me chamado muita atenção! O livro realmente está sendo excelente!




Drica 07/09/2010

morte...
A morte pareceu-me a mais linda das donzelas, a mais compreensiva com os seres humanos, a mais encantadora das coisas... Impossível não temê-la, inevitável não entregar-se à ela.
assisoliveira 08/10/2010minha estante
Fazer da morte um poema. Surpreendente!




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Rafael Kerr 29/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Vinicius.maris 20/06/2024

A morte não é e NUNCA será uma inimiga.
Não tem como falar da morte sem questionar a vida. Viver é uma dádiva, um alívio. Acordar todos os dias e sentir que o seu coração ainda está batendo no seu peito, sentir o ar saindo e entrando dentro de seus pulmões é libertador. Por mais que seja um acontecimento que passa despercebido por muitas pessoas, elas se sentem contentes por estarem vivas, ou pelo menos deveriam. Desde que nascemos, temos uma certeza: "iremos morrer algum dia". Não saberemos quando, onde e como. A morte é vista como uma inimiga, algo cruel, egoísta, injusto. E apesar dos julgamentos cegos que deixamos nossos sentimentos e emoções fazerem, e se nós não somos os vilões da história? Será que querer viver para sempre não é um pensamento egoísta? O mundo não iria suportar se as pessoas não morressem. O livro "As intermitências da morte" de José Saramago retrata este lado da morte. O que aconteceria se a morte saísse de cena? Em um universo distópico, Saramago faz com que um país inteiro sofra as consequências da iminência da morte, ou seja, a falta dela. Acompanhamos a morte vendo as pessoas implorar pelo fim da vida, algo que nunca foi visto antes. Na primeira parte do livro, temos uma crítica social. Como o governo iria agir com a "imortalidade"? Seria um caos na saúde, na mão de obra, no mercado e principalmente na religião. Caso esteja se perguntando de qual forma a ausência de algo que nos faz mal, que nos deixa triste, afetaria nossa vida? Eu poderia lhe responder, mas você terá que ler o livro e descobrir por si só.
A morte é a única certeza que temos na vida e o maior mistério que nunca iremos descobrir, não enquanto estivermos vivos. Existem várias teorias sobre a morte, nenhuma concreta, comprovada, até porque ninguém morreu e voltou à vida para contar. Até onde se sabe.
Na segunda parte do livro, teremos a morte em destaque e sua relação com o violonista. É nessa parte que podemos compreender a genialidade de José Saramago na literatura. A morte retorna do seu descanso de 8 dias, o que foi suficiente para abalar não só o país em questão, mas o mundo inteiro. Pessoas tentavam entrar no país para viver e pessoas tentavam sair para morrer. Apesar das controvérsias, elas tinham algo em comum: o "desespero", a busca por algo que acabaria com seus problemas. O livro traz várias reflexões e uma epifania que tive foi: se a morte parasse de existir, o ser humano conseguiria encontrar uma cura para todas as doenças? Ou melhor, uma fórmula para juventude. A morte acaba, mas o tempo não. A doença e a miséria continuam. A morte é o fim de um ciclo e um início para uma nova vida. A morte é, para muitos, um alívio final, o descanso merecido. Apesar de tudo, a maior doença que existe na terra será a arrogância do ser humano e isso só a morte pode acabar. Todos os problemas, doenças e catástrofes são consequências de ações, nossas ações. Viver é lindo, mas é algo raro, pois a maior parte dos seres humanos apenas sobrevive. Vivem no automático. Não vejam a morte como inimiga. Ela é necessária para estarmos vivos. É o motivo de querermos viver e aproveitar os momentos com nossas famílias e amigos. A morte não tira, ela devolve o conforto que um dia você teve antes de ver a luz.
Falando da escrita e da tipografia do livro, é um tanto desafiadora, mas é um livro bem-humorado e reflexivo. Me encantei pela obra e pelo autor. Espero ler mais algumas obras dele.
LetAcia.Melina 20/06/2024minha estante
é como dizem " a morte resolve tudo"




Sam.Menezes 03/09/2021

as intermitências da morte ?
Em um determinado país, as pessoas pararam de morrer, a morte, magoada por ser tão detestada pelos seres humanos, decide parar de cortar o fio da vida de cada um. Pessoas que sofriam acidentes gravíssimos, doentes terminais, velhos, simplesmente não morriam mais.

À princípio as gentes se sentem agraciadas por Deus, por desfrutarem da imortalidade, mas como tudo o que acontece têm consequências, e aqui não seria diferente, tomaremos conhecimento delas.

Saramago com inteligência levanta questões sobre religião e moral, também veremos uma crise existencial da morte, com um toque de humor e ironia.

A narrativa se perde um pouco por repetição, mas lá pela página 130 se recupera quando algo inesperado acontece com a morte, o que resgata a atenção do leitor. Espectativas supridas com sucesso. ???

Sobre a escrita, estranhei um pouco no começo, os diálogos não são separados do restante do texto, e falta pontuação, o que dificulta um pouco a leitura e exige mais atenção, mas depois você se acostuma com a escrita do autor.
Franciele.Simonett 14/09/2021minha estante
Gostei da resenha???




Isis C. 15/12/2009

Incrível
Mais um daqueles livros que até a metade eu tive que me forçar pra não abandonar (detesto abandonar livros, por isso sempre insisto até o final). Até a metade apenas, pq valeu muito a pena ler!

"As intermitências da morte" foi o primeiro livro do Saramago que eu li, e tive que "aprender" a lê-lo. O autor tem uma forma diferente de colocar os diálogos, e tive que reler algumas páginas várias vezes até me acostumar com a falta de travessão ou aspas para as falas. Depois que passa essa fase inicial de se acostumar com a leitura, flui naturalmente.

O tema é incrível, pois todo mundo imagina que seria ótimo se ninguém mais morresse. É isso que ocorre no país em que se passa a história, enquanto todo o restante do mundo continua normal. Primeiramente há uma euforia por parte da população, mas depois as desvantagens começam a surgir. Pessoas em fase terminal, doentes, acidentados, todos esses agonizam nos hospitais pq não podem morrer. Pessoas fogem pela fronteira para conseguirem morrer. É um assunto que traz uma grande reflexão, e ensina a gente a dar valor a vida e respeitar a morte. Recomendadíssimo! ;)
Karol Vale 16/12/2009minha estante
Fora o fato de ter gostado do livro desde o começo, tivemos a mesma experiência: esse também foi o meu 1º livro do Saramago e tive de me acostumar com seu estilo de escrever. O que eu mais gostei foi a plausibilidade e a lógica das projeções feitas no livro. Simplesmente fantástico.


claudiney 06/07/2010minha estante
Acredito que o autor pôs em análise sua visão de como se dão as coisas no mundo real. As relações cotidianas estão atadas de forma invisível e pode resultar em desastrosas conseqüências após determinado acontecimento. Talvez por isso ele tenha se isolado do mundo.




Indiano 18/05/2022

Uma obra-prima!
Admito que é meu primeiro contato tanto com José Saramago quanto com esse tipo de escrita portuguesa. O início foi um tanto difícil por causa da adaptação mas fui prosseguindo e não pude negar minha empolgação, pois José Saramago é um gênio. O modo como ele aborda a importância da morte e o que a falta dela ocasiona a um país e ao ser humano nos toca de uma forma que refletimos se realmente vale a pena ou não ser imortal, mostrando que é a morte que dá sentido a vida.
Núbia Cortinhas 19/05/2022minha estante
Adorei a sua resenha! ???




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Dudu 13/01/2022minha estante
Outra coisa que esqueci de mencionar é em como o livro é narrado. O narrador parece estar sempre "ao nosso lado", no sentido de que parece que estamos dentro da cena, com uma pessoa que nos explica o que está a se passar e onde estão localizadas as coisas importantes, por exemplo "aqui fica uma porta, e ali nós temos uma janela". Eu achei isso muito bacana, porque a sensação que dá é de que estamos vendo as coisas assim como a morte, quando ela fica observando o violoncelista sem que ele a veja.




Luana 21/08/2021

Tudo depende do ponto de vista
O que seria um evento tão desejado, considerado um ?milagre?, neste livro torna-se um ?encosto?.
Essa narrativa sobre o fim da morte faz o leitor repensar um fato da vida, e escancara a ausência da vilania óbvia da morte, esta temida personagem, que - diga-se de passagem - é interessantíssima! Para quem gostou do Evangelho Segundo Jesus Cristo, esse livro é outro irmão digno.
Amanda 21/08/2021minha estante
4,5??! Saramago se tornou aquele cuspe pra cima! Rs Ainda bem, né?




Letícia 03/07/2021

Depois de uma experiência maravilhosa com A Caverna, senti uma urgência enorme de desbravar o resto da obra de Saramago. Querendo prolongar minha conversar com o português, corri para ler As Intermitências da Morte, um dos livros mais recomendados por vocês para começar a lê-lo.

Publicado em 2005, o romance narra a estória de um país em que um dia a morte, cansada de ser tão injustamente detratada pela humanidade, decide suspender suas atividades. Durante os sete meses seguintes, mais ninguém morre. Mas o que a princípio poderia parecer uma benção divina, acaba se mostrando um desastre socioeconômico, político e religioso sem precedentes.

A partir daí, a trama se divide em dois atos. No primeiro, observamos as consequências práticas da greve da morte. E são várias, algumas mais previsíveis, outras completamente surpreendentes e que só uma mente tão inventiva quanto a de Saramago poderia criar. Ele, aliás, não economiza na acidez, na ironia e nas críticas ao governo, à Igreja, à mídia e ao falso moralismo de uma sociedade que trata idosos e enfermos como "pesos mortos". Já no segundo ato, o romance dá uma guinada inesperada e passamos a acompanhar o cotidiano da verdadeira protagonista do livro: a morte.

Saramago nos coloca em nossos devidos lugares, evidenciando nossa insignificância diante do universo e dos outros seres vivos com quem o compartilhamos. Mais uma vez, ele nos faz refletir sobre aquilo que tomamos como dado e há muito deixamos de questionar, seja pela angústia de olhar para o que nos causa dor ou pela alienação promovida pelo sistema em que vivemos.

Afinal, viver uma meia vida, é viver? Subsistir é viver? Morrer em vida, permanecendo apenas à espera do encontro com a senhora de manto negro e foice, é vida?

Neste segundo contato com o autor, me deliciei novamente com a forma como ele exalta a arte, enquanto experiência estética definidora do caráter humano e sem a qual não podemos viver. Reencontrei, além disso, suas divagações e a metalinguagem constante. Só posso concluir dizendo que a cada dia cresce mais meu fascínio por Saramago.

site: https://www.instagram.com/pulsaoliteraria/
Alê | @alexandrejjr 03/08/2021minha estante
Que resenha deliciosa!




Laura Lima 19/10/2021

Espetacular
Eu simplesmente não esperava por esse final, de forma alguma. Que livro fantástico.
No começo eu achei que não me acostumaria com o estilo de escrita do autor, mas quando vi, já estava completamente envolvida por toda a história, e quando dei por conta já tinha chegado ao fim. E QUE FIM!!!
LEIAM esse livro. Saramago me ganhou!
Silvio 19/10/2021minha estante
Eu também adorei e, já que gostou, recomendo "Ensaio sobre a Cegueira"!




Giullian.Monteiro 05/06/2022

A morte nem é tão complicada quanto a vida
Demora muito a engatar e a ficar realmente interessante... na verdade, só o fica mesmo quando a morte é apresentada como uma personagem, mas quando isso acontece: Jesus, fica mtooo envolvente e legal, sério!!!
Giullian.Monteiro 05/06/2022minha estante
Ah, tá!! Esqueci de falar que o autor n sinaliza diálogos com travessão, nem pontos de exclamação ou interrogação. No começo eu fiquei: wtf!! Ta doido cara?!?! Mas dps me acostumei e a leitura fluiu igualmente como se houvesse a pontuação geralmente utilizada.




Anna.Beatriz 07/10/2021

a marca escura da tua irremediável humanidade.
"Apesar de tudo, a morte que agora se está levantando da cadeira é uma imperatriz. [...] olhando com benevolência o rebanho humano, vendo como ele se move e agita em todas as direções sem perceber que todas elas vão dar ao mesmo destino, que um passo atrás o aproximará tanto da morte como um passo em frente, que tudo é igual a tudo porque tudo terá um único fim, esse em que uma parte de ti sempre terá de pensar e que é a marca escura da tua irremediável humanidade."

Ler esse livro foi uma experiência singular para mim, pois sempre tive muita dificuldade de encarar, pensar e conversar sobre o tópico morte. A um tempo atrás seria incapaz de sequer começá-lo. E em cada uma de suas linhas aqui escritas Saramago me mostra o por quê desta aversão. É muito complexo e nos desencadeia muitos sentimentos intensos pensar sobre a finitude da própria existência. Entretanto o autor o faz de maneira tão poética e linda que nos encanta, nos emociona, nos transmite paz e leveza.

Ao contrário do que pensei que aconteceria, essa leitura não me trouxe melancolia ou sentimentos semelhantes. Me trouxe amor e encanto pela existência. O final me surpreendeu completamente, não esperei o rumo que a história veio a desencadear. O começo desse livro parece até mesmo "ser uma outra história", no meio achei que se perderia, mas ao fim todos os pontos se encaixaram e fizeram jus a esse ensaio digno de um vencedor do prêmio Nobel de literatura.

Essa foi minha primeira leitura de José Saramago, me falaram muito das dificuldades de sua escrita única. Mas, pra ser sincera, isso não foi um grande obstáculo pra mim. Me acostumei bem rapidamente com o seu modo de escrever, não tive grandes problemas em entender os diálogos. No começo pode haver um estranhamento, mas em poucas páginas você se acostuma.

Enfim, não tenho uma crítica significativa sequer a fazer. 5 estrelas.
Michelly 07/10/2021minha estante
Foi o primeiro livro que li dele e foi uma maravilha.




Sabrina 03/02/2022

Saramago é genial
Como abordar um tema como a morte arrancando risadas e não obstante provocando muitas reflexões? Saramago com sua genialidade sabe bem como fazer: ?No dia seguinte ninguém morreu?! Essa frase dá início a uma série de desdobramentos pró e contra a suspensão da morte, que inclusive se personifica durante a leitura em uma morte com letra minúscula, ?esta pequena morte cotidiana que eu sou?. Que livro delicioso! que final surpreendente! Uma leitura imperdível!
Rafael Kerr 03/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




@unirversoecafe 08/02/2022

Um jeito diferente de ver a morte !
E se de repente, as pessoas parassem de MORRER?
É respondendo a esta pergunta que Saramago entrega ao leitor uma obra leve, bem humorada e muuuito irônica, principalmente por parte da igreja. Embora seja uma ficção, o autor traz acontecimentos e aflições reais do cotidiano que torna o leitor refém da leitura: ESSE LIVRO É UM VÍCIOOOO, não dá pra parar de ler!!
A obra conta a aflição de um país que em um belo dia, sem mais nem menos, as pessoas pararam de m0rr£r!! Isso mesmo, até aquelas que estavam em leito de m0rt£, nos seus últimos suspiros não morreram.
Cansada de ser odiada pelos humanos e ser vista apenas como uma caveira, a morte decide dar um tempo, ficar em off! E é aí que a coisa começam a desandar, porque embora ninguém morresse, a velhice estava presente e as pessoas envelheciam e ficavam agonizando e sofrendo sem chegar ao último suspiro, e para a família, isto era mais doloroso que a própria morte.
Para o governo, em primeiro momento, foi maravilhoso: Se ninguém morre, está tudo bem. Dizia o Primeiro Ministro.
Para o clero era o fim: ?Sem morte, não há ressurreição?
Para as funerárias era o fim dos negócios.
No meio de todo esse caos, Saramago explora de forma irônica a postura da igreja com seus fiéis, o sofrimento dos enfermos e como o ser humano lida com a não morte.
O que me chamou a atenção é que embora a morte seja um evento que ninguém, ou quase ninguém, esteja preparado é ela que torna a vida tão preciosa, tão única. A vida só tem sentido porque a morte existe. É um fato estranho de se dizer, eu sei. Mas Saramago explora de forma sábia e precisa esse acontecimento natural, e além disto, ele traz a visão da própria morte tornando-a personagem principal.
Quer saber o que acontece no país que ninguém morre??? Só lendo para saber hahahaha
Rafael Kerr 08/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




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