Kristianno 09/07/2020
LGBT+ positivo e agradável.
Com esse amarelo banana, o livro com conteúdo armênio traz uma história de romance LGBT+ adolescente com uma pitada de imersão cultural
É uma ótima indicação para uma literatura juvenil, pois não há atrocidades por ser LGBT+, é um softlove carinhoso, como o "Com amor, Simon". E isso é incrível por si só.
Trazer uma cultura milenar específica e como uma família se comporta perante o contraste com o urbano é muito curioso. As passagens são claras, elucidativas e nos faz rever uma parte da história que podemos nem ter tido contato: O conflito entre os Turcos e Armênios.
A ambientação é escolar, os dilemas são juvenis, e as indicações de Manhattan são boas.
Para quem está além da história sessão da tarde, há uma problemática bem conhecida por quem é LGBT+ e isso me falhou profundamente.
O livro é calmo e gradual, e quando chega no desfecho, ele se resume a poucas páginas, muito rápido, raso e sem as redenções dos personagens. Os pais de Alek se constroem de uma forma que poderia ser facilmente qualquer casal brasileiro religioso (tipo meus pais, haha), e quando há o desfecho, não agem como deveriam. Baixa o espírito santo e resolve tudo. Essa foi a parte que não me cativou. Foi muito fácil demais.
Espero que você leia, e perceba quão apressado foi a resolução final. O conflito entre os irmão que parece sem fim, bastou um estalar de dedos e pronto. É previsível? Sim, bastante. Convenceu? Não.
Se eu indico? Indico muito. Como não indicar um livro LGBT+ com apresentação cultural, com romance juvenil e ninguém morre por ser LGBT+?
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