Resenhas - Kim Jiyoung, Born 1982

ð» . 04/05/2024

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Foi um choro silencioso e abundante, uma experiência rica e realmente indescritível, daquelas que todo mundo deveria ter um dia.

"Se havia dois guarda-chuvas, as garotas dividiam. Se havia dois cobertores, as garotas dividiam. Se havia dois doces, as garotas dividiam."

Liana 08/04/2024

Triste realidade!!!
É aquele livro que não deixa o coração da gente quentinho quando terminamos de ler. Um livro necessário onde todos deviam ler pois mostra que a realidade de muitas mulheres é igualzinha, sem tirar nem pôr, mesmo do outro lado do oceano. As mudanças precisam acontecer em todos (tanto nos homens quanto nas mulheres) para que consigamos diminuir as desigualdades de gênero.

Janaína Faria 30/03/2024

Mesmo que o livro aborde mais da cultura coreana em anos passados onde a misoginia era ainda maior do que nos tempos atuais, conseguimos tranquilamente ler essa história criada por Cho Nam-Joo e nos vermos, vermos nossas parentes ou nossas amigas nessas páginas. É o desenho perfeito de uma sociedade machista que funciona pelo bem estar dos homens e acha perfeitamente normal que as mulheres sejam aquelas que abram mão de absolutamente tudo em suas vidas (até mesmo sua própria individualidade) em prol de suas famílias e filhos enquanto os maridos fazem o mínimo, quando fazem, e sem alterar absolutamente nada em suas rotinas.

Para mim, não foi um livro que criou muita conexão com os personagens porque temos nas páginas a vida de Kim Jiyoung sendo narrada desde os primórdios, e é apenas isso: uma série de acontecimentos se desenrolando sem que eu me prendesse à narrativa ou a qualquer personagem brevemente introduzido na história.

Apesar disso, é um livro fluido, obviamente revoltante e o final sinceramente me deixou ainda mais triste, pois serviu como uma reafirmação de absolutamente tudo que o livro narrou.

camomiIa 28/03/2024

So to escrevendo pro desafio de leitura so to escrevendo pro desafio de leitura so to escrevendo pro desafio de leitura

Angie Poggi 13/03/2024

Importante
Although I do appreciate the message of the book and its relatabily, the characters were more like archetypes than fully fleshed out ones. I don't think that's a bad thing, the story has an informative tone and those archetypes serve to impulse the message, but I prefer to read books that feel more like a story than an informative, although important, article.

Lucy.nee 24/02/2024

Maravilhoso, faz a gente repensar sobre tantas coisas, tenho certeza que qualquer mulher que ler esse livro vai sentir uma dor no peito pq histórias igual a da Jiyoung tem muitas?

Sousasuu 24/01/2024

Acho difícil muitas mulheres lerem esse livro e não conseguirem se ver em diversas situações, o que é triste demais. Vários socos no estômago, maior ainda quando você entende que já passou por algo semelhante em algum momento. Livro bom, importante e o último capítulo, pra mim, é o "BUM" onde você só se revolta mais rs

beca 20/01/2024

Esse livro fala sobre aquilo que nós mulheres estamos cansadas de saber: ser mulher é uma experiência devastadoramente difícil.

a medida que a vida da kim jiyoung se desenrola é praticamente impossível não se identificar com nenhuma das experiências dela, mesmo tendo vivências diferentes, porque infelizmente alguns sofrimentos são universais para mulheres. alguns pontos do livro são meio rasos e eu não classificaria como uma obra prima do feminismo, mas ainda assim é uma leitura muito interessante.

achei o final bem pensado, fechou bem todo o ciclo do livro e a mensagem que ele deseja passar.

jostenlover 19/01/2024

Maternidade e a perca da identidade para as mulheres
"Kim Jiyoung, nascida em 1982" é um livro fluído que retrata de forma realista e até mesmo cruel o quão complicada é a maternidade e a vida pós parto para as mulheres. A história narra a vida da nossa protagonista, Jiyoung e o leitor acompanha sua infância, adolescência e vida adulta.

A história é dividida em três atos: primeiro temos a vida dela como uma criança que vivia uma realidade simples, mas feliz; no segundo ato temos a adolescência um pouco conturbada onde Jiyoung lida com a pressão do vestibular e uma experiência de assédio; e no último ato somos apresentados com a sua vida adulta que no começo era cheia de expectativas e sonhos mas que ela teve que deixar de lado ao descobrir que estava grávida.

A autora consegue explorar em poucas paginas sobre a realidade das mulheres coreanas que vivem em um sistema patriarcal e capitalista, seus medos e frustrações e a perca da própria identidade de uma mulher ao se tornar mãe.

Sua escrita atrativa e realista faz o leitor (mulheres, é claro) se envolver com a narrativa e projetar sua própria vida na da protagonista desenvolvendo uma empatia por ela e seus sonhos interrompidos.

Duda 16/01/2024

Eu amei o livro e toda a essência dele. Ele é melancólico e como uma mulher é sufocante e frustrante ler e não conseguir fazer nada sobre o que acontece e me fez abrir ainda mais os olhos sobre maternidade. É muito injusto.

melissartorres 08/01/2024

Leitura Realista
O livro é curto, li em 3 horas, mas é perceptível o quanto a Jiyoung experienciou na pele a diferença de gênero desde criança, quando a própria avó proibia ela e a irmã de comerem leite em pó do irmão mais novo, apenas por ser menino. Desde a infância até 2016 ela sentiu isso ao ponto de desenvolver um transtorno. O livro traz um triste plot twist realista no final: o dono da clínica dizendo que não deveria contratar mulheres casadas, mesmo vendo diversas pacientes, inclusive a própria esposa, em condições psicológicas lamentáveis por conta de uma sociedade misógina, que rebaixam as mulheres com apelidos arcaicos, pressão para estudar, casar, ter filho, e ser dona de casa. Uma sociedade que não enxerga como é difícil ser mãe, e não auxiliam as mesmas.
Mesmo que o livro tenha poucas páginas, a autora conseguiu entregar o que foi proposto: o dia a dia de uma mulher em um mundo onde o feminismo é apenas uma ilusão, mesmo melhorando lentamente.

Larissa3666 05/01/2024

Aqueles livros para além de tudo aprender
Pra mim, esse livro é quase didático, de tantas informações e dados interessantes acerca da vivência das mulheres na Coréia do Sul que ele traz ao leitor, tanto que acredito até que preciso de uma releitura pra absorver tudo. Quanto ao plot, achei bem interessante o jeito que a autora escolheu abordar o tema, de forma ambígua mas ao mesmo tempo bem direta, que é uma característica que acredito seja bem presente no modo de escrita oriental. Esse é um livro realmente bem direto ao ponto, o que pode tanto cativar quanto incomodar, depende muito do gosto pessoal de cada um, mas pra mim funcionou bastante e fiquei bastante intrigada com o desenrolar da história, e até mesmo com o final dela...

dandara 03/01/2024

Esse livro é muito difícil de ler, não porque possua um linguagem complicada, mas sim pelos temas abordados. A escritora conseguiu explanar bem os inúmeros aspectos problemáticos da sociedade coreana daquela época (problemas que estão presentes até hoje, mas que naquele período era ainda mais forte). Problemas como a forte presença da desigualdade social entre as mulheres e os homens, tanto que os coreanos viam o ato de ter uma bebê menina como um infortúnio, enquanto meninos algo incrível, o que levou diversos abortos de meninas, já que elas eram vistas como seres inúteis enquanto os meninos eram vistos como os responsáveis de trazer honra e glória para a família.
Também é muito doloroso saber como era comum e a maneira que era lidada o assédio, era passado pano para os criminosos e as vítimas eram silenciadas, algo que continua acontecendo (infelizmente) e é uma pauta primordial a ser discutida.
Enfim, livros como esse são duros de ler, mas a nossa sociedade NECESSITA de leituras como essa

issie.p 29/12/2023

Kim Jiyoung, nascida em 1982
Majestosamente revoltante e espetacular, ao mesmo tempo.

Numa escrita simples, a autora traz as complexidades vivenciadas por mulheres coreanas (mas que facilmente se estendem ao restante do mundo) inseridas numa sociedade patriarcal e capitalista. Kim Jiyoung, nascida em 1982 é sobre todas as mulheres, todas as meninas, moças, jovens universitárias, adultas e mães e é cada vez mais indignante perceber essas experiências que temos em comum ao longo da história.

Cho Nam-Joo foi brilhante ao trazer fatos e dados que sustentam seu ponto, mostrando que não é necessário ir além da nossa própria realidade para executar uma crítica ao sistema.

Monique 26/12/2023

Uma das melhores leituras do ano!
Esse livro, sem dúvida alguma, é uma das minhas leituras preferidas do ano.
Um dia, Kim Jiyoung começa a falar e agir como outras mulheres, desde mulheres vivas a mortas. O marido decide mandá-la ao psiquiatra e assim passamos a conhecer a sua história.
Esse livro é focado na vivência de mulheres na Coreia do Sul, mas, honestamente, ele se espelha em sociedades patriarcais e capitalistas ao redor do mundo. A história aborda temas como machismo, assédio e maternidade compulsória e os desenvolve através de relatos da personagem Jiyoung e de outras mulheres relacionadas à ela.
Senti diversas emoções ao ler esse livro, principalmente tristeza e raiva. Inclusive, eu me enxerguei em algumas das situações mencionadas. Meio desesperador.
Enfim, é uma leitura rápida e que te faz refletir sobre a existência de mulheres e as demandas impostas pela sociedade. Super recomendo!