Bruno Dantas 16/04/2010
Resenha Particular
Data de início da leitura: 01/04/10
Data de término da leitura: 15/04/10
Gemma perdeu o marido para a Lily - a "traída".
Lily "roubou" o marido da Gemma - a "nova mulher".
Jojo está "tentando roubar" o Mark - a "amante".
Este livro da Marian Keyes fala de relacionamento, traição, amor, perdão, etc. Gemma é amarga, pensa muito em vingança, e até mesmo é invejosa. Lily é complexada e supersticiosa. Jojo é independente e ambiciosa. Todas têm qualidades e defeitos e, com certeza, você terá sua preferida ao ler o livro - com a qual vai se identificar um pouco mais. Porém, são os homens que são super legais. Impossível não gostar do Anton (que faz tudo para conseguir o que quer e tem sempre pensamento positivo), Owen (aguentou muita chatice da Gemma) e o Jhonny (o farmacêutico mais gente boa de Dublin). O Mark só tem a ressalva de ser casado e trair a mulher. Além disso, quem não fica com vontade de ler "As Poções de Mimi", "Claro como Cristal", "Uma Vida Encantada" e até mesmo "Caçando Arco-Íris"? Diferente de algumas resenhas que li dizendo que este livro era chato, enorme, com protagonistas insuportáveis... Eu adorei também. Nem preciso dizer o tanto...
Lista na ordem da minha preferência (Já está complicadíssimo decidir qual é o melhor):
1 - É Agora... Ou Nunca
2 - Los Angeles
3 - Um Bestseller para Chamar de meu
4 - Tem Alguém Aí?
5 - Casório?!
6 - Férias
Trechos:
“Existem três lados em toda história. O seu lado, o lado deles e a verdade”. (Autor Anônimo)
“Uma vez ela tentara imitar a piscadela sexy de Jojo – depois de tomar algumas doses –, mas tudo o que conseguiu foi deslocar a lente de contato, o que fez suas pestanas se agitarem como uma borboleta aprisionada. Quando conseguiu acalmar os espasmos oculares, o homem que tentava atrair já oferecia uma dose de Slippery Nipple para outra mulher”.
“Isso aqui é o preço, não é? Eu pensei que fosse o número de série”.
“Seu mundo encolhera. Não importa com quem ela estivesse, preferia estar com Mark. É isso que acontece quando a pessoa se apaixona: ela só quer estar com a outra pessoa”.
“E levara menos de cinco segundos para sacar que ali só havia casaizinhos: Shayna tinha o obediente Brandon ao seu lado, Becky tinha Andy etc. Aquilo parecia a Arca de Noé”.
“Será que algum dia Mark e ela teriam a chance de ficar tão acostumados um com o outro a ponto de ele não notar se ela engolisse um gambá?”
“No décimo dia, Mark convidou Jojo para jantar. Queria ‘ter uma conversa’ com ela.
- Essa conversa tem a ver com arriar suas calcinhas – suspirou Becky.
Tomara, pensou Jojo”.
"Andy e Becky já estavam juntos havia um ano e meio e pareciam sempre querer demonstrar que nunca transavam e estavam de saco cheio da vida em comum. Aquilo era um sinal indiscutível, conforme Jojo bem sabia, de que eles eram loucos um pelo outro. Ninguém fazia esse tipo de brincadeira sem estar muito seguro sobre o relacionamento”.
“Depois ele chegou à conclusão de que era melhor darmos um tempo...
- ... Mas continuava aparecendo, louco para brincar de esconder a salsicha.
- ... O salame.
- Ah, é... Esqueci que ele era grandão em mais de um aspecto”.
“Jojo se obrigou a ter pensamentos razoáveis. Ninguém havia morrido, ninguém estava ferido. Todos vão estar mortos um dia e tudo perderá a importância. E havia ainda a frase clássica dos perdedores: ‘Ganha-se uma, perde-se outra’”.
“Por que temos uma capacidade finita de ter prazer, mas temos uma outra, infinita, para a dor?”
“- Além do mais, você está meio alta, Jojo – disse Andy. – As coisas sempre parecem piores do que são quando a pessoa está bêbada.
- Elas sempre parecem ‘melhores’ quando você está bêbada, seu idiota.
- Ah, é!... Desculpem”.
"Ela era o Darth Vader do meu Luke Skywalker, o Voldemort do meu Harry Potter”.
“Quando você e Mark pararem de transar, você vai descobrir o que é estar junto de verdade”.
“Eu pedi, Anton implorou, chegamos até, por alguns instantes, a considerar a idéia de colocar Ema na linha, cantando ‘Brilha, brilha, estrelinha’”.
“Eu me arrependo muito dos erros que cometi, me arrependo imensamente pela infelicidade que lhe causei, mas jamais vou me arrepender do tempo que passamos juntos. Quando eu tiver oitenta anos e olhar para trás, revendo a minha vida, vou saber que houve pelo menos uma coisa boa e pura nela. Desde aquele instante em que nos vimos pela primeira vez, no lado de fora da estação do metrô, eu me senti o cara mais sortudo do planeta, e essa sensação nunca desapareceu. Em cada dia que nós passamos juntos eu mal conseguia acreditar na minha sorte – a maioria das pessoas não consegue em toda a existência o que nós tivemos em três anos e meio, e serei sempre grato a você por isso. Sei que você vai seguir em frente e acabará encontrando outra pessoa, e eu vou ser sempre apenas um capítulo da sua vida, mas para mim você foi, é e sempre será o livro inteiro.
Do seu, para sempre,
Anton”.