The Catcher in the Rye

The Catcher in the Rye J. D. Salinger




Resenhas - The Catcher in the Rye


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Dan 21/12/2010

If a body catch a body....
O livro não é dotado de nenhum acontecimento explosivo ou epifanista. Mas o caminho do jovem Holden da primeira a última palavra, refletem muito a minha pessoa. Caulfield sem dúvida sempe foi um pedaço meu, mesmo antes de eu conhecer sua história, muito parecida com a minha.
Eu também um dia quero ser um apanhador que pega criancinhas de abismos sem fundo. Apesar de ser breve e linear, tem uma profundidade para qualquer um que se enxergue nessa história.
PaulaF 12/07/2013minha estante
Muito bem dito, como todo livro o verdadeiro significado é muito particular e fica nas entrelinhas! :)


Raul 03/06/2016minha estante
"If a body meet a body"...




Fe 19/10/2022

A prova de que um homem branco pode escrever qualquer coisa, fingir que tem um significado profundo que mais ninguém entende e todo mundo vai bater palma. Eu perdi a conta de quantos meses demorei pra ler.
Dai Solyom 19/10/2022minha estante
Eita, perdi até a vontade de iniciar essa leitura


Nalu 19/10/2022minha estante
Finalmente alguém q entendeu meu sentimento com esse troço


Fe 19/10/2022minha estante
É ruim demais, gente, sério!! Quem disse que gostou tá mentindo


Lianne 14/02/2023minha estante
Desisti da leitura, achei péssimo kkkkk




marcellinha 06/11/2023

The catcher in the rye ?
Gostei bastante, o melhor que li pra escola até agr esse ano!

li no começo do ano, mas to atualizando só agr pq eu lixo na leitura.

3?? e meia
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Flávia Menezes 26/06/2021

Às vezes, tudo de que um personagem precisa, é de alguém que sente, e os escute com muita empatia.
No próximo mês de julho, essa história completará 70 anos desde a sua publicação. The Catcher in the Rye (em português, O Apanhador no Campo de Centeio) de J.D. Salinger é um clássico da literatura norte-americana, uma vez que foi uma obra bastante inovadora ao introduzir o assunto da adolescência, além de tópicos que eram considerados tabus para a época como a homossexualidade, alienação, identidade, depressão, com uma boa crítica à superficialidade da sociedade.

Eu não conhecia absolutamente nada sobre a história, e tudo o que li sobre, antes de iniciar a leitura, foram algumas resenhas aqui do Skoob. Algumas resenhas traziam fortes críticas às atitudes imaturas do protagonista, que vale a pena aqui lembrar, tinha apenas 16 anos, além de menções de ausência de empatia pelos personagens, e até mesmo pela história.

Tenho que lhe dizer que, comigo aconteceu exatamente o contrário: eu fiquei imensamente interessada em tudo o que Holden Caulfield tinha para me contar. A obra é narrada em primeira pessoa, e a trama descreve um final de semana decisivo na vida do protagonista, com alguns flashbacks muito bem colocados, e com uma linguagem algumas vezes bem adolescente, com suas gírias e tudo mais, mas sem dúvida, que flui com muita facilidade.

Logo no começo da história, toda a raiva e rebeldia do personagem me chamaram muita atenção, e eu queria saber mais sobre o que havia por trás desse comportamento irritadiço, e sempre tão desinteressado com tudo o que acontecia ao seu redor. Especialmente no que dizia das relações de amizades, com outros garotos da mesma idade que ele, que frequentavam a mesma escola. Quer saber se a minha pergunta foi respondida: sem dúvida que foi!

O relato do jovem Caulfield vai ficando a cada vez mais intenso, mais emotivo e mais honesto. E o mais lindo disso tudo é que em nenhum momento parece vir de um homem adulto. Ao contrário. Em todos os momentos, em sua narrativa, ou em seus diálogos com outros personagens, vemos um jovem adolescente. Claro. Talvez um pouco mais maduro, já que estamos falando de 70 anos atrás, e as responsabilidades dos jovens naquela época, eram um pouco diferentes das que encontrarmos nos jovens da atualidade.

Mas mesmo assim, era um jovem com seus hormônios aflorados, sua irritabilidade de quem busca um caminho para a definição da sua identidade em um mundo de pessoas abastadas, superficiais, e de muitas cobranças, e pouco amor. Em algumas partes, eu fiquei extremamente tocada com a dor do personagem, que ao seu jeito, trazia com muita verdade a sua história e as suas cicatrizes.

Para ler uma história como essa, é preciso muita sensibilidade, pois é como se você estivesse diante de um amigo que vai se abrindo com você com muita coragem, e sem esconder nenhum detalhe. Foi assim que eu me senti diante do relato do jovem Holden Caulfield. E dizer que ele não passa de um garoto rico, mimado e inconsequente, preciso ser honesta aqui, é não ter empatia nenhuma por uma pessoa em um momento de grande dor. Dor por uma perda de uma pessoa que ele muito amava. Dor por ter que ir para uma escola que o afasta do convívio com a família. Dor pelo medo de crescer. Dor por se sentir insuficiente, não inteligente o bastante, e indeciso com o que quer fazer com o resto da sua vida. Pobre Holden. Tudo o que ele consegue pensar é que resto da vida é esse, que alguém que ele tanto amava e tanto admirava, não teve a oportunidade de experimentar?

Talvez, se em nossas escolas pudéssemos ter mais leituras como essas, se pudéssemos fazer com que os nossos adolescentes ousassem em escrever mais sobre a sua vida como o jovem Holden fez, quem sabe os ajudaríamos a compreender mais as suas próprias emoções? Hoje, nesse mundo tecnológico em que vivemos, tudo é tão superficial, tão fake, tão sucinto no que dizemos, que é muito difícil sentirmos abertura para sermos tão honestos sobre o que sentimos como o jovem Holden Caulfield fez comigo, nessa leitura intensa, mas também, tão necessária.

Se você tiver tempo, e quiser exercitar a empatia, então eu te convido a ler essa história. Basta encontrar um lugar bem confortável, se sentar, e convidar o jovem Holden Caulfield para entrar, e lhe contar a sua história. Você vai se surpreender em como alguém tão jovem pode ter tamanha honestidade para lhe contar coisas tão difíceis de se dizer a outro alguém.
Edu Santtos 26/06/2021minha estante
esse livro é tão lindo


Marcos 26/06/2021minha estante
Fláviaaa esse é um dos livros que o Charlie leu, em as vantagens de ser invisível.


Douglas Finger 26/06/2021minha estante
Quero muito ler!


Flávia Menezes 27/06/2021minha estante
Marcos?.mentira?!!! O Charlie leu esse livro?! Que referência essa, viu? Porque, como o Charlie passa por muitas crises psicológicas, esse livro é PER-FEI-TO pra ele!! ????


Flávia Menezes 27/06/2021minha estante
Douglas, leia! Vale a pena. A narrativa é bem gostosa, e a história envolve bastante, porque é um relato bem honesto. Você vai gostar. ?


Marcos 27/06/2021minha estante
Sim Flávia, inclusive ele leu o livro em um momento bem difícil para ele...


Dhewyd 25/01/2022minha estante
Terminei esse livro ontem... gostei da parte que ele conta sobre as crianças no campo do centeio... a parte mais emocionante , quando a irmã Phobe lhe dá o dinheiro das compras do Natal e ele começa a chorar na cama da irmãzinha... Mas algo me deixou um pouco perturbado, o fato de tantos devaneios sem sentido na mente do garoto e dele ser reclamao demais... reclama de tudo e de todos.


Flávia Menezes 25/01/2022minha estante
Jura? Eu não sei, Dhewyd. Confesso que tenho muita vontade de reler, mas o traduzido, porque eu estou curiosa pra ver se a tradução acabou por tornar o livro não tão bom quanto na sua versão em inglês. Porque eu vejo muita gente que não gostou pelo mesmo motivo que você. Mas não sei? acho que por ter uma formação em Psicologia eu encarei essas reclamações além disso sabe? Porque fiquei mesmo muito tocada com o sofrimento dele, da ausência dos pais. E me lembrou muito um livro sobre uma análise antropológica que eu tinha lido sobre os Nova Iorquinos. Bateu muito com essa forma dos ricos de Manhattan se portarem, e a forma como vivem a vida. Mas eu te entendo. Vejo muita gente aqui dizendo o mesmo que você. ??


Dhewyd 25/01/2022minha estante
Pois é... não consegui gostar tanto do livro... tem partes bem interessantes... mas a questão do protagonista em si não é um cara que cativei uma admiração, muito pelo contrário... entendo o sofrimento dele , pela perda precoce do irmão e tudo, mas como um professor dele disse... ele está caminhando para um abismo... e a cada passo está se jogando mais no fundo, o corpo vai cair e ele não vai nem sentir o corpo quicando no chão... Achei ele muito egocentrista, e meio maluco.


Flávia Menezes 25/01/2022minha estante
Compreendo, Dhewyd. E como eu disse, tem muitas pessoas que sentiram exatamente como você e também não conseguiram criar nenhuma empatia por ele. Mas no saldo final, é sempre interessante ler clássicos e ver como eles se relacionam com o momento em que vivemos atualmente, e observar as mudanças na forma como vemos e nos relacionamos no mundo. ??




Júlio Leite 01/02/2013

That book killed old me.It really did.I was all set to puke when I came to this library downtown and saw all these morons spending tons of dough to buy novels to phony girls who would never spare a godamn minute to read them. I swear to god I'm a madman. I really am.

Sleep tight you morons!


Agora falando objetivamente, é um livro que li duas vezes (cada vez em apenas três dias).

Realmente não tem um enredo super aprofundado, mas o diferencial é que a imaturidade é gritante no livro. Vemos todos os pensamentos diretamente da perspectiva do adolescente problemático.

Ele não poupa maldições mentais, não tem escrúpulos em expor a falsidade e desmoralidade das pessoas.



Cinco estrelas e pretendo ler a terceira vez, talvez nesse ano, talvez no próximo, ou talvez em dez anos.
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Gabriel.Chiquito 02/04/2022

Se percam com Holden, e aproveitem
Confesso que lutei muito com esse livro no começo, enquanto ainda não entendia a proposta dele. Porém, depois de descobrir, eu amei cada página que li até o final.

Ele não é agitado ou cheio de acontecimentos, mas é muito profundo. A confusão, a ansiedade e o medo de crescer e do futuro, que existem na adolescência, estão presentes em toda parte, e de forma muito natural e intensa. São menos de 300 páginas, mas recomendo demais a todos que queiram ler; que sintam de novo essa fase tão estranha da vida junto com Holden, e aproveitem.
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Edson 23/12/2020

as vantagens de ser invisível é meu livro preferido desde os 15 anos (tenho 22) e apesar de ser um best-seller recheado de alguns clichês não acho que vá perder o lugar para outro livro. de todo modo, o ponto é que depois de ler catcher in the rye avdsi perdeu um pouco o brilho pois ambos parecem demais
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Marcela115 26/12/2021

Livro que em 2021 tirou minha ressaca literária de 11 anos. Isso mesmo. Onze. Não tenho como recomendar mais.
Emilia.Reis 26/12/2021minha estante
Já queria ler... poxa 11 anos? ?


Marcela115 26/12/2021minha estante
Tiveram traumas envolvidos hahahahaha mas tô de voltaaaa


Andrea 26/12/2021minha estante
E eu chamando a minha de GRANDE RESSACA LITERÁRIA ?

Welcome back, girl!!


Emilia.Reis 26/12/2021minha estante
entendo... boas leituras!!! ?


Mireille 27/12/2021minha estante
Caramba flor ? 11 anos! Já quero ler colocar na minha lista




lispectoreana 20/06/2022

4,5? | the catcher in the rye.
Esse livro teve provavelmente o melhor desenvolvimento de um personagem que eu já li. É perceptível o motivo de metade da população mundial odiar a história; um garoto problemático que só pensa em meninas e álcool. Sem contar que ele é um pouco biruta. Mas acho que as pessoas poderiam dar mais crédito a como, ao mesmo tempo, Holden Caulfield é um personagem tão bem escrito.

Adorei a embientação em nova Iorque nos anos cinquenta e o fato do livro se passar em uma noite inteira, os diálogos entre Holden e sua irmã caçula e como por ela, era óbvio que seu coração amolecia um pouco.

Holden é tão problemático e repugnante que se encaixa perfeitamente no padrão de homens babacas da realidade. O autor não colocou nenhum filtro no livro em momento algum e deixou claro ao leitor as aleatoriedades que Holden pensava sobre as meninas que passavam na rua.

Li faz algumas semanas, mas não lembro de ter visto um significado enorme ao fim do livro nem algo incrível, mas mesmo assim o livro conseguiu me cativar de uma maneira inacreditável.
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Mari 22/05/2022

Pft
MUITO BOM!!! cara esse livro te faz refletir tantooo, tem umas partes q tu tem q parar de ler pra absorver sem entrar em depressão sabe, mas a leitura e super fluida, o jeito que o Holden conta a história e perfeito, ou a pessoa ama ele ou realmente odeia, mas eu super entendo os sentimentos e angústias que ele passa, assustadoramente relateble. recomendo, principalmente para os jovens .
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Tata 20/06/2010

Decepção pura. O mínimo que eu esperava era, bom, uma história. Coerente. Mas como pode existir qualquer coisa próxima de coerência com um protagonista como Holden Caulfield? O cara é um louco completo - tudo em sua vida é péssimo, triste e deprimente. Todo mundo eh idiota, problemático e chato. E não dá pra aceitar e rotular tudo isso como rebeldia adolescente. Nenhum adolescente - nenhum ser humano - consegue sentir todas as reviravoltas emocionais de Holden sem ter uma pequena condição médica chamada bipolaridade.

O que eu acho ainda mais impressionante é o fato de que em 224 páginas não há enredo algum. Nada. O cara anda por aí, vai pra Nova York, anda em Nova York... e é isso aí. NADA. A gente só acompanha os pensamentos disconexos e reza pra alguma coisa, QUALQUER coisa acontecer.
Arthur.Valenca 09/03/2011minha estante
É, realmente, as obras de Salinger - todas elas - são dotadas de uma profundidade sutil que apenas alguns conseguem alcançar. Conselho: a pior coisa que se pode fazer é ir ler um livro dele sob a ótica do "bom psocólogo". Isso mata todo o sentimento envolvido. Qd vc "se esvaziar" para ler Salinger, vai perceber uma ordem até mesmo nos ditos pensamentos "disconexos".


Luiza 26/03/2012minha estante
Acho que uma das coisas mais fantasticas da trama é justamente a sensação que o livro te causa de esperar o tempo todo algo acontecer.Os pensamentos de Holden com certeza tem ordem e acho que todos nós passamos por essa depressao com o mundo em algum momento de nossas vidas.


Lianne 02/01/2018minha estante
Nossa, finalmente uma pessoa que pensa que nem eu! Comecei a ler o livro, achei entediante e parei, depois voltei a ler só para fins de completude, apenas.
A única coisa que ele faz é dizer que tudo é depressivo, não gosta de ninguém. A partir do momento que alguém julga todos os outros ao seu redor, e acha que ninguém é bom, então o problema não está nas pessoas, mas nele mesmo. Isso sim é que é necessário refletir. Por que errado é o mundo todo? E não apenas ele? Enfim...
Coisas simples e agradáveis como ver um filme na Broadway se torna algo depressivo pra ele. Não tenho paciência pra essas crises infundadas.
Mas devo admitir, a partir do momento que eu já sabia que ele iria achar tudo depressivo e aceitei isso, consegui ler o livro todo com um pouco de ansiedade até. Adorei a personagem de Phoebe, a irmã dele.




sukidesuki 03/04/2023

Dois dias na vida de Holden Caulfield.
Antes de ler, me lembro bem de ouvir muitas pessoas criticarem este livro por não ter um acontecimento singular que traz algum senso de "uau, esse livro é sensacional! me trouxe uma nova perspectiva...". O intuito de Salinger nunca foi este.

O livro começa com Holden Caulfield, um jovem cínico de 16 anos, sendo expulso de uma ótima escola ? de acordo com outro personagens ? e seu cotidiano a partir dali. Fala sobre seu colega de quarto, Stradlater, e sobre Ackley, que odeia Stradlater... Também sobre alguns professores, como o velho Sr. Spencer, no início do livro, e o Sr. Antolini (o livro insinua que o mesmo é um pedófilo), meninas, muitas meninas ? Sally Hayes, que é a _girl next door_ do livro, Jane Gallagher, que suponho que seja quem ele realmente nutre sentimentos por, Sunny, uma prostituta que conheceu enquanto ficava num hotel (no mesmo conheceu uma loira com quem dançou e outras duas com quem não se importava ? mas no final não gostou tanto assim, já que estavam mais preocupadas com Gary Cooper... "phonies!"), duas freiras... essas ele realmente gostou também. A sexualidade, como na adolescência, é um dos pontos principais aqui.

O ponto principal é a mente do garoto? como ele vê o mundo. Como um adolescente vê o mundo, começando a entender as dinâmicas de um relacionamento, de como o mundo realmente funciona, e se voltando contra isso.

Pra mim, o livro ilustra os dois últimos dias de Holden na sua inocência. Não num jeito vulgar, per se, mas sim enxergando a realidade de tudo. O livro é nomeado exatamente por isso: _Catcher in the Rye_ é o que Holden queria se tornar. Viu um menino que estava ao lado de seus pais cantarolando um trecho de _"Comin' Thro' the Rye"_, um poema, e erroneamente cita diversas vezes como _if a body catch a body comin' through the rye_. Phoebe, a irmã mais nova de Holden, corrige o irmão: É _"if a body meet a body comin' through the rye"_; a citação correta se refere a um encontro sexual.

Salinger retrata com maestria o processo de tudo, e acredito que seja por isso que o livro é considerado um clássico.

A meu ver, ele tomou jeito depois do que aconteceu. Realmente acho isso.

P.S: Algumas de minhas cenas favoritas foram a de Holden interagindo com Phoebe. Me identifiquei com a Phoebe. A eu mais nova, no caso. Amei este livro.
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Lucas Quinamo 09/10/2011

O Apanhador nos Campos de Centeio
O livro já estava na minha lista, mas quando minha professora de inglês pediu para a turma ler, eu tive que coloca-lo no topo da lista.

O livro é bastante simples, até para quem está começando a ler em inglês. Porém, atenção, leia com um dicionário de gírias do lado.

Sobre a história, minha primeira impressão foi: Holden Caulfield é um chato. Simplesmente por como ele começa o livro: dizendo que não está com saco para contar muito sobre si mesmo. Após um tempo de leitura, o livro torna-se interessante, mas deprimente e angustiante. Não pela história do personagem, mas porque o observador vê que as escolhas de Caulfield são sempre feitas sem medir as consequências e apesar do garoto ser bastante inteligente, é de deprimir o que ele faz com as pessoas ao seu redor e consigo mesmo.

Não é raro que Caulfield fuja do assunto no meio da narrativa e comece a contar de casos passados, mas isso torna o livro mais verossímil, menos artificial, afinal, a superficialidade e artificialidade das pessoas é uma das coisas que Caulfield mais critica durante o livro, e com razão.

Embora tenha momentos que você percebe o quão bom seria se ele entendesse que essa artificialidade é muitas vezes intrínseca do humano.

Quando terminei de ler o livro, fiquei um pouco decepcionado com a quebra na história. Acho que ficou faltando um epílogo, mas quando li a última palavra, ao invés de jogar o livro para o lado e ir fazer outra coisa, deitei na cama com o livro e fiquei filosofando.

O livro me trouxe ótimas reflexões. Recomendo a todos.
Milena Karla - Mika 30/07/2014minha estante
Grande resenha!




annikav.a 19/08/2023

Um carrossel em meio a um mundo falso, nauseante e estúpido
Esse é o livro PERFEITO pra ler acompanhado do audiobook, já que Salinger imita a fala de um adolescente americano nos anos 50, que, vamos combinar, não é sofisticada. Acredito que se eu tivesse apenas lido teria demorado bastante, pois algumas cenas podem se arrastar muito (o que faz parte dessa "ambientação mental", digamos) mas isso não significa que a história não seja sofisticada, à sua maneira. Claro, o Holden é um saco de acompanhar pq ele acha tudo e todos ruins, chatos, porém não sem razão. Seus traumas passados e não processados fazem com que ele não veja que ele mesmo não é assim tão diferente das outras pessoas. É um garoto muito sensível, mas forçado a se dessensibilizar para sobreviver. Ele não consegue ordenar seus pensamentos e sentimentos direito (tal qual é sempre a adolescência) mas, apesar de tudo, preserva a vontade de lutar pela inocência e ultimamente pela felicidade e vontade de viver. No final da narrativa Holden acha certa paz nesse mundo, ao lado de sua irmãzinha Phoebe. Com certeza, pra mim, os melhores capítulos (e os mais bem escritos) são esses dois últimos.
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