Estação Atocha

Estação Atocha Ben Lerner




Resenhas - Estação Atocha


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Milena 20/06/2021

Livro Tag
Recebi este livro da Tag e não esperava nada ao lê-lo. É muito interessante a história, mas não faz parte do meu estilo. O ponto forte dele é algumas associações com outras obras.
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beatriz 14/06/2021

Vale a pena ler até o fim
As primeiras 70pgs me fizeram pescar muitoooo porém o final do capítulo dois mudou tudo, me fez ficar super interessada no livro pelo acontecimento totalmente inesperado que foi relatado, eu queria saber se haveriam mais surpresas.
O autor escreve muito bem, principalmente por ser um livro que não acontece grandes aventuras, tem um teor filosófico e irônico, me fez pensar sobre minhas emoções durante algumas movimentações, sentir no ato e fora, para além de pensar.
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Carla.Cerqueira 11/06/2021

Envolvente
Talvez seja envolvente por ser a personagem principal, Adam, um cara comum, jovem bolsista que vai viver num país estranho e a dificuldade com outra língua traz situações hilárias. Gostei muito
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Thiago.AugustoCG 22/05/2021

?É incrível a vida que levo aqui, e não importa se não é minha.? Estação Atocha
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Monique 18/05/2021

Confuso e bem descritivo
A sorte é que tem 200 páginas e você lê rapidinho.

A historia conta sobre o personagem Adam, um americano que está fazendo intercâmbio na Espanha, pois ganhou uma bolsa para estudar/desenvolver o seu lado poético.
O resumo do livro o chama de narcisista, viciado em remédios, haxixe e algumas outras características. Eu consegui observar isso nele, porém acredito que o cerne da personalidade dele está mais voltada para um mentiroso, imaturo, inseguro e esquisito.
Ele se relaciona com as pessoas e conta mentiras sobre a sua vida; vira e mexe, está se esquivando das pessoas que mantém um relacionamento; tem medo do envolvimento; não sabe se comportar bem e se assemelha bastante a um adolescente que saiu do ninho e está perdido.

Tenho a impressão de que a Tag Curadoria não se orgulha desse livro.
Infelizmente, quem começar por ele poderá se frustrar.
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Ive Brunelli 13/05/2021

(Anti-)Herói fake ou a apoteose do paradoxo
É curioso ver um livro tão bom com avaliação mediana entre seus leitores. Talvez o problema esteja no protagonista, Adam Gordon, que está longe de ser uma “personagem bem construída”, um conceito valorizado entre aqueles que tentam qualificar obras literárias. Na verdade, Adam é um anti-herói. Até aí, tudo bem: anti-heróis clássicos, como Ema Bovary, em seus caprichos e anseios, fizeram a glória de um romance; ou Hannibal Lecter, em sua insanidade glutona; ou Dom Quixote, que era meio doidinho. A lista é longa.

Essa liturgia não se aplica aqui: Adam Gordon não tem nada a ver com personagem bem construída. Ele é um paradoxo essencial. Contradição em gotas. Antipatizar com ele é elementar, ele é antipático mesmo, inseguro, mesquinho, cínico, por vezes execrável. Pois que Adam Gordon está perdido. Como eu e você na canoa furada de uma vidinha-clichê qualquer.

O grande tema de Estação Atocha gira em torno da alienação de si mesmo, o lugar do eu no mundo, a desconexão com a realidade escrota que está aí, a noção de pertencimento, as frustrações perante essa sociedade que se configurou de modo canhestro, as incertezas, o caráter fake da vida cotidiana: no mundo de Adam, viver é se ferrar ou se safar ao mesmo tempo em que se tenta parecer alguém sério, culto, bonito, desejável, viajado, rico, inteligentíssimo ou sabe-se lá o quê. Viver é uma inconsequência. Um mico.

Adam Gordon se sente uma fraude: não sabe bem por que ocupa o lugar onde está, por que faz o que faz, por que é o que é. Tampouco tem certeza sobre o que sabe, o quanto sabe, pra que serve aquilo que sabe. É narcisista, mas não sabe o que fazer com o próprio ego, nem como canalizar e interpretar seus desejos. Ele parece acuado, em constante fuga de si mesmo e do mundo a seu redor. Um mundo fascinante e assustador, onde tenta enganar a si e aos outros, sem perder certa aura de mistério, ainda que, de novo esse termo, Adam permaneça fake, fakíssimo. E assim vai levando uma vida sem rumo, entre a dor e o prazer, se dopando com substâncias lícitas e ilícitas, numa toada alucinante do mais vero desassossego.

As mulheres com quem se relaciona não se interessam por ele tanto quanto ele gostaria que se interessassem, mas em contrapartida ele também não sabe o quanto se interessa por elas.

Em uma viagem a certa cidade, deixa de conhecer um emblemático ponto turístico, mais ou menos como ir a Paris e não ver o Arco do Triunfo. Ao se perder num lugar desconhecido e ficar vagando sem destino por horas, não sente a angústia em profundidade: no meio de um possível desespero, toma atitudes improváveis. Essa cena é a perfeita alegoria da vida deste protagonista. Mas, quer saber? Adam não está nem aí.

Se Adam não tem muito a perder, também não tem muito a ganhar. Ele se move por ímpetos, por conveniências, paga micos, mente desbragadamente, bajula e despreza com a mesma intensidade. Na dúvida, toma uns drinques. A futilidade das situações e pessoas que encontra pela noite combina totalmente com sua falta de propósitos, mesmo quando aparentemente existe um propósito: estudar na Espanha, porque ele é um bolsista de quem se espera um trabalho acadêmico coeso e coerente. Apenas mais uma inconsequência, que pode acabar sendo divertida, que talvez até lhe traga alguma notoriedade no meio desse furacão. Ou não. Adam paga pra ver.

Adam é um existencialista pós-moderno. O mundo está em chamas, centenas morrem num horrendo atentado terrorista, bem debaixo do nariz dele, e ele, sim, acompanha tudo: pela Internet.

Adam Gordon é um patife. Mas um patife neurótico, sofrido, medroso e carente. Para coroar essa patifaria com magna cum laude, o livro apresenta esta curiosa questão de linguagem: Adam é americano morando na Espanha. É pesquisador, deveria conhecer o idioma espanhol de forma ao menos razoável, mas até nisso ele é uma fraude muito fraudulenta: seus conhecimentos linguísticos ainda engatinham, ele interage fingindo entender as pessoas, capta tudo pela metade. Quando se expressa em espanhol, dá o truque nas elocuções de modo a se passar por intelectual, poeta ou alguma entidade enigmática de certa persona estrangeira que ele encarna. Se não encantar nem intrigar ninguém, ou se se perder nessa grande farofa, então fala inglês. E pronto. Quando não entende o que alguém diz, ou quando não se expressa de maneira suficientemente inteligível, busca atribuir significados aleatórios às elocuções, mesmo que isso implique em múltiplas interpretações para seus interlocutores ou para si próprio. Mas e daí, quem se importa.

A riqueza dessa história ainda inclui a relação de Adam com remédios antidepressivos (quem nunca). Sob o efeito dessas drogas ele fica mais fake ainda. Mas convenhamos: ninguém é obrigado a aguentar a barra pesada do mundo sem um estupefaciente.

Odiar Adam não significa muita coisa quando se termina a leitura do livro, não traz novidade à análise. Adam não clama por empatia. Aliás, odiamos Adam porque certamente todos nós já vivemos alguma situação parecida com a dele (quem nunca nunca). Adam incomoda justamente porque cotuca certas feridas universais. No final das contas, (quase) senti pena: no fundo, Adam é um grandissíssimo ansioso, um perdido, um mocinho assustado e carente. Inteligentinho, espertinho, descoladinho, abusadinho, mas todo lascado. Frágil, frágil.

Ser uma fraude respaldada pela condição prestigiosa de pesquisador-bolsista-e-poeta mostram Adam como representante de uma hiper-realidade, aos moldes de Umberto Eco ou Jean Baudrillard: mais que fingir ser poeta, ele finge que finge ser poeta. É (ir)real além da (ir)realidade. Essa hiper-realidade é reforçada por outro conceito, o da desterritorialização, agora nos moldes de Deleuze e Guatarri: estar na Espanha, interagindo numa outra língua, fingindo estar apaixonado, inventando passados para si mesmo quando fala de si para os outros. Estar longe do campanário, aquele lugar onde você cresceu, estar livre para se tornar outra pessoa no país estrangeiro. É só você querer. É como você puder. Tudo se confunde e ao mesmo tempo faz sentido em meio ao caos. Pouco importa se o lado ruim das coisas pode ser bom ou vice-versa. No meio da realidade sufocante, ou depois de cruzada uma fronteira da qual não se pode mais retornar, tem dia que é melhor ser estrangeiro mesmo.
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muniz9 23/07/2021minha estante
ótima análise!!




Kelly.Hayd 28/04/2021

É uma viagem por dentro da cabeça de um adulto com alma de adolescente. Todos as suas neuras, teorias, viagens e sua síndrome do impostor.
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Monica.Fusco 21/03/2021

Estação Atocha
Livro narrado em primeira pessoa que conta a trajetória de um poeta em formação que estuda em Madri. Achei interessante a história e algumas reflexões.
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Adriano.Mota 04/03/2021

Inadequação e sentimento de fraude
O livro é narrado por Adam Gordon, um jovem americano que ganhou uma bolsa de estudos na Espanha para desenvolver um projeto sobre a literatura e a Guerra Civil Espanhola.
O narrador/protagonista se sente uma fraude, a começar por seu desconhecimento do idioma e da história espanhola. Isso gera situações embaraçosas e hilariantes.
Essa falta de domínio do idioma faz o protagonista preencher lacunas com as traduções posições do que escuta, gerando uma interpretação muito pessoal da realidade.
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Gisa 11/02/2021

O livro é narrado pelo protagonista Adam, um jovem poeta americano que se muda para a Espanha como bolsista de um projeto de pesquisa. Adam tem problemas psicológicos, é viciado em café, medicamentos e outras drogas, não entende a língua e parece nem se esforçar para isso, parece não conseguir socializar e ter uma síndrome de impostor bastante grave.

O livro retrata apenas a visão de Adam nos descrevendo a paisagem por onde passa, transcrevendo o seu ponto de vista dos diálogos que tem, e seus pensamentos a respeito dos fatos. Como o narrador é um mentiroso e inventa uma vida para si mesmo durante o período que está afastado de seu país, não podemos confiar em sua narração.
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Amanda Salomone 02/02/2021

Livro 07 de 2021
"Estação Atocha" fala sobre Adam Gordon, um poeta de 24 anos dos EUA que ganha uma bolsa de estudos em Madri para estudar poesia espanhola. Adam é um personagem muito complexo e passamos o livro todo tentando entender tudo que se passa na cabeça dele e o motivo dele tomar as decisões que toma. A narrativa se desencadeia pelo prisma dele, que é o narrador, e não é nem um pouco confiável. Não conhecemos os outros personagens objetivamente, mas só a projeção do Adam.
Um ponto forte do livro é a questão da linguagem. Adam não fala fluentemente espanhol e vive várias situações de confusão entre os idiomas (às vezes muito engraçadas ou muito trágicas). Toda a questão da linguagem é muito bem trabalhada e rende várias reflexões incríveis.
Adam também mostra com sinceridade o que é ser depressivo, ansioso, mitomaníaco, narcisista e inseguro. Experiencia episódios de dissociação, provavelmente efeito colateral dos remédios que toma + haxixe + álcool.
O livro gira em torno de poesia, arte, política e literatura. Algumas partes são enfadonhas e confusas, mas acredito ser um bom retrato da mente congestionada do narrador. Enfim, não é um dos meus livros preferidos pelo estilo de escrita e por não gostar tanto de poesia, mas é bem construído e com várias reflexões importantes que persistem após o término da leitura.
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Maíra 29/12/2020

Leitura fluida e agradável. Não acrescentou muito, porém é um livro interessante.
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Junia 07/12/2020

À beira do tédio
Adam Gordon, o protagonista deste livro, parece uma farsa ambulante. A forma como as pessoas falam dele, narradas por si mesmo, parece uma insanidade coletiva tamanho é o descrédito do personagem por si mesmo. Bolsista em Madri, Adam é um poeta americano, jovem, e a cada página da narrativa deixa no leitor a angústia do tempo que passa (um ano) e ele nada produz do projeto de pesquisa prometido. Esperamos a todo momento que ele seja "desmascarado" como ele demonstra merecer. Arrogante e narcisista, ao mesmo tempo inseguro, envolto num complexo por si mesmo, por vezes nada parece fazer sentido. Sua vida vulgar e vazia foi um incômodo para mim. O projeto gráfico dessa edição é arrebatador, mas a leitura é um tanto inquietante na espera de que algo aconteça.
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Barbosa 05/12/2020

A capa é tão maravilhosa, a estética do livro é lindíssima.
Porém o protagonista é um insuportável, machista que simples me irritou demais e apesar da escrita legal acabei mais me irritando que apreciando a leitura.
Marília 08/02/2021minha estante
Me senti exatamente assim!
E com certeza é a edição mais linda da TAG.




Beatriz2371 11/11/2020

Assinatura TAG
Foi uma Leitura um pouco arrastada, com seus altos e baixos.
É um dos poucos que provavelmente não lerei novamente.
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