Terceira Visão 18/08/2012
Livro com uma mensagem muito importante!
Gostei demais do livro, é uma maravilhosa viagem. Abordou assuntos que mudou o meu ponto de vista sobre muitas coisas, Augusto Cury se mostra através da singeleza um pensador revigorante, super otimista, um apaixonado pela humanidade e sua inteligência (as referências são enormes); e apresenta novidades, sim (pelo menos para mim). Excetuando o estilo literário do autor, que os experientes em livros podem considerar “pobre” e sem “classe”; a maravilha contida aqui é a sua mensagem, nos fazendo enxergar que todos nós temos um grau de doença psiquica camuflada na “maquiagem social”, somos vaidosos e temos medo de nos expôr ao ridículo para realizar aquilo que profundamente desejamos. Faz uma crítica contundente aos profissionais da saúde, passando uma imagem de “deuses da cura” e sendo profundamente doentes por dentro, a morbidez do preconceito e falta de sensibilidade de apreciar as pequenas coisas, o julgamento pelas aparências, a ausência de capacidade em reconhecer que os grandes também podem aprender com os pequenos. O livro é um convite a superarmos as nossas travas e toca em nossas feridas por nos fazer perceber que o caminho da felicidade não é fácil e exige uma coragem extrema. Só em pensar em ter essa coragem causa um pouco de calafrio, pois é bem mais fácil ficarmos no palco de nossa existência do que sermos autores de nossa história. Adorei as abordagens que Marco Polo fez sobre a felicidade (de ser algo em eterna construção), síndrome do pânico (sede de viver) e o suicídio (que na verdade não é o desejo puro de morrer), para mim foram conceitos bem diferentes do que havia formulado. Através de seu livro, Augusto Cury exibe um desejo veemente pelo bem da qualidade de vida. Apesar da crítica ao Status, o autor usa o mesmo para apoiar as personagens com aparência mais simples, sendo o caso de Falcão (também um pouco Anna e Isaac); isso para os mais críticos pode pegar bem mal para o livro, dando a entender que só os mendingos intelectuais merecem destaque. Confesso que algumas construções narrativas foram forçadas, parecendo que o autor se aproveitava das míninas coisas para atacar o sistema, criando um pretexto mal planejado (isso é mais patente quando Anna interroga pela primeira vez o seu professor), transformando todos da elite em “vilões”. Enfim, mesmo com esses detalhes que não apreciei, esse livro está em meus favoritos porque a missiva dele é ecumênica e para a vida toda. Obrigado, Augusto Cury.