Carol @solemgemeos15 21/08/2022
Mulheres iranianas reunidas comentando sobre suas relações sexuais e românticas uma para a outra. Enquanto os homens iam fazer a sesta, as mulheres lavam a louça e depois se juntam para fazer o bordado – que é esse momento de socialização entre mulheres.
Além dessa acepção, no Irã, o bordado também pode significar outra coisa – uma cirurgia de reconstituição do hímem para mulheres (cis).
Como é o grupo de mulheres da família Satrapi, mesmo elas tendo vidas e experiências bem distintas em relação a relacionamentos e sexo; elas possuem algum nível de condições financeiras e um grupo de apoio (seu lado da família).
Elas revelam coisas como: uma mulher que possui filhos, mas nunca viu um pênis (!), uma mulher que caiu em um golpe, cirurgias plásticas, entre outros. Há um tom cômico que emula a conversa entre as pessoas a que Marjane Satrapi se baseia e não há necessariamente um julgamento de valor sobre os relatos.
Acho que é importante mencionar que fiquei incomodada com a menção de um dos maridos que é gay, pois os comentários foram preconceituosos.
De forma geral, acredito que a proposta da graphic novel é interessante, mas faltou um tom crítico sobre os temas levantados.