Resenhas - Eles Não Usam Black-tie

Camily.Cristini 17/06/2021

Reflexivo
Um ótima leitura! A escrita é fluida e rápida, quando você se da conta já acabou o livro, principalmente por causa dos personagens cativantes que em cada ato ganham seu coração. Esse livro aborda a greve dos operários da fábrica e a diferença de ideias sobre ela e suas consequências. Como uma moeda a greve tem dois lados, aqueles que são a favor e aqueles que são contra, mas a questão gira em torno de como as pessoas vão lidar e reagir quando uma opinião ou ação são contrárias aquilo que elas acreditam e apoiam. Nesse texto vemos esse cenário de divergência de ideias e de como as pessoas podem ser cruéis e vingativas quando não vamos de acordo com o que elas pensam, mesmo que o objetivo das mesmas seja promover o melhor para todos e não apenas para si. Infelizmente é um cenário muito presente em nossa realidade e é isso que torna o artigo tão rico, as reflexões que podemos tirar de suas páginas.

Maysa 21/06/2022

Eles não usam Black-Tie
Esse livro veio como um soco, de como é a realidade das pessoas nas comunidades brasileiras...

Aborda de maneira real e sensata as diversidades que um operário leva ao não aderir a greve...

O Gianfrancesco Guarnieri usa de uma coloquial idade nas palavras para representar de fato, momentos e sentimentos...

Leia e aproveite o mais puro teatro brasileiro

Lore.dossn 18/02/2022

Nosso amor é mais gostoso,
Nossa saudade dura mais
N osso abraço mais apertado
Nós não usa as "bleque-tais"

soph 26/10/2022

Eles não usam black-tie
Quando você entende o significado do livro, é incrível, mas o final ficou muito vago e sem sentido .

Paloma300 22/10/2020

Leitura rapidinha, muito legal! Estou com expectativas altíssimas para o filme ?

najuliass 03/10/2022

"Nosso amor é mais gostoso,
Nossa saudade dura mais
Nosso abraço mais apertado
Nós não usa as 'bleque-tais'."

Elisa 06/10/2021

Uma peça fluída
Das peças que eu já li, essa foi a melhor, fiquei refletindo sobre o final, sobre o que aconteceria com os personagens. Apesar de ser bem curto, me apeguei aos personagens e conseguir entender o pq das ações de cada um. Uma peça mt boa e bem fluída

Nayara 02/11/2021

Vida de morro estraga qualqué amô!
Este teatro de Gianfrancesco Guarnieri se passa no período da ditadura militar. Tião e Otávio, pai e filho, travam uma reflexão filosófica acerca da vida. Um está para se tornar pai e deseja ser o melhor chefe de família e o outro quer ser essa figura para o outro. Ambos trabalham na mesma fábrica e Otávio é um militante severo dos direitos trabalhistas se envolve em uma iminente greve e vai preso. A peça tem 3 atos e 6 quadros.

pavezijoao 25/07/2021

Simples, mas com ótimo conteúdo!
Tratando de uma família moradora de favela na época do Estado Novo, a peça, com sua linguagem coloquial e personagens únicos, rodeia uma grave de operários exigindo maior salário, a motivadora do conflito da trama. Seu Otávio, patriarca da família, leitor de Luiz Carlos Prestes e organizador de greves, vê-a como a principal forma do proletário melhorar suas condições e superar a exploração do patrão, sendo a solidariedade e união unânime entre os operários essenciais.
Tião, filho mais velho que morou na cidade como empregado dos parentes em um período de cárcere de Otávio, dá preferência a seus interesses particulares. Recém-noivado e com um filho pra nascer, a preocupação pessoal em manter a subsistência de seus futuros mulher e filho é maior do que o senso pelo coletivo tão significativo e presente na favela e, é claro, em sua família. Tião almeja subir na vida, sair da favela e sentir-se "alguém", até mesmo mentindo sobre uma proposta para ator de cinema que nunca recebeu.
Quando Tião fura a greve, que acaba por ser um sucesso devido ao papel de Otávio, ele trai a solidariedade de todos: sua família, seus amigos operários e, mais importante, toda a favela. Desprezado até mesmo por Maria, sua noiva, que ama a favela e seus habitantes, não pretendendo acompanhá-lo em seu exílio, Tião vai embora (seu pai diz: "Enxergando melhó a vida, ele volta").
A peça acaba com a revelação que Jurêncio, criador do samba "Nós não usa Black-tie" na história, teve o próprio roubado e tocado na rádio, sem qualquer crédito dado a ele.
Obs: a Romana, matriarca da família, tem os melhores diálogos, sempre falando tudo o que pensa de forma extremamente realista e sem rodeios, divertidíssima!

João Victor - @sigamoslivros 18/10/2021

A favela e a classe trabalhadora
#RESENHASOL | Gianfrancesco Guarnieri | 1958 | 108 páginas | L | Teatro | José Olympio

Essa é uma obra escrita por Gianfrancesco, foi um ator, diretor, dramaturgo e poeta italiano naturalizado brasileiro. Essa obra tem uma importância histórica pois foi o primeiro livro que não trata a favela de forma heteróclita. Como personagens temos uma família composta pelos pais (Romana e Otávio), dois filhos (Tião e Chiquinho), suas namoradas (Maria e Teresinha respectivamente) e temos ainda João (irmão da Maria e melhor amigo do Tião) e o musico Jesuíno.

O plano da história está voltado em duas vertentes: a greve na empresa que Tião (personagem principal), seu pai e João trabalham e há a discordância por parte do Tião em participar dessa greve, provocado pelo segundo ponto da história, Maria, sua namorada, está gravida e eles precisam se casar.

Então temos o enredo desenvolvido assim. A visão dos trabalhadores a respeito de um movimento grevista e equilibrar as prioridades entre lutar por melhores condições ou se manter na condição atual pra garantir o sustento da família? Tião tem sua escolha e sofrerá as consequências dela!

Como tratei no início, eles não fazem uma descrição de favela mostrando um lado ridicularizado, violento, excêntrico ou exótico, como a literatura sempre tratou, ele mostra realmente a parte trabalhadora que ali vive e seus conflitos enquanto famílias e seres pensantes de opiniões distintas.

O que deixa meu não admirar (leia-se aqui sem conotação negativa) dessa história é o fato da inconsistência entre tema e realidade do autor, como vemos ele é um italiano naturalizado brasileiro de classe alta que vai falar do interior e realidade da periferia, assim o que dará enredo pra essa peça será pautado na superficialidade e suposição. E não, não apresento aqui que por tal motivo essa obra não tenha seu valor.

O tema abordado é mega válido, bem como a forma com que foi abordada. Além de que essa história nos traz uma construção e narrativa bem elaboradas. Outro ponto que reforça a necessidade de leitura dessa obra é que já caiu em vários vestibulares, assim como tem uma leitura bem rápida e que pode ser lido em poucas horas!

Bruna 26/09/2022

Um classicão da nossa dramaturgia que estou ensaiando pra um espetáculo de fim de ano do teatro. O que acho interessante nessa peça comparada à outras com críticas sociais, é que ela nos mostra os dois lados da moeda, o que nos faz entender o lado dos operários mas também ter empatia pelo Tião. Acho a favela um pouco romantizada na história mas nada que anule a problematização do livro.

Bianca.Aquino 21/05/2021

Eles não usam Black-tie
Não foi a melhor coisa do mundo, mas gostei o assunto do livro é interessante, mas o final é meio... Sem acabar, achei que faltava alguma coisa nesse final!

Castro 20/06/2021

Peça ótima que continua muito atual! Destaca as indagações da classe operária entre ?deixar a sua própria classe e subir na vida, ou lutar por melhorias para o seu próprio povo se arriscando?. O autor foi genial na construção de cada personagem. Com certeza a D. Romana é a minha favorita justamente pelo seu cateter forte em relação a enxergar a vida como ela é.
Recomendo muito a leitura!

Ana 28/01/2022

Crítica sobre a luta do proletariado
Uma peça de 1958 que aborda a luta do proletariado e a divergência de pai e filho sobre tal pauta.
Otávio é operário numa fábrica cujo o salário tem sido um problema a tempos, por isso é um dos principais ativistas das breves. Já Tião, tem outras ideologias. Por ter morado com os padrinhos na cidade na infância e início da adolescência, o rapaz sempre sonhou em sair da favela e dar uma vida melhor para si e sua noiva, Maria. Porém, após abandonar a greve e ficar ao lado do patrão acaba tendo grandes conflitos com o pai.