Leandro.Souza 03/08/2022
Leitura fundamental
Aos educadores e cidadãos que são entusiastas de uma ação dialógica de transformação social: este livro fundamenta a ação transformadora da emancipação política de todos e todas. Não tenha a compreensão equivocada de que "este material é restrito aos professores e professoras". Esta é uma obra política fundamental que envolve nossas ações cotidianas em favor da libertação das massas ao se descobrirem como POVO.
Em um primeiro momento, no capítulo 1 desta obra, nos aproximamos de questões fundamentais a serem inteligidas: as situações de opressão e seus agentes. Conquanto, iniciando a ponte com a educação, mas, contudo, sem se restringir ao ambiente educativo formal (escola). O professor Paulo Freire elucida um dos conceitos mais importantes de sua fundamentação: ninguém é capaz de educar alguém, a educação não se manifesta como uma imposição; o ato educativo necessita que os sujeitos se reconheçam no processo, reflitam sobre a realidade, assim transformando-a.
O segundo capítulo demonstra como se dá o funcionamento da educação dos opressores, a concepção "bancária". Como o próprio nome remete, em resumo, a dinâmica pertencente à esta educação é restrita ao "depósito" do conhecimento a ser absorvido pelo estudante (conhecimento este que é filtrado de acordo com os interesses da formação). Ao final do capítulo, somos introduzidos a ideia do "ser mais", a natureza humana de se expressar e agir no mundo. Logo, o ser humano é tido como ser inconcluso em busca (eterna) de aperfeiçoamento.
O capítulo três, este bem direcionado para a organização de estratégias dialéticas de educação, fundamenta toda a estrutura de uma educação libertadora e os princípios necessários para viabilizar a educação dos estudantes-educadores e educadores-educandos; um processo sistemático, mas em conjunto.
Por fim, em uma importantíssima análise política e educacional, o Professor abrange, a fundo, as características das teorias antidialógicas e dialógicas; seus contrapontos e antagonismo.