Digão Livros 11/01/2016Bem, percebo que há entre os leitores desse livro, aficionados pelo personagem, ou pelo seriado, ou até pelos dois!
Acho que não me encaixo em nenhum desses perfis. Rs.
Meu primeiro contato com o tema foi uma chamada do seriado na TV. Na verdade, naquele momento, eu nem sabia que havia um livro sobre o assunto. Me interessei pela chamada, mas nunca assisti ao seriado.
Logo após, vi uma pessoa lendo o livro no metrô, e o jeito comprometido com que ela devorava as páginas me causou real interesse no livro.
Primeiramente, eu tenho uma curiosidade – Por que “A mão esquerda de Deus’? – Dexter é canhoto?
Sobre o livro, para mim, ele iniciou um pouco lento, meio sem graça. Tudo muito detalhado, e dá para entender isso porque trata-se de uma área com esse perfil, mas tudo meio lento...
Dexter é retratado com um cara comum – contido, sem extravagâncias, quase imperceptível. Tem apenas uma pessoa querida – a Deb, com quem realmente se preocupa... Aparenta uma vida pacata e pouco interessante.
Mas... apenas aparenta!
Dexter trabalha na área criminal, como especialista em borrifos de sangue.
Em seu meio, é conhecido pela intuição aguçada, que lhe proporciona boas sacadas e dicas para resoluções de crimes.
Mas sabem, ao seu redor, que essa intuição faz parte de uma parte oculta se sua personalidade.
Uma parte oculta que o domina e lhe causa imenso prazer, sem aparentemente remorso.
Seu serviço, o aproxima de seu ‘passatempo’ predileto. Dexter caça assassinos e os disseca de modo profissional, limpo e meticuloso.
O tempo passa, a vida segue, e mais alguns assassinos são dissecados. Tudo dentro da rotina organizada de Dexter.
Eis que surge o personagem que altera o cenário, o espelho de Dexter. Um assassino tão meticuloso, limpo e profissional quanto Dexter, e também tão misterioso quanto ele.
Esse assassino o instiga, tira seu sono, e aparentemente, procura chamar a sua atenção, pois deixa pequenas e sutis pistas que somente outro psicopata poderia notar.
A cada novo assassinado, o serial killer oculto torna-se mais celebre na cidade, mais temido, mais assustador, e pressiona mais a polícia por sua captura.
A caçada em si, é envolvente, mas o fim do livro, achei um pouco previsível, ou até pouco criativo. Isso, eu não contarei, para não estragar a caminhada do amigo leitor.
Posso dizer apenas que a personalidade de Dexter é dúbia. O autor tenta retratá-lo como um serial killer, mas um serial killer não tem sentimentos, preocupações com o próximo. Esse não é o caso de Dexter. Talvez, seja essa personalidade dúbia que cative tanto os leitores. O sujeito pacato e gentil capaz de coisas inimagináveis.
Boa leitura!