Resenhas - O Encontro Marcado

Uma Vida em Cada Livro 15/01/2024

???
Eu já falei do meu amor por Fernando Sabino ?

É uma obra nostálgica, cheia de sentimentos e descobertas. Juntamente com Eduardo a gente vai vivendo e relembrando momentos singulares da nossa existência.
Mesmo sendo uma obra de cunho autobiográfico, a leitura flui muito suavemente. Um dos melhores livros que já li.

Romance espetacular.

Erica.Barone 10/01/2024

Excelente, mas perturbador. Romance de formação melancólico e filosófico sobre a existência e propósito de vida. Narrativa brilhante, ainda mais interessante por ter sido inspirada na vida do próprio autor.

Alessandro 09/01/2024

Excelente livro!
Nunca tinha lido nada do Fernando Sabino. E me surpreendi com este livro e com o desenvolvimento de Eduardo. Irei ler outros livros do autor

Barbosa 08/01/2024

Eventos Canônicos
O livro retrata a jornada de vida de um homem comum, que se acha extraordinário e vive uma vida medíocre, mesmo não medindo esforços para conseguir o que sonha e almeja. Desde a infância marcado por eventos que refletem toda sua forma de levar a vida.
Sendo minha primeira leitura do ano me senti angustiado com medo de não conseguir sair da tragédia que pode ser a vida. Me identifiquei em muitos pontos do livro o que me faz crer que o livro foi escrito para todos, pois representa eventos e questionamentos que todas as pessoas carregam em suas vidas.

kris 06/01/2024

Primeira leitura do ano e primeiro do sabino
Se eu pudesse escolher três palavras pra definir o livro, seriam juventude, angústia e sentido.

a escrita é envolvente e única, gostosa de acompanhar de um jeito dolorido. a fluidez foi tanta que confesso que fiquei um pouco confusa em algumas partes, mas não consegui desgrudar até terminar. além disso, a menção constante ao catolicismo me incomodou um pouco (contudo, sei que não seria a mesma coisa se a religião daqui fosse retirada) ? o que não atrapalhou minha admiração pela narrativa. amei o humor e as questões que foram colocadas, o modo como tudo acabou se encontrando no final. espero ler muito mais dele!

no fim, o problema é que não há problema.

cammealves 30/12/2023

Alô alô, Marciano
Um livro que, de início, parece que não vai prender e não será tão bom. Até que, de repente, me vi totalmente fisgada pela história de Eduardo Marciano, sem conseguir largar, usando todo e qualquer tempo livre para ler mais umas linhas.

Uma narrativa envolvente e com um brilhantismo único. Talvez por ser o primeiro livro que leio de Sabino, mas fiquei completamente apaixonada pelas suas técnicas literárias e pela forma como ele enlaça os diálogos e as narrativas.

Traz questionamentos profundos do que é viver e como se vive. Questionamentos tão dele que se misturam aos nossos e se transformam nessa linha tênue que permeia toda a leitura, nos levando para dentro de nós mesmos.

Tudo no livro me fez questionar, e até me peguei experienciando sentimentos diversos e até conflituosos, por entre as vivências de Eduardo e suas tentativas de encontrar seu lugar.

Para mim, até mesmo o nome dele é sugestivo de ser um alguém que não se sente totalmente encaixado nesse mundo.

Joao.Alessandre 29/12/2023

F
Ficção fresca, fluída e fascinante...muitos outros "f" poderiam ser listados pra resenhar esse livro de formação de Fernando Sabino. Fantástico, fértil em desdobramentos e feliz nas conclusões finais. O autor nos apresenta Eduardo com características precoces e intempestivas num crescente de complexidade na medida que os anos vão avançando. Seus desafios, fracassos, vitórias e iniquidades são expostos de maneira leve, engraçada intercalados por passagens de extrema dramaticidade. Fala muito no subtexto. A prosa mineira nos envolve totalmente. Formidável!

Synthia.Ematne 26/12/2023

O retrato de uma geração que marcou todas as outras. Intenso, filosófico, divertido e marcante. Temporal e atemporal.

Bookster Pedro Pacifico 25/12/2023

O encontro marcado, de Fernando Sabino
“Parece qualidade fora de moda, essa de um livro ‘’prender’’. Acho qualidade essencial, invejável. (…) A primeira pausa, a primeira mesmo, vem exatamente e apenas no fim.” Foi assim que Clarice Lispector descreveu a experiência de ler esse clássico da literatura brasileira. Publicado em 1956, a obra do escritor mineiro Fernando Sabino é um brilhante romance de formação de um jovem escritor, Eduardo Marciano.

A nova edição comemorativa pelo centenário de Sabino já inicia com um texto do autor brasileiro Michel Laub - de quem gosto muito - sobre a relevância da obra para a literatura nacional. Comecei a narrativa sem muito saber sobre o estilo do autor e fiquei impressionado, logo no início, com o ritmo que ele consegue impregnar em seu texto.

Com o passar dos anos, o protagonista passa a viver uma longa crise existencial, questionando o verdadeiro sentido da vida. Em uma história marcada por bares e conversas filosóficas com seus amigos e com outros personagens que encontra ao acaso, Eduardo acaba descortinando os conflitos de uma geração. São relacionamentos problemáticos, insatisfações profissionais e falta de sonhos. E, para complementar, Eduardo é um personagem que não gera qualquer admiração pelo leitor (para dizer o mínimo).

A forma com que o autor construiu o texto é peculiar. Diálogos que vão se alternando, em
situações e com personagens distintos. Em alguns momentos, o leitor precisa ficar mais atento, mas nada que tenha prejudicado a leitura. Pelo contrário: achei um estilo interessante, que refletiu um pouco do ar caótico que o protagonista transparecia. Um caos sem solução e, até mesmo, que sequer consegue ser compreendido.

Para mais resenha, siga o @book.ster no instagram.

site: https://www.instagram.com/p/C0SaHZsrFRR/

Dalila.Almeida 24/12/2023

Uma leitura muito fluida, parece que você está ouvindo alguém te contar o enredo, não cansa. Muito nostálgica mas que me fez rir em alguns momentos e sentir muita raiva em outros.
No fim das contas, discordo da querida pessoa que me presenteou com este livro, não vejo sinais de melhora e/ou remissão.
Muito bom ver sendo retomados pontos, chega a ser satisfatório, uma delícia.
Recomendo.
Mais um nacional para a lista de lidos.

thisely 13/12/2023

Esse livro tem mais traição que a família poncho
Enfim, melhor do que eu esperava, se me pagarem uns 200 reais acho que sou capaz de ler mais uma vez.

Rikee 29/11/2023

Geracional Obra Prima
As ações da protagonista são intragáveis. Essas provocam o salto dos nervos do interlocutor, que também estão mergulhados no torpor análogo ao álcool, que embriaga as personagens.
Assim mais ou menos como dito por Eduardo Marciano - a figura titular que a narrativa segue - em companhia dos amigos, nas pândegas noites de pensamento intelectual, "colhemos o fruto verde e deixemos ele apodrecer em mãos" há as marcas de um profundo desligamento com a ordem confirmada, com a certeza e a vulnerabilidade acerca de quais passos seguir agora em suas vidas. Não há nada válido a ser seguido, ao mesmo tempo em que a bruma subterrânea entre bombas fecunda a agitação da juventude. Mais adiante, apesar de circundar todo o enredo, os garotos sentem-se envelhecidos muito rapidamente, precoces em relação à vida, em descompasso com as marcas ideais para desfrutá-la com adequação.
Tudo está sem direção e ausente de lógica, todos nascem, crescem e finalmente morrem, rapidamente. O posto dos amigos, a obrigação de Eduardo, os caminhos que cada um deve seguir estão em suspensão, pois não há um guia. É preciso retornar ao que era o ritmo de antes, porém não é possível. As suas obrigações, falsos comprometimentos, impedem isso de se concretizar.
Neste romance de formação, é condenável, isto é, não há escapatória que estejamos aprisionados e "entrelassadíssimos" à maldição de recomeçar, sempre.
O Sabino é um baita escritor. Sabido, ainda o seu primeiro trabalho publicado é carregado de genialidades, com a forma das palavras selecionadas com cuidado e balanço sensíveis ao retratar a inventividade pessoal e identidade únicas das figuras intelectuais que aparecem na história.
Perceber a Belo Horizonte do passado entre as páginas agregou muita felicidade na minha experiência.
Cru, massivo, o livro de uma geração.

Nicolas 27/11/2023

Tanto
(Faz um tempo q eu terminei a leitura, tava com medo de escrever sobre)

Começar pelo seguinte incidente: pra contextualizar, me formei no ensino médio ha quase 4 anos e enquanto eu lia esse livro tinha a impressão que a minha professora (maravilhosa) de literatura também estava lendo esse mesmo livro durante o ano em que ela dava aula pra gente no terceirão, senti isso umas 4 5 vezes lendo o livro, na quinta mandei mensagem pra ela pra tirar a dúvida kkkkkk e ela realmente estava lendo o livro enquanto lecionava as aulas (e o mais legal que Sabino não faz parte da grade de literatura, do meu terceiro pelo menos)

O livro é escrito de uma forma impressionante, Sabino (eu gosto de acreditar que é tbm o Eduardo) escreve de um jeito tão tão. É um prazer ler obras nacionais, tem um gosto diferente.

Como disse no começo, faz um tempo que terminei a leitura, então posso me enganar em algumas coisas, mas sobre a obra, ela é tão ? real, da pra sentir os sentimentos de cada fase da vida dele, a aceleração da infância, os sonhos da juventude e o gosto amargo da vida adulta, durante a leitura da vida adulta do Eduardo pensei bastante no livro ?A morte de Ivan Ilitch? e aquela parte que fala algo do tipo ?quanto mais nos distanciamos da infância mais raros (ou sinceras) são as alegrias?.

Tornou-se o meu livro favorito até então.

Paloma 20/11/2023

É um romance de formação, uma novela que conta a história de vida do personagem Eduardo ao longo da vida de criança, adolescente e adulto.
Nunca tinha lido nada do Sabino, a leitura foi fluida e interessante. Algumas partes são dignas de destaque, outras achei maçante.
Para ser sincera, não gostei muito do Eduardo... rsrsr vai ver perdi alguma parte.

Mas acho que o autor descreve tudo de uma forma bem real e humana, de qualquer forma.

Enfim

Vale a pena ler e torar sua conclusão, o livro é super comentado e a leitura é tranquila.

giovana.1 05/11/2023

"Não analisa não"
Fernando Sabino escreve diferente de tudo que já li na vida. Descreve exatamente os pensamentos e as conversas: sem ordem, sem nexo, sem cronologia. Mesmo sem entender algumas vezes, me senti extasiada pelas falas, como se um velho amigo falasse comigo e eu ouvisse atentamente, dando importância a tudo. Peguei na biblioteca da escola e passei mais tempo com ele do que deveria, confesso, mas acho que esse livro tem que ser lido assim mesmo, sem pressa.
Só queria ler, saborear cada palavra, porque isso dá pra fazer de sobra.
Senti como se fizesse uma viagem pela literatura como um todo, cada referência, cada ideologia...Fernando Sabino tinha muito na cabeça.
Espero reler quando for mais velha, quem sabe me identifique mais com Eduardo Marciano, ou quem sabe eu morra amanhã e não leia mais nada.
"- Você já pensou que daqui a cem anos estaremos mortos?
- O que são cem anos diante da eternidade?
- Essa vida é uma merda"


Não analisa não, só lê.