Gustavo447 03/02/2023
The end
De longe este conto foi o que mais me passou raiva, mas não por ser demasiadamente ruim, mas sim pelo antagonista ser extremamente insuportável, chegando a ser pior do que a feiticeira.
Assim como os contos anteriores, este também carrega os simbolismos e analogias da mitologia cristã, assemelhando-se a várias passagens bíblicas.
Além do mais, podemos notar que embora haja o amadurecimento final dos personagens que conhecemos em outras histórias, se torna interessante fato de que estes ainda carregam grandes partes de sua verdadeira personalidade, fazendo questionar se há realmente uma mudança transformadora em cada um deles.
No final, continuo defendendo Susana com todas as forças, pois apesar de deixar-se ser levada pelos irmãos, nunca negou seu verdadeiro eu.
Sem mais, o conto é perfeito, mas não está a altura dos demais.
P.S. Tentei não tecer criticas quanto a isto nos contos anteriores, devido a época em que estes contos foram escritos (1949-1954), no entanto deixo como aviso de que esta obra está carregada de falas e comportamentos duvidosos a respeito de pautas machistas e racistas. Então se você se sente mal com isso, não indico esta leitura, que apesar de ser fantástica, ainda possui problemáticas como qualquer outra que provenha destes tempos.