Notas.Literarias 04/04/2020
Lucinda é uma das minhas autoras favoritas, se você me conhece, sabe disso. O que me atraiu em seus romances foram as belíssimas capas, mas depois as histórias em si, que são todas muito envolventes e possuem uma característica que eu adoro: a alternância, entre os capítulos, de passado e presente.
Neste ano, eu estava mais ansiosa para receber a continuação da série As Sete Irmãs (aparentemente falta somente a história de Electra), mas é claro que não deixaria um lançamento de Lucinda passar batido. E pasmem: estamos falando, na minha opinião, do melhor livro da autora, até o momento. E lembre-se de que todas as histórias dela são ótimas, daquelas de você não querer terminar de ler, ou de querer esquecer somente para começar de novo.
A alternância entre passado e presente, desta vez, acontece apenas com a Posy. No início do livro ela tem sete anos, e no presente já está prestes a completar setenta. Então, o passado envolve Posy pequena, adolescente, jovem e adulta, até chegar à terceira idade. É uma pessoa que você deseja conhecer desesperadamente, sabe?
A vida de Posy não foi nada fácil. Ela perdeu o pai muito jovem, poucos meses depois do início da história, e foi morar com a avó na zona rural, já que sua mãe nunca quis saber dela. É uma pessoa que nos dará ódio, e eu afirmo que o sentimento aumenta com o passar do tempo, quando segredos serão relevados. Sua avó, pelo contrário, é alguém fundamental na vida de Posy, felizmente, e que sempre a apoiou em tudo.
Posy é muito inteligente, e sua busca pelo saber a levou longe. Porém, depois de um tempo ela voltará para a Admiral House, casa da família há vários séculos, onde morou até os sete anos. A mansão foi palco de muitas histórias do passado e do presente, mas decisões inadequadas poderão pôr a casa em risco e fazer seus familiares perderem o sono.
Na verdade, já recebi uma espécie de oferta. Sam, meu filho mais velho, apareceu hoje cedo e anunciou que queria comprar a casa e convertê-la em apartamentos - revelou Posy, e suspirou. - Isso me deixou em um dilema.
Aliás, não faltarão tomadas de decisões para nossos personagens. Não somente Posy precisará tomar várias, mas também seus filhos e suas companheiras, um escritor famoso, algumas pessoas do passado, e por aí vai. A Sala das Borboletas trata do drama familiar de Posy, então acompanharemos também cenas que envolvem seus entes queridos, pessoas que certamente ganharão o seu coração.
Ah, chega de escrever sobre esse livro, porque já deu saudade. Espero que tenha convencido você a ler o romance mais novo de Lucinda, porque ele é demais. Certamente está entre os melhores do ano!