The Catcher in the Rye

The Catcher in the Rye J. D. Salinger




Resenhas - The Catcher in the Rye


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Lucas Quinamo 09/10/2011

O Apanhador nos Campos de Centeio
O livro já estava na minha lista, mas quando minha professora de inglês pediu para a turma ler, eu tive que coloca-lo no topo da lista.

O livro é bastante simples, até para quem está começando a ler em inglês. Porém, atenção, leia com um dicionário de gírias do lado.

Sobre a história, minha primeira impressão foi: Holden Caulfield é um chato. Simplesmente por como ele começa o livro: dizendo que não está com saco para contar muito sobre si mesmo. Após um tempo de leitura, o livro torna-se interessante, mas deprimente e angustiante. Não pela história do personagem, mas porque o observador vê que as escolhas de Caulfield são sempre feitas sem medir as consequências e apesar do garoto ser bastante inteligente, é de deprimir o que ele faz com as pessoas ao seu redor e consigo mesmo.

Não é raro que Caulfield fuja do assunto no meio da narrativa e comece a contar de casos passados, mas isso torna o livro mais verossímil, menos artificial, afinal, a superficialidade e artificialidade das pessoas é uma das coisas que Caulfield mais critica durante o livro, e com razão.

Embora tenha momentos que você percebe o quão bom seria se ele entendesse que essa artificialidade é muitas vezes intrínseca do humano.

Quando terminei de ler o livro, fiquei um pouco decepcionado com a quebra na história. Acho que ficou faltando um epílogo, mas quando li a última palavra, ao invés de jogar o livro para o lado e ir fazer outra coisa, deitei na cama com o livro e fiquei filosofando.

O livro me trouxe ótimas reflexões. Recomendo a todos.
Milena Karla - Mika 30/07/2014minha estante
Grande resenha!




Charles 20/03/2011

Sobre como cheguei ao livro, e minha opinião sobre ele
__No filme "Teoria da Conspiração", o personagem principal, interpretado por Mel Gibson, comprava o livro "O Apanhador no Campo de Centeio" sempre que entrava numa livraria ou loja. Dizia fazer isso para se sentir normal. Porém, mesmo tendo uma infinidade de cópias do livro, nunca o havia lido.
__Assisti a esse filme há mais de dez anos. Depois disso, ouvi falar poucas vezes dele. Uma amiga brasileira me disse que era um clássico americano, mas que ela não entendia o porquê, já que não era nada demais.
__Em 2010, lá estou eu em viagem de turismo nos Estados Unidos, ficando na casa de uma família. Havia acabo de ler "2001 - A Space Odyssey", e precisava de algo novo pra ler. Pedi que me levassem a uma livraria local, para que eu pudesse escolher alguma coisa.
__Chegando na loja, sei lá porque, lembrei do Apanhador. Mas e aí? Como dizer "O Apanhador no Campo de Centeio" em inglês? Quando vi o filme, era dublado. Nas aulas que tive de inglês, não havia motivo para ensinarem alunos a falar "apanhador", muito menos "centeio". E essas palavras nunca tinham aparecido nas minhas conversas de seis anos com americanos!
__Cheguei para a amiga americana que me acompanhava na livraria e disse, em inglês:
__-Você se lembra daquele filme do Mel Gibson? Teoria da Conspiração, eu acho...
__-Sim, eu lembro.
__-Então... como era o nome do livro que ele sempre comprava, mas nunca lia?
__-Crap.. eu não me lembro.
__-Eu acho que a primeira palavra do livro é "get". Ou então... como é que se chama uma pessoa que "get" alguma coisa?
__-I don´t know.
__Tivemos que perguntar para o atendente da loja, se ele se lembrava do filme do Mel Gibson, em que tinha um livro, etc, etc, etc... o atendente foi para o Google, e voltou com a resposta.
__-The Catcher in the Rye!
__Quando voltamos para a casa da amiga americana, o pai dela, que vinha lendo os mesmos livros que eu, foi logo me perguntando:
__-Que livro você comprou?
__Eu quis contar a história desde o seu começo:
__-Então, eu não sabia o nome do livro que eu queria. Eu achava que começava com "get"...
__-Já sei: The Catcher in The Rye.
__Velho esperto.
______________________
__Sou obrigado a discordar do que disse a minha amiga brasileira, sobre não saber a razão de o livro ser um clássico. Vejo o livro como uma lição de vida, que eu gostaria de ser capaz de fazer o meu filho compreender cedo (quando eu tiver um filho). E imagino que será difícil, porque a mensagem não é óbvia.
__Uma americana de vinte e quatro que leu o livro no colégio me disse que não se lembrava da história. Um outro americano, esse já bem mais velho, lembrava de ter lido, e de ser sobre a desilusão de um adolescente.
__Entendo que o significado do livro é profundo, e, por isso, a sugestão que dou para quem for ler é: leia até o fim, e com muita atenção e reflexão.
__Se compreendido, desafio ainda maior será passar o ensinamento pra frente.
_______________________
__A amiga americana me contou depois que a teoria da conspiração em torno do livro é de que quem o lê pode ter seu assassino interior despertado. Então, só mais de dez anos depois de ter visto o filme foi que fui entender: o Mel Gibson sempre comprava o livro porque queria lê-lo e provar para si mesmo que não era um assassino. Mas, na hora de ler, ele amarelava, porque tinha medo de ser um assassino afinal. Mas insistia em comprar o livro para se sentir normal.
__Morrendo e aprendendo.
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Cláudia 19/01/2011

Não achei tão bom quanto quando li pela primeira vez há anos atrás, mas ainda bom o suficiente.
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Dan 21/12/2010

If a body catch a body....
O livro não é dotado de nenhum acontecimento explosivo ou epifanista. Mas o caminho do jovem Holden da primeira a última palavra, refletem muito a minha pessoa. Caulfield sem dúvida sempe foi um pedaço meu, mesmo antes de eu conhecer sua história, muito parecida com a minha.
Eu também um dia quero ser um apanhador que pega criancinhas de abismos sem fundo. Apesar de ser breve e linear, tem uma profundidade para qualquer um que se enxergue nessa história.
PaulaF 12/07/2013minha estante
Muito bem dito, como todo livro o verdadeiro significado é muito particular e fica nas entrelinhas! :)


Raul 03/06/2016minha estante
"If a body meet a body"...




Vica 08/07/2010

Interessante
Resolvi ler esse livro de tanto que se fala sobre ele e, mais ainda, sobre seu autor, especialmente porque ele faleceu no início deste ano. Confesso que não é nada do que eu esperava embora seja difícil definir o que eu esperava. Mas o título é confuso para mim. Já cheguei na parte em que ele menciona de onde saiu esse título, mas fico achando que foi mal traduzido mesmo que eu ainda não tenha conseguido pensar num termo melhor. De qualquer maneira, agora, já é tarde para querer mudar o título de um livro clássico. Ainda não cheguei ao final, mas ele é realmente intrigante. A personagem central é muito atípica, eu diria.
Um adolescente muito Peter Pan, Holden Caulfield tem 17 anos e acredita que o mundo é feito de cínicos. Todos são falsos e hipócritas e ele é superior a praticamente todas as pessoas que conhece. Existem várias análises a respeito dessa personagem e da história (uma muito boa em inglês aqui e outra em português aqui), mas me parece que ele era, acima de tudo, um deprimido por ter perdido o irmão mais jovem, que em sua concepção era a criança inocente e a melhor pessoa de sua família. Li uns comentários no Skoob de umas pessoas que não gostaram do livro justamente por esse lado depressivo da personagem, para ele tudo era ruim e horrível.
No entanto, eu consigo compreendê-lo muito bem. Acho que toda pessoa que já sofreu de depressão consegue compreender o sofrimento alheio que não tem motivo físico.
Uma das inovações do livro foi a linguagem utilizada, já que ele é narrado em primeira pessoa e utiliza um vocabulário e maneirismos próprios de adolescentes (do adolescente norte-americano da época). É um tanto cansativo, às vezes, por causa da repetição. Se alguém fosse fazer uma adaptação desse livro para o jeito como os adolescentes brasileiros falam hoje, ia ter um "tá ligado?" no final de cada parágrafo. Chato, né?
Acho que o que mais marcou a respeito do livro foi o fato de seu autor ter virado recluso e publicado muito pouco depois do sucesso que essa obra fez. Teve uma vida bem longa, J.D. Salinger (morreu aos 91 anos), mas escreveu poucos livros e parou de publicar em 1965.
O assassino do Kennedy disse ter se inspirado nesse livro para matá-lo e o assassino do Lennon estava lendo o livro quando matou o cantor... realmente, as pessoas usam qualquer desculpa para matar as outras.
O sofrimento do Holden era bem interessante, realmente ele era um cara muito sensível. Terminei de ler o livro ontem à noite e acho que, acima de tudo, ele tinha depressão clínica. Provavelmente o autor tinha também, já que viveu recluso quase toda sua vida. Acho que o interessante do livro é justamente a maneira como ele descreve os sentimentos da personagem.
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Luciana 27/08/2010minha estante
excelente review.


Arthur.Valenca 13/03/2011minha estante
Recluso a vida toda? Isso é mito. Ele preferiu cortar relações com uma porrada de pesssoas. Curiosos, jornalistas e parasitas que pretendiam usá-lo de muleta para chegar à fama, como a dona Maynard. Ele se excluiu do concício com esses tipos. Correspondências recentes dele foram doadas a uma universidade e provam isso:

http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/correspondencia+inedita+mostra+lado+humano+de+jd+salinger/n1237971080519.html




Tata 20/06/2010

Decepção pura. O mínimo que eu esperava era, bom, uma história. Coerente. Mas como pode existir qualquer coisa próxima de coerência com um protagonista como Holden Caulfield? O cara é um louco completo - tudo em sua vida é péssimo, triste e deprimente. Todo mundo eh idiota, problemático e chato. E não dá pra aceitar e rotular tudo isso como rebeldia adolescente. Nenhum adolescente - nenhum ser humano - consegue sentir todas as reviravoltas emocionais de Holden sem ter uma pequena condição médica chamada bipolaridade.

O que eu acho ainda mais impressionante é o fato de que em 224 páginas não há enredo algum. Nada. O cara anda por aí, vai pra Nova York, anda em Nova York... e é isso aí. NADA. A gente só acompanha os pensamentos disconexos e reza pra alguma coisa, QUALQUER coisa acontecer.
Arthur.Valenca 09/03/2011minha estante
É, realmente, as obras de Salinger - todas elas - são dotadas de uma profundidade sutil que apenas alguns conseguem alcançar. Conselho: a pior coisa que se pode fazer é ir ler um livro dele sob a ótica do "bom psocólogo". Isso mata todo o sentimento envolvido. Qd vc "se esvaziar" para ler Salinger, vai perceber uma ordem até mesmo nos ditos pensamentos "disconexos".


Luiza 26/03/2012minha estante
Acho que uma das coisas mais fantasticas da trama é justamente a sensação que o livro te causa de esperar o tempo todo algo acontecer.Os pensamentos de Holden com certeza tem ordem e acho que todos nós passamos por essa depressao com o mundo em algum momento de nossas vidas.


Lianne 02/01/2018minha estante
Nossa, finalmente uma pessoa que pensa que nem eu! Comecei a ler o livro, achei entediante e parei, depois voltei a ler só para fins de completude, apenas.
A única coisa que ele faz é dizer que tudo é depressivo, não gosta de ninguém. A partir do momento que alguém julga todos os outros ao seu redor, e acha que ninguém é bom, então o problema não está nas pessoas, mas nele mesmo. Isso sim é que é necessário refletir. Por que errado é o mundo todo? E não apenas ele? Enfim...
Coisas simples e agradáveis como ver um filme na Broadway se torna algo depressivo pra ele. Não tenho paciência pra essas crises infundadas.
Mas devo admitir, a partir do momento que eu já sabia que ele iria achar tudo depressivo e aceitei isso, consegui ler o livro todo com um pouco de ansiedade até. Adorei a personagem de Phoebe, a irmã dele.




everlod 21/10/2009

Envolvente e nostálgico
"Among other things, you'll find that you're not the first person who was ever confused or frightened and even sickened by human behavior."

A leitura deste livro remexeu no lodo do fundo da memória, onde estão as recordações boas e ruins desta fase da vida, tão conturbada, mal compreendida e única na nossa existência. As ciladas, as mancadas, dúvidas, escolhas sem volta da nossa transição para a vida adulta. A obra tem passagens comoventes, hilárias, nonsense e muito material para auto-reflexão.
Gostei muito do livro, porque além de uma ótima história, tem uma linguagem leve e dinâmica.
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Carla 17/09/2009

Muita comparação com o Doze
fora ser um adolescente bem nascido de Nova York, achei q eles não tem nada em comum. Li o Doze faz muito tempo, mas me lembro q era um guri muito mais decidido, ou pelo menos ele agia, o Holden como o nome dele mesmo diz guardava tudo pra ele, nisso achei um pouco chato, pq um pia com tantas opiniões sobre tudo poderia ter tomados alguma decisão na vida, mesmo q fosse as erradas como seu compatriota do Doze. O apanhador é muito bem escrito e entretene por essa razão.
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Cláudia 04/02/2010minha estante
eu gosto do fato de que ele julga julga e não faz nada, é legal afinal prova que ele não é tudo que acha que é.




Uaba 21/05/2009

The Catcher in the Rye
Não foi dos melhores livros que li, mas em termos de linguagem e costumes, é possível aprender algumas coisas. O autor vai fundo na mente do jovem típico de Nova Yorque dos anos 50 e mostra suas preocupações, seus pensamentos e confusões. É uma jornada com começo, meio e fim, sem muitas surpresas.

A narrativa em primeira pessoa me agrada, fez com que me sentisse íntima do jovem Holden. Até as gírias da época o autor insere perfeitamente bem no contexto. Não é Salinger quem conta a história, é Holden. Eles não se confundem em nenhum momento.

É um bom livro, de leitura rápida. Li em inglês, porém acho que em português não deve passar a mesma sensação.
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