U.F. 24601 05/02/2011
Admirável Gado Novo
Êeeeeh! Oh! Oh! Vida de gado! Povo marcado, Êh! Povo feliz!...
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Analisando a obra, podemos dizer que tudo gira em torno de Henry Ford, o “Ó Deus”, é substituído por “Ó Ford”, as cruzes do cristianismo cortada a ponta, formando um “T” faz referencia ao Ford T, primeiro carro feito em série, vale dizer, que até mesmo os adjetivos usados para as pessoas, são estilo automotivo, por exemplo, “pneumático(a)”
Observei a artificialidade dos objetos, por exemplo: pseudomarroquim, pseudomarmore, pseudossangue, pseudochampanha, ... As comidas sintéticas, os sentimentos sintéticos, tudo é falso.
Não posso deixar de falar do melhor chavão: “Cada um pertence a todos” e do Orgião-Espadão (sim, isso é referente a orgia e espada/genital masculino), que no final se transforma em Orgião-Espadão Sadomasoquista.
Atualmente temos quase tudo o que cita o livro, (para o processo Bokanovsky: temos o clone; para o soma: temos as drogas em geral; para o sistema de castas; temos a desigualdade social) porém menos aperfeiçoadas.
“Para a fuga da humilhação, do mundo, apenas um comprimido de meio grama de soma, e pronto” (conceito hipnopédico) nos fazem lembrar das pessoas, e muitas das vezes nós mesmo, quando tentamos "fugi do mundo" ou esquecer alguém, por meio da bebida, e das drogas.
Saindo da resenha séria, e indo para a pilhéria, não posso omitir o grande paradoxo, em que a civilizada, Lenina, quer liberar pra todo mundo, em contrapartida o não civilizado, Selvagem, quer recitar Shakespeare :P