Jô 14/04/2024
Antologias sempre são uma correnteza de emoções
E Alwyn volta com uma coletânea de contos do universo de A Rebelde do Deserto, dessa vez ela emociona ao expor fatos passados que formaram contos e criaram os rebeliões de Mirajin, desde sempre fica claro que ali nada acontece por acaso e o passado não é alheio ao futuro, mas o farol que guiou a ele. Dividindo em quatro contos, a obra inicia com o passado dos príncipes irmãos Jin e Ahmed enquanto viviam e arriscavam a vida para sobreviver em Xicha, munidos de coragem, ousadia e o desejo de libertar pessoas de destinos que eles conhecem de perto, os irmãos demonstram esperteza e novamente os traços de personalidade que já os fez divergir em momentos cruciais se tornam claros, enquanto Jin é ousado e até mesmo inconsequente, Ahmed prefere manter a prudência e garantir que as consequências sejam previstas para anteceder a qualquer desastre, ou seja, um prefere agir e o outro planejar.
E mais uma vez ela se sentiu partida ao meio. Só que agora era seu luto em conflito com sua determinação. Ela não deixaria aquela criança morrer. Não permitiria que a morte de Nadira fosse em vão.
Em sequência, a história trágica da garota do mar e do deserto, Lien que após perder sua família é vendida para o palácio para ser mais uma no harém do odioso sultão, onde conhece sua amiga e irmã do deserto, a sultima Nadira, como já se sabe a sultima perde a vida, por isso se trata de um conto triste, porém conhecer a conexão das duas que partilham um tenebroso destino, presas aos muros do palácio, ao mesmo tempo em que o apoio silencioso entre ambas se torna o companheirismo de que precisavam para resguardar alguma felicidade, tanto Lien quanto Nadira se tornaram a família que já não possuíam e pela qual ansiavam, mesmo que para Lien, Nadira fosse apática à sua gaiola dourada.
Hawa pensava que, se Attallah morresse, seu coração se despedaçaria de forma irreparável, e ela também partiria. Mas ao ver seu amor cair da muralha, foi o coração do guerreiro que se partiu, e ele morreu com a espada em punho.
Alguns fatos que foram brevemente inseridos principalmente em A Traidora do Trono sob formas de reflexões são redigidos agora, no conto sobre o herói Atallah e a princesa Hawa, a questão de interpretação sobre a origem das capacidades de Hawa de trazer o sol consigo e a origem da ligação de vida entre humanos e demdjis, os dons sobrenaturais de Hawa escondidos por séculos, se tornaram lendários, porém escondiam a verdade da filha do primeiro sultão de Mirajin.
Lá fora, a menina ergueu a arma. Apontou para uma lata e disparou um tiro mirado com perfeição, que a mandou girando para a areia.
Zahia soube na mesma hora como aquilo terminaria. Sua filha imprudente e ousada segurando uma arma. Ela se defenderia e seria enforcada por isso.
Ao mesmo tempo no conto sobre a fugitiva da Vila da Poeira, Zahia, é uma jovem em seus 19 anos, buscando sua liberdade e sobrevivência ao fugir desse lugar inóspito de qualquer empatia e bons sentimentos e ao mesmo tempo de um casamento fadado a causar sua destruição, todavia, no caminho de escapar encontra uma estranha figura que embora presa e incapacitada não demonstra sinais de aflição, sua aura sobrenatural e sua fraqueza perante o ferro delatam sua existência mágica, Bahadur, pai de Amani. Enfim o momento em que Zahia mudou toda a roda do destino e que Bahadur outra vez interveio na história de Mirajin, mostrando sua eminente afeição aos humanos, àqueles a quem os djinnis moldaram para salvá-los da ruína de uma escuridão absoluta.