Stephanie.Nietto 15/07/2020
Para Clarice, com amor
Eu disse pra minha amiga Ari que eu ainda sou café com leite nas resenhas, mas segundo ela eu vou me acostumar.
Esse foi meu primeiro livro da Clarice, por quem me apaixonei imediatamente vendo duas vezes seguidas sua entrevista para o programa Panorama em 1977 .
Eu fiquei hipnotizada por aquele olhar, que ao mesmo tempo que transparecia uma mulher forte e inteligente, trazia com consigo o cansaço e melancolia.
Escrevendo para Olga Borelli, ela declara: "Sou uma mulher simples. Não tenho sofisticação. Parece que me mitificaram. Eu não quero ser particular".
No entanto, para sua grande insatisfação, isso não foi possível, e arrisco dizer que nunca será. Para mim, Clarice será sempre particular e em cada conto (ou não conto) que lia, sentia o coração quentinho só por saber que cada história profunda, mesmo que explorando as situações mais corriqueiras da vida, foi escrita por uma grande mulher.
Portanto, Clarice, enquanto houver obras suas para que eu as devore e me perca completamente, vou sentindo essa felicidade clandestina que só você poderia descrever.
(o link da entrevista ta aqui também!)
https://www.youtube.com/watch?v=ohHP1l2EVnU
site: https://www.youtube.com/watch?v=ohHP1l2EVnU