Resenhas - Vou sumir quando a vela se apagar

Gabriel.Almeida 20/04/2024

Onde estão os tesouros do Brasil?
Bem escrito e poético, Diogo Bercito em seu romance de estreia entrega uma linda história sobre luto, sobrevivência e migração, impossível não se comover e não sentir a dor de Yacub, uma das melhores leituras do ano, vale muito a pena!

"Chegou a pensar que os dias tristes eram mais numerosos do que os felizes, agora que havia notado a existência deles."

leti 19/04/2024

Omg
Jesus que livro triste ? gostei muuuuito e tinha vezes (a maioria delas) que eu sentia a dor do yacub, fiquei um pouco tristonha com o desfecho e de como o jinni tomou proveito dele e do sofrimento dele também só pra se satisfazer mas pensando no yacub eu entendo o lado dele ?? amei ler essa história e de acompanhar ele durante toda jornada entre siria x brasil

Duda 18/04/2024

?????????
História bem boa, dá pra perceber que o autor sabe do que ele esta falando e gosta. No começo não entendia a relação do yacub com o jinni mas depois fui entendendo e gostando, bem reflexivo (principalmente a conversa deles).
Fiquei triste por ele ter que tomar uma decisão mas não teria jeito.
Recomendo!

Baconzitas 16/04/2024

Que tristeza
Um livro muito bom

Mas só consigo pensar repetidamente ?que tristeza, que tristeza. Que dor!?

Difícil descrever sem dar spoiler, mas fala sobre indas e vindas de diferentes terras e despedidas

Only_erica 14/04/2024

Livro nacional recheado de elementos históricos e tristezas
Contando com A aurora da lótus da Babi A. Sette, Vou sumir quando a vela se apagar foi meu segundo livro nacional que eu já li, e essa foi uma das melhores leituras que eu já tive até o atual momento.

Para começar, a leitura é CURTÍSSIMA, eu li o livro em 2 dias, pois ele tem uma fluidez narrativa ótima, a escrita de Diogo Bercito não é difícil de ler e a diagramação facilita muito a leitura. Porém, alerto os novos leitores, se quiserem desfrutar do livro por completo, tenham um dicionário por perto e busquem estarem atentos nas aulas de história e geografia, pois há elementos na história que você precisa ter um pouco mais de atenção e conhecimento para compreender o cenário temporal do livro.
O livro é dividido em três partes, então irei comentar as três partes respectivamente.

Na primeira parte, somos convidados a conhecer Yacub e Brutus, amigos de longa data que cultivam uma espécie de romance não verbalizado um para o outro. É explorada a relação de ambos, de como Brutus tem o desejo de ir para o Brasil em busca de novas oportunidades com o Tio e também como Yacub se mostra resistente à ideia, pois desde pequenos Yacub e Brutus planejavam reconstruir o vilarejo e desfrutar da sua terra natal. Durante esse primeiro período do livro, temos cenas que exploram a sexualidade de ambos, cenas que pra mim foram escritas com maestria, pois não são vulgares, mas poéticas.
Na morte do Brutus, eu me senti devastada, pois achei que foi uma morte muito prematura e que o romance que me prometeram não viria mais. Mas é o sentimento de vazio e de culpa de Yacub que movimenta a história daqui pra frente, o pensamento que ele havia roubado o sonho de Brutus de seguir seu caminho para o Brasil e que, o jinni que vivia em um poço tirou o seu amado da sua vida e agora o perseguia em seus pesadelos, vão guiar a segunda parte do livro. 

Yacub decide vir para o Brasil para se sentir mais próximo de Brutus, para não se esquecer dele e para confrontar o jinni de fogo que o assombrava. Eu particularmente acho essa parte a melhor parte do livro, vimos muitos outros personagens como Jurj, um libanês que criou vínculo com Yacub, Remédios, uma espanhola que se torna amiga de Jurj e Yacub, e o Tio de Brutus, que mora no Brasil. Por ser uma parte muito longa, fica difícil descrever tudo que me impressionou, mas é de se admirar o quão bem o autor retrata a São Paulo dos anos 30, é simplesmente maravilhoso e você consegue ter uma clara visualização daquela época. A Remédios (um nome bem ridículo pra mim, mas segue o baile) na minha opinião e é uma personagem muito mal utilizada, eu esperava um pouco mais o protagonismo feminino desse livro, mas não é algo que veio a me incomodar, pois as cenas onde Yacub e Jurj conversam, se acolhem e se confrontam são aquelas onde você lê sem prestar atenção em outras coisas. 
Yacub ainda quer desvendar o mistério do jinni, então ele pega suas coisas e sai de São Paulo em direção ao norte, onde seus sonhos revelavam a localização do jinni, nos levando à última parte do livro. 

A terceira parte é a mais parada, em compensação às duas anteriores, mostrando toda a jornada de Yacub até o seu destino. Conhecemos mais 2 imigrantes, Samir e Rizkalla, que permanecem pouco tempo na história, apenas ajudando Yacub a seguir seu caminho até o jinni. 
Quando finalmente Yacub o encontra, ele pergunta tudo o que queria perguntar desde a morte de Brutus, e finalmente obtém suas respostas.
Mesmo já tendo alguns spoilers nessa resenha, não vou comentar sobre o final, pois acho que vale muito a pena ler o livro e descobrir por conta própria. 

O livro é maravilhoso, pois te toca de uma maneira muito diferente. Eu não teria como dar menos de cinco estrelas pra ele, mesmo ficando meio decepcionada e confusa com o final do livro. É um livro que retrata o luto e a luta interna de Yacub, que partiu da sua terra apenas para manter Brutus vivo em sua alma. Não é um livro clichê e com certeza não é exaustivo. Vale muito a experiência e com certeza já entrou no meu ranking de favoritos da vida.

Joy 13/04/2024

Vou sumir quando a vela se apagar????
Cara, esse livro é muito bem escrito, é uma prosa com um teor lírico bastante presente e cativante. Sinceramente, ficarei de olho em lançamentos desse escritor, pois gostei demais.
Ao longo da leitura fiquei me questionando se o escritor é Libanês, porque ele aborda os temas de uma maneira tão verídica, como alguém que realmente conhece e entende. De fato. Pois ele se especializou em história voltada aos países árabes, o que trás seriedade ao seu livro e o torna ainda mais importante.
Em suma, adorei como os assuntos foram abordados, a proposta narrativa é fluída e, sobretudo, como ele fala do Brasil! É lindo! Fiquei muito orgulhosa e com o coração quentinho.
Gostei muito de ter meu primeiro contato com essa cultura por meio deste livro. Recomendo.

Ps: se alguém já leu, gostaria de debater o final, pois achei extremamente fantasioso e não sei se entendi bem a metáfora. Aberta a debates?

Debs.Lima 08/04/2024

Não sei expressar os sentimentos
É um livro sensível e bonito que trata sobre costumes, cultura e mudança, ou não, de visão de mundo. Certamente fala, e muito bem, sobre sentimentos e sobre amor.
Retrata o luto e a culpa de uma forma rica utlizando-se de folclore do povo Sírio. Mostra que esses sentimentos podem guiar toda uma vida e preencher todo um ser, por mais que se tenha chances e caminhos de superação.
É legal também ver o retrato da imigração Sírio-libanesa para o Brasil e o contraste da terra. Ver que, apesar da distância, os povos marginalizados e oprimidos por outras nações sofrem a mesma coisa, a mesma miséria e o mesmo desperdício de recursos "dos donos de terra" enquantos outros passam fome.
Sério, leiam.. É lindo.

Isabela 04/04/2024

Foi um livro diferente das minhas leituras usuais com uma temática diferente, acompanhar a trajetória do personagem foi agoniante, entender as nuances ele, enfim, foi um bom livro.

Janai 01/04/2024

Pra falar a verdade, comprei o livro pq achei a capa bonita, não li sinopse e não sabia se ia gostar da leitura. mas, o romance de estreia do diogo bercito me cativou. yacub tem uma jornada incrível, que faz a gente querer acompanhar e saber até onde vai e qual será o desfecho.

Raíssa 30/03/2024

"(...) tentava se convencer de que a própria vida seguiria em frente. Todos perdem quem amam. Rios secam e montanhas ruem, pensou. Essa é a história do mundo. Aconteceu com todos os meus antepassados e eles nunca desistiram"

Esse livro me tocou de uma forma que eu não esperava. Que experiência incrível e surpreendente. Uma escrita tão bem feita e envolvente, que passa com muita clareza a experiência e os sentimentos dos personagens.

Não sei o que pensar desse final, acho que não gostei. Mas o livro foi tão incrível que o final é o que menos me importo, sinceramente. A trajetória foi sensacional.

igor 30/03/2024

De algum jeito, queria nunca chegar, só partir.
Triste quando não conseguimos deixar de olhar pra trás. o sentimento de falta, de não pertencer a nada nem ninguém, de não se encaixar em lugar nenhum, de viver apenas pra seguir aquilo que as pessoas nos destinaram a seguir.
Me identifiquei mais do que gostaria com o protagonista. até um pouco engraçado termos além dos sentimentos personalidades parecidas.

Oll3m 27/03/2024

Acompanhamos a jornada de Yacub, jornada a qual ele procura por respostas que nem mesmo ele sabe as perguntas.
A dor do luto, da culpa, de sentimentos que não se pode colocar em palavras.
Um livro bom e memorável.

ArturDamas 27/03/2024

Bom
Gostei de ter conhecido a dor e o luto de Yacub - apesar de ter despertado em mim uma tristeza, mas essa é uma das razões porquê leio: pra ser desperta alguma emoção em mim. Assim como gostei de ter conhecido um pouco mais da sua cultura (síria) também.
Um bom livro, bem escrito; pena que curto.

Flavinha 18/03/2024

Interessante!! Uma escrita bonita, poética , melancólica. Abordando temas sobre imigração, sexualidade, amizade, luto, culpa, amor, angústias, felicidade. A segunda parte foi a que mais me chamou a atenção, desbravando São Paulo e a amizade que vai crescendo entre Yacub e Jurg. Um final triste mas não teria como ser diferente por toda a culpa que ele carregava mesmo não tendo.

?Ele começou com passos curtos e lentos e então mais longos e velozes. Sentia o gosto amargo que contamina o paladar dos que sabem que estão certos e errados ao mesmo tempo e torcem para a proporção entre o bem e o mal lhes favorecer.?

Ailton 17/03/2024

Vou sumir quando a vela se apagar
Quando o passado nos pesa mais que o presente e nos faz vive-lo todos os dias, a ponto de não querer viver o presente.
Com escrita fluída o autor nos leva a uma São Paulo com referências ainda vista nos dias de hoje, melancólico e bem estruturado, o texto trás os sentimentos dos personagens a tona, fazendo nos reconhecer em todos eles. Personagens que carregam suas histórias sem grandes sobressaltos e conquistas tal qual a vida de muitos. Um livro ainda que melancólico, leve, forte e reflexivo.